segunda-feira, junho 30, 2008

PEQUENA BIOGRAFIA DE CHICO XAVIER- Caio Ramacciotti



FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Pedro Leopoldo, MG — 02 DE ABRIL DE 1910 /
Uberaba, MG — 30 DE JUNHO DE 2002



Francisco Cândido Xavier, Chico Xavier ou simplesmente Chico foi
uma das mais cativantes personalidades do século passado. Deixou-nos no limiar do século atual.
Chico, na extensa caminhada de sua existência, percorreu toda uma centúria, distribuindo amor e exemplos de caridade, renúncia, trabalho e dedicação plena ao semelhante. Seguiu, em toda a extensão de seu signi-ficado intrínseco, o mandamento maior que Jesus nos legou.
Não é fácil falar de criaturas simples, porque a simplicidade traduz em si mesma a grandeza dalma, a humildade e, de modo muito particular, no caso específico de Chico Xavier, está ela interligada a vastíssima e mile-nar cultura.
Entendo que essa cultura foi, a meu modo de ver, por tê-lo conhecido e com ele convivido por longo tempo, o resultado de longa caminhada pelos milênios aqui na Terra, e porque não dizer, de anteriores vivências em algum lugar do firmamento distante.
Não fora por suas virtudes, que muito resumidamente menciono aci-ma, como explicarem-se as manifestações de carinho e afeição de parte da comunidade brasileira — de todas as religiões — a alguém que desde criança manifestou intensa ligação com os chamados fenômenos mediú-nicos, com visões, vozes, escritos de evidente inspiração espiritual, faculdades sedimentadas aos 17 anos, de tal forma a ser unanimemente considerado o maior médium de nossos tempos?
Duas terças partes do povo brasileiro reconheceram-no um exemplo de esperança e de amor na Terra, conforme pesquisa da Revista Veja no início de 1966.
Por que Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais de todo o país lhe dedicaram mais de cem cidadanias honorárias, senão pela sua labo-riosa atuação no terreno do bem e do amor do próximo?
Ressalte-se que, pelo seu trabalho na seara do bem, pela sua dedi-cação aos sofredores de todos os matizes, pelo significado de sua mensa-gem inspirada, em 1981 foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz por dez milhões de brasileiros.
O seu estado natal, com as igrejas tradicionais — incrustadas nas faldas das colinas dos burgos mineiros — divulgando, segundo os respeitáveis cânones do catolicismo, os ensinamentos de Nosso Mestre Jesus, honrou-o com o título de Mineiro do Século, em votação promovida pela Rede Globo de Minas Gerais, na virada do milênio, precisamente a 15 de novembro de 2000.
Nesse interessante pleito, Chico Xavier superou a votação de expres-sivos mineiros, como Santos Dumont, Carlos Drummond de Andrade e o popular Pelé, obtendo cerca de 705.000 votos, dois mil e quinhentos a mais que Santos Dumont.
Chico Xavier, de formação católica, tornou-se o ponto de referência do espiritismo — codificado em meados do século XVIII na França por Allan Kardec — não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. E destacou sempre, com absoluta coerência e respeito pela religião de berço, a importância de todas as religiões, que profligam, no bom combate, em essência, o materialismo, que não consola.
Aos cinco anos perdeu sua mãe, Maria de João de Deus, cujo faleci-mento deixou o pai, João Cândido Xavier, humilde operário em Pedro Leopoldo, viúvo com nove filhos, sendo Chico o caçula.
O genitor, em desespero, distribuiu temporariamente os filhos, e anos mais tarde ocorreria novo casamento com Cidália Batista, a segunda mãe de Chico, senhora boníssima, mas que logo deixaria, por falecimento precoce, esposo, filhos e uma família enriquecida por mais seis crianças...
Enquanto ficou na casa da madrinha, Rita de Cássia, o rigor dessa senhora, a quem Chico sempre endereçou palavras de agradecimento e respeito, cumulou-o de garfadas no abdome e o fez lamber feridas de outra criança, o Moacir, para curá-las.
Lambendo-as por três sextas-feiras, Chico efetivamente as curou, recordando-nos o milagre da rainha santa, Isabel de Aragão, a Santa Isabel reverenciada pelos católicos, de modo especial na Península Ibérica e no Brasil.
Devo destacar que o temperamento da madrinha permitiu ao Chico reencontrar a mãezinha tão amada, Maria de João de Deus, que, em espí-rito, aparecia-lhe no quintal da casa, à sombra das bananeiras, aconse-lhando-o a respeitar a mãe adotiva e a confiar em Deus, pois que com o tempo, ele e os irmãos teriam uma segunda mãe, amorosa e amiga.
Não pôde freqüentar a escola como desejava, cursando apenas e com dificuldade os primeiros anos de letras, devido ao trabalho duro e impla-cável que renteava as altas horas da noite, para ajudar no magérrimo orça-mento familiar.
Trabalhou dos 8 aos 12 anos numa fábrica de tecidos, enquanto freqüentava o curso primário; dos 12 aos 19 no comércio e aos 21 anos, em 1931, ingressou na Fazenda Modelo de Criação do Ministério da Agricul-tura, em Pedro Leopoldo, pelas mãos de seu diretor, Dr. Rômulo Joviano.
Já, então, na condição de funcionário público federal, trabalhou até sua aposentadoria, com singular exemplo de assiduidade.
Sua primeira mensagem psicografada ocorreu a 8 de julho de 1927, e a partir de 1931, com a supervisão espiritual explícita de Emmanuel, seu Benfeitor Espiritual, suas atividades mediúnicas, que se haviam iniciado de modo mais regular em 1927, ganharam notoriedade, com o lançamento de Parnaso de Além-Túmulo, obra poética assinada por vates respeitáveis do Brasil e de Portugal, composta de poemas que bravamente resistiram à crítica literária, que, atônita, viu pelas mãos de um mineiro simples, até então desconhecido, descer ao nosso mundo uma catadupa de luzes, sob a inspiração de conhecidos poetas patrícios e de Além-Mar.
