quinta-feira, novembro 27, 2008

Um programa para o futuro próximo




Com o lançamento dos livros "João Batista" e "Rocha dos Séculos", penso que é possível buscar o delineamento de um futuro próximo.

João Batista nos propõe uma revisão de nossos padrões de comportamento. Ele foi um grande psicólogo e adotou um métido cognitivo comprtamental. Ele procurava não entrar em profundas especulações sobre o nosso passado e nem mesmo buscar as causas de nossas dores em nossas privações ou carências. Seu método consistia num inventário moral e num renascimento em nova perspectiva.

Sabia ele, intuitivamente, que o nosso cérebro constrói padrões comprtamentais que são nada mais que estratégias que funcionam na prática. Por exemplo, a rebeldia funciona, o egoismo funciona, a ambição, a ira, a violência, a inveja, a gula. Todas estas técnicas são empregadas automaticamente por nós na infância e muitas delas permanecem após a idade madura. Isso prova que não amadurecemos espiritualmente.

João Batista reprogramava o nosso cérebro para agir de modo diferente. No altruísmo, na cordialidade, no esquecimento das mágoas, na brandura, na ausência de vaidade e de ambição, na simplicidade, na negação dos desejos inferiores.

os discípulos de João Batista estão maduros para receber a mensagem do Sermão da Montanha, um programa de ação para gigantes espirituais.

Com a compreensão da mensagem da Rocha dos Séculos, podemos saber que somos todos cosntrutores. Construimos o nosso presente a partir de nosso passado e o nosso futuro por nosso presente.

Portanto é possível programar nossa vida atual e até mesmo a nossa vida próxima.

Com base na sequência apresentada a nós por Çaquia Muni, Sidharta Gautama, o Buda, conhecida como cadeia búdica, pode-se conhecer um pouco de nossas estratégias de vida e da possibilidade de revertermos algumas tendências atuais e além disso programarmos a futura.


Diz o texto:




VIGIE SEUS PENSAMENTOS, ELES SE TORNARÃO SEUS DESEJOS.

VIGIE SEUS DESEJOS, ELES SE TORNARÃO SUAS PALAVRAS.

VIGIE SUAS PALAVRAS, ELAS SE TORNARÃO SUAS AÇÕES.

VIGIE SUAS AÇÕES, POIS SE TORNARÃO UM HÁBITO.

VIGIE SEUS HÁBITOS, POIS SE TORNARÃO SEU CARÁTER.

VIGIE SEU CARÁTER, POIS CONSTRUIRÁ SEU DESTINO.




Percebe-se que em cada elemento da cadeia a atuação é diferente. Para vigiar os nossos pensamentos e os nossos desejos, pode-se buscar ajuda psicológica e a Religião. Esta última tem sido ao longo dos séculos a nossa grande ferramenta de equilíbrio. Não fossem as restrições aos pensamentos e aos desejos impostos por uma religiosidade ainda autoritária, muitas palavras e muitas ações más teriam sido efetivadas. Mais do que as que aconteceram em nosso passado.




Foi a repressão de maus pensamentos, de desejos inferiores e de palavras vãs, impostos pelo medo que permitiru que uma parcela da humanidade renascesse na atualidade livre de muitas pulsões autoritárias do corpo sobre o espírito.




Para vigiar as ações é possível a ajuda repressora da Religião, pois muitos deixam de cometer atos oriundos da ira, por causa de uma proibição moral. É tão útil dizer a uma criança: "não bata na mamãe, faça carinho", quanto a um adulto: " se der vontade de revidar, não o faça, esqueça." A repressão da violência que mora dentro de nós impedirá que ela se converta em um hábito, isto é violência por impulso, involuntária, quase que indomável.




Quanto aos hábitos, que surgem hoje considerados como comprtamentos compulsivos, obsessivo-compulsivos, os chamados TOC, a religião sozinha é insuficiente. É necessária a atuação de um psicólogo cognitivo-comportamental que ajude o paciente a libertar-se das "ordens" inatas para a ação inconveniente ou anti-social.




Se o caráter está envolvido e o indivíduo é incapaz mesmo de sentir o desconforto do mau hábito, só mesmo através da psicofarmacologia é que poderá ser domesticada a sua personalidade doentia.




Portanto, reveste-se da maior importância a leitura do "João Batista" e do "Rocha dos Séculos" abrindo um canal para a nossa programação do futuro próximo.









sábado, novembro 22, 2008

LE PETIT LIVRE DES SPRITS


A Escritora espírita Laura Bergallo, ganhadora do Prêmio Jabuti de literatura infanto-juvenil em 2007, acaba de ter seu sucesso editorial "O Livrinho dos Espíritos" traduzido e lançado em francês, como "Le Petit Livre des Esprits".


O lançamento foi feito pelo CESAK e a tradução é da laboriosa e competente Claudia Bonmartin. Os direitos autorais da obra em francês foram doados para obras sociais na França, da mesma forma que os da obra em protuguês o foram para o Centro Espírita Leon Denis, no Rio de Janeiro.



Le petit livre des Esprits Avec ce petit grand livre, le CESAK de Paris plonge dans une nouvelle aventure. Cette fois-ci, elle touche notre "espoir d'avenir" qui sont les enfants et les jeunes de notre France et de la francophonie.Le but de cette collection est d'apporter, à ce public très spécial, les premières notions de la morale de Jésus à la lumière de l'enseignement des Esprits, codifié par Allan Kardec.


Ainsi, tous les livres qui y trouveront leur place prendront la précaution d'adapter leur langage et leur contenu aux tout petits et aux jeunes.En ce qui concerne le présent ouvrage, il est plus particulièrement destiné aux préadolescents voire mêmes aux adolescents. Il les aidera à acquérir une approche progressive du magistral "Le Livre des Esprits", car seulement 114 questions sur les 1019 y sont traitées.


Il servira aussi à l'occasion des études familiales, où parents et enfants se réunissent pour prier et pour réfléchir avec l'oeuvre de base du Spiritisme.Dès a publication en 2007, par les Editions du CELD (Centre Spirite Léon Denis, fondé par notre regretté et très cher ami Altivo Pamphiro) de Rio de Janeiro/Brésil, en hommage aux 150 ans du "Le Livre des Esprits", il est resté, pendant des mois, au premier rang des ventes de livres pour la jeunesse.


