terça-feira, julho 21, 2009

AS REENCARNAÇÕES DE SANTOS DUMONT


JORNAL EXTRA
COLUNA: EM NOME DE DEUS
DE: GERSON SIMÕES MONTEIRO
DATA: 19/07/2009


AS REENCARNAÇÕES DE SANTOS DUMONT

O médium Chico Xavier revelou que Santos Dumont, o Pai da Aviação, reencarnou na cidade de Campos, em março de 1956, como filho de Clovis Tavares e de Hilda Mussa Tavares, com o nome de Carlos Vitor. Aos nove meses de idade Carlinhos caiu de um carrinho de bebê, e com o tombo deslocou a vértebra cervical, ficando tetraplégico, vindo a desencarnar aos 17 anos de idade, em fevereiro de 1973. Como se sabe, Santos Dumont, ao ficar deprimido quando presenciou mineiros e paulistas a digladiarem-se pelo céu, usando o avião como arma de guerra para matar e destruir enforcou-se no dia 23 de julho de 1931.
Antes de reencarnar, o espírito Santos Dumont, segundo informações de Chico Xavier, decidiu expiar a sua morte como suicida, através de uma vida curta como paraplégico. A queda acidental sofrida por Carlos Vitor, aos nove meses de idade, deslocou a sua vértebra cervical. A um programa de TV, o médium mineiro declarou que a vértebra de Carlos já estava deslocada no perispírito, isto é, no corpo semimaterial que envolve o espírito, por ter sido lesada quando se enforcou em sua vida passada. Este fato consta do livro Jesus e Nós.
O médico Homeopata Flávio Mussa Tavares informou que seu pai, o Professor Clóvis Tavares, manteve em sigilo as revelações feitas por Chico Xavier sobre as reencarnações anteriores de Santos Dumont. Chico revelou a seu pai que Santos Dumont vivera duas reencarnações em inesgotável pesquisa sobre a aviação: a do padre brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão (1685-1724) e a do balonista francês Joseph Montgolfier (1740-1810).
Bem antes disso, ele também se dedicara à navegação marítima nas personalidades dos navegadores italianos: Marco Polo (1254-1324) e Cristóvão Colombo (1451-1506), sempre com a ânsia de descobrir novos caminhos. Todavia, em suas biografias encontramos semelhanças de suas trajetórias evolutivas, sempre na busca de encurtar distâncias entre os povos. Era, portanto, o mesmo espírito tomando diferentes personalidades a cada reencarnação (Marco Polo, Colombo, Bartolomeu de Gusmão, Montgolfier, Santos Dumont).



Gerson Simões Monteiro
Vice-Presidente da FUNTARSO
e-mail: gerson@radioriodejaneiro.am.br

segunda-feira, julho 20, 2009

Dia de Santos Dumont





Alberto Santos Dumont (Palmira, 20 de julho de 1873 — Guarujá, 23 de julho de 1932) foi o pioneiro da aviação. Ele foi o primeiro decolar a bordo de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico. Santos Dumont foi o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e da população parisiense. Em 23 de outubro de 1906, voou cerca de 60 metros e a uma altura de 2 a 3 metros com seu 14 Bis, no Campo de Bagatelle em Paris. Menos de um mês depois, repetiu o feito e, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros. O vôo do 14-Bis foi o primeiro verificado pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar na Europa, e possivelmente a primeira demonstração pública de um veículo levantando vôo por seus próprios meios, sem ser catapultado, isto é impulsionado por uma alavanca externa.