Surgiu uma sucessão de livros, romances, crônicas, mensagens, poe-sias, cerca de 440 obras (!), cujo número aumenta paulatinamente com trabalhos póstumos que estão surgindo, quais escrínios guardados por amigos do saudoso Chico e que começam vir a lume.
Todos os livros tiveram seus direitos autorais doados por Francisco Cândido Xavier a editoras espíritas que, além de divulgá-los, sem o obje-tivo de lucro, deveriam obrigatoriamente, e o fazem, destinar recursos a tarefas de cunho filantrópico, investindo em orfanatos, asilos, creches e atividades outras de solidariedade às populações carentes de nosso país.
Foi como se o céu dos espíritas subitaneamente se povoasse de novas estrelas — as instituições beneficentes, que se multiplicavam enfatizando uma das características das atividades da doutrina: a preocupação com o semelhante, com suas dificuldades materiais e espirituais, com os padeci-mentos físicos e as dores da alma.
Milhares de milhares de famílias, que perderam entes queridos, rece-beram, por décadas, mensagens dos familiares que partiram e puderam en-contrar o norte perdido pela dor ingente, que as lágrimas testemunhavam nas reuniões públicas de Pedro Leopoldo e Uberaba.
Quem observasse Chico Xavier lendo essas mensagens após recebê-las, notaria comovido que as lágrimas inestancáveis rolavam dos olhos cansados e lhe embargavam a voz, nos últimos tempos já mais fraca e cansada...
Muitas dessas mensagens fazem parte de livros que compõem o vasto acervo produzido pelo médium, cuja produção editada atinge os vinte e cinco milhões de exemplares, dos quais Chico nunca recebeu um único centavo.
Nosso Lar, sua obra mais vendida, já supera a tiragem de um milhão e meio, e as edições de seus livros em inúmeros idiomas se multiplicam.
A mudança em janeiro de 1959 para Uberaba não alterou o rumo de sua vida de sacrifícios, não obstante a merecida aposentadoria como funcionário público federal, ligado ao Ministério da Agricultura, que viria a ocorrer em 1961.
Continuou a dedicar-se integralmente ao semelhante e à vivência do Evangelho, mergulhando noite adentro no exercício das tarefas que abra-çara e que nada neste mundo conseguia sobrestar.
Sempre dormiu pouquíssimo, e, se necessário, atendia aos que o procuravam até o sol nascer. Isso ocorria nas reuniões públicas de Pedro Leopoldo e Uberaba, nas viagens pelo país, quando do recebimento dos títulos de cidadania e nas tardes-noites de autógrafos, muitas das quais presenciei, vendo o Chico despedir-se de cada pessoa com uma rosa na mão e, nos lábios, o sorriso amigo, iluminado pelas claridades da aurora, na manhã do novo dia que se iniciava.
Havia uma particularidade no Chico que muitos dos que dele se acer-caram puderam observar: o perfume que dele transcendia, com intensidade variável e aromas diferentes.
Não era perfume, em hipótese alguma, de origem terrena, elaborado com nossas flores ou com fragrância de alfazema, e, sim, decorrente da presença constante junto dele de espíritos iluminados, como Sheilla, que o envolviam na atmosfera perfumada a evidenciar sua estatura espiritual. Era o perfume de sua alma.
Nas preces com a presença dele, se colocássemos garrafas de água para beber, o líquido incolor dos recipientes se perfumava e adquiria, por vezes, coloração branca como a neve mais pura das geleiras árticas. O mesmo ocorria com lenços que se colocavam em suas mãos. Ele no-los devolvia com perfume tão intenso e em tanta quantidade que ficavam molhados, gotejando...
Ainda guardo em casa um lenço perfumado nessas condições há 40 anos.
Em seus comparecimentos freqüentes na Televisão, soube cativar os lares que o viam e ouviam atentamente com sua mensagem de paz e espe-rança.
A apresentação que marcou sua longa convivência com a televisão brasileira deu-se em 1971, no célebre Pinga-Fogo, da TV Tupi de São Paulo, após o que Chico Xavier ocupou espaços em horários nobres, sempre com destacada audiência, nos principais programas da TV brasi-leira.
Lembra-me que Chico no Pinga-Fogo, então com 61 anos, submeteu-se a perguntas de telespectadores e do seleto grupo de personalidades do mundo cultural e meio jornalístico da época. Os lares brasileiros, magneti-zados, ouviram-lhe as ponderações a respeito de temas que estavam em evidência no início da década de 70.
Deixou-nos aos 92 anos, no início da noite de 30 de junho de 2002, do mesmo modo que sempre viveu. Sem dar trabalho a ninguém, sem demonstrar sofrimento ou qualquer ansiedade. Partiu para os Céus, para a sua Pátria Espiritual, sorrindo, como a nos dizer:
— Amados amigos, eu os amo muito. Obrigado por tudo de bom que de vocês recebi. Se mo permitirem, peço-lhes: Amai-vos uns aos outros, como o Senhor nos amou...
Chico viveu e morreu como um justo, uma alma amiga, uma criatura despojada de valores outros que não sua simplicidade e o respeito a Deus. Sofreu com o sofrimento, sem, contudo, esconder-nos o seu sorriso gene-roso, amigo, de quem sempre estava de bem com a vida.


São Bernardo do Campo, 30 de junho de 2008

Caio Ulysses Ramacciotti
Diretor Presidente do GEEM – Grupo Espírita Emmanuel

sábado, junho 28, 2008

FANTASIA OU PSICOGRAFIA?