Jusqu'à présent, il se maintient entre les 5 et 10 écrits les plus vendus pour cette tranche d'âge.Il est intéressant de noter l'observation de certains libraires concernant les adultes qui achètent ce livre car, disent-ils, ils veulent aussi venir en douceur à la connaissance spirite.


Nous, les membres du CESAK de Paris, remercions l'auteur Laura Bergallo, et son mari Gilberto Cardoso qui a contribué à la réalisation de cet ouvrage, pour nous avoir cédé gracieusement ses droits en langue française.Nous remerçions spécialement Ghislaine Massin, pour son infatigable travail de révision et de mise en page, ainsi que les membres de notre Centre qui ont participé à cette réalisation.


Nous adressons aussi un grand merci à tous ceux et celles qui en lisant ce livre soutiennent notre initiative et participent à notre aventure.


Fraternellement Claudia BONMARTIN Au nom des membres du CESAK de Paris Le 15 septembre 2008.

Claudia BONMARTIN Fondatrice du CESAK de Paris Ce livre n'est pas disponible actuellement en librairie mais vous pouvez me contacter pour toute commande, il est vendu au prix de 9 euros, port en sus.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Uma pálida homenagem ao poeta Antônio Roberto Fernandes


Antônio Roberto abrilhantou uma vez um jantar beneficente da Escola Jesus Cristo interpretando uma linda poesia sobre o sol e a lua, que ainda não encontrei.


Disse também o poema "Mas..." o qual reproduzo abaixo, rogando a Deus pela alma bela do poeta simples e despretensioso, modesto e carinhoso, amigo e sincero que despediu-se desse mundo após um mês de angustiosa internação em UTI.


Que Deus receba e abençoe Antônio Roberto Fernandes:


Mas...


E eu que achei que a lua não brilhasse

sobre os mortos no campo da guerrilha,

sobre a relva que encobre a armadilha

ou sobre o esconderijo da quadrilha,

mas brilha.

.

E achei que nenhum pássaro cantassese

um lavrador não mais colhe o que planta,

se uma família vai dormir sem janta

om um soluço preso na garganta,

mas canta.

.

Também pensei que a chuva não regasse

a folha cujo leite queima e cega,

a carnívora flor que o cego inseto pega

ou o espinho oculto na macega,

mas rega.

.

Pensei também que o orvalho não beijasse

a venenosa cobra que rasteja

no silêncio da noite sertaneja

sobre a ruína de esquecida igreja,

mas beija.

.

Imaginei que a água não lavasse

o chicote que em sangue se deprava

quando, de forma monstruosa e brava,

abre trilhas de dor na pele escrava,

mas lava.

.

Apostei que nenhuma borboleta

-por ser um vivo exemplo de esperança-

dançaria contente, leve e mansa

sobre o túmulo em flor de uma criança,

mas dança.

.

Por isso achei que eu não mais fizesse

poema algum após tanto embaraço,

tanta decepção, tanto cansaço

e tanta espera, em vão, por teu abraço,

mas faço.

.

.

.

A Paz, Antônio Roberto...


quinta-feira, novembro 20, 2008

UMEC- União das Mocidades Espíritas de Campos



Já existe de fato a União das Mocidades Espíritas de Campos- UMEC.

Não se constituíram como sociedade civil organizada, mas existem de fato e de fato representam os interesses da maioria esmagadora dos jovens espíritas de Campos.

Em geral, as mocidades dos centros espíritas não são entidades jurídicas em si, mas apenas departamentos juvenis dos mesmos.

Legalmente falando não existem mocidades espíritas na nossa cidade.

Legalmente falando não existe a UMEC.

Mas saindo do "mundo do direito" e entrando no "mundo de fato", existe uma coordenadoria formada por jovens integrantes dos diversos departamentos juvenis de quase todos os centros espíritas de Campos.

Essa coordenadoria de fato, formada por jovens idealistas, coordena um ou dois eventos anuais: um junino e outro esportivo, antecedido de oração e uma breve discussão de temática jovem no espírito doutrinário.

Estes valentes garotos não se importam de perder tardes de domingo do ano inteiro, cuidando antecipadamente de todos os mínimos detalhes, a fim de que nada ocorra no campo do imprevisível que não haja sido antecipada em soluções.

Este grupo coerentemente com suas convicções filosóficas e religiosas, abraçou uma causa e a tem vivido intensamente por cerca de três anos.

Não são espíritos puros.

Não estão na maturidade da vida.

Não tem ainda deveres da paternidade e da maternidade, embora alguns já estejam inseridos no mercado de trabalho.

Encaram o Espiritismo como um firme propósito em suas vidas.

Eles têm metas a curto e longo prazo e nelas o Espiritismo está incluído.

Em suas reuniões e deliberações, muitas vezes exaustivas, há pequenos abalos emocionais. Nestes momentos , nossos condôminos desencarnados ainda desorientados na fé, buscam semear cizânia. Todavia, mesmo nos momentos em que as opiniões são dissonantes, a vigilância e as orações têm sido o principal elemento de coesão do grupo.

A UMEC existe de fato. Ela não necessita de formalização legal, uma vez que ela reúne entidades que também não existem juridicamente.

O Grupo autodenomina-se "Cemec" inapropriadamente, pois a sigla Cemec designa uma "confraternização esportiva das mocidades espíritas de Campos". Obviamente, o grupo não pode ser o grupo da Confraternização Esportiva o ano inteiro. O grupo organiza uma festa junina , que é chamada "Arraiá do Cemec". Então, é o arraial da "confratenização espotiva"...?

Já é hora de o grupo autodenominar-se UMEC.

Não precisa fazer um estatuto e registrar em cartório. Não precisa ser pessoa jurídica. Não precisa da autorização dos demais órgãos federativos e nem mesmo dos centros espíritas. Por que?

Por que é uma organização informal !

Mas como entidade informal ela pode ter uma sede rotativa, nas casas dos integrantes. Pode marcar eleições bianuais em um de seus eventos. Pode organizar um evento no estilo de um conclave, encontro ou congresso de dois dias por exemplo. Pode manter a festa junina da UMEC, o CEMEC (Confratenização Esportiva da Umec). Pode fazer campanhas diversas.

