terça-feira, janeiro 02, 2007

Pregação de Flávio em 31 de dezembro de 2006




Ó Deus, nosso Pai Celestial, renova-nos o sentido de tua gloriosa presença, e que ela seja, dentro de nós, um constante impulso para dar-nos paz, fidelidade e valor em nossa peregrinação. Deixa que nos apeguemos a Ti, com um coração amante e cheio de adoração; deixa que todos os nossos afetos se fixem em Ti, de tal modo que uma inquebrantável comunhão de nossos corações Contigo nos acompanhe em tudo o que façamos, através da vida e da morte.
Ensina-nos a orar de todo o coração; a ouvir tua voz dentro de nós e a nunca desatender a teus conselhos.
Eis que trazemos nossos corações, como um sacrifício, a Ti; vem e enche teu santuário e não conquistas que coisa alguma impura penetre neles.
(Tersteengem, Sal da Terra, Clóvis Tavares)


Algo muda após o Natal de Jesus.
A renovação íntima induzida pelo ano Novo e refletida na mudança dos hábitos escolares, do crescimento das crianças, dos hábitos de vida, da renovação visual de cada um, de seu vestuário, da necessidade de se desfazer de coisas velhas, da necessidade de doar algo de si mesmo e da esperança que permeia todos os corações ávidos de uma nova vida.
Por isso a poesia de Luís Alberto que reproduzo abaixo é um estímulo otimista, pois algo mudou, alguém mudou, alguém melhorou, alguém se recuperou, se renovou, se restruturou e na visão poética , podem ser "muitos".

Daquela hora em diante...
Desde ali nunca mais muitos homens choraram,
Desde ali nunca mais muitos homens sofreram,
Desde ali nunca mais muitos homens mataram,
Desde ali nunca mais muitos homens morreram,

Desde ali nunca mais muitos homens se odiaram,
Desde ali nunca mais muitos homens temeram,
Desde ali nunca mais muitos homens tramaram,
Desde ali nunca mais muitos homens cederam,

Desde ali nunca mais muitos homens blasfemaram,
Desde ali nunca mais muitos homens pecaram,
Desde ali nunca mais muitos homens se venderam,

Desde ali nunca mais muitos homens falaram,
Desde ali nunca mais muitos homens brigaram,
Porque desde ali muitos homens compreenderam... (Luís Alberto Mussa Tavares- O Nascimento de Jesus. Edição Própria. Campos-RJ, 2006)


A Esperança é ainda transmitida a todos com quem convivemos através de um simples “Feliz Ano Novo”!

De “Sal da Terra” retiro ainda além da oração inicial do sábio protestante Tersteengem, um texto do Sadu Sundar Singh, também um valoroso cristão indiano:

“Certo dia, um lixeiro passou por mim com uma vasilha de lixo tão malcheirosa que quase me fez vomitar. Ele, entretanto, estava de tal modo afeito aquilo que, com a outra mão, levava o alimento a boca. E o apostolo dos pés sangrentos assinala que nos habituamos de tal maneira ao pecado e ao mal, que vivemos no mundo quase sem os notarmos: mas, Cristo deveria sentir-se aqui como eu me senti naquele dia. É engano pensar que os sofrimentos de Cristo se limitaram à cruz. Ele esteve trinta e três anos na cruz”.

Isso nos faz recordar que nós também, assim como o lixeiro, estamos habituados ao odor fétido de nosso mundo. Que exala pecado em todas as suas formas e expressões.

As nossas células olfativas habituam-se sempre a um odor característico e já não o sentimos mais. Se em nosso ambiente de trabalho há um odor característico como hospital, usina de açúcar, com o seu vinhoto, laboratório químico, etc. passamos a não sentir nada quando ali estamos. Se , entretanto, recebemos uma visita no seu interior, ela logo comentará a sua sensação de cheiro desagradável.

