terça-feira, novembro 20, 2007

NINA ARUEIRA

NINA ARUEIRA

Nina Arueira nasceu em Campos, Rio de Janeiro, em 7 de janeiro de 1916, e desencarnou em 18 de março de 1935. Desencarnou ainda jovem, aos dezenove anos de idade. Nina era jornalista, poeta e escritora. Foi noiva do escritor espírita Clóvis Tavares, com quem conviveu, dividindo um aprendizado inesquecível para ambos. Veemente em suas convicções, defendendo com entusiasmo a prática do cristianismo redivivo, revelado pela Doutrina Espírita, Nina contagiava a todos por sua mensagem de amor e fé.


Manifesto - Quando contava com apenas quinze anos de idade, Nina Arueira escreveu um manifesto aos jovens de sua época, transcrito, na íntegra, na Revista Espírita de Campos, edição de janeiro/fevereiro de 2000, o qual reproduzimos a seguir.

À Mocidade de Minha Terra

Acordai, gente de minha terra, porque o dia se alevanta por sobre tudo, a noite dos sonhos e das insônias se diluiu na luz; cortejos brancos de fulgores venceram as trevas e sobre elas implantaram sua vitória...
Despertai para o trabalho; despertai para a vida... Vossas almas são capazes; estirai vossos membros, distendei vossos nervos, firmai vossa vontade, cantai vosso hino de alegria e entusiasmai-vos com o sol, com os pássaros, com as flores...
A criação palpita; a natureza canta; os elementos rumorejam...
E vossos corações palpitam inutilmente, moços de minha terra? E vossos espíritos não se expandem em vós?
Sonhai sonhos de glórias, de altitudes e caminhai valentes para os vossos ideais; parti como bandeirantes sobre o destino e mostrai ao mundo vossos esforços...
Tende consciência de que sois homens; homens úteis; homens fortes; homens sábios.
Odiai o tédio; odiai a inutilidade, odiai o pessimismo... Tudo que é humano vos é possível.
Não sejais nunca fracos, parasitas e imprestáveis. Criai uma lei para o vosso culto: o Dever. Uma sabedoria para o vosso exemplo: a Disciplina. Não vos orgulheis de vossas vitórias, mas orgulhai-vos de vosso fito.
Envergonhai-vos de não serdes espiritualmente poderosos; o raciocínio, o espírito, o engenho, o corpo evoluído sobre todos os irracionais, vos dizem que não deveis ser pequenos; caminhai para o sol; para as luzes; procurai a Beleza, embelezai vossas vidas; amai o Belo; impressionai-vos com a estética; o que é feio não vos atraia; que o Feio vos horripile; que o Feio vos cause náuseas, e porque não vos é possível desdenhar o corpo deformado, procurai a beleza do espírito, muito mais impressionante que as deformidades da matéria.
Cantai a alegria, glorificai a vida,; sede otimistas, porque sereis fortes, sereis bons. Não vos deixeis prender por preconceitos e por idéias alheias; conveicei-vos de que deveis ser os reformadores da civilização, os implantadores de um novo mundo. Nada vos detenha; sereis sábios, Hércules, semi-deuses se quiserdes adotar este princípio da teosofia: “os homens são deuses em evolução”.
Olhai na história antiga; porque não podeis ser mais sábios que Salomão, quando Salomão era humano? Por que não podeis ser mais artistas que Praxíteles, maiores que Júlio César, que Platão, que Horácio, que toda essa constelação antiga de antias civilizações?
Vós que nascestes num mundo mais propício por que não sois grandes, maiores que os maiores?
Tendes asas; por que não voais? Tendes poder; por que não governais?
Que estranha sucuri vos tolhe os membros que não vos moveis, que não vos agitais?
Que houve de tão extraordinário que vossas vozes não retumbam?
Envergonhai-vos de não serdes... Levantai-vos e sede. Que a Morte não vos desfaleça o ânimo; vossos filhos serão vossos continuadores; a posteridade lembrar-se-á de vós.
Não temais a grandeza de vossos ideais. Se os não realizardes todos, o amanhã terminará vossas obras.
Cantai a alegria de viver; não sejais “compassivos” para com os fracos e os desiludidos; sede enérgicos para com eles; a energia desperta a energia.
Não vos embriagueis com os vossos feitos; se vencerdes um degrau, outro vos estará esperando. Sede maiores que o momento, estai além de toda fama; que a possibilidade não se extinga para vós.
Não estacioneis; caminhai sempre; em planícies ou ascenções, ide até o fim... porque sois homens, homens para quem todos os projetos são realizáveis porque tudo o que o espírito vos oferta já foi trabalhado, como em um serviço fotográfico: o espírito labora a prova; vós copiareis no papel próprio.
Não vos arreceeis de rugidos; as feras rugem, mas podeis domá-las para não serdes vencidos por elas.
Não vos desanimem os obstáculos; os obstáculos são fatais; convencei-vos de que sois mais fortes que as barreiras e arredai-as.
Tende por obrigação realizar o melhor em cada dia; formai vossos métodos diários e segui fiéis, a disciplina que houverdes adotado em vossos hábitos. Não digais nunca que “não tendes tempo”; procurai dividir vossas horas de ocupações e recreio e sempre tereis uma hora para outra coisa; cantarolai em vossos descansos; fantasiai vossos momentos de folga; ride, ride de tudo e para tudo; procurai a música; não vos é difícil encontrar essa grande amiga do espírito, esse seio amigo onde vossos cérebros podem repousar, deliciosa e confiantemente.
Procurai a arte; deleitai vossos olhos na harmonia das cores ou na pureza das linhas; cercai-vos do Belo, criai-o em vós.
Deixai vossos corações evoluírem já com vossos cérebros; amai pois , amai a vida, as crianças, as flores e as coisas; amai, que o amor espiritualiza a matéria; o amor é a base sólida da fraternidade; o amor vos iluminará o mundo; quanto mais amardes, menos maus sereis, quanto mais amardes mais bem tereis semeado. Mas, vede: amar não é desejar; amar é divino, desejar é humano e grosseiro. E vós, deixai-vos progredir, não só por vós, mas para que sejais o despontar de uma raça forte, de uma civilização mais firme.
Idealizando e realizando sereis homens superiores; amando, sereis espíritos tocados da pureza do Nirvana. Não permitais que vos enraiveçam, colocai-vos acima dos pequenos vermes e répteis para que seu veneno não vos alcance; se vos quiserem ferir o bom humor, cantai e sorri.
Assim sereis grandes, assim sereis fortes, assim tereis uma moral sem hipocrisia... Sobretudo, não finjais humildade, nunca; seríeis antes grutas escuras onde se esconderiam víboras.
Caminhai, pois mocidade de minha terra; caminhai liberta de idéias alheias; firme no propósito de galgar as maiores altitudes; certa de que nada vos cortará o vôo; caminhai moços de minha terra e fazei da mocidade campista a primeira mocidade do mundo...
Segui; se a vaidade vos sussurrar que já alcançastes muito, perguntai a vossos feitos e eles vos apontarão a ânsia que substitui cada descoberta vossa; quanto mais caminhardes para a curva do infinito, tanto mais distante ele vos seduzirá, e instante a instante mais belo, de novos cambiantes e de outros mistérios.
Enchei vossos sonhos de altitudes; enchei vossos olhos de sonhos e parti; alcançareis vitórias, mas que elas não apaguem da vossa mente o ideal da última vitória...
A última glória é a geração dinâmica que preparais... Avante!
Nina Arueira

Psicografia - A publicação “O Espírita Mineiro”, edição de julho/agosto de 2000, publicou um editorial, onde uma mensagem de Nina, recebida na década de 40, por Francisco Cândido Xavier, se destaca:


