domingo, novembro 14, 2010

A palestra de André Trigueiro na Escola Jesus Cristo


Foi na manhã de hoje, as 10 horas que o André Trigueiro realizou a palestra na Escola Jesus Cristo sobre o tema "Espiritismo e Sustentabilidade".
Após a exposição belíssima e agradabilíssima, André atendeu ao público que ocorreu a ele para autógrafos.

Foi realmente uma manhã de muitas bençãos.

sábado, novembro 13, 2010

André Trigueiro na Escola Jesus Cristo

Caros irmãos,
Todos estão convidados para a palestra de ANDRÉ TRIGUEIRO na ESCOLA JESUS CRISTO na manhã de 14 de novembro de 2010, as 10 horas.
O Tema é ESPIRITISMO E SUSTENTABILIDADE.
Teremos muitos exemplares do livro ESPIRITISMO E ECOLOGIA, de André Trigueiro, editado pela FEB.

André Triogueiro é jornalista da GLOBONEWS e especialista em Sustentabilidade pela COPPE- UFRJ.

O que o Espiritismo e a Ecologia têm em comum? O leitor se surpreenderá com as muitas afinidades existentes entre essas duas áreas do conhecimento que surgem na mesma região do planeta há aproximadamente 150 anos, e quehoje despertam interesse e curiosidade crescentes.

Espíritas e ecologistas utilizam a visão sistêmica para defender a biodiversidade, o uso sustentável dos recursos naturais, o consumo consciente, a primazia dos projetos coletivos em detrimento do individualismo. São tantas as afinidades, que certas obras espíritas poderiam perfeitamente embasar alguns postulados ecológicos.
O preço do exemplar é 25 reais e o autor irá autografar os livros amanhã.

Aguardamos todos


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Flávio Mussa Tavares

segunda-feira, outubro 11, 2010

Lançamento do livro LUZ NA ESCOLA







Trata-se da reedição de um livro de Francisco Cândido Xavier, psicografado na Escola Jesus Cristo em 1940 e nunca mais reeditado.






Contando com a colaboração preciosa de nosso amigo e irmão Geraldo Lemos Neto, da Editora Vinha de Luz, da cidade irmã Belo Horizonte, teremos a grata satisfação de um novo lançamento deste livro após 70 anos.






É a singela homenagem que a Escola Jesus Cristo presta ao Centenário de Chico Xavier.




É também um marco dos setenta e cinco anos de fundação da Escola Jesus Cristo da Espiritualidade e da Escola Jesus Cristo de Campos.






E é também uma lembrança da primeira visita de Chico Xavier a Campos, em quatro dias de estadia na Escola Jesus Cristo, há setenta anos.


sexta-feira, setembro 03, 2010

Filme NOSSO LAR


Filme Nosso Lar


"...Reportamo-nos, pois, tão somente ao objetivo essencial do trabalho.
O Espiritismo ganha dilatada expressão numérica. Milhares de criaturas interessam-se pelos seus trabalhos, modalidades, experiências. Nesse campo imenso de novidades, todavia, não deve o homem descurar de si mesmo
Não basta investigar fenômenos, aderir verbalmente, melhorar a estatística, doutrinar consciências alheias, fazer proselitismo e conquistar favores da opinião, por mais respeitável que seja, no plano físico. É indispensável cogitar do conhecimento de nossos infinitos potenciais, aplicando-os, por nossa vez, nos serviços do bem.
O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é a sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro
O intercâmbio com o ínvisível é um movimento sagrado, em função restauradora do Cristianismo puro; que ninguém, todavia, se descuide das necessidades próprias, no lugar que ocupa pela vontade do Senhor
André Luiz vem contar a você, leitor amigo, que a maior surpresa da morte carnal é a de nos colocar face a face com a própria consciência, onde edificamos o céu, estacionamos no purgatório ou nos precipitamos no abismo infernal; vem lembrar que a Terra é oficina sagrada, e que ninguém a menosprezará, sem conhecer o preço do terrível engano a que submeteu o próprio coração.
Guarde a experiência dele no livro (e no filme) dalma. Ela diz bem alto que não basta à criatura apagar-se à existência humana, mas precisa saber aproveitá-la dignamente; que os passos do cristão, em qualquer escola religiosa, devem dirigir-se verdadeiramente ao Cristo, e que, em nosso campo doutrinário, precisamos, em verdade, do ESPIRITISMO e do ESPIRITUALISMO, mas, muito mais, de ESPIRITUALIDADE."

