domingo, junho 20, 2010

CÉSAR PERRI EM CAMPOS

César Perri e Roberto Versiani na Escola Jesus Cristo
Perri em sua bela apresentação em homenagem ao centenário de Chico Xavier

CÉSAR PERRI NA ESCOLA JESUS CRISTO




Esteve em Campos na manhã de 20 de junho, domingo o Vice Presidente da FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA, o Dr. Antônio César Perri de Carvalho, acompanhado do seu acessor Roberto Versiani Dutra, ambos de Brasília.


O motivo da visita foi a divulgação da homenagem que a FEB está fazendo a Chico Xavier no ano de seu centenário.


Durante a bela apresentação, ele citou duas mensagens de Emmanuel, caidas no esquecimento, aqui reproduzidas:



Em nome do Evangelho


“Para que todos sejam um” – Jesus. (João, 17:22)


Reunindo-se aos discípulos, empreendeu Jesus a renovação do mundo. Congregando-se com cegos e paralíticos, restituiu-lhes a visão e o movimento. Misturando-se com a turba extenuada, multiplicou os pães para que lhe não faltasse alimento. Ombreando-se com os pobres e os simples, ensinou-lhes as bem-aventuranças celestes.Banqueteando-se com pecadores confessos, ensinou-lhes o retorno ao caminho de elevação. Partilhando a fraternidade do cenáculo, prepara companheiros na direção dos testemunhos de fé viva.

Compelido a oferecer-se em espetáculo na cruz, junto à multidão, despede-se da massa, abençoando e amando, perdoando e servindo.Compreendendo a responsabilidade da grande assembléia de colaboradores do espiritismo brasileiro, formulamos votos ardentes para que orientem no Evangelho quaisquer princípios de unificação, em torno dos quais entrelaçam esperanças.
Cremos que a experiência científica e a discussão filosófica representam preparação e adubo no campo doutrinário, porque a semente viva do progresso real, com o aperfeiçoamento do homem interior, permanece nos alicerces divinos da Nova Revelação.
Cultivar o espiritismo, sem esforço espiritualizante, é trocar notícias entre dois planos diferentes, sem significado substancial na redenção humana.Lidar com assuntos do céu, sem vasos adequados à recepção da essência celestial, é ameaçar a obra salvacionista.
Aceitar a verdade, sem o desejo de irradiá-la, através do propósito individual de serviço aos semelhantes, é vaguear sem rumo.
O laboratório é respeitável.
A academia é nobre.
O templo é santo.
A ciência convence.
A filosofia estuda.
A fé converte o homem ao Bem Infinito.
Cérebro rico, sem diretrizes santificantes pode conduzir à discórdia.
Verbo primoroso, sem fundamentos de sublimação, não alivia, nem salva.
Sentimento educado e iluminado, contudo, melhora sempre.
Reunidos, assim, em grande conclave de fraternidade, que os irmãos do Brasil se compenetrem, cada vez mais, do espírito de serviço e renunciação, de solidariedade e bondade pura que Jesus nos legou.O mundo conturbado pede, efetivamente, ação transformadora.
Conscientes, porém, de que se faz impraticável a redenção do Todo, sem o burilamento das partes, unamo-nos no mesmo roteiro de amor, trabalho, auxílio, educação, solidariedade, valor e sacrifício que caracterizou a atitude do Cristo em comunhão com os homens, servindo e esperando o futuro, em seu exemplo de abnegação, para que todos sejamos um, em sintonia sublime com os desígnios do Supremo Senhor.
Emmanuel
(Mensagem recebida em 14 de setembro de 1948, pelo médium Francisco Cândido Xavier, em Pedro Leopoldo, Minas, destinada aos irmãos do Primeiro Congresso Nacional Espírita em São Paulo.)
Anais do I Congresso Brasileiro de Unificação, realizado em São Paulo (SP), no período de 31 de outubro a 5 de novembro de 1948, p. 39-41.


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Mensagem Destinada à Caravana da Fraternidade

Meus amigos, muita paz.


Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos. Por se guardarem leais em torno d’Ele, unidos, não só nas plataformas verbalísticas, mas também na fraternidade real e no espírito de sacrifício, os cristãos da epopéia evangélica inicial, sofreram, lutaram e amaram, durante trezentos anos, esperando a renovação do mundo. Hoje, o espetáculo é diferente. Não mais tronos de tirania na governança dos povos, e não mais os circos de lama e sangue, exigindo a renúncia extrema nas angústias da sombra e da morte, mas, prevalecem dentro de nós, as forças escuras da perturbação e da desordem, reclamando o exercício de toda a nossa capacidade de trabalho restaurador do mundo de nós mesmos. Há uma terra diferente, aguardando-nos os corações e as mãos na restauração da Vida.

E o Espiritismo Cristão, pelos espiritistas, é a Luz que deve resplandecer para os tempos novos.

Daí, o imperativo de nossa unificação nos alicerces do serviço. Claro que a sintonia absoluta de todas as interpretações doutrinárias num foco único de visão e realização, é impraticável e, por agora, impossível. Cada criatura contempla a natureza e o horizonte do ângulo em que se coloca. O semeador do vale não verá o mesmo jogo de luz no Céu, suscetível de ser identificado pelo observador do firmamento situado no monte.

Que os trabalhadores do bem sejam honrados na posição digna em que se colocam. O jovem é irmão do mais velho, e aquele que ampara o alienado, é companheiro do missionário que escreve um texto consolador. A Doutrina Redentora dos Espíritos é um edifício divino na Terra, e o servidor que traça paisagem simbólica e sublime no altar mais íntimo desse domicílio sagrado de fé, não pode ironizar o cooperador que empunha a picareta, nas bases da casa para sustentar-lhe a higiene, a segurança e a beleza, muitas vezes, com suor e lágrimas.

Cultuemos, acima de tudo, a solidariedade legítima. Nossa união portanto, há de começar na luz da boa vontade.

Guardemos boa vontade uns para com outros, aprendendo e servindo com o senhor, e felicitando aos companheiros que se confiaram à tarefa sublime da confraternização, usando o próprio esforço.

Rogo ao Divino Mestre nos fortaleça e ajude a todos nós.

EMMANUEL.

(Mensagem recebida em Pedro Leopoldo, em sessão no Centro Espírita Luís Gonzaga em 11 de dezembro de 1950, por intermédio de Francisco Cândido Xavier, e destinadas aos Caravaneiros presentes.)

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