Francisco Cândido Xavier em Campos

“Um pequeno livro de 1940, com o título acima, passou pelas nossas mãos, cuja edição foi única e encontra-se, portanto esgotada. Trata-se do registro da primeira visita de Francisco Cândido Xavier à cidade de Campos, a convite de Clóvis Tavares, que, com os demais companheiros daquela cidade, comemorava cinco anos de existência da Escola de Jesus Cristo, do Instituto Espírita de Educação e Caridade, escola esta criada por Nina Arueira e inaugurada em 27 de outubro de 1935, quando o Velho Mundo estava às vésperas da 2a Guerra Mundial.
Entre outras tantas mensagens que foram recebidas pelo médium, nestes quatro dias, queremos destacar a de Nina, que, apesar dos 60 anos passados, é tão atual e, em homenagem aos 73 anos de Mandato Mediúnico do médium, passemos a ela:
“Meus Amigos. É meu coração que vos fala, nesta noite, desejando-vos a paz de Jesus.
Clóvis já vos falou do Evangelho, expondo seus pensamentos e inspirações, relativos aos fenômenos da sede psicológica que nos reúne em torno das promessas do Cristo. E é com infinita alegria que vos trago a nota alegre de meu agradecimento, misturada de saudade e afeição.
As vozes dos túmulos falam agora, sobre a Terra, de uma vida nova.
Por detrás dos sepulcros uma outra existência começa. Uma alvorada resplandecente irradia sua luz em promessas divinas, emergindo dos abismos da morte, e junto de vossos corações eu entôo também o meu hino.
É possível que muitos de vós outros estejais animados tão somente de uma curiosidade nobre, em torno de nossa palavra de redito. Alguns anseiam pelos fenômenos, outros por grandiosas revelações. Entretanto, nós consideramos que todos vós estais ansiosos, desejais a verdade, reclamais o caminho. E respeitando todos os vossos princípios, despreocupando-me de qualquer opinião que não se enquadre na paisagem real de nossas afirmativas, agradeço-vos, comovida, desejando-vos a paz do coração, porque é com ele que vos falo, nesta hora, na tarefa de cooperação e de boa vontade, dentro desta Escola, que representa meu santuário. A todos vós que me conhecestes, na senda de realizações materiais, eu estendo as mãos fraternas, desejosa de me manifestar plenamente aos vossos corações, com toda a intensidade dos elementos espirituais que me positivassem a presença de modo insofismável.
Todavia, entre nós existe agora a fronteira psíquica das impressões diversas em dois mundos diferentes e tenho de me resignar com os valores do sentimento, dirigindo-vos a mensagem de minha afeição agradecida.
Sim, fala-vos agora uma Nina diferente daquela que identificáveis na vida material.
Aí, eram as preocupações puramente terrestres que podíeis apreender em minh’alma; agora é a minha personalidade real, ansiosa por conquistar essa água viva do amor a que Clóvis se referiu na sua exposição doutrinária sobre o Sermão da Montanha. Agora é o esforço, o desejo sadio de trabalhar com Jesus e por Jesus, construindo as belezas misteriosas de seu reino, que deverá resplandecer em nossos espíritos para a vida eterna.
E agradecendo-vos por todas as alegrias que me trouxestes, nesta noite, desejo-vos a paz celestial no íntimo, essa que constitui o maior tesouro para as almas.
Em nossa tarefa de Espiritismo, nunca poderemos esquecer que a nossa missão é a de restuarar os valores da crença pura. O homem moderno carrega consigo o patrimônio das mais avançadas filosofias científicas e religiosas. Por todos os lugares, surgiram as construções materiais mais poderosas em matéria de caridade e fé.
No entanto, é esse mesmo homem forte e poderoso na Terra que erige o catafalco de suas riquezas, que opera a destruição e arruína os espíritos.
Os quadros tormentosos de vossa atualidade no mundo afirmam a precariedade de todos esses valores materiais que pareciam assombrosos. A onda de destruição procura assenhorear-se de todas as criaturas. Mas é que, de modo geral, o homem ainda não descobriu a grandeza eterna de sua filiação a Deus, nem se capacitou da necessidade de transformar todos os obstáculos do seu caminho terrestre em degraus da escada infinita, que deverá escalar para a grandeza de seu próprio destino espiritual, cuja beleza está aureolada por ilimitadas perspectivas.
Eis, pois, meus amigos, que aliando à minha palavra às afirmativas de Clóvis, nessa noite, convido-vos a partilhar conosco do bom trabalho na Escola bendita de Jesus, na preparação de todos os espíritos encarnados para a glória infinita do Reino de Deus. E a todos vós, amados, que aqui trabalhais em nome do Mestre Divino, lembrando-me, muita vez, a memória humilde e singela, irmãs e irmãos dos mais necessitados do caminho da vida, que amparais o infortúnio, que não vos fazeis surdos aos apelos do Evangelho, deixo-vos a todos o meu coração reconhecido, rogando a Jesus, Senhor e Mestre, que nos reúna as aspirações numa só esperança, os ideais numa só força, as atividades evangélicas num trabalho só, esperando com a mesma sinceridade no esforço comum, possamos levar às realizações indestrutíveis o nosso bendito idealismo de bem trabalhar com Jesus”.


Mensagens - Para finalizar, transcrevemos algumas mensagens do Espírito Nina Arueira, recebidas por Francisco Cândido Xavier:

Somente na adversidade e nos perigos, pode o espírito dar testemunho de sua edificação definitiva.

A criança é a coluna viva do porvir. Avançará com as características que lhe impomos. Crescerá com a retidão ou com as sinuosidades que lhe traçamos ao desenvolvimento.
Devolverá depois o que estiver recebendo agora.

A prece é a força do Céu, ao nosso dispor, ajudando-nos a própria recuperação com vistas à paz.

O livro edificante é o templo do espírito, onde os grandes instrutores do passado se comunicam com os aprendizes do presente, para que se façam Mestres do futuro.

Sem os valores íntimos, toda a preparação do mundo torna-se ilusória.

Nina Arueira

O Noivo: Clovis Tavares, desencarnou em 13/04/1984 tendo nascido em 20/01/1915 em Campos.

Formou-se em Advocacia, entretanto preferiu seguir a carreira do Magistério.

Aos 20 anos, então noivo de Nina Arueira, que desencarnara, mas que lhe envia mensagens atestando as verdades da vida futura.

Idealizou a Escola Jesus Cristo de Evangelização, mais tarde cognominada Instituição Espírita Jesus Cristo. Traduziu inúmeras obras de Pietro Ubaldi. Deixou-nos varias obras:

’Sementeira Cristã’,

Tempo de Amor",

"Trinta anos com Chico Xavier"

EMMANUEL E OS MAGISTRADOS ESPÍRITAS

Emmanuel e a ABRAME (*)

Luiz Guilherme Marques

Lendo o livro “Há 2000 Anos”, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, interessou-nos, além de dezenas de outras coisas, conhecer a figura de Públio Lentulo Cornélio, o senador incorruptível e austero a quem Jesus acabou convencendo a tornar-se um de seus discípulos mais leais e grande propagador do Cristianismo a partir de então. (Diga-se de passagem que a família Cornélia, à qual pertencia o senador, foi uma das mais destacadas da história romana.)

Nesse livro tivemos a oportunidade de ver a menção à encarnação anterior de Emmanuel, na personalidade do cônsul Públio Lentulo Sura, seu bisavô, e contemporâneo de Caio Júlio César, Marco Túlio Cícero e M. Pórcio Catão, além de aliado político do temível Lúcio Catilina, conforme se pode ver em “Guerra Catilinária”, obra memorável do historiador romano Caio Salústio Crispo.

A personalidade do cônsul aparece claramente, como a de um homem que se acreditava destinado a governar Roma e que o teria feito se tivesse sido vitoriosa a famosa rebelião de que participou como figura exponencial.

Esses dois personagens são conhecidos pela História e talvez Emmanuel tenha mencionado essas suas vidas num exemplo de humildade, relacionando suas antigas deficiências, como então homem do mundo, e seu esforço para tornar-se um verdadeiro discípulo do Cristo.

Entretanto, continuando na esteira do tempo, a encarnação posterior de Emmanuel, após Públio Lentulo Cornélio, é na figura de Nestório, vista no livro “50 Anos Depois”, escrito por Emmanuel e psicografado por Francisco Cândido Xavier. Trata-se de culto judeu grego cristão, que chegou a ouvir, na infância, as pregações de João Evangelista e, já em idade madura, feito escravo, foi levado para Roma, mas, mesmo sendo estrangeiro e, depois de liberto, ocupou cargo de destacado assessor do censor Fábio Cornélio na Prefeitura dos pretorianos na própria cidade de Roma, tendo morrido no circo, como verdadeiro mártir.

Trata-se Emmanuel de espírito que viveu muitas vidas de trabalho nas áreas jurídica e política.

Para quem pretenda pesquisar sobre as vidas de Emmanuel existe uma lacuna de mais ou menos 13 séculos, sendo Clóvis Tavares um dos poucos que conheceu algumas delas, conforme relata no seu livro “Amor e Sabedoria de Emmanuel”.

A partir dessa vida como Nestório, somente se conhece aquela em que Emmanuel apresentou-se no cenário do mundo como o padre Manuel da Nóbrega, o primeiro missionário do Cristianismo em terras brasileiras e, ao mesmo tempo, o primeiro jurista que o Brasil conheceu. A seu respeito disse Serafim Leite: “Bom jurista, administrador de energia e clarividência, e homem de Deus” (“História da Companhia de Jesus no Brasil”, Instituto Nacional do Livro, Rio de Janeiro, vol. IX).

A propósito, o entusiasmo pelos méritos do grande missionário cristão, que é Emmanuel, levou-nos a ler os livros escritos pelo padre Manuel da Nóbrega, que são o “Diálogo da Conversão do Gentio” e “Cartas do Brasil”, duas obras primas do “primeiro escritor do Brasil”.

No livro “Amor e Sabedoria de Emmanuel” (já mencionado) Clóvis Tavares reproduz uma mensagem do espírito Cneio Lúcio, em que este traça um paralelo entre Públio Lentulo e Manuel da Nóbrega, mostrando a evolução realizada por esse valoroso discípulo do Cristo.

Posteriormente, na figura do padre Damiano, que viveu na Espanha e na França (personagem desconhecida da História), Emmanuel já mostra (desculpe-nos o Leitor a ousadia da análise) uma personalidade totalmente diferente do antigo senador romano, pois preocupado única e exclusivamente com sua missão espiritual e desvinculado das disputas materiais.

E, por ocasião da missão terrena de Allan Kardec, no séc. XIX, aparece Emmanuel como um dos seus orientadores espirituais, agora já utilizando esse pseudônimo (v. a mensagem “O Egoísmo”, em “O Evangelho Segundo O Espiritismo”, Capítulo XI).