É pena que alguns cultos padres e frades católicos tenham deflagrado violentos ataques ao Espiritismo, sem dedicar-se ao estudo consciencioso do problema das regiões de sofrimento no Além-Túmulo. Nestes violentos panfletos e livros, eles geralmente se apresentam como desconhecedores da existência dessas regiões de dor em que se encontram espíritos desencarnados em débito com a Justiça Divina. Tanto assim que um deles, numa dessas catilinárias contra o Espiritismo, afoitou-se a denominar “uma fantasia psicografada” o notável livro de André Luiz – Nosso Lar, recebido por Francisco Cândido Xavier –, admirando-se das revelações que o inteligente escritor desencarnado faz a respeito de seus sofrimentos no Umbral, isto é, em zonas purgatorias do Invisível. Infelizmente, esses irmãos não puderam aceitar, pela fé ou pelo entendimento, as notícias de André Luiz, que “descrevem a vida e a atividade fantástica do mundo depois da morte”, E pena, dissemos, porque na própria bibliografia católica legitimamente católica (com imprimatur, da Igreja), os indóceis adversários da Doutrina Espírita encontrariam elementos para entender algo a respeito desse mundo que nos espera a todos, a eles, a mim, ao leitor, além das dimensões deste mundo físico em que temporariamente nos manifestamos.


Mundo invisível que se hierarquiza em regiões de dor e de felicidade, regiões diversificadas a confirmarem aquela palavra de suprema autoridade de Cristo: “Na Casa de meu Pai há muitas moradas”. André Luiz descreve em Nosso Lar uma dessas moradas, próximas de nosso Planeta, onde as almas se preparam para ascensões maiores. Também nessa obra, descreve ele regiões purgatoriais em que viveu oito anos entre sofrimentos, sombras e lágrimas.


Pois chamam a isso fantasia, “uma fantasia psicografada”. Entretanto, na vasta literatura católico-romana se encontram inúmeras descrições do mundo invisível, que abonam as descrições mediúnicas de André Luiz.


As Atas de Santa Perpétua, (século IV), cuja autenticidade nos é garantida por Santo Agostinho, descrevem as regiões purgatoriais como o faz André, em Nosso Lar. Vê Perpétua seu irmão Denócrito, que morreu com um câncer na face, no purgatório (“num lugar tenebroso, no qual se acham, muitas pessoas”) ainda com a úlcera no rosto. E padecendo grande sede, qual André no Umbral. Mais tarde, após os sofrimentos purgatoriais, ela o vê brilhante e belo.


E as descrições do Apocalipse? E as notícias de Josefa Menéndez? E as de Ana Taigi (que o Papa Bento XV declarou bem-aventurada em 1920), que nas suas mensagens revelou os sofrimentos do Cardeal Dória, depois da morte, além de sacerdotes e pregadores, todos em padecimentos purgatoriais?


Seria bem útil aos detratores do Espiritismo a meditação das revelações e mensagens, obtidas no seio de sua própria Igreja, a respeito das regiões de sofrimento além da morte, dessas regiões que, intensamente inclinados para as interpretações materialistas dos fatos mediúnicos, consideram “descrições fantásticas”.


Os livros de Santa Teresa de Jesus, as narrativas de Mons. De Segur, do Cura d’Ars, de Santa Margarida Maria Alacoque, de Santa Brígida de Vadstena, de São Paulo da Cruz, de Santa Clara de Montefalco, o famoso Manuscrito do Purgatório, as visões e descrições dos sofrimentos de Além-Túmulo feitas por Madame Brault (famosa mística canadense, biografada pelo Padre Louis Bouher), além de muitos outros, são depoimentos que revelam, como o faz o Espiritismo, a existência de regiões de padecimentos, de infelicidade, de tormentos além da vida física.


Não podemos ignorar, portanto, essas realidades espirituais. A Doutrina Espírita ainda nos esclarece (vejam-se os livros de André Luiz, especialmente Libertação e Ação e Reação) as Inteligências tenebrosas que dominam essas regiões, muitas de horror infernal, preparam verdadeiras conspirações contra a obra de extensão do Reino de Deus na Terra.


Através de vasta rede de atividades obsessivas e inspirações malignas, servindo-se da falta de consciência e da invigilância dos homens, realizam os mais diferentes objetivos do mal, amordaçando consciências, destruindo lares, tumultuando as atividades do bem, destruindo a fé, semeando discórdias e desânimos, preparando simonias e apostasias, lançando o joio no trigal de Cristo.


Neste último setor, vemos os tristes resultados na materialização e paganização crescente dos ambientes religiosos de todas as igrejas e crenças, inclusive em nosso campo doutrinário do Espiritismo. Apresentamos um só exemplo – o da mediunidade transviada, como bem a denominou André Luiz.



TAVARES, Clóvis, MEDIUNIDADE DOS SANTOS. IDE e EDIOURO. 2005

JURACY DE PAULA NA REVISTA ESPIRITA DE CAMPOS


O objetivo desta sessão da REC é dar a conhecer aos nossos leitores, um pouco da história de
vida e missão dos diversos trabalhadores da seara espírita. Alguns são bastante conhecidos. Outros, no entanto, foram missionários anônimos que a história não registrou e o mundo não conheceu, mas que humildemente dedicaram a sua vida ao bem do próximo como Juracy de Paula. Sobre ela, transcrevemos aqui depoimento de Dr. Flávio Mussa Tavares, médico homeopata e trabalhador espírita em nossa cidade.


