quarta-feira, setembro 21, 2005

O que pensamos uns dos outros?
Jesus respondeu: Dizes isso por ti mesmo,
ou foram outros que to disseram de mim?
Jo.18:34.


É muito comum que nos preocupemos com a idéia que os demais fazem de nós.
O que realmente nos falta é o nosso auto-questionamento sobre o que pensamos dos demais. Que responsabilidade temos por fazermos juízo em nosso pensamento sobre alguém? Que responsabilidade temos, ao aceitar, como Jesus questionou a Pilatos, as informações recebidas sobre os nossos amigos?

Dia a dia somos bombardeados por um monturo de informações às quais não é possível passar por crivo de confirmações. Em diversas situações essas informações são aq respeito de nossos amigos e irmãos. Como lidar com isso? Afinal, mesmo que não levemos a informação adiante, seremos obrigados a fazer um juízo de valor dentro de nós. Esse juízo nos conduzirá a uma confirmação feliz ou a uma dúvida triste. Pior se nos induzir a uma certeza (ou ao que chamamos de certeza) triste.

A grande questão é: Somos responsáveis pelo que pensamos dos nossos amigos?
Temos algum ônus por aceitar uma informação negativa de alguém, que no momento nos parece óbvia?
É razoável, diante de Deus, criarmos em nossa mente uma idéia a respeito de alguém, com bases em informes? Será lícito que o ambiente da dúvida povoe a nossa mente, sem que busquemos o nosso amigo para nos abrirmos com ele e permitir que ele nos dê uma explicação ou nos confirme a dúvida triste?

Certa feita houve uma calúnia. A pessoa caluniada, nada fez para se defender. As informações eram absolutamente incoerentes com o histórico da vítima. Alguns ouviram a intriga e aumentaram o circuito infame. Alguns outros ouviram e decepcionaram-se intimamente, embora não houvessem disseminado a notícia. Contaram-se nos dedos os que dirigiram-se ao amigo para lhe prestar solidariedade e lhe escutar a versão.
Dizemos por nós mesmos ou repetimos o que outros disseram?

Essa é a pergunta a Pilatos, feita por Jesus. Esta pergunta não pode calar. E vivemos a nossa vida imersos nesta atmosfera de intrigas, difamações, inverdades sutis, calúnias grosseiras, ironias finas, elogios maliciosos, dignos da atitude pilatesca.
Quem é Pilatos? É o céptico, racionalista, frio, calculista, esnobe, indiferente...
Somos "pilatos" ao nos servirmos de canais de difusão da calúnia. Temos um tribunal interno que julga à revelia e condena implacavelmente. Neste tribunal, desprezamos a amizade, olvidamos o passado, desconsideramos qualquer álibi ou mesmo atenuante. Dura lex!

Retornamos assim, a nossa questão: temos responsabilidade sobre o que pensamos dos demais? Segundo Jesus, sim! Dizemos do que escutamos. Dizemos o que os nossos inimigos querem que ouçamos. Emprestamos os nossos ouvidos aos caluniadores. Entregamos a nossa alma aos construtores de engano e permitimos que entrem em nossa casa e vivam conosco. Trocamos de amigos! Abaixamos os olhos! Temos vergonha! Não paramos de buscar justificações para a nossa covardia, mas sabemos que será difícil nos esconder de nós mesmos.

Se ainda tem tempo. Abandonemos a aleivosia. Retornemos ao nosso primeiro amor. Sejamos fiéis. Não sirvamos ao que espalha...

2 comentários:

Anônimo disse...

Ficou mto bom o texto msm...
Seria bom que todos o lessem!
Bjs,
Juliana

Anônimo disse...

ih kra, eh a mxm situcao do digame c quem andas,as pssas acreditam em coisas q nao tinham nem o direito de kreditar. eh 1 vergnha. concordo c a ju, muita gente tinha q ler plo mns p ter vrgnha na kra!