No livro “O Consolador”, sempre através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, Emmanuel respondendo à questão nº 361, fala coisas importantíssimas que se aplicam a nós, juízes, como esta: “...há no mundo um conceito soberano de “força” para todas as criaturas que se encontram nos embates espirituais para a obtenção dos títulos de progresso. Essa “força” viverá entre os homens até que as almas humanas se compenetrem da necessidade do reino de Jesus em seu coração, trabalhando por sua realização plena. Os homens do poder temporal, com exceções, muitas vezes aceitam somente os postulados que a “força” sanciona ou os princípios com que a mesma concorda. Enceguecidos temporariamente pelos véus da vaidade e da fantasia, que a “força” lhes proporciona, faz-se mister deixá-los em liberdade nas suas experiências. Dia virá em que brilharão na Terra os eternos direitos da verdade e do bem, anulando essa “força” transitória.”

É sabido que Emmanuel é um dos responsáveis perante o Cristo pelos progressos da Doutrina Espírita no Brasil.

A propósito lembramo-nos de que, quando o prezado Weimar Muniz de Oliveira falou-nos pela primeira vez na ABRAME, dissemos-lhe da nossa crença de que Emmanuel estivesse congregando os juízes espíritas para comporem essa importante entidade, com o que concordou o ilustre colega, presidente da FEEGO.

E assim, estando a ABRAME em franco progresso, ficamos a pensar que algo deva ser dito quanto ao luminoso ex-colega, que agora vive apenas para os afazeres espirituais, para demonstrarmos gratidão por tudo o que tem nos ensinado através de seus livros maravilhosos. E ficamos na esperança de também nos desvincularmos da “força” e passarmos a integrar, de corpo e alma, as falanges dos trabalhadores do Cristo, para nossa própria felicidade.

E, na ABRAME, acreditamos encontrar uma entidade típica da grande transformação do planeta em “mundo de regeneração”, principalmente pelo fato de estar sob o comando espiritual de Emmanuel.

* Dedicatória: aos colegas da ABRAME – Associação Brasileira de Magistrados Espíritas

(Luiz Guilherme Marques, Juiz de Direito da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora-MG)

sábado, novembro 17, 2007

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI

"Não se turbe o vosso coração. - Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. - Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais.." ( Jo14: 1-a 3)

Com este versículo Jesus nos dá um de seus mais consoladores ensinos, pois ali mesmo pede para que não nos angustiemos na vida, não perturbemos o nosso coração, sede de nossos sentimentos e que tenhamos fé. E adiciona um ponto fundamental a esse pedido: uma promessa! Iria preparar-nos um lugar!

Vejamos assim, por itens:

1- Não se deixar perturbar, não permitir que os ruídos da vida terrena obscureçam o nosso sentimento. Vivemos num ambiente que nos influencia todo o tempo e cada dia mais com as suas formas complexas de adentrar a nossa mente via mídias eletrônicas. Turbar o órgão do sentimento é de certa forma deixar que este se contamine de modo perverso pelos vírus nocivos do materialismo e da impiedade. O materialismo apaga a esperança e a impiedade apaga o amor. São os mecanismo mais devastadores de nosso sentimento nos dias atuais. Disso quer Jesus nos prevenir.

2- Crer em Deus e em seu filho Jesus. Este é o domínio da Fé. A fé é uma dádiva que é suscetível de ser fortalecida pela oração. Quanto mais se orar, mais fortalecida fica a nossa fé. Em duas passagens do Evangelho, pessoas diferentes pedem que Jesus lhes acrescente Fé. Uma é a do pai desesperado e quase desesperançado diante do seu filho que sofria um processo de subjugação espiritual. Em Mc 9:24 diz o pai: "Eu creio, Senhor, mas vem em socorro à minha falta de fé!", isto é aumenta essa força dentro de meu coração. Em outro momento, em Lc 17:5: "Os apóstolos disseram ao Senhor: Aumenta-nos a fé!", ou seja essa força é um canal divino que pode ser potencializado se nós orarmos a Jesus com humildade: "Jesus, nós queremos crer, entretanto nossas vidas efêmeras neste mundo são de tal forma ilusórias, que tem nos afastado da fé e da caridade. Por isso, Jesus, pedimos humildemente como o pai aflito do evangelho e como os seus discípulos assustados: Aumenta-nos a Fé !"

3- Há muitos orbes no universo como pode constatar a Astronomia moderna. Há orbes puramente espirituais, moradas de espíritos desencarnados, como vemos nas mensagens de "O Céu e o Inferno" e na vastíssima literatura mediúnica brasileira, mormente a de nosso querido Francisco Cândido Xavier. E há moradas físicas como podemos ver na codificação neste terceiro capítulo de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e na questão 55 de "O Livro dos Espíritos".A ciência astronômica pode ofertar-nos hoje inúmeras evidências de que é possível cientificamente admitir a vida em outros planetas. O célebre físico britânico Stephen W. Hawking, 63 anos, reafirmou em Berlim que há vida inteligente extraterrestre. Hawking, que se comunica somente através de um computador devido a uma enfermidade degenerativa chamada Esclerose Lateral Amiotrófica, falou sobre "o universo" no salão nobre da Universidade Livre de Berlim, abarrotado de público, em sua maioria estudantes. Em uma entrevista para a rede pública de televisão ARD, o cientista reafirmou sua crença de que existe vida inteligente fora da Terra:. "Acredito que a vida surgiu por casualidade sobre a Terra. Não estamos sozinhos no universo." Em 1961, Frank Drake, astrônomo norte-americano, atual diretor do Instituto SETI, publicou uma equação que pretende fornecer o número de civilizações inteligentes e que desenvolveram tecnologia em nossa galáxia. Essa equação ficou conhecida como equação de Frank Drake. N = E x P x S x V x I x T x C; onde 'N' é o número de civilizações comunicantes em nossa galáxia; 'E' é o número de estrelas que se formam por ano na nossa galáxia; 'P' é a fração, dentre as estrelas formadas, que possui sistema planetário; 'S' é o número de planetas com condições de desenvolver vida por sistema planetário; 'V' é a fração desses planetas que de fato desenvolve vida; 'I' é a fração, dentre os planetas que desenvolvem vida, que chega a vida inteligente; 'T' é a fração, dentre os planetas que chegam a vida inteligente, que desenvolve tecnologia e 'C' é a duração média, em anos, de uma civilização inteligente. A atribuição dos valores para as parcelas acima foi feita norteada pela ciência atual, porém, com visões bastante otimistas acerca da vulgaridade da vida no universo, de tal forma que podemos falar que estamos obtendo o número máximo possível de civilizações comunicantes em nossa galáxia. Após multiplicarmos as parcelas acima, chegamos a 1 milhão. Isso quer dizer que é possível que tenhamos 1 milhão de civilizações, só em nossa galáxia, que mais do que inteligentes, desenvolveram tecnologia e são capazes de se comunicar conosco. (Prof. Renato L. Casas e D. Mourão, do Observ. Astr. da UFMG (http://www.observatorio.ufmg.br/pas05.htm.). A Agência Espacial Européia está desenvolvendo o Projeto Darwin e também, em torno de 2015, colocará no espaço um experimento com a finalidade de constatar a vida extraterrestre.(José Renan de Medeiros (Ph.D.) do Departamento de Física da UFRN)

4- Se não fosse verdade, Jesus não iria dar esse testemunho e nós não podemos ser cristãos e ignorarmos que Jesus é o Senhor de nosso Universo conhecido, preparando as novas moradas de nossos espíritos na erraticidade e nas futuras humanidade que porventura venhamos um dia a fazer parte na infinita viagem na sucessão das reencarnações.

5- O momento dessa busca de Jesus de suas ovelhas perdidas é o momento de seu retorno à nossa Terra. Isso nós não sabemos quando será. Será dentro de cinqüenta anos, um século, três séculos ou dentro de um ou dois milênios? "Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai." (Mt 24:36) O que significa isso? Nem mesmo espíritos puros sabem precisar a hora do retorno de Jesus. Só Deus o sabe, pois é onisciente e está além do tempo e do espaço.

Allan Kardec, em seu inigualável livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, no seu capítulo terceiro, que tem o título do presente estudo, analisa o texto consolador de João nos seguintes itens: 1-Diferentes estados da alma na erraticidade; 2-Diferentes categorias de mundos habitados: a) Mundos superiores e mundos inferiores; b) Mundos de expiações e de provas; c) Mundos regeneradores; d) Progressão dos mundos; 3- Destinação da Terra.

No item 1, Diferentes estados da alma na Erraticidade, Kardec nos ensina que o espírito desencarnado, na Erraticidade, pois, vive em tipos de moradas quem tem uma plasticidade diferente da nossa, de natureza fluídica, que provém de seus próprios pensamentos. Estas moradas podem ser regiões de ventura ou de sofrimento, de expiação pós-mortem, prévias às dolorosas reencarnações de resgate ou de estudo e preparação para novas experiências de provações na Terra. Em O Céu e o Inferno, há inúmeras comunicações que nos dão notícias dos momentos de dores após a desencarnação que podem se somar à literatura mediúnica brasileira, como a famosa série Nosso Lar, de André Luiz, psicografada pelo nosso querido Chico Xavier e o não menos notável Memórias de um Suicida, psicografado pela saudosa Yvone Pereira.