TRECHO DA MENSAGEM DE SANTOS DUMONT,
PSICOGRAFADA POR FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

“...Descobrir caminhos sempre foi a obsessão do meu pensamento. Reconheço hoje, porém, que outra deve ser a vocação da altura...
...Terei errado, buscado rotas diferentes? Certo, não.
O mundo e os homens aprenderão sempre. A evolução é fatal.
Todavia, recolhido presentemente à humildade de mim mesmo, procuro caminhos mais altos e estradas desconhecidas, no aprendizado do roteiro para o Cristo, Senhor do nossas vidas.
Não há vôo mais divino que o da alma.
Não existe mundo mais nobre a conquistar, além do que se localiza na própria consciência, quando deliberamos converter-nos ao bem supremo.
Sejamos descobridores de nós mesmos.
Alcemos corações e pensamentos ao Cristo.
Aprimoremo-nos para refletir a vontade soberana e divina do Alto por onde passarmos.
Crescimento sem Deus é curso preparatório da queda espetacular.
Humilharmo-nos para servir em nome Dêle é o caminho da verdadeira glória.
De qualquer modo agradeço-vos.
O trabalhador que prepara as possibilidades para ser útil jamais se esquecerá de endereçar reconhecimento às flores que lhe desabrocham na senda.
Crêde! Não passo de servidor pequenino.
Que o Senhor nos enriqueça com Sua divina bênção.
Alberto Santos Dumont
(Página psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier na noite de 20 de julho de 1948, em Pedro Leopoldo, dirigida a Clóvis Tavares e inserido no TRINTA ANOS COM CHICO XAVIER)






POESIA DE LILL PSICOGRAFADAS POR CHICO XAVIER


DE UM FILHINHO ESPIRITUAL

Papai, quando chega a noite,
Diz Mamãe banhada em luz:
-Vamos Lill, orar por ‘ele’
E, preces ao bom Jesus!
Diz Mamãe: Daí-lhe, Jesus,
Do vosso divino pão!
E eu digo:-Do pão de luz
Da vossa consolação!
Mamãe roga:-Daí-lhe Mestre,
espírito de servir.
E eu peço:-Com forças novas
Para as glórias do porvir.
Mamãe pede:-Mestre Amado,
Ajudai-o a caminhar.
E eu digo:- Inspirai-lhe a vida
Nas bênçãos de nosso lar.
E assim, nós ambos pedimos
na fé que nunca se esvai
A bênção do Bom Jesus
Às suas provas de pai.
Que Deus lhe conceda sempre
coragem para a missão
É o que deseja, Papai,
O filho do coração.
Lill. ( Psicografado por Chico Xavier em março de 1944)




POEMA DE CARLINHOS PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER


Prenda Maior

Papai querido, eis-nos juntos,
A morte é simples mudança,
A vida nova me alcança
Em lindo recomeçar...
No entanto em tudo o que vejo,
Minha ventura consiste
Em saber que o céu existe
Na bênção de nosso Lar.
Com meus cadernos felizes
De pequeno marinheiro
Estudando o mundo inteiro,
Nada achei de mais valor
Que a nossa união bendita
Nos caminhos que transponho,
Em nosso ninho risonho
Entretecido de amor.
Douradas pompas da Terra,
Louros suspensos da história,
Brilhos de estampa ilusória,
Renome vazio e vão.
Monumentos e honrarias
Não valem frágil parcela
Da riqueza viva e bela
Que temos no coração
De cada excursão que faço,
Regresso ao nosso recanto
E sinto que me levanto
Para colher nova luz...
Com Mãezinha em nossos passos,
Nós dois e os irmãos queridos
Estamos fortalecidos
Para a união com Jesus.
Papai querido sigamos...
Ontem púrpuras faustosas,
Espadas, festas e rosas
Que o tempo exibe em museus...
Hoje, é a trilha diferente
De culto ao Bem e à Verdade
Na conquista da Humildade,
A prenda maior com Deus.

(Carlinhos, Uberaba, 26 de julho de 1975)

quinta-feira, julho 16, 2009

ORAÇÕES DE CLÓVIS TAVARES NA ESCOLA JESUS CRISTO



Caros irmãos, no dia 17 de julho, sexta deira, ás 20 horas, p nosso irmao Oceano Vieira de Melo, da Versátil Vídeo Spirite, apresentará na ESCOLA JESUS CRISTO uma prévia do DVD que será lançado em 2010, sobre Clóvis Tavares. Aqui está anexado o banner da palestra. Convidamos você e seus familiares para escutar Clóvis Tavares em lindas orações e mensagens de Emmanuel, remasterizadas com altíssima fidelidade e tecnologia pelo nosso amigo Oceano.
Pede-se que repassem este convite ás suas listas de amigos. Abraços a todos,

terça-feira, julho 14, 2009

Coral da Fratenidade




O Coral da Fraternidade foi uma idéia de minha filha Juliana, das sua colegas Margereth, Viviane e Suzana, que juntamente com Heloiza estão à frente do trabalho no Culto da Assistência Auta de Souza , na Esocla Jesus Cristo.