“Juracy nasceu em Santo Antonio do Imbé
em 21 de abril de 1912, filha de Virgílio de Paula,
primeiro presidente da Escola Jesus Cristo. Desde
tenra idade manifestou gosto musical apurado e seguiu
os passos de seu pai, que também era músico
autodidata. Tornou-se professora e pianista e, além
disso, tinha um dom especial para compor”.
“Conheci Juracy em minha infância na Escola
Jesus Cristo e a sua figura delicada e mansa era
uma fonte de ternura para as crianças para quem ela
era uma professora extremamente zelosa. De baixa
estatura, cabelos brancos como os de sua irmã Inayá
e sempre com um discreto sorriso nos lábios”.
“Posso dizer que a infância de minha geração
na Escola Jesus Cristo, foi marcada pela presença
de alguns professores de Evangelho os quais
jamais se apagarão de nossa memória. Uma delas é
Juracy, a doce Sissi. Até sua desencarnação , em 16
de setembro de 1970, permaneceu fiel aos seus trabalhos
na Escola Jesus Cristo e em Santo Antonio
do Imbé, na evangelização de crianças e no ensino
da música, alegrando corações, despertando consciências
e ensinando a todos com os seus exemplos
de modéstia evangélica, obediência, resignação e fidelidade
a Jesus e a Kardec. Seus gestos nobres e
serenos estarão sempre registrados nos mais recônditos
escaninhos de minha memória com muita gratidão e
alegria”.
“Deus abençoe e engrandeça sempre a querida
Sissi”.


Muitos outros companheiros lembram-se dela com muito carinho e admiração. Maria Helena
Vieira, oradora espírita de nossa cidade, conta-nos que anos atrás, durante o culto do lar em sua casa, comentavam sobre a humildade daquelas criaturas que passam pela vida no anonimato, não obstante, serem verdadeiros missionários, trabalhando pelo bem sem aparecer. Refletindo sobre isso lembraram-se de Juracy de Paula e no encerramento pediram bênçãos de paz e
elevação espiritual para a irmã que fora alvo daquelas lembranças durante a reunião. Dias depois, ao final de uma reunião pública no Grupo Espírita Aracy durante a qual se processava um receituário mediúnico e depois de entregues as receitas aos respectivos interessados
restou uma mensagem que sem destinatário Maria Helena considerou como endereçada a ela em função de seu conteúdo.
“Volvo ao convívio de vocês para trazer-lhes o testemunho de minha gratidão pelas preces de carinho e de saudade. Premiada que fui, nesta oportunidade quero deixar
bem claro a minha posição de espírito desejoso de progresso.
Não sou, nem fui nenhuma missionária e rogo mesmo que não me tenham como tal.
Desejo, em nome de Jesus, coragem e perseverança para me manter nos mesmos propósitos de elevação espiritual, rogando ao divino doador, bênçãos de humildade, resignação e amor. O que mais anseio é servir ao próximo amando a Deus. Estamos todos iniciando os rudimentos de espiritualização com todas as limitações de espíritos em prova. Agradeço de alma em preces, os conhecimentos adquiridos na revelação espírita e rogo ao Pai celestial luzes e paz para todos aqueles que ontem como hoje mantêm acesa a chama divina do Cristianismo do Cristo.
Irmãos espíritas, irmãos cristãos de qualquer confissão religiosa, que Jesus nos sustente nas lutas da exemplificação do que temos aprendido, a fim de que o nosso exemplo induza os nossos irmãos a Te conhecerem. Repito os meus agradecimentos a todos que me recordam em suas preces. Muita paz!”


Juracy de Paula




*Foto cedida pelo Museu de Ciro - Exposição Espirita Permanente
da Escola Jesus Cristo - Campos-RJ


Notas


1-Escola Jesus Cristo, instituição espírita de cultura e caridade, fundada
em 27/10/1935.
2-Carmem Felinto, nordestina de nascimento, residiu em Campos
dos Goytacazes-RJ, durante muitos anos. Espírita, atuou como médium
no Grupo Espírita Aracy. Hoje realiza relevantes trabalhos
assistenciais na cidade de Fortaleza-CE.
3-Hinos de autoria musical de Juracy:
• Fica Conosco • Convite ao Pecador (letra de Clóvis Tavares) •
Invocação a Maria (letra de José Honório de Almeida) • Prece à
Maria (letra de Auta de Souza, psic. F. C.Xavier) • Virgem de Nazaré
(letra de Clóvis Tavares)
• Mãezinha ( letra de Lill, psic. F.C.Xavier) • Gratidão à Célia (letra
Clóvis Tavares) • Hino do Entardecer ( letra Emmanuel – 50 Anos
Depois – psic. F.C.Xavier) • Hino da Prisão Mamertina( letra Emmanuel
– 50 anos depois – psic.F.C.Xavier) • Hino a Célia ( letra de
Clóvis Tavares • Ao Pai do Ceu ( letra de João de Deus, psic. Cirene
Batista) • José Nazareno ( letra de Clóvis Tavares) • E outros ...
Juracy de Paula

sábado, junho 21, 2008

CLÁUDIA E TÚLIA

Cláudia e Túlia

Flávio Mussa Tavares

Estava eu a transitar a pé pelas ruas do centro de nossa cidade neste sábado 21 de junho, ainda sentindo em tudo a referência espiritual à nossa querida Célia Lucius, quando recebi de um marqueteiro de rua uma propaganda de “Conselheira Espiritual”, que “faz e desfaz qualquer tipo de trabalho, simpatias para o amor e todos os fins, oferece respeito, seriedade e confiança, além de garantia imediata e sigilo absoluto.”

Fiquei então a meditar sobre duas personagens específicas do “50 Anos Depois” que buscaram conselheiros espirituais para problemas amorosos.

Uma é Cláudia Sabina, que buscou uma médium que também fazia e desfazia qualquer tipo de trabalho e resolvia necessidades amorosas e para qualquer tipo de fim. O objetivo de Sabina era obter o amor de Helvídio com a morte de sua esposa, sua rival e inimiga figadal.