Nas regiões de sofrimento, denominadas pelo nosso amigo espiritual André Luiz, de "Umbral", que significa pórtico ou passagem, há uma demora do espírito sofredor, na purgação de seus estados emocionais negativos até que possa receber a ajuda que lhe espera na erraticidade através de seus parentes, amigos e protetores espirituais. A famosa série Nosso Lar retrata a peregrinação espiritual de um médico e cientista que viveu no Rio de Janeiro no século XIX e que permaneceu ali por oito anos em perturbação psíquica.

No item 2, sobre as diversas categorias de mundos, ensina-nos Kardec que Há orbes planetários próprios para espíritos superiores e para espíritos inferiores. Nos mundos primitivos, as almas vivenciam as suas primeiras experiências na humanidade. Ali são seres que desejam apenas comida e sexo, obedecendo aos instintos básicos de auto-conservação e de preservação da espécie. Para atingir esses fins, eles lutam entre si e vale apenas a lei do mais forte. Nos mundos de Expiação e Provas, o segundo na escala evolutiva dos planetas, entre os quais está a nossa Terra, as almas já desenvolveram estratégias mentais mais complexas e buscam não apenas os instintos básicos, mas a dominação econômi8ca e política baseada no interesse egoístico. Ali predominam as paixões descritas pelos diversos filósofos como paixões carnais ou pecados mortais. O terceiro degrau na escala dos mundos são os Mundos Regeneradores, onde os seres que já dominaram as paixões vivem uma vida de descanso e preparo para novas lutas. Estes espíritos não são puros e experimentam ainda várias fraquezas da alma, mas não estão submetidos ao governo incontrolável dos instintos e a ira já não é o traço marcante do seu caráter. A seguir, Kardec fala sobre os Mundo Felizes e Celestes, sobre os quais nada podemos falar, pois faltam-nos elementos, restando apenas dizer que ali vivem espíritos sublimados em harmonia e paz verdadeira.

Os mundo evoluem como nós espíritos evoluímos individualmente. Assim como as nações de nosso planeta crescem economicamente, temos nações ricas e nações pobres. Nos países desenvolvidos há entretanto pessoas ricas e pobres. Assim também há pessoas mais abastadas e populações paupérrimas nos paises subdesenvolvidos. Mutatis mutandis, temos mundos de expiações e provas como o nosso em que a maioria ainda ignorante das Leis do Espírito, se arrastam nas vibrações mais baixas da criação, necessitando ainda sofrimento através da reparação psíquica das reencarnações. Mas existem também espíritos de altíssima nobreza espiritual que aqui permanecem por amor e dedicação de renúncia aos seus amigos e parentes e como exemplo não podemos deixar de falar do belo espírito Célia Lúcius/Alcione dos romances Cinqüenta Anos Depois e Renúncia, de Emmanuel psicografados por Chico Xavier. No intervalo de 15 séculos o mesmo espírito vêm buscar almas caídas em dolorosas reincidências dos mesmos erros em posições semelhantes na Terra. Evoluímos individualmente e coletivamente. Como seres autônomos da criação temos responsabilidade sobre os nossos atos, o que não nos desvincula da necessidade de caminharmos em parceria com os nossos irmãos de caminho, muitas vezes considerados adversários, mas sempre companheiros de evolução. Somos colocados lado a lado, para praticarmos a caridade, a tolerância, o perdão e a sublimação de nossas inferioridades. A evolução como sociedade, como nação, como planeta cristão é meta de Jesus para a nossa humanidade. Sabe-se que somos cerca de 20 bilhões de almas gravitando nos períodos encarnados e desencarnados. Sabe-se também que é provável que dois terços não alcancem a possibilidade de acompanhar a evolução da Terra enquanto planeta em evolução. Isso é triste, mas assistindo os espetáculos de sofrimento e impiedade de nossos meios de comunicação, acredita-se que a estatística seja verdadeira. Jesus entretanto, ensinou-nos a senha, no capítulo cinco do Evangelho de Mateus: "Felizes os Mansos, pois permanecerão na Terra." Ser manso é vencer os impulsos da Ira. É dominar suas pulsões, é controlar sua raiva, é dominar seu medo e controlar suas reações. Como? Orando, freqüentando uma escola espírita cristã, para domesticar a fúria que ainda vive dentro de nós. Ali devemos assistir classes de estudo de nossa doutrina esclarecedora, escutar as palestras doutrinárias e evangélicas, tomar o passe, estudarmos, praticarmos a caridade, atendermos os sofredores, escutarmos os angustiados, praticarmos a benevolência, o perdão, a tolerância, a humildade e a compreensão mútua. Deve ser o local para onde nos encaminhamos felizes como feliz ficou Davi ao saber que era o dia de ir ao Templo: "Alegrei-me quando disseram-me: Vamos a casa do Senhor" (Sl 122:1)

Essa é a terapia de que necessitamos para almejarmos permanecer na Terra regeneradora que Jesus está preparando para os nossos espíritos.

Foto do Telescópio Hubble, um dos mais potentes do mundo.

Imagem da Nebulosa Planetária do Olho de Gato (NGC 6543), uma das nebulosas planetárias melhor conhecidas do céu. A imagem revela a bela simetria desta nebulosa, especialmente na região central. Também se pode observar o halo ténue de material gasoso que a envolve, extendendo-se até uma distância de 3 anos luz

segunda-feira, novembro 05, 2007

Conversando com Arnaldo Rocha sobre Chico Xavier

Conversando com Arnaldo Rocha sobre Chico Xavier

Outubro 9th, 2007

Em um preito de amor, carinho e sentimento de gratidão, ante estes dois anos de desencarnação de Chico Xavier – fiel trabalhador do Evangelho na Seara Espírita – que se completam no próximo dia 30 de Junho, o Espírita Mineiro entrevista um de seus mais íntimos e fiéis amigos dos primeiros tempos: Arnaldo Rocha – Conselheiro da União Espírita Mineira e cooperador assíduo de suas reuniões e atividades doutrinárias. Aos oitenta e dois anos, guarda vivo na memória um rico acervo de recordações de sua longa e fraterna convivência com a inesquecível “Alma Querida” de Pedro Leopoldo, algumas delas aqui expostas nesta entrevista.

1) Espírita Mineiro - Arnaldo Rocha, grande parte dos espíritas sabe de sua amizade com Francisco Cândido Xavier, por isso gostaríamos de iniciar nossa entrevista pedindo a você que narre o seu primeiro encontro com o médium de Pedro Leopoldo.

Arnaldo Rocha – Foi na tarde de 22 de Outubro de 1946, exatamente 21 dias após o desencarne de Irma de Castro, nossa querida Meimei. Subindo a Av. Santos Dumont, em BH, esbarrei fortuitamente em um moço simples que caminhava em sentido contrário, derrubei os seus pertences e quase o joguei no chão. Após recolher os objetos espalhados, pedi-lhe desculpas. Foi quando o reconheci, já que acabara de ler uma reportagem da revista “O Cruzeiro” a respeito do médium de Pedro Leopoldo. Fiquei tão emocionado, diante daquele moço, que meu coração dizia já conhecê-lo de algum lugar. Chico me olhou com ternura e pronunciou uma frase que um recém-viúvo jamais poderia esquecer: “Escuta, Naldinho” — não é assim que Meimei lhe falava? Ela está aqui concosco, radiante de alegria pelos seus 24 janeiros, ou melhor, ela diz 24 primaveras de amor! Hoje não é o dia do aniversário da Meimei? Deixa-me ver o retrato dela que você traz na carteira”. Fiquei estupefato, eram detalhes que só nós dois - eu e minha falecida esposa – sabíamos. Foi assim que se iniciou nossa grande amizade.

2) EM – Nos idos dos anos cinqüenta, você, o Clóvis Tavares, o Wallace Leal V. Rodrigues, José Gonçalves Pereira, Joaquim Alves (Jô), e o Ênio Santos formavam um grupo seleto de amigos íntimos do médium. Sabe-se, inclusive, que Chico sempre os convidava para preces e diálogos reservados, no seio da natureza, como por exemplo no açude de Pedro Leopoldo (onde pela primeira vez Chico vira o benfeitor Emmanuel). Como eram esses encontros e o que geralmente ocorria neles?

AR – Nossos diálogos sempre foram pautadas no espírito de amizade, lealdade, alegria e constante aprendizado. Conversávamos sobre diversos assuntos, desde ciência, política, história, religiões e principalmente sobre nossa querida Doutrina Espírita, tendo como encaminhamento final do assunto o Evangelho de Jesus. Nesses encontros, a presença dos benfeitores espirituais era marcante. O que mais me impressionava eram as observações e orientações dos mesmos, acerca dos assuntos nos quais nossas limitações impediam mais altos vôos. Assim, quando o assunto, por exemplo, era história, ao final dos diálogos, os amigos espirituais nos apontavam os erros históricos, os ingredientes que oferecem sentido às incongruências. Havia ocasiões em que traziam narrativas que os homens encarnados desconhecem. Tenho muitas saudades dos momentos vividos junto àqueles amigos, especialmente o Chico por peça principal e aglutinadora.

3) EM – A facilidade e a segurança com que o inesquecível médium mineiro entrava em relação com o Mundo Espiritual, sobretudo com suas vivências passadas, e ainda com o passado das pessoas que o cercavam, é um fato. Como ele administrava essas prerrogativas mediúnicas, e com quem partilhava essas reminiscências e revelações?