É um coro simples, mas que canta com o coração.




É foramdo por nossas "fraternas" do Culto da Assistência e vai fazer uma apresentação no nosso Chocolate fraterno no próximo dia na Escola Jesus Cristo.




É com apresentações assim que nós demonstramos para nós mesmos que a reencarnação é uma lei maior, que nos iguala a todos e diante da qual estamos absolutamente despojados de qualquer vaidade ou preconceito.




No meu entender a caridade verdadeira é a que exercitamos dentro de nós mesmos vencendo os gigantes de nossa alma, como o egoísmo e o orgulho.




Deus abençoe o Coral da Fratenidade!

domingo, julho 12, 2009

AFINAL, O que é o ESPIRITISMO? Princípios e Fns


MEDEIROS DE VOLTA

Conheci na minha infância, Medeiros, o amigo de meu Pai, Clóvis Tavares, a quem ele dedicava um amor fraternal. Era na verdade, o Juiz de Direito José de Medeiros Corrêa Júnior.
Ele nos visitava em nossa casa de Campos e ficava com Papai, horas em interminável conversação edificante. Eu costumava assistir suas palestras na Escola Jesus Cristo, onde era o convidado habitual dos aniversários de nossa casa.
Meu Pai nos contava que ele e Medeiros na juventude, foram morar na Escola Jesus Cristo para cuidar de meninos órfãos. Dois jovens entregaram-se ao trabalho cristão com as máximas forças de suas almas e ali viveram um idealismo contagiante. Medeiros e Clóvis, uma amizade fortalecida pelo Amor a Jesus, nas pessoas dos menores da orfandade.
Medeiros nasceu em Tombos de Carangola-MG. Quinto filho do casal José de Medeiros Correa e de Rosalina de Medeiros Correa, sendo o único varão. Reintegrou-se neste mundo físico a 5 de março de 1917. A família mudou-se para Cachoeiro de Itapemirim-ES, onde viviam outros parentes. Medeiros, após a desencarnação de seu Pai, passou a residir em companhia de sua Mãe. Pouco tempo depois, esta também desencarna e é justamente nesse momento, que Medeiros vem morar com Clóvis na Escola Jesus Cristo. Mais precisamente, eles residiam com os guris no Lar dos Meninos, orfanato para crianças do sexo masculino, que pertencia à Escola Jesus Cristo. Eram verdadeiros pais daquelas crianças, pois exerciam uma autoridade branda e consistente, com o fundamento no Evangelho de Jesus.
Para o seu sustendo, Medeiros, apesar de bacharel em Direito, lecionava Língua Portuguesa e Latim, no Liceu de Humanidades de Campos. Em suas férias escolares, visitava a família em Cachoeiro de Itapemirim, onde freqüentava e colaborava no Centro Espírita Jerônimo Ribeiro. Foi nesta instituição que conheceu a nossa estimada Déa, com quem casou-se. Após seu casamento, mudou-se para Cachoeiro, no ano de 1955. Tiveram quatro filhos: Maria Assunção, Estêvão, Silvia e Marta.
Foi aprovado com louvor para o Concurso da Magistratura e residiu em diversas cidades do Estado. Entretanto, não esqueceu-se jamais da Escola Jesus Cristo. Convidado sempre para ser o palestrante do dia 27 de outubro, sempre recordou para o público, que ali residiu com Clóvis e os meninos e viveu um belo ideal de vocação espiritual e onde ganhou incontáveis amigos pelo coração. No final de sua carreira, foi transferido para Vitória e optou por morar em Vila Velha. Nesta cidade, recebeu a visita de um grupo de dirigentes da União Espírita Cristã, que afirmaram haver recebido orientação espiritual de convidá-lo para participar dos trabalhos espirituais da casa.
Em 1984, mais precisamente, no dia 13 de abril, recebe a dolorosa notícia da desencarnação de seu amigo Clóvis Tavares. O corpo de meu Pai estava sendo velado na Escola Jesus Cristo. Medeiros adentrou o Templo, olhou os circunstantes e caminhou pesadamente na direção da urna. Fitou durante alguns instantes o corpo hirto de Clóvis e mergulhou em pensamentos insondáveis e orações de saudade. Alguns instantes depois, o nosso querido Medeiros inicia uma despedida pública de Clóvis Tavares. Não saberia eu reproduzir aqui, as suas tocantes palavras, imantadas de emoção enorme. Todavia, não poderia esquecer-me jamais da forma como terminou ele o seu pronunciamento naquela manhã de 14 de abril de 1984: - Até à vista, meu caro Clóvis! Até à vista! Disse estas palavras em tom emocionado, com voz embargada pela emoção, fazendo uma citação do final do discurso com que Camilo Flamarion despede-se de seu mestre e amigo Allan Kardec. A citação foi profética, pois foi realmente em um breve espaço de tempo, isto é, cerca de um ano, que despede-se também Medeiros deste mundo, cumprindo solenemente o seu premonitório “até a vista!”.
Um acidente automobilístico, no ano de 1985, reconduz, aos 68 anos, o querido Medeiros a Pátria espiritual. Seus exemplos foram de humildade, honradez, e bondade para todos os que tiveram o privilégio de com ele conviver.
Certa vez, nosso irmão Rubens Fernandes presenciou, em visita ao amigo na cidade de Vitória, um fato impressionante. Medeiros havia convidado o Rubens para conhecer o Fórum da capital capixaba. Ali chegando, o Juiz entrou pela entrada comum, evitando a passagem privativa e privilegiada que seu cargo lhe conferia. Atendeu algumas pessoas pessoalmente, até mesmo no corredor. Em determinado momento, ao avistar uma detenta, que era gestante, manda imediatamente que lhe transferissem da cadeia para um Hospital, onde faria serviços na cozinha até a época do nascimento de seu filho. E em sua sentença afirmou que “cadeia não era lugar para mulheres grávidas, hospitais sim!” Rubens soube mais tarde, que esta mulher, após o parto, terminou sua pena e foi trabalhar no mesmo Hospital, com toda a dignidade. Dignidade esta, resgatada por um Juiz que tinha Jesus em seu coração.
Medeiros escreveu dois livros: este e "Em Verdade Vos Digo", que se Deus permitir, também será publicado. Que o nosso querido amigo Medeiros, em companhia dos que, como ele, multiplicaram os talentos recebidos do Divino Dispensador de bênçãos, receba nosso preito de eterna gratidão.