Outra era Túlia Cervina, que buscou uma reunião cristã genuína por estar sofrendo com o afastamento emocional e físico do marido e obteve, no seu entender uma graça, pois o esposo ficou mais afeto ao lar.

Vemos então dois tipos de pessoas.
Cláudia e Túlia. Cláudia quer a destruição de algo para obter a sua graça. Túlia só se interessa pela sua felicidade conjugal, sem ofender a ninguém.

Dois tipos de ajuda espiritual.
Cláudia procura Plotina, a médium que trabalhava como uma feiticeira, como uma bruxa que entre seus amuletos e apetrechos lia a mente da entrevistada, perscrutava o ambiente e sugeria a malícia refinada. Ensinou a Cláudia, por exemplo, que não devia matar a sua rival, pois o sentimento entre ela e Helvídio era espiritual e só a morte do espírito mataria o liame entre eles. Propôs a Cláudia a simulação de um parto no dia da chegada de Helvídio de uma viagem que durara um ano. Com essa insinuação de traição e adultério, ela mataria a alma de Alba Lucínia e teria o seu amor para sempre. Todavia, como Plotina era mesmo uma médium de alta percepção, sentiu a presença espiritual de Célia Lucius e adiantou que havia uma força do bem poderosa que poderia desarticular todo o plano das trevas.
Túlia buscou uma reunião cristã, conversou com o pregador do Evangelho chamado Policarpo que lhe deu conselhos morais dos quais muito se beneficiou. Policarpo não foi buscado como intermediário de notícias do outro plano ou de facilitador de favores, mas sim como alguém que, portador de sabedoria, poderia elucidar a situação e aconselhar segundo o espírito.

Duas motivações amorosas.
Cláudia era motivada pela paixão possessiva, obsessiva e egoísta. Queria a destruição de um lar harmonioso governado pela afeição, para a construção de uma relação que teria base na paixão erótica.
Túlia era motivada pela carência afetiva, pela admiração ao esposo, pela saudade dos velhos tempos de amizade e pela esperança de que seu marido não se perdesse em desvios de caráter e de que o lar não se desfizesse.
Cláudia é o contra-exemplo. Representa tudo que é abominável em uma mulher. Sensualidade excessiva, desrespeito pela liberdade alheia, egoísmo extremo, desrespeito ao próprio lar, malícia, astúcia, crueldade, cupidez, ambição, espírito rancoroso e odiento. Sua ética de vida é a de uma mulher fútil e grosseira que apenas vê o imediatismo de seus instintos básicos.

Não temos em Túlia Cervina um exemplo de cristã, mas ao menos temos nela um modelo de dignidade. Não é um ideal de mulher apresentado por Emmanuel, mas é um tipo psicológico que vive dentro de uma ética aceitável e coerente com os princípios de qualquer sociedade honrada. Toda mulher tem o direito de tentar salvaguardar o seu lar e ajudar àquelas que tem a sua paz doméstica ameaçada por aventureiras.

Infelizmente no meio espírita há uma grande complacência com o modo de vida moderno.

Tenho visto em várias outras denominações programas de ajuda às famílias com problemas de desajuste, o que é um fato pouco evidente nas instituições espíritas. Isso é uma pena, pois nós somos legatários de um conhecimento tão vasto, que faz um link eterno e indissolúvel entre nossas diversas existências. Nós, mais que todos, temos um compromisso de nos sustentar mutuamente nas possibilidades de desistência nas lutas da vida.

A conclusão deste breve olhar sobre estas duas mulheres do romance de Emmanuel, é que quando se busca o Espiritismo apenas para problemas físicos ou emocionais, mesmo sem qualquer intuito de melhora interior, ainda assim, a espiritualidade se apieda e faz de nós instrumentos de ajuda a quem cumpre com os requisitos da Divina Providência.