AR – A mediunidade do Chico pode ser classificada em diversos ciclos. Em nossa época, ela foi marcada pelas revelações do passado, em razão dele estar psicografando os romances de Emmanuel, e os livros de André Luiz. É interessante observar como as transições na vida do Chico ofereciam-lhe oportunidade de conviver exatamente com os companheiros que fizeram parte dos seus dramas no passado. Com isso, as irradiações específicas emanadas por estes amigos lhe auxiliavam, de alguma sorte, na aproximação de entidades espirituais, bem como na abertura de painéis psíquicos, com suas respectivas reminiscências. Dentre estes companheiros, o médium recebeu verdadeiros pais, educadores, irmãos, como também aqueles que expressavam muitas dificuldades. Dentre os benfeitores citados, não posso deixar de citar o Dr. Rômulo Joviano, José Xavier, Cícero Pereira, Rubens Romanelli, o nosso querido Ênio Santos, e muitos outros que a memória não nos auxilia a citar neste instante. Por nossa vez, em companhia de Clóvis Tavares, Wallace Leal, José Gonçalves Pereira e Joaquim Alves (Jô), travamos luminosos diálogos com o médium, que enfeixavam revelações do passado espiritual de todos nós, inclusive o dele próprio, nosso Chico. Ele nos apresentava seus conflitos pessoais, os seus sonhos, e não escondia suas limitações. Havia uma unanimidade entre nós, nossas vidas eram transformadas, em função das benesses recebidas.

4) EM – Foi por uma sugestão especial do próprio Chico que você se vinculou ao quadro de servidores da União Espírita Mineira? Você poderia nos contar quando e como isso aconteceu?

AR – Na realidade foi o Dr. Camilo Rodrigues Chaves quem me convidou para fazer parte do quadro de trabalhadores da UEM, mas não posso deixar de registrar o apoio constante do Chico, que sempre me falava dos compromissos que eu tinha com essa querida Casa, que tem a missão de unir, em torno do Evangelho, os espíritas das Gerais.

5) EM – Após a mudança do Chico para Uberaba, você continuou a visitá-lo e a se corresponder com ele?

AR – Visitava-o sempre que o tempo me permitia, mas freqüentemente nos falávamos por telefone, além da constante troca de correspondências.

6) EM – Durante toda a sua existência, o iluminado médium de Pedro Leopoldo apoiou, com declarado carinho, o trabalho da Federativa de Minas (UEM). Como explicar esse respeito dele, bem como sua assistência contínua à União Espírita Mineira?

AR – A UEM é a Casa Máter do Espiritismo em Minas Gerais, por isso, sempre que convidado, Chico Xavier nos brindava com sua presença, e ele sempre ressaltava que a unificação dos espíritas deve começar pela união dos corações. Quando nosso Chico iniciou seu trabalho mediúnico, a União o apoiou incondicionalmente, a partir da gestão do inesquecível professor Cícero Pereira. Chico o amava de coração, tanto quanto à sua esposa, dona Guiomar, que o tinham por verdadeiro filho. Aí se sedimentou a reverência e o carinho de Chico para com a UEM, que se estendeu pelas gestões de Dr. Camilo Chaves, Dr. Bady e de nossa Neném Aluotto, até os nossos dias.

7 ) EM – Tendo convivido tão intimamente com o Chico, e tendo dirigido, por tantos anos, em sessões íntimas, sua exuberante e evangelizada mediunidade, o que você recomendaria aos novos médiuns com relação ao trabalho e à divulgação da Doutrina Espírita?

AR – Cito uma frase do companheiro Deolindo Amorim, o qual aprendi a respeitar através da mediunidade do Chico, esperando que nossos irmãos médiuns reflitam em tão importante ensinamento: “Na minha última encarnação — dizia ele já desencarnado em nossas reuniões mediúnicas —, o Evangelho foi o livro de minha vida”. Complementando, de minha parte, digo que sigam o exemplo do Chico. Depois do primeiro contato com Emmanuel em 1931, o devotado médium seguiu-lhe, até os últimos instantes de sua vida, as três recomendações básicas ditadas pelo Senador: Disciplina, Disciplina, Disciplina. O médium necessita de simplicidade – foi o que Chico demonstrou na manjedoura de sua vida; necessita de humildade. Chico apagou-se o tempo todo para que os Espíritos falassem, além de ter delegado a pessoas idôneas e conhecedoras de Doutrina Espírita a tarefa de auxiliá-lo na avaliação das obras psicografadas; necessita de amor – Jesus nos ensina a conjugar o verbo amar quando diz: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. A vida do Chico foi um mandato de amor.

8) EM – Arnaldo, como confidente de inúmeras revelações do querido missionário, o que você poderia nos dizer sobre os romances históricos de Emmanuel – são, de fato, alguns deles, trechos da história evolutiva de Emmanuel e do próprio Chico?

AR – Sem dúvida. Emmanuel, nos seus romances, nos oferece um grande exemplo de amor, luta e verdadeiras transformações. Desde Públio Lentulus Sura e Públio Lentulus Cornélio (Há Dois Mil Anos), Nestório (Cinqüenta Anos Depois), Basílio (Ave, Cristo!), Padre Manuel da Nóbrega, e o Padre Damiano (Renúncia), encontramos muitas personalidades marcantes em busca da evolução consciente. E o nosso Chico sempre esteve caminhando com Emmanuel. Quem não se lembra da sua filha Flávia, em Há Dois Mil Anos…?

9) EM – Algumas dessas suas experiências ao lado do médium incomparável, bem como as revelações que você ouviu dele próprio, ao que se sabe, estão sendo anotadas por um amigo e companheiro de tarefas da UEM. Esse material será publicado em livro, em favor das novas gerações espíritas?

AR – Há quase dois anos que nossa “Alma Querida” desencarnou. Desde então, o companheiro citado nos procurou com o intuito de anotar essas recordações de nossas vivências junto ao médium. No início ficamos ressabiados, mas com o passar do tempo, em que o trabalho foi sendo desenvolvido sem nenhuma pretensão, verificávamos que, mais que um livro, estávamos reeditando uma grande amizade, com preciosos ensinamentos cristãos. Assim, os diálogos foram se transformando em recordações inestimáveis, capazes de traduzir ao coração dos novos espíritas o que foi a inesquecível Pedro Leopoldo de algumas décadas da primeira metade do século XX, quando se reuniam os “Amigos para Sempre”.

10) EM – Qual mensagem você deixaria para os espíritas, com base no seu trabalho e vivência ao lado desse extraordinário apóstolo do Espiritismo, eleito o mineiro mais importante do século XX, em votação popular?

AR – Não me sinto digno de oferecer uma mensagem, já que a busco para o meu próprio coração renitente e devedor. O que posso fazer, sem nenhuma pretensão, são algumas observações, que a vivência junto ao Chico me autoriza. Se estudarmos sua vida, sem pieguismo ou idolatria, encontraremos lições que podem nos auxiliar a nos aproximar daqueles espíritos benfeitores, dos quais Chico foi fiel instrumento, e com isso, transformar nossos ideais em obras concretas. Emmanuel nos ofereceu uma página de luz que deve ser o roteiro de todos nós espíritas, que está contida no livro “Religião dos Espíritos”, com o título Doutrina Espírita. Tenho para mim que precisamos dignificar o Espiritismo, nos dignificando. Finalizo minhas insignificantes palavras rendendo um preito de amor, carinho e um profundo sentimento de gratidão a Chico Xavier. Sinto que, se ele estivesse aqui e nos oferecesse um óbulo para nossas observações, transferiria essa homenagem a todos os amigos de Doutrina, para, juntos, buscarmos Nosso Senhor Jesus Cristo, em Espírito e Verdade. E para transferir o muito que recebemos aos nossos irmãos espíritas, reproduzimos a letra da música que Quinto Varro, como Corvino, na obra “Ave, Cristo!” ensinou às crianças para cantarem em saudação a Taciano — letra musical que Chico me ensinou a ter como roteiro de vida:

“Companheiro, companheiro!

Na senda que te conduz,

Que o Céu te conceda à vida

As bênçãos da Eterna Luz!…

Companheiro, companheiro!

Recebe por saudação

Nossas flores de alegria

No vaso do coração.”

sábado, novembro 03, 2007

L'autore Clovis Tavares

L´AUTORE: CLOVIS TAVARES
L'autore Clovis Tavares



La sapienza divina non sceglie soltanto i semplici come tramiti per le proprie rivelazioni: Clovis Tavares nato il 20 gennaio 1915 a Campi dei Goytacazes, nel distretto di San Sebastiano dello Stato di Rio de Janeiro, era laureato in Storia e in Legge. Ebbe la cattedra di Diritto pubblico internazionale nella Facoltà di Legge, nella Facoltà di Storia Antica e in quella di Filosofia.

Inoltre insegnò storia nel Liceo classico, sempre nella sua città. Ebbe inoltre un’intensa attività intellettuale e letteraria e scrisse quattordici libri religiosi, in prosa e in poesia. Tradusse in brasiliano quattro libri del pensatore cristiano italiano Pietro Ubaldi, del quale scrisse anche una biografia. La sua vita religiosa non fu, del resto, meno intensa, ispirata dal profondo amore per Cristo che considerava suo signore e maestro.