Flávio Mussa Tavares
27 de outubro de 2008
73 anos da Escola Jesus Cristo

sábado, julho 11, 2009

Desencarnou Conceição de Paula




Maria da Conceição de Paula e Silva nasceu em 31 de janeiro de 1922 bi estado do Rio de Janeiro,passando a infância entre a chácara da Rua Barão do Rio Branco e o sítio do Imbé, ambas do saudos Virgílio de Paula que a criou como uma filha. Ela casou-se com Pery de Paula Perseu, filho de Virgílio de Paula . Foi uma trabalhadora da Escola Jesus Cristo, principalmente da Casa da Criança e de todas as atividades artísticas. Era poeta, compositora, atriz, interpretava poesias como ninguém, inclusive faz muitaas vezes isso na Escola Jesus Cristo. Ultimamente o precário estado de saúde a afastou do convívio na Escola Jesus Cristo. Entretanto o senu pensamento gravitava em torno do Evangelho de Jesus, da Escola Jesus Cristo e nunca se esquecia de Virgílio de Paula , de Nina Arueira e de Clóvis Tavares. Desencarnou na tarde de 09 de julho de 2009 e foi sepultada no Cemitério do Caju, na manhã do dia 10 de julho. Fica a nossa saudade, a nossa gatidão e a esperança de que a nossa querida Conceição seja recebida na Escola Jesus Cristo da espiritualidade por todos a quem amou

quarta-feira, julho 01, 2009

VERÔNICA, A PIEDOSA


Considerando como possíveis as informações do evangelho apócrifo de Nicodemos, acredita-se que a mulher hemorroíssa é a mesma legendária Verônica, que suavizou a dor de Jesus com o seu gesto heróico de enfrentar fortes soldados para demonstrar a sua gratidão a Jesus. Esta é a segunda parte do poema para Verônica.