Emmanuel e Chico Xavier
Textos do prefácio do livro: Nosso Lar - FEB.


Produção do filme Nosso Lar
O lançamento do filme Nosso Lar é um fato marcante no ano do Centenário de Chico Xavier. A equipe que produziu o filme – Wagner de Assis, roteiro e direção, Iafa Britz, produção, e Luiz Augusto de Queiroz, produção executiva – comenta a superprodução cinematográfica sobre o livro best seller psicografado por Chico Xavier e destaca a expectativa para o lançamento no dia 3 de setembro

Reformador: Como ocorreu a adaptação do texto do livro para o filme?

Produção: O roteirista vê o filme antes de todo mundo, mas seu trabalho não é só escrever literalmente. É preciso pensar, tomar decisões criativas muito importantes. Portanto, a adaptação cumpriu alguns estágios de trabalho bem definidos – primeiro, o estudo minucioso do livro (e de todos os demais livros da Série André Luiz), seguido de reuniões com leitores para ouvirmos os seus sentimentos e percepções a respeito da história. Depois, tivemos a colaboração intensa da própria Federação Brasileira, que nos ajudou a manter o foco nas questões essenciais do livro. Por fim, o desenvolvimento da história já roteirizada, com o trabalho criativo sempre em busca do melhor para dramatizar, emocionar, entreter o público.

Reformador: Que experiências tiveram durante as filmagens?

Produção: Todo o processo do filme foi cheio de aprendizados,tanto a partir de percepções espirituais comodas relações entre as pessoas. Preferimos enfatizar este último aspecto, uma vez que entendemos que a harmonia entre profissionais de diferentes opções religiosas foi fundamental e maravilhosa. Vivemos experiências únicas de ver dias mágicos de filmagens, ver atuações importantes, enfim, quando a câmera liga é sempre um momento único.

Reformador: Houve dificuldade técnica para retratar o Umbral?

Produção: Todo o filme foi um grande desafio técnico, porque precisávamos usar tecnologia de efeitos visuais como nunca foi feito antes. O Umbral foi um desafio à parte porque precisávamos de um lugar onde pudéssemos criar aquela dimensão. Encontramos uma “super” pedreira no Rio de Janeiro e trabalhamos dia e noite nela. Porém, o cenário da cidade espiritual nunca existiu e isso fez com que tivéssemos que filmar com um pano azul (o famoso Chroma key) em grande parte das cenas. Os atores tinham que fazer um exercício muito grande para imaginar o que não podia ser visto.


Reformador: Qual público-alvo visa a produção do filme?

Produção: Este é um filme para todas as pessoas. Essa foi a primeira ideia que nasceu quando decidimos começar o projeto e viemos à FEB pedir a licença dos direitos autorais. Nunca entendemos cinema senão por sua força ampla e irrestrita com todos os públicos. Nosso Lar é um drama poderoso, com uma temática poderosa, que fala diretamente ao íntimo das pessoas. Vale a pena ver e levar também quem não gosta do tema para ver. Antes de tudo é uma mensagem de esperança que passa na tela.

Reformador: Qual tem sido a reação dos profissionais das áreas de produção e de distribuição com relação ao filme?

Produção: Muita curiosidade e muito interesse por conta da forma como o filme foi produzido. Tem todos os efeitos visuais, embora eles sejam um apoio à história do Espírito André Luiz, que é o mais importante. Mas não é raro vermos lágrimas no final de cada exibição teste que fazemos. O filme mexe muito com as pessoas em diversos níveis. Cada um tem uma ideia de mundo espiritual e encontra nele identificações e semelhanças. Outros descobrem-se. Outros sentem saudades de seus entes queridos.


Reformador: Qual a expectativa de distribuição no Brasil e no Exterior?