MEDIANITÀ DEI SANTI

Medianità dei santi
Clovis Tavares
2003

» Ordin


Il suo amore e la sua disponibilità verso i poveri furono esemplari e per questo fondò enti sociali e comunità tuttora attivi, come la Scuola Gesù Cristo, destinata ai bambini più poveri; due orfanotrofi destinati ai bambini e alle bambine e molti altri istituti per i ragazzi abbandonati, per i malati e gli invalidi. Fondò anche l’Associazione Brasiliana degli Amici di Pietro Ubaldi che si propone lo scopo di tradurre e diffondere in Brasile le opere del pensatore italiano.
Lasciò la sua vita terrena il 13 aprile 1984, all’ora dell’Ave Maria, ora di preghiera alla quale s’era sempre devotamente dedicato.


Un libro prezioso per la Dottrina Spiritista e insieme un atto di devozione di un figlio, Flávio Mussa Tavares, verso il padre. Clovis Tavares, dopo una lunga e operosa vita terrena, lasciò incompiuto un libro ricco di osservazioni e di analisi inedite, una miniera di verità che il figlio, con líaiuto della madre, si è sforzato di far giungere al lettore compiendo líopera del padre sulla base del famigliare e quotidiano contatto con líautore.

Si tratta di uníindagine puntigliosa su alcuni tra i più importanti santi cristiani, con líintenzione di dimostrare il loro quotidiano contatto con il mondo dello spirito, dei trapassati.
Attraverso Francisco Cândido Xavier, lo spirito di Emmanuel dettò, oltre trentíanni fa, líintroduzione dellíopera, che sembrava allora vicina alla conclusione. Ma la ricerca andò avanti: un libro sapiente che non poté essere portato a termine
dallíAutore perché la verità è inesauribile.

A MEDIUNIDADE DOS SANTOS

Artigo encontrado num site italiano sobre a “Mediunidade dos Santos” de Clóvis Tavares

Será bom recordar logo que os fenômenos psíquicos e os mediúnicos são velhos como o mundo (Palavras de Rozana Masiero)

Nos registros históricos mais antigos, nas mais remotas tradições religiosas, nas antigas escrituras dos hindus, nos cantos célticos, nas manifestações dos magos iranianos, dos profetas hebraicos, nas literaturas gregas e latinas, em todos os lugares e em todos os tempos, encontram-se registros das relações entre o Céu e a Terra. Um consenso universal confirma esta realidade.

A expressão “mediunidade” Aplicada aos Santos da Igreja pode, à primeira vista, parecer em desacordo com o pensamento religioso. Registros inconfundíveis demonstram, porém, que a mediunidade é de todos os seres humanos, seja também com características de ordens variadas devido ao recuo do desenvolvimento e a sublimação do novel moral ligado a cada indivíduo.

Na vida dos grandes heróis da fé, que a Igreja define genericamente como Santos, encontramos os mais notáveis e maravilhosos registros espirituais da integração inteligente do Mundo Invisível com os seres humanos. Os Santos estão sempre a serviço da mediação entre as forças da esfera ultra terrestre e as necessidades humanas. Devotos e sinceros missionários na grande assembléia do Espírito Evangélico, os Santos cristãos, conscientes de sua própria missão espiritual, têm sempre atuado entre o além e a Terra.

Como se pode ver sobre alguns exemplos, tratados na obra “l`imprimatur e o nihil”, extraídos da Igreja, a expressão “mediunidade” é uma conseqüência lógica dos mesmos fatos, como disse Dante na “Vida Nova”: Nomina sunt consequentia rerum. Portanto, não é justo renunciar ao termo apenas por uma aversão preconceituosa. Também, a palavra “mediunidade” é refutada por ser usada de forma abusiva e pelos falsos médiuns ou por mistificadores. Se isso fosse motivo para preconceito, a quantas palavras deveríamos renunciar pela forma abusiva como são utilizadas, a começar pelo sagrado nome de Deus e pelo respeitável nome de Cristo. Estando assim as coisas, de forma consciente e liberada como há muito alguns já fazem. Limitar-nos-emos apenas a alguns exemplos. São incontestáveis os casos de clarividência. Com os olhos e ouvidos físicos também? Não sabemos. “Deus scit”.

Na biografia de Santa Gemma Galgani: “Gemma levava uma intensa vida spiritual. Jesus lhe aparecia, mas nunca a seus olhos físicos”. Outro registro semelhante encontra-se na autobiografia de Santa Margarida Alacoque, a vidente de Paray-le-Monial: “Via-o e sentia perto de mim, ouvia-o muito melhor que com os ouvidos físicos porque deveria me distrair e me levar a fazer outras coisas”.

Padre Thieman, biógrafo de Santa Margarida de Cortona é testemunha de o relato a seguir: “Quando escrevemos sobre a vida de Santa Margarida, não podemos deixar de falar nas visões, conversas com Deus, revelações...”.

A visão se manifesta em dois modos: a visão física, quando Deus impressiona os nossos sentidos, ou seja, assume uma forma visível ou fala em modo perfeitamente perceptível aos nossos ouvidos; a visão imaginária é quando Deus, sem intervenção dos sentidos, cria uma imagem na imaginação do ser humano. As visões de Santa Margarida foram, sobretudo, deste último tipo.

Às vezes, os Santos devem combater as forças negativas do invisível. Como testemunha, Padre A. Auffray, no seu “Santo João Bosco”, onde descreve detalhadamente a dura luta sustentada do Santo no período 1862-1864 “ces persécutions frent vraiment infernales”.

Dom Bosco via, ouvia, percebia e sofria porque tão forte era a força da convicção que o seu espírito estava nas mãos de Deus. Na sua vida, também notáveis foram os fenômenos de premonição que se manifestaram no fim da infância. Foram várias as suas premonições que aconteceram com exatidão.

O que não podemos dizer de Santa Joana Darc. Afrontando a descrença de todas, aos 13 anos ouvia as vozes de São Miguel, arcanjo guerreiro de Santa Catarina e Santa Margarida. Estas mesmas vozes a levariam ao assédio de Orleans. Avisaram-lhe que cairia na prisão e assim a mantiveram até os últimos instantes no suplício.

Tantos outros exemplos poderiam ser citados, considerando ainda os fenômenos da mediunidade curandeira, levitações, etc.

Reescreveremos outras vezes, com grande aprofundamento, sobre a fonte marcada no rodapé da próxima publicação.

Ø (Fonte: Clóvis Tavares, MEDIANITÁ DEI SANTI – Casa do Nazareno, São Paulo)

Traduzido do italiano pela professora Elizabeth Tavares, da Faculdade de Letras da UNIFLU.

L'IDEAL SPIRITE de Francisco Candido Xavier et de Waldo Veira

Le Centre Spirite Lyonnais Allan Kardec

L'IDEAL SPIRITE

de Francisco Candido Xavier et de Waldo Veira


AVANT PROPOS

Francisco Cândido Xavier[1] , né dans l’Etat de Minas Gerais, au Brésil, est considéré l’un des principaux médiums psychographes du monde. Une de ses premières œuvres « Parnasse d’outre tombe, réunit la production de 50 poètes brésiliens et portugais qui sont déjà morts. La perfection du style par laquelle ils s’identifient, a laissé perplexe la critique du Brésil et du Portugal, car le médium possède seulement la 3ème année du premier degré. Après cela, pendant les 40 années d’activité médiumnique Chico Xavier, est ainsi nommé, a déjà psychographié 96 volumes entre la prose et le vers, dont quelques romans sont considérés chefs d’œuvres dans leur genre. Il vit modestement à Uberaba, concédant le droit d’auteur de toute son œuvre – à peu près 2 millions et 800 mille exemplaires – à la manutention d’œuvre qui assistent à la pauvreté. Sa bonté, douceur et élévation spirituelle font de lui une des personnes les plus aimées au Brésil.

Dr. Waldo Vieira, médecin psychiatre distingué, réside actuellement à Rio de Janeiro. Avec Francisco Cãndido Xavier ou seul il a psychographié 14 œuvres importantes par leur contenu scientifique et moral, entre autre « Christ Attend Pour Toi » signé par l’esprit de Balzac, ayant pour scénario la ville de Carcassonne, décrite en détails quoique l’auteur jamais l’ai visitée. Dr. Waldo Vieira co-partage la psychographie de ce livre de poche, que nous présentons maintenant comme un hommage du Brésil à Allan Kardec, dans le 1er Centenaire de sa désincarnation. A propos de cet ouvrage on peut dire qu’il a déjà été lancé en Argentine et présentée par la Phylosophical Library, de New York, sous le titre de « The World of the Spirits », et constitue un authentique « Best Seller » dans son genre.

En étroite communauté de pensées avec nos Frères Brésiliens, nous avons accepté de collaborer à la traduction et à la divulgation de l’Idéal Spirite, répondant ainsi tout simplement aux vues des Bons Esprits pour le rayonnement de l’œuvre générale entreprise par le Brésil Spirite Kardéciste. L’aide ne nous a pas manqué et les en remercions, incarnés et désincarnés. Cet ouvrage, source de forces spirituelles, a, dans toute sa simplicité, sa signification pour chaque intelligence. Il magnifie la doctrine Spirite et son idéal, tel que la Maître Allan Kardec l’envisagea c’est à dire sous le point de vue exclusivement moral. Que Dieu en soit remercié et que sa volonté soit faite.