Pode fazer muitas coisas que a imaginação criativa e conectada em banda larga com os mensageiros do bem tiver vontade. E a vontade é uma mola mestra da caridade.

Portanto, sem que eu queira interferir na liberdade de autoorganização destas criaturinhas maravilhosas e nem imiscuir-me em assuntos que não são meus, assumo que a UMEC existe. É hoje uma realidade, é atuante, é autêntca, é democrática, é espírita, é cristã, enfim, é legítima enfim aos olhos de Deus.

E que Ele, nosso Pai e Pai da humanidade e da vida, ilumine a juventude em todos os seus ideais, proteja em todos os seus caminhos e a inspire em todas as suas deliberações.

Um beijo carinhoso do "pai da Juju", Flávio.

sábado, novembro 15, 2008

EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA



Antes de entrar no tema específico que é a afirmativa antológica do Mestre, lembro que esta afirmativa é um diálogo que Jesus teve com Marta, irmã de Lázaro, quando esta lamentou a morte do irmão diante do Rabi.


Antes de receber a notícia da doença grave de Lázaro, Jesus estava em Jerusalém, próximo de Betânia. Ali Jesus falou no Templo e afirmou para os Fariseus que era o Messias. Eles revoltaram-se e tentaram apedrejar a Jesus. Mas o texto de João capítulo 10, diz que Jesus ausentou-se do meio deles.


Foi para a região para além do Rio Jordão, provavelmente na Peréia. Jesus recebeu a notícia da enfermidade grave de seu amigo Lázaro, de Betânia, mas demorou-se dois dias para retornar à Judéia (Jo 11:6-7). Resolveu então retornar à Judéia por causa de Lázaro, retornando na direção de Betânia. Os discípulos se admiraram de Ele querer voltar à Judéia, pois dois dias antes os fariseus tentaram matá-lo. E afirmou então para os discípulos que Lázaro estava morto, mas que ele preferiu permanecer ainda dois dias além do Jordão, para que os judeus acreditassem Nele. (Jo 11:14-15)


Neste momento, Tomé toma uma atitude corajosa, concita os irmãos a irem com Jesus para a Judéia para morrerem juntos com o Mestre (Jo 11:16). Isso é muito importante, por que a personalidade de Tomé é sempre lembrada como aquele que não acreditou na Ressurreição de Jesus. Ele é mais lembrado por esse mau momento em que, frustrado por ter sido o único que não presenciou a entrada de Jesus no Cenáculo após a Ressurreição, deixou escapar,

inadvertidamente algo que o marcou. A afirmativa de que só creria se colocasse a mão nas feridas de Jesus. Foi um momento de invigilância, que não deve ser tomado como uma marca registrada de Tomé: a falta de fé. Dizem os céticos: “sou como Tomé, só acredito vendo”. Isso é uma injustiça com um discípulo que se dispôs a morrer junto com Jesus. Esta demonstração de coragem o reabilita inteiramente: “Vamos para morrer com ele!”


E retornaram à Judéia Jesus e os discípulos à Judéia, para a cidade de Betânia. Ainda nos arredores da cidade, Marta, quando avisada que o Mestre vinha, foi ao seu encontro. Maria também soube, mas permaneceu em casa (Jo 11:20). Este momento também é muito importante por causa da determinação de Marta. Ela que é vítima de ter sido marcada por um momento imprudente, quando pede a Jesus que mande Maria vir trabalhar com ela e é admoestada pelo Mestre (Lc 10:41). Marta, assim como Tomé, é também injustiçada, e que neste belo episódio narrado por João, é também reabilitada maravilhosamente. Aqui Marta é corajosa, decidida e verdadeiramente movida pela fé. Ela diz a Jesus que acreditava que seu irmão ressuscitaria no dia do Juízo e Jesus lhe responde, para a eternidade:


“Eu sou a Ressurreição e a Vida. Aquele que crê em mim, ainda que venha a morrer no corpo, viverá; e todo aquele que vivendo crer em mim, jamais conhecerá a morte.” (Jo 11:25) E depois perguntou a Marta: “Crês tu nisto?”(idem)


Essa é a questão que nos fica, das chamadas eternas perguntas de Jesus: Cremos nós nisto? Vivemos como quem crê nisto, ou seja que Jesus dá vida a quem já terminou a vida corporal e torna imortal a todo que ainda não conheceu a morte física?


Esta afirmativa do Mestre é uma reafirmação de outra sentença proferida anteriormente: “Quem ouve a minha palavra e crê Naquele que me enviou, não entra em juízo; já passou da morte para a vida.” (Jo 5:24)


Como pode-se ainda que morto, viver? Vive, por que alcança um estado glorioso da existência, com um corpo iluminado, livre das transitórias reações biológicas dos corpos físicos. Vive em plenitude, muito mais que muitos vivos, que vivem como mortos.


Há indivíduos que passam a vida com medo da morte. Um medo exagerado, estado de pânico, com sensação de morte iminente, acompanhada de desconforto físico na região do coração. Vai ao pronto-socorro, faz o eletrocardiograma e não acha nada. A pressão está normal ou levemente aumentada, acompanhada de uma taquicardia benigna, que não vai prejudicá-lo. Mas a pessoa acha que está morrendo. Geralmente melhora com tranqüilizantes e com o sono induzido. Essas pessoas que vivem com medo da morte, são mortas na vida. Vivenciam de tal maneira a sua morte que sabem qual é a sensação da morte, sem nunca haverem morrido antes. Pelo menos nesta vida. Mas as memórias de suas desencarnações e dos lamentáveis estados pós-morte em que entraram, estão pressentes.


Crer em Jesus e em Quem enviou Jesus é passar do estado da pânico da morte para a alegria da Vida na Ressurreição!


Todavia o corpo morre! Jesus mesmo disse isso de seu amigo: “Lázaro está morto.” (Jo 11:14) Mas a vontade de crer, a persistência em estudar as leis de Deus, de entender que morte é parte da vida, desfaz a aparente vitória desta, como nos disse Paulo: “Onde está ó morte a tua vitória? Onde está ó morte o teu aguilhão?” (I Cor 15:55)


E que é então a Ressurreição?