Produção: A Fox trabalha com a distribuição nacional. A carreira internacional do filme depende muito de sua performance no Brasil. Mas já estamos em contato com empresas distribuidorasno Exterior.

Reformador: Para o Exterior, o filme será legendado ou dublado?

Produção: O filme será legendado ou dublado de acordo com a empresa distribuidora que tiver negociadopara determinado país.


Reformador: O filme suscitará maior divulgação do livro e do Espiritismo?

Produção: Entendemos que um filme sempre traz mais interesse pelo tema que aborda. O livro Nosso Lar já é um campeão de vendas e esperamos que continue sendo. Quanto ao Espiritismo, esperamos que as pessoas se interessem pelo tema cada vez mais, por seu caráter universal, com suas vertentes científica, filosófica e religiosa, e que isso possa ajudar a todos.

Reformador: Quais recomendações dariam aos dirigentes espíritas, em face do lançamento do filme?

Produção: Sintam-se parceiros e ajudem-nos a multiplicar a mensagem de que o filme existe, e que precisa ser bem divulgado para poder ficar nos cinemas com a mensagem positiva.
Por isso, o dia 3 de setembro precisa ser “mágico” todas as salas de cinema precisam estar lotadas. Os dois primeiros dias são essenciais para a carreira de um filme. Portanto, nosso pedido é: não deixe para ir
na semana seguinte! Vá ao cinema no dia da estreia!
Sabemos que o primeiro final de semana é marcante, define a carreira de um filme. Divulgue-o junto a amigos e volte na semana seguinte. Somos todos multiplicadores da sua difusão! Os tempos são mais do que chegados!


Produção do filme


Nosso Lar é uma das maiores produções cinematográficas brasileiras e reúne grandes nomes do cinema internacional como o compositor Philip Glass, o diretor de fotografia Ueli Steiger e empresa de efeitos visuais canadense Intelligent Creatures. O filme é coproduzido e distribuído pela Fox Film do Brasil. Produção: Cinética Filmes; Coprodução Migdal Filmes, Globo Filmes e Fox Film do Brasil; Distribuição Fox Film do Brasil;Apoio Banco do Rio de Janeiro – Funcine BRJ e Federação Espírita Brasileira (FEB); Roteiro e direção Wagner de Assis; Produzido por Iafa Britz; Produção executiva Luiz Augusto de Queiroz e Elizabeth Marinho Dias; Trilha sonora original Philip Glass; Direção de fotografia Ueli Steiger A. S. C.; Direção de arte Lia Renha; Efeitos visuais Intelligent Creatures, Canadá; Coprodução executiva Luiz Cláudio Barbosa; Elenco: Renato Prieto como André Luiz, Fernando Alves Pinto, Rosanne Mulholland, Inez Viana, Rodrigo dos Santos, Werner Schünemann, Clemente Viscaíno; Participação especial: Ana Rosa, Othon Bastos e Paulo Goulart.
Informações:
http://www.nossolarofilme.com.br/


quinta-feira, julho 22, 2010

Entrevista Com Julieta Marques







A nossa amiga Julieta Marques, de Portugal, visitando a nossa Escola Jesus Cristo,
deu-nos uma aula e fez uma bela palestra.
Além disso, ofereceu-nos a entrevista aqui publicada.


1- Flávio- Qual a sua impressão ao chegar pela primeira vez ao Brasil? Já passou por alguma experiência semelhante?

Julieta- Uma alegria intraduzivel, era como se fosse o retorno a casa. Tudo me era familiar. E prometi a mim mesma voltar, só que eu não fazia ideia de que viria tanta vez. Curiosamente senti o mesmo quando visirei a Ucrânia, aí tive a mesma sensação de já lá ter vivido. O que é muito bom, pois nos dá uma dimensão de sermos viajantes no tempo e no espaço.

2-Flávio O Espiritismo no Brasil tem um aspecto eminentemente social, devido à pobreza em nosso meio. Se Portugal é hoje um país de pujança econômica, inserido na Comunidade Européia, diga-me qual é o caráter principal do Espiritismo em seu país.