Union Spirite Kardéciste 216 chaussée de Lodelinsart BILLY (Belgique)

IDEAL SPIRITE[2]

Un livre en miniature, des amis de la Terre, nous sollicitent – un livre de poche pour être lu en n’importe lieu, en m’importe quel endroit ; ensemble léger de feuilles simples pour divulguer la pensée Spirite sans difficulté, soit dans les intervalles de la tâche habituelle ou pendant le trajet en autobus, en excursion forfuite ou durant le repos éventuel, aux moments passés dans une salle d’attente ou en brèves opportunités d’observation et de réflexion dans les lieux publics.
De cette intention est né le présent ouvrage, dans lequel s’alignent des pages et des annotations modestes de plusieurs amis désincarnés, commentant les aspects multiples de la Doctrine de l’Amour qui nous réunit dans les mêmes aspirations.
Il est évident qu’en aucun moment on ne peut faire abstraction de l’étude suivie des diverses disciplines qui ouvrent le chemin ou le burinement de l’âme, mais la mission nous revient de faire accepter inconditionnellement son prestige : à l’école, à la bibliothèque, aux salons de lectures et aux institutions d’éducation.
En effet, la terre d’aujourd’hui, agitée, exige qu’on étende l’éclaircissement rapide à tous ceux qui, préoccupés et inquiets, se plongent dans les activités tourbillonnantes de chaque jour.
Partout, la presse répond à ses besoins en publiant des sélections et des synthèses, des descriptions, minutieuses et des condensations de multiples matières pour la facilité des lecteurs.
Dans cet ordre d’idées, le travail nous incombe d’apporter avec diligence, aux frères et associés, de l’espoir, de l’action, des réponses et des informations immédiates aux recherches adressées à notre Idéal Spirite.
Offrons ainsi à tous les compagnons l’humble fruit de l’essai réalisé, remerciant non seulement les cœurs généreux qui nous ont aidé dans une telle entreprise, mais aussi en demandant la lumière et la bénédiction de Notre Seigneur Jésus Christ pour eux et pour nous.

EMMANUEL
Uberaba, Noël 1962.


n°10 - Septembre 2002

LE SPIRITISME,

Bulletin d’Association
du Centre Spirite Lyonnais


Sommaire du n°10, Septembre 2002

Editorial
Le courrier des lecteurs
13ème symposium spirite à Douai
Décès de Chico Xavier
Un jeudi soir au centre...
Ce que le Spiritisme n'est pas...
Fiche du mois : Corps physique/Périsprit/Ame
Poèsies médiumniques
n°10 - Septembre 2002

Décès de Chico Xavier


Le plus célèbre médium brésilien, Francico Candido Xavier, appelé affectueusement Chico Xavier par les Brésiliens, s'est désincarné à l'âge de 92 ans le 30 juin 2002. (il était né le 2 avril 1910).
Un de nos adhérents brésiliens nous a dit :
"
On ne peut pas mesurer les effets de la mission de Chico Xavier aujourd'hui. Elle est bien plus grande que l'on ne peut l'imaginer.
L'ampleur du mouvement spirite au Brésil a été possible grâce au travail de Chico Xavier. Le Spiritisme, de part le monde, est redevable à l'œuvre que nous a laissé Chico Xavier.
La mort n'existe pas ; c'est la fin d'un cycle : le physique. Il n'y a donc pas de regrets à avoir, parce que nous avons la certitude que cette mission se continuera dans l'Au-delà.
Cela ne peut que nous inspirer l'espoir d'un futur meilleur
. "
Chico Xavier a écrit plus de 400 livres dictés par des Esprits, dont Notre Demeure et La vie continue, vendus au total à environ 25 millions d'exemplaires.
Avant qu'il ne soit enterré, environ 300 000 personnes sont venus se recueillir près de son corps.

Chico Xavier, l’homme et le médium

D'après un référencement établi en 2000, le Spiritisme est le troisième mouvement religieux au Brésil après le catholicisme et le protestantisme. Plus de deux millions de brésiliens déclaraient spontanément être " spirite ". Cette importante représentativité du mouvement spirite dans ce pays est incontestablement liée à la personne de Chico Xavier. Il est considéré et respecté comme un saint par les tous les brésiliens, quelque soit leur appartenance religieuse . Nous vous proposons de découvrir un extrait de la vie de Chico Xavier.

Nous sommes en 1914, à Pedro Leopoldo, une petite ville à l’intérieure des terres du Brésil. João Cândido Xavier discute avec sa femme, Maria João de Deus, au sujet d’une voisine qui vient de subir un avortement. Alors qu’il commence à critiquer cet acte, son fils âgé de 4 ans l’interrompt dans son jugement :
- Vous êtes mal informés sur le sujet. Il y a eu en fait un problème de nidation inadéquate de l’ovule, de sorte que l’enfant a pris une position ectopique.
João Cândido Xavier écarquille les yeux et interroge sa femme :
- Qu’est-ce ça veut dire, Maria ? Ce garçon n’est pas le nôtre. Ils l’ont échangé à l’Eglise pendant que nous étions en confession.
João Cândido Xavier demande ce qu’est une nidation et ce que signifie ectopique. Son fils ne sait pas. Il explique avoir seulement répété les mots soufflés par une voix invisible. Alors que son père le regarde avec méfiance, sa mère le défend :
- Non, João, ce garçon est bien le nôtre !
Ce garçon, né le 2 avril 1910, s’appelle Francisco Cândido Xavier. Tous ses proches l’appellent par son diminutif : Chico.
Quelques mois après cette anecdote, Maria João de Deus tombe gravement malade. Pressentant sa mort prochaine et préoccupée par la situation financière de son mari, Maria confie ses enfants à ses amies proches pour les élever. Quelques heures avant de partir, Maria explique à Chico alors âgé de 5 ans :
- Je veux que tu saches que je vais m’absenter d’ici. (…) Tu vas rester avec Madame Rita, elle sera très gentille et tu vas beaucoup l’aimer. Je reviendrai te chercher. (…) Si je ne peux pas venir rapidement, j’enverrai une jeune fille qui puisse vous aider. Mais si quelqu’un dit que je ne reviendrai plus, que je suis morte, n’y crois pas car je reviendrai.
Rita est la marraine de Chico. C’est une femme bonne mais souffrant d’une grave obsession. Ainsi, elle éprouve un besoin irrésistible de battre plusieurs fois par jour le jeune garçon.
Un jour, se rappelant avec nostalgie les prières quotidiennes que Chico faisait autrefois avec sa mère, il se retire dans la cour, s’agenouille sous les bananiers, et récite le Notre Père que sa maman lui avait appris. C’est alors que sa mère apparaît à ses côtés. Pour Chico, auquel sa mère avait promis de revenir, il n’y ni doutes ni peurs à avoir. Heureux, il l’embrasse de tout cœur et crie :
- Maman, ne me laisse pas ici… emmène-moi avec toi…
- Je ne peux pas dit tristement l’entité
- Je souffre beaucoup, maman ! (…)
- Sois patient, mon fils. Tu as besoin de grandir plus fort pour le travail à venir. Et celui qui ne souffre pas n’apprend pas à lutter.
- Mais, répond l’enfant, ma marraine dit que j’ai le diable en moi…
- Et alors ? Ne t’en soucie pas. Tout passe et si tu ne te plains plus, si tu as la patience, Jésus t’aidera pour que nous soyons toujours ensemble.
Cet épisode fut le premier d’une longue série de contact entre Chico et le monde invisible…