Flávio Mussa Tavares

Verônica, livre do seu drama
Fita, de Jesus a face.
E o observa afastar-se
Envolvido pela massa humana.
Queria chorar, fazer sua catarse,
Mas algo continha sua gana.

Como refazer sua vida,
Se já não podia voltar aos seus?
Movida, então, por uma energia
Que dentro de si ainda corria,
Decidiu por fim viver para Deus.

Encontrou o Senhor que buscava
Nas pessoas dos hansenianos.
Pensava as suas lesões
Sempre aplicando um pano
Na face daqueles seres humanos.
Era assim que se consolava
E animava os seus corações.

Passaram-se dois anos de lutas
E ela sentiu uma forte vontade
De deixar aquelas grutas
Dos seus amigos lázaros.
Saiu então daquela cidade
E foi para muito mais além.
Como a mulher que enche os cântaros
Com fé, foi para Jerusalém.

Ao chegar a capital
Uma triste revelação
Calou fundo em seu coração.
Jesus fora condenado
Sem haver cometido
Sequer um pecado.
E a sentença final
Publicou-se no edito,
Era a crucificação.

Vê, então, ao longe a multidão
Seguindo um homem e sua cruz.
Sente, de novo, a mesma sensação
Do dia em que viu a intensa luz
Que emanara do peito de Jesus
Libertando-a de sua danação.

Ela estava perplexa
Diante do quadro que via.
Os ingratos e sua zombaria.
Como entender esta situação complexa?

Viu consternada, a Santa Face
Mutilada e ensangüentada
Daquele que um dia a salvara
Para que não se humilhasse.
Era aquele mesmo que a curara.

Sentindo-se impotente
Imensamente indignada
Quis gritar àquela gente
Quis lutar por seu Senhor.
Percebeu enfim, do nada,
A sensação do tremor.
O olhar de Jesus o seu fitava
E encheu-se de temor.

Vendo verter gotas rubras
Onde os acúleos penetravam
Pensou: Há algo que cubra
Ou suavize as dores que o cravam?

Mais uma vez Verônica
Encontrou espaço entre o povo
Que ensandecido gritava.
E aproximando-se lacônica,
Agora com outra intenção,
Sob a visão irônica
Tocou aquele que amava.

Se o Seu manto lhe curara
Há muito tempo havia
Ao simples toque de fé,
Sua grave hemorragia.
Então ajudaria
Aquele a quem buscara:
O Jesus de Nazaré.

Daquela face o sangue
Vertia impunemente.
Tomou então o seu manto
E fez o que tinha em mente:
Cobriu o rosto santo
Que continuava exangue.

Foi assim que naquele calvário
A que outrora Ele curara
Compôs o santo sudário.

E ela julgou escutar
Um sussurro transcendente:
-Seja sempre relembrada
A sua ação comovente.

Nesse instante um homem bruto
Afasta-a daquele avatar
Que lhe dirige o olhar
Como o brilho de uma estrela
Que ao seu espírito em luto
Era impossível descrevê-la.

Eis a história desta mulher que duas vezes buscou
Um homem entre a multidão.
Da primeira , o Seu manto a curou
Do sangue que ela vertia.
Na seguinte o manto dela
Suavizou a Sua Paixão
E marcou como numa tela
Uma hematografia.

Esta mulher piedosa
É símbolo de coragem.
Pois enfrentou impetuosa
A fúria do homem.

E para testemunhar
A sua gratidão
Tocou para suavizar,
Com a sua adoração,
O semblante de Jesus,
Que embora pálido e triste,
Irradiou a mais intensa luz
Que existe!