Julieta- Quando eu chego à casa espirita no ano de 1960, havia em Portugal uma situação de pobreza extrema, aí sensibilizei os dirigentes a fazer dois almoços por ano, um era no Natal e outro na Páscoa. Era a oportunidade que tinhamos, mas mesmo assim tinhamos que pedir autorização ao Perfeito da cidade, e olhe que isto era feito na cada espirita. Hoje a situação mudou, os idosos têm um otima assistência, com três lares muito bons, onde toda a assistência lhes é prestada, são como hotéis de cinco estrela e só pagam com parte de suas aposentadorias. Então a Doutrina Espirita em Portugal dedica-se essencialmente à divulgação da mesma, muito embora com a abertura das fronteiras, tenham aparecido alguns problemas sociais que em colaboração com as autoridades locais, acabamos por ajudar a diminuir. Hoje estamos, graças há nova Constituição pós Revolução 25 de Abril de 1974, com muito boas relações com o Poder Local, então fica tudo mais fácil para nós, pois que há uma colaboração e prestação de serviços em comum.

3- Flávio - O que você pode nos falar sobre o Espiritismo na Europa?

Julieta- O Espiritismo na Europa está crecendo, muito embora o País onde ele está mesmo firmado e crescendo muito seja Portugal. Nosso País e Brasil são os dois expoentes máximos na diculgação da Doutrina Espirita. O resto são por assim dizer, grupos familiares de Portugueses e Brasileiros imigrates, que através de sua generosidade e vontade inquebrantável para difundir a Doutrina, reunem-se e divulgam conforme podem a doce Doutrina da Consolação por esse mundo além .



4-Flávio- Como considera a obra de Chico Xavier em relação à difusão do Espiritismo pela Europa? A viagem de Chico e Waldo em 1965 ainda produz frutos?

Tanto quanto sei a obra de nosso Chico é conhecida e estudada em todos os grupo, em toda a Europa, o que se entende, pois que ela é a extensão da obra dos Espiritos através de Kardec. Agora a vida não é tão exaltado, como aqui no Brasil, o que é uma pena, mas com o tempo toda a gente um dia vai querer saber quem foi Francisco Candido Xavier!!!
Quanto à viagem de Chico e Waldo Vieira, eu não tenho informação que possa servir de testemunho, e peço seguinte, eles foram a Portugal numa época em que a Federação Espirita não estava funcionando mercê da politica vigente, a comunicação entre os espiritas não se fazia, porque todas as casas foram encerradas, então nós tivemos conhecimento depois do acontecimento e também porque estes dois nomes eram como ilustres desconhecidos em nosso movimento, lamentavelmente!!! Sei duma entrevista que saiu numa revista que se publicava na época, ESTUDOS PSIQUICOS editada por nosso amigo Tenente Isidoro Duarte Santos e que eu assinei até sua extinsão. mas eu também tinha acabado de entrar no Espiritismo e tudo era muito difuso e complexo naquela época da ditadura.

5- Flávio- A senhora tem algo a contar sobre os protugueses famosos no Brasil, como João de Deus, Guerra Junqueiro, Antero de Quental , Júlio Diniz e Camilo Castelo Branco ?