Mickaël P.
centre spirite de Denicé

Le Centre Spirite Lyonnais Allan Kardec


Chico Xavier


Le 2 Avril 1910 dans le petit village de Pedro Leopoldo (Brésil), naquit Francisco Cândido Xavier, mais c’est sous le nom affectif de Chico Xavier qu’il fut connu. Sa mère se désincarna alors qu’il n’avait que cinq ans. Son père fut contraint de répartir la garde de ses neuf enfants et c’est ainsi que Chico fut confié à la garde de sa tante. Il subit de nombreux sévices car cette femme le maltraitait. Elle le frappait tous les matins ou lui enfonçait une fourchette dans le ventre pendant des heures ou encore lui imposait des périodes de jeune prétextant qu’il avait le diable au corps. Un jour, il se réfugia au fond du jardin, comme il en avait l’habitude dans les moments de souffrance et pria. Sa mère, avant de se désincarner, lui avait dit qu’elle n’allait pas mourir. C’est alors qu’elle lui apparu.
« Maman, lui dit-il, je veux partir d’ici. Je ne vis que pour recevoir des coups. »
Sa mère lui recommanda d’être patient : « Celui qui ne souffre pas n’apprend pas à lutter. »
"Ma marraine a dit que j’avais le diable au corps..."
« Ne t’en fais pas. Tout passe et si tu as la patience, Jésus nous aidera afin que nous puissions toujours rester ensemble ». Chico se résigna, ce qui déclencha la colère de sa tante. Son père se remaria avec Cidalia Batista qui rassembla tous les enfants de la famille et devint très vite la confidente de Chico.
Afin de pourvoir à l’éducation des enfants elle cultiva des légumes. Dès l’âge de neuf ans, Chico commença à travailler en allant vendre les légumes dans la rue permettant ainsi de financer l’éducation de la famille.
C’est en 1919 qu’apparurent les premières manifestations médiumniques. Les rêves ponctuaient ses nuits agitées durant lesquelles il se levait pour converser avec ses interlocuteurs invisibles et racontait, au matin, les histoires relatives à des personnes désincarnées. Son père l’emmena voir un prêtre qui, après avoir écouté l'enfant, lui défendit de lire des journaux, des revues et des livres, prétextant qu’il était possédé par le diable. Puis il entra au collège en 1923 et travailla en même temps dans une fabrique, puis dans un café à partir de 1925. Pendant ce temps, ses nuits étaient toujours perturbées et il tombait systématiquement en transe.
Une de ses sœurs tomba malade en 1927. Un couple de spirites, se réunit avec les proches de la malade et réalisèrent la première réunion spirite chez les Xavier. Sur la table, deux livres : L'Évangile selon le Spiritisme et Le livre des Esprits d'Allan Kardec. Par la médiumnité de Mme Carmem, sa mère se manifesta : " Mon fils enfin nous sommes réunis à nouveau. Les livres qui sont devant nous sont deux trésors de lumière. Étudie-les, et accomplis tes devoirs et dans un futur très proche, la bonté divine nous permettra de te montrer tes nouveaux chemins ".
En juin, il fut nommé secrétaire du centre spirite Luiz de Gonzaga. C’est à partir de ce moment que s’épanouit sa médiumnité. Ses écrits qui ne furent pas signés et donc attribués à Chico, pendant quatre ans, prirent une autre dimension sous la signature d’
Emmanuel, guide de Chico Xavier. C’est en 1932 que " Parnaso de além tumulo " (Parnasse d'outre-tombe), que le premier livre de Chico fut publié par la Fédération Spirite Brésilienne. Ce recueil de 56 poèmes est écrit par 14 poètes portugais et brésiliens dans le propre style de leur dernière incarnation. Emmanuel joua un rôle fondamental dans l'historique du christianisme avec des œuvres comme : Há dois mil anos (Il y a deux mille ans). Un récit qui retrace l'une des incarnations marquantes de l'Esprit Emmanuel, ex-sénateur Publius Lentulus Cornelius, histoire palpitante d'un homme qui va vivre les premières heures du Christianisme... Il y a 2000 ans... On peut noter également Avé Cristo (Ave Christ), Cinquenta anos depois (Cinquante ans après) ou Renuncia (Renoncement).
C’est vers la fin de l’année 1941, que l’Esprit Emmanuel se communique à lui pour l’entretenir d’un projet. Il s’agit de transmettre médiumniquement des ouvrages relatant la vie dans le monde spirituel. Peu après, un esprit, André Luiz, médecin lors de sa dernière existence terrestre, dicte par psychographie pendant 700 jours
une série de 13 ouvrages où il révèle ce qu’il découvre dans l’au-delà. Le titre de la série s'appelle "Nosso Lar" et il sera un succès, il reste à l'heure actuelle le livre le plus vendu.
Francisco Cândido Xavier a fait l'objet d'investigations de la part d'une équipe scientifique de la Nasa qui a constaté l'existence, autour de lui, d'un champ magnétique de plus de douze mètres. Mais Chico ne fut pas épargné durant cette existence terrestre. Les calomnies, la justice dont il sortit toujours blanchi, et surtout la maladie firent partie de son quotidien. De graves problèmes aux poumons et aux yeux le perturbèrent depuis 1931. Sur les conseils de son Guide, Chico s’installa en 1959 à Uberaba. En plus des activités médiumniques, Chico visitait chaque samedi, en compagnie de nombreuses personnes qui le suivaient, des familles défavorisées pour leur apporter du réconfort.
Pendant les cinq dernières années de sa vie, Chico affaibli par la maladie, continua à psychographier les messages transmis par les esprits. Le 30 juin 2002, Chico se désincarna à l’âge de 92 ans. Il avait toujours souhaité partir un jour où le peuple serait en fête. Ce jour là, le peuple commémorait la cinquième victoire à la coupe du monde de football. Plus de trois cent mille personnes ont défilé devant son corps et, le 2 juillet, plus de vingt mille personnes ont assisté à ses funérailles .
Pendant 75 années Chico travailla, publiant plus de 400 livres dictés par plusieurs auteurs spirituels, transmettant des centaines de lettres d'esprits à leurs familles incarnées et des millions de réponses à des consultations. Les droits d'auteur de tous ses livres (419 livres vendus à près de 30 millions d'exemplaires), furent donnés gratuitement aux éditeurs spirites et à des associations caritatives. Toute cette œuvre a été supervisée par Emmanuel, son Esprit Guide. La valeur doctrinale de ses œuvres médiumniques est immense car, chacune d'elles développe les idées spirites avec une fidélité absolue avec la codification de Kardec.
La production médiumnique de Chico fut fidèle au reflet de son cœur plein d'amour pour l'humanité, car il a toujours vécu la médiumnité dans ce qu'elle a de plus beau, son caractère consolateur, en adoucissant les peines de ses frères.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Espiritismo é Religião? Allan Kardec


Trechos de "O Espiritismo e' uma Religiao ?" , que é um discurso de
abertura da sessão anual comemorativa do Dia dos Mortos na Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas, realizada em
1. de Novembro de 1868.


Espiritismo é uma Religião?


Allan Kardec



"Dissemos que o verdadeiro objetivo das assembléias religiosas deve ser a comunhão de pensamentos; e' que, com efeito, a palavra religião quer dizer laço. Uma religião, em sua acepção nata e verdadeira, e' um laço que religa os homens numa comunidade de sentimentos, de princípios e de crenças."(...)



"Comunhão de pensamento quer dizer, pensamento comum, unidade de intencao, de vontade, de desejo, de aspiração. Ninguém pode desconhecer que o pensamento seja uma forca; mas e' uma forca puramente moral e abstrata ? Não; do contrario nao explicariam certos efeitos do pensamento e, ainda menos, a comunhão do pensamento. Para o compreender, e' preciso conhecer as propriedades e a ação dos elementos que constituem a nossa essência espiritual, e e' o Espiritismo que no-las ensina."(...)



"Para os Espíritas a comunhão de pensamentos tem um resultado ainda mais especial. Vimos o efeito dessa comunhão de homem a homem; o Espiritismo nos prova que nao e' menor dos homens para os Espíritos e reciprocamente."(...)




"Dissemos que o verdadeiro objetivo das assembléias religiosas deve ser a _comunhão de pensamentos_; e' que, com efeito, a palavra _religião_ quer dizer _laço_. Uma religião, em sua acepção nata e verdadeira, e' um laço que _religa_ os homens numa comunidade de sentimentos (ou pensamentos), de princípios e de crenças. Consecutivamente esse nome foi dado a esses mesmos princípios codificados e formulados em dogmas ou artigos de fe'. E' neste sentido que se diz: _a religiao politica_; entretanto, mesmo nesta acepção, a palavra _religião_ nao e' sinonima de _opiniao_; implica uma ideia particular; a _de fe' conscenciosa_; isso porque se diz tambem: _a fe' politica_. Ora os homens podem envolver-se, por interesse num partido, sem ter fe' nesse partido, e a prova e' que o deixam sem escrúpulo, quando encontram seu interesse alhures, ao passo que aquele que o abraca por convicção e' inabalável; persiste `a custa dos maiores sacrifícios e e' a abnegação dos interesses pessoais que e' a verdadeira pedra de toque da fe' sincera. Contudo, se a renuncia a uma opinião, motivada pelo interesse, e' um ato de desprezível covardia, e', ao contrario, respeitável, quando fruto do reconhecimento do erro em que se estava; e', então, um ato de abnegação e de razão. Há mais coragem e grandeza em reconhecer abertamente que se enganou, do que persistir, por amor-próprio, no que se sabe ser falso e para nao se dar um desmentido a si próprio, o que acusa mais teimosia do que firmeza, mais orgulho do que razão, e mais fraqueza do que forca. E' mais ainda: e' hipocrisia, porque se quer parecer o que nao se e'; além disso e' uma ação ma', porque e' encorajar o erro por seu proprio exemplo."(...)



"Dissemos que o verdadeiro objetivo das assembleias religiosas deve ser a comunhao de pensamentos; e' que, com efeito, a palavra religiao quer dizer laco. Uma religiao, em sua acepcao nata e verdadeira, e' um laco que religa os homens numa comunidade de sentimentos, de principios e de crencas. "





"Crer num Deus todo-poderoso soberanamente justo e bom; crer na alma e em sua imortalidade; na preexistência da alma como única justificativa do presente; na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento moral e felicidade crescente com à perfeição; na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos; na do bem e do mal conforme o princípio: a cada um segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura; na duração da expiação limitada pela imperfeição; no livre-arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal; crer na continuidade que religa todos os seres passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados; considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterna; aceitar corajosamente as provações, em vista do futuro mais invejável que o presente; praticar a caridade de pensamentos, palavras e obras na mais larga acepção da palavra; esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera, extirpando alguma imperfeição de sua alma; submeter todas as crenças ao controle do livre exame e da razão e nada aceitar pela fé cega; respeitar todas as crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam e não violentar a consciência de ninguém; ver enfim nas descobertas da Ciência a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o credo, a religião do Espiritismo, religião que pode conciliar com todos os cultos, isto é com todas as maneiras de adorar a Deus. É o laço que deve unir todos os espíritas numa santa comunhão de pensamentos, esperando que ligue todos os homens sob a bandeira da fraternidade universal."


ALLAN KARDEC

"Revista
Espirita" de dezembro de 1868


http://www.geae.inf.br/pt/boletins/geae277.txt