Pois que Lázaro voltou a morrer.

Lázaro alguns anos mais tarde desencarnou realmente. Ressurreição é um estado de recuperação da vitalidade do espírito. Um a vez Jesus foi interrogado pelos saduceus, que eram como os agnósticos de hoje, isto é, não cogitavam da vida após a morte. Ignoravam as coisas espirituais, viviam para o momento, como os romanos: “Comamos e bebamos que amanhã morreremos.”


“No mesmo dia chegaram junto dele os saduceus, que dizem não haver ressurreição, e o interrogaram, dizendo: Mestre, Moisés disse: Se morrer alguém, não tendo filhos, casará o seu irmão com a mulher dele, e suscitará descendência a seu irmão. Ora, houve entre nós sete irmãos; e o primeiro, tendo casado, morreu e, não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão. Da mesma sorte o segundo, e o terceiro, até ao sétimo; Por fim, depois de todos, morreu também a mulher. Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será a mulher, visto que todos a possuíram?” (Mt 22:23-28)
Propuseram a Jesus uma situação absolutamente inverossímel, mas cometeram um erro que Jesus imediatamente apontou: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu. E, acerca da ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.” (Mt 22: 29-32)


Na Ressurreição os seres em seus novos corpos, que não são os corpos físicos, não têm mais diferenciação sexual e não farão a reprodução sexuada da forma como é feita na terra. Neste novo estado de alma que um dia alcançaremos, seremos apenas espírito (“como anjos no céu”)> Não seremos anjos, mas como anjos, da mesma natureza, isto é, espiritual, como os espíritos puros, chamados anjos.


Assim, ressurreição não é na carne, mas no espírito.


O último capítulo de O Livro dos Espíritos, a questão 1010 é: “O dogma da ressurreição da carne será a consagração da reencarnação ensinada pelos Espíritos? Como quereríeis que fosse de outro modo? Conforme sucede com tantas outras, estas palavras só parecem despropositadas, no entender de algumas pessoas, porque as tomam ao pé da letra.[...]”


Criou-se um dogma da ressurreição na carne, por não se entender o que é a reencarnação, pois a única forma de se alcançar a purificação de nossa vontade, de nosso pensamento, nosso sentimento, nossas emoções, nossas predisposições, nossos hábitos é a reencarnação. A reencarnação, é a Ressurreição na Carne ensinada pela Igreja.


Mas a Ressurreição ensinada por Jesus é um estado de alma ainda muito distante de nossa realidade quando habitaremos corpos gloriosos como revelou Paulo na sua primeira epístola aos Coríntios: “E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres.”(I Co 15:40).


O nosso corpo físico alcança o seu bom momento quando se depura das doenças, quando se limpa das pressões instintivas que os levam aos vícios. E nosso corpo celeste, espiritual encontra seu momento ótimo quando alcança o estado tal que não necessitará mais da reencarnação como processo depurativo. É por isso que Jesus disse que crer nele, em última análise liberta o ser humano do ciclo das reencarnações.

terça-feira, novembro 11, 2008

Wallace Leal Rodrigues entrevista Clóvis Tavares na RIE






Entrevistando CLÓVIS TAVARES.
Autor de magníficas obras espíritas fala à
Revista Internaciona de Espiritismo. RIE-1968

1- Clóvis, você assistiu a passagens importantes do Espiritismo em nosso país, além do depoimento que prestou sobre o médium mineiro, Chico Xavier...Entretanto a nossa primeira pergunta é a seguinte: Onde, quando e como se tornou espírita?

- Já que você se refere ao meu singelo depoimento sobre o nosso querido Chico, permita-me lembrar-lhe, caro Wallace, que acredito haver no “Trinta anos com chico Xavier” revelado, de escantilhão, o onde o quando e o como de minha adesão à nossa Doutrina Libertadora. Foi aqui em Campos, em 1935 e assim: Meu coração estava esmagado pelo mistério da morte – consinta-me usar as expressões tomadas ao meu livro sobre o venerável Xavier... Acabara de perder, assim o julgava na cegueira do meu materialismo, aquela que me fora noiva carinhosa e continua sendo o anjo tutelar de minha vida, Nina Arueira. Como uma folha na tempestade, deixara de lado livros e apostilas e voltava aflito, às inquirições de minha fé perdida, que ficara longe, esquecida entre as lembrqanças mais amadas de minha aldeia natal....Cria e não cria, mas queira crer...(...). Foi esntão que a mão de Deus, desceu cheia de piedade sobre minha dor. Companheiro amigo, talves do Crupo João Batista, me colocou na mão modesto folheto de difusão do Espiritismo. Quem fora ele? Virgílio Paula? Amaro Lessa? Bonifácio de Carvalho?Serafim de Almeida?Domingos Guimarães? Inicêncio Noronha?: ...Minha maméira, também mortificada, não mais o identifica hoje. Mas que Deus o abençôe, perdoando-me a retentiva ingrata.
Não me esqueço, porém, do folheto abençoado, que numa página transcrevia uns poucos verso do Parnaso de Além Túmulo....
Aqui encerro a transcrição, Wallace, para dizer-lhe que a esclarecedora publicação transcrevia algumas quadras de Guerra Junqueiro, duas estrofes de Augusto dos Anjos e algumas outras de Castro Alves...Senti-os redivivos, vencedores do túmulo e da morte...AS fortalezas do meu ceticismo ruiam no mais íntimo de minha consciência.
Mais tarde, inúmeras mensagens de amigos e benfeitores espirituais, por intermédio de Francisco Cândido Xavier, me trouxeram novos elementos à convicção, hoje inabalável, da imortalidade da alma.