Concurso Literário




REGULAMENTO DO CONCURSO LITERÁRIO ESPÍRITA JOÃO CASTARDELLI ANO 2009
***
A Fundação Espírita André Luiz – FEAL torna público que instituiu o Concurso Literário Espírita João Castardelli – Ano de 2009, divulgando neste ato, para conhecimento de todos os interessados, o regulamento que estabelece as normas para a participação.
I - DO OBJETO
1. Constitui objeto do presente concurso a premiação de autores de textos inéditos em língua portuguesa, sob forma de romance e auto-ajuda, de temática adulta, sendo indispensável que os textos estejam fundamentados em preceitos definidos nas obras de Allan Kardec e que não sejam adaptações de outros textos literários e que não contenham desenhos e/ou ilustrações.
II – DAS CONDIÇÕES
2. Poderão participar do concurso pessoas maiores de 18 anos, brasileiros ou não.
3. É vedada a participação no Concurso de Membros da Comissão Julgadora, Membros da Comissão Organizadora, Membros dos Conselhos Deliberativo e da Fundação Espírita André Luiz e seus familiares, bem como funcionários remunerados da Fundação Espírita André Luiz e do Centro Espírita Nosso Lar - Casas André Luiz
4. Cada concorrente poderá participar com quantos textos originais desejar, sendo obrigatória a inscrição de cada obra separadamente.
5. Os textos deverão ser apresentados em 3 (três) vias, em papel tamanho A4, digitados em aplicativo Word for Windows, usando fonte Times New Roman, corpo 12, em espaço 2, com – no mínimo 75 (setenta e cinco) e no máximo 200 (duzentas folhas) numeradas no canto superior direito. Os trabalhos classificados, posteriormente, será pedido o envio de um cd com o texto.
6. A capa de cada via do original deverá conter SOMENTE o título da obra e o pseudônimo do autor.
7. O encaminhamento deverá ser procedido da seguinte forma:
a) Um envelope lacrado, contendo as 3 (três) vias de cada texto inscrito.
b) Um envelope contendo a ficha de inscrição, modelo próprio, e cópia do comprovante da taxa de inscrição.
8. Os envelopes deverão estar sobrescritos:
Concurso Literário Espírita João Castardelli – ano 2009
Fundação Espírita André Luiz
Rua Ezequiel Freire, 732 / 736
02034-002 – São Paulo – SP
TÍTULO DA OBRA:
PSEUDÔNIMO DO AUTOR:
III – DAS INSCRIÇÕES
9. As inscrições dar-se-ão no período de 1º de junho até 14 de novembro de 2008 e não haverá prorrogação do prazo.
10. A taxa de inscrição é de R$ 5,00 (cinco reais) para cada trabalho apresentado e deverá ser depositada em nome da Fundação Espírita André Luiz, na seguinte conta corrente:
Bradesco – Agência 3397-9 c.c. 64880-9
11. Serão desconsideradas as inscrições encaminhadas via correio ou as entregues pessoalmente na Fundação Espírita André Luiz após o dia 14 de novembro de 2008, as apresentadas de forma diferente ao que está determinado no presente regulamento e as que não contiverem o comprovante de depósito mencionado no item 10.
12. Não haverá devolução da taxa de inscrição, salvo os casos de cancelamento ou anulação do Concurso.
13. Os envelopes poderão ser encaminhados pelo correio, com Aviso ao Remetente, ou entregues pessoalmente, no horário comercial, de segunda à sexta feira, Na Fundação Espírita André Luiz, SOMENTE na Rua Ezequiel Freire, 732/736 02034-002 São Paulo – SP.
14. Não serão aceitos textos remetidos via Internet, fax, disquetes, cd’s, ou que não contenham 3 (três) vias do texto ou qualquer outra forma diferente da estabelecida neste Regulamento.
15. Este concurso será cancelado, na hipótese de, ao término de inscrições (14 de novembro de 2008), o número de inscrições for inferior a 10 trabalhos.
IV - DA SELEÇÃO
16. A pré-seleção e a seleção final serão realizadas pela Comissão Organizadora e suas decisões são irrecorríveis
17. O resultado da pré-seleção será publicado no site www.feal.com.br e anunciado pela Rede Boa Nova de Rádio (www.radioboanova.com.br)
18. Da totalidade dos textos inscritos serão selecionados 8 (oito) dos quais 2 (dois) considerados melhores serão premiados e os 6 (seis) restantes avaliados para possível publicação pela Mundo Maior Editora até o ano de 2010
V – DA PREMIAÇÃO
19. Será considerado o prêmio de 100 (cem) exemplares aos 2 (dois) melhores ganhadores de cada uma das categorias, e que serão publicados pela Mundo Maior Editora, de acordo com seu cronograma de publicações. O dia da divulgação da premiação será dado conhecimento a todos os interessados no site www.feal.com.br e anunciado pela Rede Boa Nova de Rádio (www.radioboanova.com.br).
VI – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
20. A inscrição, por si só, já determina que os inscritos possuem pleno e inequívoco conhecimento dos termos do presente regulamento, bem como que concordam integralmente com todas as condições aqui estabelecidas, especialmente quanto à aceitação de que os direitos autorais serão repassados a título gratuito para a Fundação Espírita André Luiz para a publicação dos trabalhos sob forma de livro. Tudo o que estiver relacionado com o presente concurso, sejam imagens, depoimentos, entrevistas etc, poderá ser utilizado para publicidade.
21. Os autores dos textos inscritos respondem, em qualquer tempo, pela autenticidade dos respectivos textos e serão os únicos responsáveis por plágio, cópia indevida da obra e demais crimes previstos na Lei de Direitos Autorais.
22. Os trabalhos selecionados, quando de sua publicação pela Mundo Maior Editora, sofrerão revisão seja no aspecto lingüístico, seja no aspecto doutrinário, inclusive inserindo eventuais notas de rodapé julgadas necessárias.
23. As obras não selecionadas entre os 8 (oito) (ver item 19) poderão ser retiradas pelos autores ou representantes formalmente autorizados diretamente na Fundação Espírita André Luiz, SOMENTE na Rua Ezequiel Freire, 732/736 02034-002 São Paulo – SP., no período compreendido entre 1º de julho de 2009 até o dia 28 de agosto de 2009, inclusive, sempre de segunda a sexta feira no horário das 8h às 17:30. Após essa data é certo que os textos serão incinerados.
24. Os casos omissos deste Regulamento serão resolvidos pela equipe organizadora.
FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ

Bezerra de Menezes - O Filme





Dia 29 de Agosto cairá numa sexta-feira (aniversário de Bezerra de Menezes), será
lançado nacionalmente pela FOX FILMES DO BRASIL, o filme:
Bezerra de Menezes - O MÉDICO DOS POBRES.
Maiores Informações no site:
www.bezerrademenezesofilme.com.br
O que conta para o sucesso ou não de uma
produção, é o público da PRIMEIRA SEMANA do FILME! É ASSIM QUE AS
GRANDES DISTRIBUIDORAS TRABALHAM.
Caso o filme obtenha sucesso, as grandes produtoras terão certeza de que
vale a pena investir no Espiritismo, em filmes, peças, enfim, na divulgação
das idéias espíritas. E para que isso aconteça precisamos fazer nossa parte.
Com certeza cada um de nós têm uma vasta rede de amigos e contatos.
Vamos divulgar muito o filme, para todos!
Muita Paz!



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"Não me assusta o grito dos violentos. O que me preocupa é o silêncio dos bons"
Reverendo Martin Luther King Jr.