Biologicamente a adaptação é uma parada na evolução. A desadaptação, ao meio , ao contrário, conduz o ser vivo a novas formas de adaptação, a mudanças em sua natureza, configurando uma evolução. Assim, o meio desfavorável, é paradoxalmente responsável pela evolução biológica. O ambiente hostil suscita “riquezas escondidas” nas espécies que a farão alcanças mecanismos biológicos mais sofisticados e evoluir. É isso que tem ocorrido ao seguir dos milênios de evolução planetária.

E é justamente diante das provas da vida que logramos evoluir, que logramos empregar os mecanismos mais sofisticados com que Deus nos tem prodigalizado a alma para alcanças maiores degraus em nossa escalada evolutiva através de nossa cadeia de vidas sucessivas e soldarias pelo planeta Terra.

E diz novamente Clovis Tavares em “Sal da Terra”:

“Os homens, ainda hoje, são aqueles mesmos seres de quem Jesus teve grande compaixão porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não tem pastor. (Mat.9:36).
Hoje, graças a Deus, as trevas fogem e o esplendor das luminosidades eternas deslumbra e edifica as almas.
O dogma perde o seu fulcro e cai, para que a lâmpada seja colocada sobre o velador.
E a abençoada promessa do Cristo de Deus já é vista fulgurante e consoladora, pelos que tem olhos de ver, já é ouvida entre angélicas sinfonias, pelos que tem ouvidos de ouvir.
O Paráclito, o Espírito da verdade, já veio ensinar todas as coisas, guiar os homens em toda a verdade, repetir tudo o que o Mestre lecionara. (Jo. 14:26 e Jo.16:13).
E os seus ensinamentos, complementares da revelação messiânica, nos descem das sagradas regiões da luz, como a terceira explicação do Amor de Deus aos homens.
Allan Kardec, o Paulo de Tarso da história moderna, grande apóstolo cristão da geração de hoje, recebe de Deus a missão de clamar, como ordenava o profeta Isaias, anunciando á raça humana que são chegados os tempos em que são chegados os tempos em que o reinado da matéria terá que ser substituído pelo império do espírito.
A Nova Revelação, o Espiritismo, codificado pelo missionário lionêns, aparece aos que querem fazer do Evangélio o poder de Deus para salvar as criaturas como a legítima dispensação do Espírito da Verdade.
E não é a afirmativa gratuita: as novas luzes que ele traz, a palavra balsâmica de esperança, a prova da imortalidade do espírito, a revelação esplendorosa do Grande Alem, as grandes conversões de ateus à Verdade Divina, mostram a ascendência celestial do Espititismo, que anuncia hoje “os tempos do refrigério pela presença do Senhor”. (At.3.19).
Como consolador, ele fala as almas ctivas do desespero e das lagrimas, revelando-lhes a vida imortal, as muitas moradas da casa de nosso Pai.E aponta-lhes a pureza a virtude, o amor a divina ciência, entre as visões maravilhosas do infinito.
Como Espírito de verdade, vem dizer aos homens sem fé que uma vida se estende além da morte, dando aos descrentes e epicuristas as provas vivas e rigorosamente inabaláveis da sobrevivência do ser , da vida espiritual e, conseguidamente, da existência e do poder de Deus.
E as conversões se multipliquem, relembrando o dia glorioso de Pentecostes.
E o Consolador continua a sua obra divina, dando a palavra meiga de esperança aos que sofrem e fazendo brotar no coração dos ateus a fonte de água viva que mana para a Vida Eterna.”

E na qualidade de presidente da Escola Jesus Cristo, agradeço sinceramente a todos aqui presentes, a todos que freqüentaram todos as nossas reuniões públicas, de oração, de trabalho, de evangelização, nossos assistidos, nossas crianças , nossos jovens, nossos amigos, nossos visitantes do Rio, o já querido de todos, André Marinho, de Belo Horizonte, como o nosso querido Geraldo Lemos e Walter Barcelos e do Recife, o nosso estimado Humberto Vasconcelos.
Envolvemos todos em nossas vibrações melhores de Paz e reconhecimento, esperando que no próximo ano estejamos juntos lutando para sermos sempre melhores na ação, na palavra e na interação.

Assim seja.

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