2. Quantos livros tem publicados? Com qual estreou? Qual lhe deu maior prazer?

- Bem pequena e muito pobre é a minha bagagem, caro Wallace. Apenas dez volumes, quase todos de literatura infantil. O primeiro foi Sementeira Cristã, com carinhoso prefácio de Leopoldo Machado, iniciando a coleção de três, com o mesmo título, destinados à infância e a juventude espírita.
Não é nova, você sabe, a imagem que compara o livro a um filho...Quem escreve, naturalmente ama seus livros, qual pai o u mãe, ama os rebentos de sua carne. São eles também filhos do coração, do espírito. Para ser sincero, amo-os a todos, embora lembre como se fosse hoje, o nascimento do primeiro filhinho, o Sementeira Cristã. Recordo-me das palavras de carinho com que o saudoso amido, Dr. Gillon Ribeiro, o inolvidável presidente da Casa de Ismael, o apresentou nas páginas do Reformador. Comovem-me ainda hoje as expressões de bondade e estímulo com que o mesmo generoso benfeitor apresentou o terceiro volume da série Sementeira Cristã num extrato de catálogo da FEB na edição princéps de Nossa Lar, o magnífico livro-revelação de André Luiz...
Não posso fugir a uma referência especial à publicação de outro livrinho que me encheu o coração de contentamento, tais as doces recordações de Jesus de que ele está repleto. Trata-se de Histórias que Jesus contou, edição da LAKE. Às recordações das parábolas de Cristo juntam-se dois motivos fortíssimos de júbilo espiritual: o prefácio é de Emmanuel, recebido por Chico Xavier e as ilustrações do querdo Jô, nosso admirável Joaquim alves, a quem todos amamos...
Mas não posso esquecer a indefinível alegria que se misturou às silenciosas e humildes orações de um dia inesquecível, 29 de setembro. Foi nessa data, que recorda a desencarnação da generosa mãezinha de nosso chico, alma querida, que aprendemos a amar desde a leitura do Cartas de uma Morta, foi nessa data, no ano próximo passado 1967, que me chegou às mãos, lindamente vestido pelos cuidados artísticos de Joaqum Alves e dos irmãos Saraiva, em caprichosa Edição Calvário, o meu caçula ( e que não ama com ternura especial um caçulê?)- o Trinta Anos com Chico Xavier...

2. Como e porquê se decidiu a escrever Trinta Anos com Chico Xavier?

-Sobretudo, pensando no futuro, meu caro Wallace. No mundo de contradiçõesm em que vivemos, creio que é simples dever, testemunhar a verdade que vemos, que sentimos e que nos felicita. A vida de Chico Xavier, a do homem e a do médium, sem dicotomia, é uma saga maravilhosa. Quem o conhece há trinta e dois anos, qual acontece comigo, sente irrefreável necessidade de dar aos seus contemnporâneos, e, por que não dizer?, também aos pósteros, um testemunho de consciência e de coração. Recordo-me de uma expressão de Fócion Serpa, autor de A Vida Gloriosa de Oswaldo Cruz, que Gastão Pereira da Silva recolheu em seu romance do grande sábio brasileiro: “Cada um de nós deve um livro a Oswaldo Cruz”...Penso em você, Wallace, penso em Jô, em Peralva, no Arnaldo Rocha...penso que cada um de nós deve um livroa Chico Xavier. Foi por assim pensar e por bem sentir que escrevi, com alma e coração, meu singelo documento de provas vivas da imortalidade, o Trinta Anos com Chico Xavier.

3. Armazenando tantas lembranças formosas, qual acha Você que foi o maior momento de sua vida como espírita?

- Difícil resposta, caro Wallace ... Realmente, como diz Você, minha lma tem armazenado formosas lembranças, além de dádivas preciosíssimas, na pauta da divina misericórdia. Cada uma dessas recordações inesquecíveis, cada gesto de compaixão do Alto tem profundo significado par aminha alma sem méritos...Foram assim, muitos momentos de ventura espiritual que tenho experimentado. O reencontro com antigas e abençoadas amizades do passado sempre constitui para mim um ponto alto de indefiníveis emoções...A paisagem de Pedro Leopoldo, com todo o conteúdo espiritual da missão de nosso Chico, traduz para o meu coração um momento de Vida Eterna...
- Leonardo da Vinci nos fala da alegria de compreender. Junto de tantas almas bondoas que tem felicitado minha vida, com a exemplaridade de sua existência, venho conhecendo, mais e mais, e a alegria de sentir a beleza inefável da Doutrina Espírita qual força transformadora de nossos espíritos, impulsinonado-nos para o conhecimento elevado e, acimda de tudo, para o Amor de Deus com o serviço ao próximo.
Sempre que consigo experimentar essa alegria do sentir maior que a de Da Vinci, considero-me nos melhores momentos de minha vida.

4. O que acha de mais significativo no Espiritismo no Brasil?

Aquela admirável mensagem do Espírito de Verdade, que Allan Kardec incluiu em O Evangelho Segundo o Espiritismo, recomenda-nos: “ Espíritas, amai-vos, este o primeiro mandamento, instruí-vos, este o segundo.”
O que mais me encanta, o que mais significativo me parecebrilhar no trabalho missionário da Terceira Revelação na Pátria do Evangelho é justamente esta ânsia, este desejo de cumprir os dois ensinamentos do Espírito de Verdade. Desde os centros mais cultos, das maiores e mais veneráveis instituições espíritas até os mais modestos templos e cenáculos do interior do Brasil, já se nota, Deus louvado, o santo desejo de fazer da Doutrina Espírita um movimento de educação espirtual que não dispensa oexercício do amor cristão e da caridade legítima. Essa aliança do livro espírita e da fratenidade evangélica em nossas instituições doutrinárias me parece o que há de mais belo e de mais significativo no Espiritismo em nossa pátria.

5. Excluindo Chico Xavier, qual o vulto espírita que mais o impressionou? Por que?


Caro Wallace, permita-me que pluralize a resposta. Além do nosso grande Chico Xavier, honro-me e alegro-me por Ter conhecido pessoalmente grandes ebelas almas que dignificaram com o seu apostolado de amor a seara do Espiritismo no Brasil. Reporto-me àquelas que já se promoveram ao Mundo Maior e às quais sou agradecido pelas lições espirtuais que me comuincam: Dr. Guillon Ribeiro, Manuel Quintão, Prof. Cícero Pereira, Leopoldo Machado, Inácio Bittencourt, Virgílio Paula, Bonifácio de Carvalho, Dr. Camilo Chaves, Dr. Carlos Lomba, Dr. Lins de Vasconcelos, Antônio Sampaio Júnior, D. Marília Barbosa, José Cândido Xavier, Vinícius, Francisco Spinelli, a poetisa Maria Dolores e muitos outros...Teria qe apresentar outra grande lista de companheiros e amigos encarnados, se quisesse ou pudesse expressar-lhes, desse modo, meu profundo reconhecimento e a mais viva admiração.