Marlene Nobre fala sobre o significado da obra de Chico Xavier

"Chico Xavier deu, pois, credibilidade ao Movimento Espírita"



A obra de Chico Xavier é a continuidade e, naturalmente, a ampliação da obra de Allan Kardec. Somente no século XX a mensagem da 3ª revelação poderia ser ampliada, como de fato o foi, para que o Espiritismo pudesse acompanhar os extraordinários avanços conceituais da Ciência, que começariam, justamente, a partir do início do referido século. Allan Kardec compreendeu muito bem que a ampliação natural da Revelação deveria contar com o beneficio da passagem do tempo, sobretudo quando o Espírito Zéfiro lhe disse, conforme consta do livro "Obras Póstumas", que a volta dele – Allan Kardec – dar-se-ia, provavelmente, no final do século XIX ou no início do século XX. Parece incrível que, em 200 anos, Kardec tenha tido duas existências terrenas, uma na França e outra no Brasil, com tão extraordinárias contribuições em favor do avanço espiritual do planeta. Sinceramente, não sei se o admiro mais como Kardec ou Chico Xavier.

A obra de Chico Xavier-Emmanuel, constituída, até o momento, de 439 livros, é admirável e abrangente. Nela, nós, das Associações Médico-Espiritas (AMEs), temos sorvido e aproveitado muitíssimo as revelações de André Luiz e Emmanuel no campo científico, como o da física e da própria medicina. Isto nos tem animado a montar protocolos de pesquisas, inclusive os de aplicação multicêntrica com a participação de várias AMEs, embora que tudo esteja ainda por fazer, já que o trabalho apenas se esboça.

Gostaríamos ainda de destacar que falar de Chico Xavier é referir-se a um movimento espírita brasileiro antes e depois dele. Sem dúvida, a obra de Chico Xavier-Emmanuel é granítica, ampliou-nos os conhecimentos científicos, literários e doutrinários, mas foi, sobretudo, a vida do médium, com seus exemplos de humanidade, que deu à Doutrina o seu verdadeiro caráter transformador. Chico Xavier foi o protótipo do homem de bem, tal qual Kardec no-lo descreveu em "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Há, portanto, um divisor de águas perfeitamente claro no movimento espírita, antes e depois dele. E as pessoas que não conviveram com Chico puderam sentir isso durante a exibição dos dois 'Pinga-fogos', programas de entrevistas com o médium, realizados pela extinta TV Tupi, na década de 1970. A televisão capta muito bem a alma da pessoa e o povo brasileiro pôde sentir nestes dois programas a grandiosidade da alma de Chico, sua sinceridade, sua humildade. Ao final de cada programa, quando ele recebia as poesias psicografadas, os telespectadores podiam constatar de modo perfeitamente claro a presença do poeta comunicante e do seu estilo.

Chico Xavier deu, pois credibilidade ao Movimento Espírita. Contribuiu em muito para que o povo passasse a fazer distinção entre o que é e o que não é Espiritismo. Sua liderança foi diferente, porque calcada na humanidade e no serviço de amor ao próximo. A maravilhosa dimensão histórica que atingiu – e que ainda estamos longe de alcançar em toda sua grandeza – foi fruto do atendimento pessoal que deu a milhões de pessoas do povo, procurando mitigar-lhes a sede da alma. E o povo soube reconhecer o seu esforço sacrifical, porque, em 1996, quando a Revista Veja realizou uma pesquisa para saber do povo brasileiro quais as 20 pessoas que mais as faziam felizes, Chico foi um dos escolhidos. E o mais importante dessa pesquisa é que ele foi o único religioso entre as 20 personalidades escolhidas. E ele continuou a morar no coração do povo, fato que se pôde comprovar quando foi eleito "o mineiro do século" e "o brasileiro mais importante da História".

Mas antes de tudo, eu gostaria de me lembrar do Chico de modo a não ferir sua humildade genuína. E a melhor maneira, creio eu, será sempre a de relembrar seus exemplos e a de procurar segui-los na prática, a fim de que os elogios improdutivos não nos levem à perda lastimável de tempo pelos descaminhos da vaidade.



Nota da Editora: Depoimento prestado durante realização do Primeiro Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier, Uberaba, MG, dias 19 e 20/04/08.



(Texto extraído da Revista Internacional de Espiritismo - junho de 2008)

quarta-feira, junho 18, 2008

Lançamento do "Célia Lucius, Santa Marina"



A memorável noite de 18 de junho contou com a presença dos amigos Geraldo Lemos Neto e Wanda Amorim Joviano que fizeram palestras referentes a homenageada Célia Lícius e ao final dirigiram-se ao Horto de Célia para autografar os livros "Sementeira de Luz", "Deus Conosco", "Militares no Além" e a prata da Casa, Flávio Tavares autografou "Célia Lucius, Santa Marina"

domingo, junho 15, 2008

Antecedendo o Dia de Célia


Meus irmãos,

Antecedendo o Dia de Célia na Escola Jesus Cristo, quero esclarecer que não é objetivo nenhum de idolatra Célia Lucius e nem de convertê-la em santa para que se façam a ela pedidos de proteção em casos individuais ou coletivos, mas sempre casos particulares.

Célia Lucius é um espírito de esferas que estão além do nosso concebível e sentimos, como meu Pai, Clóvis Tavares, sentia, o dever de honrá-la entre os homens.

Cremos que ler a sua história e meditar em muitos aspectos de sua abençoada passagem por esse mundo, faz-nos melhores.

E melhora nossa pobre condição humana por que percebemos que alguns dilemas de nossa vida podem ser ajuizados de forma como ela mesma ajuizou os seus.

Jesus em primeiro lugar! A Providência cuida do resto.

Portanto, antecedendo o Dia de Célia , o 18 de junho, fazemos um pequeno chamado ao nosso público para que fixe em três aspectos da vida honrável dessa mulher cristã, venerada em todo o mundo como Santa Marina:

Silêncio, Solidão e Obediência.