6. O que Você acha que está errado no Espiritismo no Brasil?


Evidentemente há falhas, maiores ou menores, no esforço de nossos seareiros de nossa dourina no Brasil. Sou entretanto, dos que admitem que, de modo geral, todos se empenham, dentro de suas possibilidades, em oferecer o melhor em termos de nossa realizações doutrinárias.

7. Como intelectual, quais são as obras espíritas que levaria com Você, se fosse para uma ilha deserta?

Além das coleções de Kardec e Francisco Cândido Xavier, se possível completas, não esqueceria Ensinos Espiritualistas, de Stainton Moses; O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de Léon Denis; O Espírito Consolador, de P. Marchal e Elucidações Evangélicas, de Saião.

8. Quando foi que ouviu falar de Cairbar Schutel? Tem dele alguma lembrança mais especial?

Quem me deu as primeiras notícias sobre Cairbar Schutel, e com os louvores ao apóstolo de Matão, também informes de Batuíra e Eurípedes Barsanulfo, foi meu amigo e saudoso benfeitor Virgílio Paula, um cristão de corpo inteiro que viveu e exemplificou o Evangelho em Campos. Fiquei, assim, conhecendo, desde a minha iniciação nbo Espiritismo, algo sobre esses valorosos missionários da Terceira Revelação.
Ao iluminado coração de Cairbar Schutel, devo o ntendimento d emuitas lições evangélicas, carinhosamente estudadas nos seus primorosos livros Parábolas e Ensinos de Jesus, Vida e Atos dos Apóstolos e O Espírito do Cristianismo, além da querida Revista Internacional de Espiritismo.

9. Está elaborando alguma obra nova? Que planos faz para o futuro?

Sim, caro Wallace. Estou em vias de conclusão de um novo trabalho, talvez quase um documentário, a respeito do vasto e inegável acervo de fenômenos espíritas no seio da Igreja Católica e por esta, certamente testemunhados. Intitula-se Mediunidade dos Santos, onde ofereço aos nossos irmãos espiritistas e católicos, os fatos mediúnicos, irrefutáveis e autênticos, que se desenrolaram na existência dos grandes heróis da fé cristã, em todos os tempos e latitudes. Acredito que os grandes e verdadeiros santos, não foram senão médiuns fiéis e veneráveis, instrumentos do alto, engajados no grande esforço de extensão do Reino de Deus em nosso mundo rebelde e angustiado...
Quanto a planejamentos para o futuro, querido Wallace, digo-lhe que entrego a Deus, meus sonhos silenciosos. Se ele me conceder, vida e saúde, espero poder continuar cooperando, embora muito pobremente, no serviço do livro, para usar a feliz expressão de Emmanuel...






sábado, novembro 08, 2008

TO THE FOREIGN VISITORS


A PSYCHOTHERAPY OF JOHN

(The Preface to the book JOHN BAPTIST, from Clovis Tavares)


John Baptiste is not a Revealer, like Moses and Jesus, but the carrier of an Inter-Revelation. He can be considered a kind of inter-revelator.Inter-Revelation is the preparation a of a New Revelation.


It is necessary to understand that Jesus taught is a so great rupture with the old ethics, that it was necessary a previous stage. This Inter-revelation had already been foreseen for Malaquias Prophet: "Behold, I will send you Elijah the prophet before the coming of the great and dreadful day of the Lord."(Ml 4:5)


If the mission of John, the Baptist is a kind of Inter-revelation, we need to Know between what revelations it is situated.


It is exactly between the Revelation by Moses and the Christian Revelation.
We are talking about 1500 years.


Along this time, there were great cultural changes. Changes in Politics, society, Psychology and Spituality.


Jesus came close Himself gradually to the earth atmosphere. This psychosphere gradually breathed new possibilities.


In elapsing of these fifteen centuries, it appeared Elijah, who have preached the repentance.
Elijah reincarnated himself as John, contemporary of Jesus and His relative, accomplishing the mission to prepare the ways of the Lord.


On what consists this intermediate sub-revelation?

In first place, it is not a revelation, as we already explained. It has a function to fix psychological basis of the minds for the big true radical change, that was comming. This change is the Christian Ethics. As long time ago Moses had done, Jonh just lead people through the promised land.


The psychological distance from the Ten Commandments to the Sermon of the Mount can only be understood if the people submit theirselves to a kind of psycotherapy.

This therapy is the Psycotherapy of John. His magnetic presence have lead people to confess and have produced a psychic reorganization for everyone who accepted his message.

It is very necessary today. Nowadays more than at any time.


A Psycotherapic process for a humanity surrounded by serveral kinds of psychical disorder.


Possibly, a Psychotherapy by the John Baptist's method would be succeed in the so called compulsive disorders.


One time, I was invited to talk in an open meeting of the familiars of Alcoholic Anonymous. During my brief communication, I remembered that John Baptist suggested his “patients” to make a moral inventory before the water baptism. This is similar to what the anonymous groups of mutual aid do. I said then that if they did not have a spiritual protector, they could choose John, the Baptist. The moral inventory of these groups are the psychologic method of John.

I have read a lot regarding of Jonh Baptist. But I confess that I have never had contact with any texts so well written like these.


One of them is a 1940 text, published in the "Escola Jesus Cristo", directed only to domestic public. So, we are reprinting this text: "The Life of John Baptist", of Clóvis Tavares. It was printed first time 60 years ago and has never been reprinted.

The other text is a preach of my Father, Clóvis Tavares, whitch occuried on Sunday, June 24, 1979, the day of John Baptist, in the "Escola Jesus Cristo". It was recordered by our friend Rubens Fernandes, who gave the tapes to my Mother after my Father´s death.

The time between the two texts was about 40 years.

In these forty years, the life of my Father changed in many aspects too. He advanced in years, he changed byologically, socially, psychologically, changed his civil state, became himself a father, got many human afflictions…


But one thing remained and was fortified: his Faith.