Um amigo católico pergunou-me o que nós espíritas pensávamos da passagem em que Jesus diz: "Quem é minha mãe? E quem são os meus irmãos?"

Ele disse-me que nessa hora, Maria exerceu a seu dom espiritual de silêncio, solidão e obediência.
Tocou-me muito a sua observação, pois ele não sabia que eu estava meditando sobre o mesmo trecho bíblico que foi o trecho comentado por Nestório, na noite em que Célia é levada por Túlia Cervina para o Culto Cristão nas catacumbas.

Célia escuta as palavras de Nestório exaltando a figura emblemática da Mãe de Jesus e estas palavras serão de extrema importância para ela no momento em que ela vê o menino que teria nascido em sua casa e decido tomá-lo como filho. Só lhe vem à mente as palavras de Nestório comentando "Quem é minha Mãe e quem são os meus irmãos?"

Célia imitando a Mãe de Jesus praticou estas três virtudes esquecidas: o silêncio, a solidão e a obediência.



sexta-feira, junho 06, 2008

Leia o "50 Anos Depois' no mês de junho



Essa era uma campanha que meu Pai, Clóvis Tavares iniciou na Escola Jesus Cristo em 1941, tão logo identificou que Célia Lúcius era a mesma Santa Marina venerada em Veneza, na Itália, cujo dia era o dezoito de junho.


E como o "50 Anos Depois" promete uma bênção a quem o lê, não há melhor época que o mês de Célia.


Portanto, este blog está em campanha, a mesma campanha de Clóvis Tavares, que a renovou de 1941 a 1983, seu último junho entre nós, portanto por 42 anos ininterruptos.


Em honra a Célia Lúcius, Emmanuel, Chico Xavier e Clóvis Tavares, leiamos o

"50 Anos Depois" no mês de junho, por todos os anos que restam de nossa vida na Terra.


Um texto de Geraldo Lemos Neto


Um texto de GERALDO LEMOS NETO:


Amigos,
Nas introdutórias anexas do último livro publicado ano passado de autoria do espírito de Emmanuel, da psicografia ainda inédita de Chico Xavier, cujo título é "Deus Conosco", à página 43, sobre as vidas sucessivas de Emmanuel, encontramos os relatos do próprio Chico Xavier sobre a reencarnação de seu benfeitor espiritual no início do século XXI, que reproduzimos a seguir :






Nova reencarnação do espírito de Emmanuel no Século XXI


"Conforme atestam várias pessoas que conviviam na intimidade com o médium Chico Xavier, por afirmativas dele mesmo, o espírito do benfeitor Emmanuel já está entre nós, na face da Terra, pela via da reencarnação. Um destes depoimentos, da Sra. Suzana Maia Mousinho, presidente e fundadora do Lar Espírita André Luiz (LEAL), de Petrópolis RJ, amiga do médium desde 8 de novembro de 1957, Francisco Cândido Xavier lhe confidenciou detalhes sobre a reencarnação de Emmanuel, que voltaria à Terra no interior do Estado de São Paulo, no seio da família constituída pelo casal D. Laura e Sr. Ricardo, personagens do livro Nosso Lar, de André Luiz. Tempos depois, novamente o estimado médium Chico Xavier tornou a tocar no assunto em pauta com D. Suzana, afirmando ter presenciado o retorno à vida física de seu benfeitor no ano de 2000, vendo, então, confirmadas as previsões espirituais a respeito. Este fato está em sintonia com depoimentos públicos do médium mineiro em três ocasiões distintas, veiculados em três de seus livros publicados, a saber:

a) no livro Entrevistas, (IDE, 1971), quando, respondendo à questão 61, sobre a futura reencarnação de Emmanuel, Chico Xavier disse: "Ele (Emmanuel) afirma que, indiscutivelmente, voltará à reencarnação, mas não diz exatamente o momento preciso em que isso se verificará. Entretanto, pelas palavras dele, admitimos que ele estará regressando ao nosso meio de espíritos encarnados no fim do presente século (XX), provavelmente na última década";

b) Em A Terra e o Semeador, (IDE, 1975), quando, respondendo à pergunta de número 33, Chico Xavier disse: "Isso tem sido objeto de conversações entre ele (Emmanuel) e nós. Ele costuma dizer que nos espera no Além, para, em seguida, retornar à vida física."; e


c) assim também vamos observar outra confirmação de Chico sobre o assunto no livro organizado pela Dra. Marlene Nobre, e editado em 1997 pela Folha Espírita, cujo título é Lições de Sabedoria, que traz à página 171 da segunda edição a pergunta de Gugu Liberato a Chico Xavier: "É verdade que o espírito Emmanuel, que lhe ditou a base do Espiritismo prático no Brasil, se prepara para reencarnar?" Ao que Chico respondeu: "Ele diz que virá novamente, dentro de pouco tempo, para trabalhar como professor."


Também uma vez, conversando conosco em Uberaba, e falando sobre a volta de Emmanuel, Chico nos confidenciou: "Geraldinho, o nosso compromisso, meu e de Emmanuel, com o Espiritismo na face da Terra tem a duração de três séculos, e só terminará no final do século XXI.""


Geraldo Lemos Neto



quarta-feira, junho 04, 2008

Palestra sobre Chico Xavier

No dia 23 de maio último, esteve em Campos o pesquisador Jhon Harley, professor do Cefet Minas e fez uma palestra na Escola Jesus Cristo sobre a vida de Chico Xavier em Pedro Leopoldo, de seu nascimento até o ano de 1959.

Na foto, o Prof. Harley em companhia de Alcione Peixoto, Rubens Fernandes, Robinson Rezende e Flávio Tavares