The life of my Father, in many aspects, remembers the humble and the power of John Baptist.

Even though the conversion of my Father had a preparatory period. In a first time, he belonged to the Jonh Baptist Spiritist Group. This social entity, older than "Escola Jesus Cristo", baptized it, I say, introduced it in the spiritist scene in Campos dos Goytacazes at the 30´s.


When "Escola Jesus Cristo" started to grow, the John Baptist Group, following the humble exemple of its protector, decided to diminish so that "Escola Jesus Cristo" could grow. And then, sent to "Escola Jesus Cristo" its people, its preachers, its experience, its history.

A historical event carried out by two spiritual giants is recapitulated two thousand years later for two institutions that, without no premeditation, have these two spiritual giants as their protectors: John Baptist and Jesus Christ.


John Baptist became happy with the presence of Jesus since the time where he was in Isabel's womb. Certainly, he has produced himself in Isabel, the second-sight phenomenon, told by Lucas. Isabel, feeling his movements, had the intuition of the presence of the Lord and proclaimed her intuition for the posterity.

I hope these pages can produce the waited fruits, of the repentance, of the preparation for a new psychological stage, of a purification of character, of change mental and spiritual level, in order to, finally, we become apt to understand Jesus message.

Flávio Mussa Tavares



HÁ DOIS MIL ANOS , no Rio de Janeiro


Prefácio do livro JOÃO BATISTA, de Clóvis Tavares

UMA PSICOTERAPIA DE JOÃO

João Batista não é um Revelador como Moisés e Jesus, mas pode-se ser considerado o portador da Inter-Revelação. Por inter-revelação, entende-se uma preparação para a nova Revelação.


É preciso que se entenda que o ensino de Jesus é uma ruptura tão grande com a antiga ética, que se fazia necessária uma etapa prévia. Essa inter-revelação já havia sido prevista pelo Profeta Malaquias: "Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor;" (Ml 4:5)


Se a missão de João Batista é uma inter-revelação, entre que revelações ela está situada? Está justamente entre a Revelação Mosaica e a Revelação Cristã. E há um interregno de 1500 anos entre estas, com grandes mudanças culturais, políticas, sociais, psicológicas e até mesmo espirituais. Jesus aproximava-se paulati-namente da atmosfera terrestre, que gradativamente passava a respirar novas possibilidades.


No decorrer destes quinze séculos, surgiu Elias, que pregou o arrependimento. E ele mesmo reencarnado como João, contemporâneo de Jesus e seu parente, conclui brilhantemente a preparação dos caminhos do Senhor.


E em que consiste a sub-revelação intermediária?


Em primeiro lugar, não é uma revelação, pois tem caráter de alicerçar psicologicamente as mentes para a verdadeira mudança radical, que é a ética cristã. Como outrora Moisés fizera, ele apenas conduz o seu povo para uma terra prometida.


A distância psicológica entre o decálogo recebido por Moisés e o Sermão do Monte pronunciado por Jesus só poderia ser entendida se o público alvo passasse por uma espécie de psicoterapia.


É a Psicoterapia de João. Sua presença magnética favorecia a confissão e a reestruturação psíquica dos que entendiam a sua mensagem.


É necessário em nossos dias, mais que em qualquer época da humanidade, um processo psicoterápico para uma humanidade cercada de transtornos psíquicos de toda ordem. Possivelmente, uma terapia psicológica pelo método de João Batista, fosse muito bem sucedida nos chamados transtornos compulsivos.


Certa vez, fui convidado por um amigo para participar, como palestrante espírita, de um encontro aberto dos familiares de Alcoólicos Anônimos. Durante a minha breve comunicação, recordei que João Batista incentivava seus “pacientes” a fazer um inventário moral antes do batismo de água, semelhante ao que fazem os grupos de ajuda mútua anônimos. Disse então, que se eles não tinham um patrono espiritual, que poderiam escolher a João Batista, pois o inventário moral é o método de João.


Tenho lido muito a respeito de João Batista. Entretanto, confesso que nunca estive diante de nada tão profundo e completo quanto os textos ora apresentados.
Trata-se de um texto de 1940, publicado na Escola Jesus Cristo, visando apenas o público interno. Reproduzimos, assim, A Vida de João Batista, de Clóvis Tavares, editado há mais de 60 anos e jamais reeditado.


O outro texto é uma palestra de meu Pai, Clóvis Tavares, pronunciada num domingo, 24 de junho de 1979, dia de São João Batista, na nossa Escola Jesus Cristo. Foi uma palestra gravada pelo nosso irmão Rubens e entregue a minha Mãe, logo após a desencarnação de meu Pai.


O intervalo entre os dois textos é de cerca de 40 anos.


Nestes quarenta anos, a vida de meu Pai também mudou em muitos aspectos. Houve mudança etária, biológica, social, psicológica, estado civil, paternidade, muitas aflições humanas... Apenas uma coisa permaneceu e fortaleceu-se: a sua Fé. A vida de meu Pai, em muitos aspectos assemelha-se à humildade e à fortaleza de João Batista.


Até mesmo a conversão de meu Pai teve um período preparatório. Num período inicial, ele pertenceu ao Grupo João Batista. E o Grupo João Batista, mais antigo que a Escola Jesus Cristo, batizou-a, isto é, introduziu-a no cenário espírita de Campos dos Goytacazes na década de 30. Quando a Escola Jesus Cristo começou a crescer, o Grupo João Batista, à semelhança da humildade de seu patrono, resolveu diminuir para que a Escola de Jesus crescesse. E enviou à Escola Jesus Cristo os seus freqüentadores, os seus palestrantes, sua experiência, a sua história.


Um evento histórico protagonizado por dois gigantes espirituais é recapitulado dois milênios depois por duas instituições que, sem nenhuma premeditação, têm os dois gigantes espirituais como patronos: João Batista e Jesus Cristo.


João Batista alegrou-se com a presença de Jesus desde o tempo em que estava no ventre de Isabel. E certamente, foi ele quem produziu em sua Mãe, Isabel, o fenômeno de segunda vista relatado por Lucas. Isabel, sentindo seus movimentos, teve a intuição da presença do Salvador e proclamou sua intuição para a posteridade.


Espero que estas páginas a todos possam suscitar os frutos esperados, do arrependimento, da preparação para uma nova etapa psicológica, de uma depuração de caráter, de padrão mental e de renovação espiritual para, finalmente, estarmos aptos a entender a mensagem de Jesus.



Flávio Mussa Tavares
Campos, 27 de outubro de 2008
73 anos da fundação da Escola Jesus Cristo

quarta-feira, novembro 05, 2008

Novo fime: CHICO XAVIER

Novidades no cenário do cinema espírita!

 Logo mais, à 0h15 desta quinta-feira (06/11), o produtor de Bezerra de Menezes, O Diário de Um Espírito, Luís Eduardo Girão, concede entrevista ao apresentador Amaury Jr, na Rede TV. ]

Ele fala do sucesso do longa, que chegou ao terceiro mês de exibição batendo a marca dos 400 mil espectadores. 

O número coloca o filme como um dos brasileiros mais vistos do ano. 

Além disso, Luís Eduardo adianta em primeira mão detalhes de sua próxima produção, com início previsto para o primeiro trimestre de 2009: um filme sobre o médium espírita Chico Xavier. 

Logo mais você confere aqui, no Portal Espírito de Arte, todas as informações sobre o assunto!

segunda-feira, novembro 03, 2008

Longa Metragem da FOX: NOSSO LAR, de André Luiz



Depois do grande sucesso do filmeBezerra de Menezes, o diário de um espírito,


em janeiro passa a ser filmado pela Fox filmes, o longa metragemNosso Lar,


baseado na obra de Chico Xavier pelo espírito André Luiz.


Maiores detalhes da participação de Renato Prieto ao longo do mês.



Aguardem em breve a matéria que Renato fez no dia 10/10 para o Video Show falando sobre o


espetáculo ” E a vida continua”.

domingo, novembro 02, 2008

CELEBRAÇÃO DO DIA DE FINADOS/LIVRO DOS ESPÍRITOS


Celebração do dia dos mortos. Funerais


320 Os Espíritos são sensíveis à saudade daqueles que amaram e que ficaram na Terra?
– Muito mais do que podeis supor; se são felizes, essa lembrança aumenta sua felicidade; se são infelizes, essa lembrança é para eles um alívio.


321 O dia da comemoração dos mortos tem algo de solene para os Espíritos? Eles se preparam para visitar os que vão orar nas suas sepulturas?
– Os Espíritos atendem ao chamado do pensamento tanto nesse dia quanto em qualquer outro.


321.a Esse dia é para eles um encontro junto às suas sepulturas?
– Eles estão aí num maior número nesse dia, porque há mais pessoas que os chamam. Mas cada um deles vem apenas pelos seus amigos e não pela multidão de indiferentes.


321 b Sob que forma comparecem e como seriam vistos, se pudessem se tornar visíveis?
– Sob a forma pela qual os conhecemos quando encarnados.


322 Os Espíritos esquecidos, cujos túmulos ninguém visita, também aí comparecem apesar disso? Lamentam não ver nenhum amigo que se lembre deles?
– Que lhes importa a Terra? Eles somente se prendem a ela pelo coração. Se aí não há amor, não há mais nada que retenha o Espírito: tem todo o universo para si.


323 A visita ao túmulo dá mais satisfação ao Espírito do que uma prece feita para ele?
– A visita ao túmulo é uma maneira de mostrar que se pensa no Espírito ausente: é a imagem. Já vos disse, a prece é que santifica o ato da lembrança; pouco importa o lugar, quando se ora com o coração.


324 Os Espíritos das pessoas às quais se erguem estátuas ou monumentos assistem à inauguração e as vêem com prazer?
– Muitos comparecem a essas solenidades quando podem, mas são menos sensíveis às homenagens que lhes prestam do que à lembrança.


325 De onde surge, para certas pessoas, o desejo de ser enterradas num lugar em vez de outro? Revêem esse lugar com maior satisfação após sua morte? Essa importância dada a uma coisa material é um sinal de inferioridade do Espírito?
– A afeição do Espírito por determinados lugares é inferioridade moral. Que diferença há entre um pedaço de terra em vez de outro para um Espírito elevado? Ele não sabe que se unirá aos que ama, mesmo estando os seus ossos separados?


325 a A reunião dos restos mortais de todos os membros de uma família num mesmo lugar deve ser considerada como uma coisa fútil?
– Não. É um costume piedoso e um testemunho de simpatia por quem se amou. Essa reunião pouco importa aos Espíritos, mas é útil aos homens: as lembranças ficam concentradas num só lugar.


326 A alma, ao entrar na vida espiritual, é sensível às homenagens prestadas aos seus despojos mortais?
– Quando o Espírito já atingiu um certo grau de perfeição, não possui mais vaidade terrestre e compreende a futilidade de todas as coisas. Porém, ficai sabendo, há Espíritos que, no primeiro momento de seu desencarne, sentem um grande prazer pelas homenagens que lhes prestam, ou se aborrecem com a falta de atenção ao seu corpo físico; isso porque ainda conservam alguns preconceitos da Terra.


327 O Espírito assiste ao enterro de seu corpo?
– Ele o assiste muito freqüentemente; mas, algumas vezes, se ainda estiver perturbado, não se dá conta do que se passa.


327 a Ele fica lisonjeado com a concorrência de assistentes ao seu enterro?
– Mais ou menos, de acordo com o sentimento que eles tenham.


328 O Espírito daquele que acaba de morrer assiste às reuniões de seus herdeiros?
– Quase sempre; isso lhe é permitido para sua própria instrução e para castigo dos culpados. O Espírito julga nessa hora o valor das manifestações honrosas que lhe faziam. Todos os sentimentos dos herdeiros se tornam claros como são de fato, e a decepção que sente ao ver a cobiça daqueles que partilham seus bens o esclarece quanto a esses sentimentos. Porém, a vez deles chegará igualmente.


329 O respeito instintivo que o homem, em todos os tempos e em todos os povos, tem pelos mortos é o efeito da intuição de uma vida futura?
– É a conseqüência natural dessa intuição; sem isso, esse respeito não teria sentido.