Julieta- Todos esse nomes de grandes escritores e poetas Portugueses são por demais conhecidos e suas mensagens, recebidas umas por nosso Chico Xavier e outras pelo médium Português Fernando Lacerda. João de Deus é um poeta que nasceu em nossa região, na cidade de S. Bartolomeu de Messines e a casa onde nasceu está lá bem perservada para as gerações futuras poderem localizar onde nasceu esse poeta tão sensivel e delicado. Guerra Junqueiro era um inimigi fidagal da igreja e seus versos são uma critica contumaz à mesma, basta ler O PADRE ETERNO e outro, mas este é o mais conhecido. Júlio Diniz é o escriyor que relata muito bem a vida campezina de nosso povo, seus costumes, o lirismo de nosso povo na sua ingenuidade. Depois temos Camilo Castelo Branco alma apaixoanda, temperamento arrebatado, vivia intensamente a vida, apaixonou-se por aquela dama a Ana Plécido, que era casada e isso levou-o à prisão, onde permaneceu durante algum tepo, na cidade do Porto, esse edifício da prisão ainda existe e pode ser visitado. Estive em sua casa, onde viveu seu drama da cegueira, e onde se suicidou, Lá está ainda a acácia, árvore onde brincava seu filho Jorje, Tenho um poema dele dedicado aos amigos, quando estava cego, é uma lição para todos nós. Seues livros cairam no index da igreja, quase todos infelizmente.
E agora nosso poeta açoreano, pois que nasceu nos Açores Antero do Quental, que eu admiro e çamento seu trágico fim. Mas nosso Chico Xavier trouxe-nos de colta estes nomes através de suas comunicações, o que nos deixa nuito felizes.
Antero do quental, poeta Português nascido nos Açores, sofre de insularidade e não só, há um problema de saúde que o afecta de tal modo que ele acaba por não suportar a situação que o atormenta e suicída-se. Deixou obra literária e poética de grande valor. Foi também um dos poetas Portugueses que se comunicou através da psicografia de Francisco Candido Xavier.
Vale a pena ler sua obra antes e depois de seu decesso. Muito interessante

6- Flávio- Sobre o Espiritismo Inglês não adotar a Reencarnação e a Lei de Causa e Efeito, a senhora pode nos falar?

Julieta- Entende-se que os inglês não aceitem a reencarnação por razões de orgulho de raça. Mas um dia eles vão entender e aceitar, nada como o tempo para traz mais luz sobre as mentes que ainda teimam viver na obscuridade pela não aceitação da Lei Moral da Reencarnação e de Causa e Efeito

7-Flávio- Sobre a Rússia, a África portuguesa e outras colônias ultra-marinas como Goa, Macau e Timor Leste, além de outras regiões já visitada, pode nos dar alguma notícia?

Em nossa África posso dizer que há um trabalho muito bonito realizadfo na cidade de Luanda, com uma casa espirita onde existe um trabalho de estudo, divulgação e atendimento às necessidaes básicas do povo, e isso se deve a nossa irmão AMÉLIA CAZALMA, mulher dinâmica e com verdadeira alma de missionária. Em Moçabique exiet na cidade de Mautpo, antiga Lourenço Marques, uma casa espirita com imensas dificuldades, mas realizando um trabalho muitop bom, ele é presidido por nossa irmã Irene. Também já lá estive por 16 dias e vi das dificuldades do grupo. Na Rússia, meu contacto e visita foi à querida amiga a cientista Drª Barbara Ivanova com quem estive em sua casa em Moscovo e com quem mantive correspodência durante anos, até seu desencarne. Guardo comigo parte dessa correspobência, que aalvez um dia eu publique. Mas penso que não há movimento espirita por lá.

8- Flávio- Pode nos deixar as palavras finais?
Julieta- Minha gratidão pela forma como fui recebida em vosso grupo, fez-me sentir mais pequena ainda do que sou, pois que as manifestações de cordialidade e carinho foram de tal ordem, que senti aí o verdadeito espirito de espirita em suas múltiplas maniofestações. Que nunca percam esse geito de receber e estar, pois é assim que a Doutrina se firma entre os que à casa espirita. Só posso dizer um muito obrigada por tudo--

domingo, junho 27, 2010

Notícia sobre a Escola Jesus Cristo no Portal da FEB

Está no Portal da FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA registrada a visita de seu vice-presidente, Antônio César Perri de Carvalho à Escola Jesus Cristo.

domingo, junho 20, 2010

CÉSAR PERRI EM CAMPOS

César Perri e Roberto Versiani na Escola Jesus Cristo
Perri em sua bela apresentação em homenagem ao centenário de Chico Xavier

CÉSAR PERRI NA ESCOLA JESUS CRISTO




Esteve em Campos na manhã de 20 de junho, domingo o Vice Presidente da FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA, o Dr. Antônio César Perri de Carvalho, acompanhado do seu acessor Roberto Versiani Dutra, ambos de Brasília.


O motivo da visita foi a divulgação da homenagem que a FEB está fazendo a Chico Xavier no ano de seu centenário.


Durante a bela apresentação, ele citou duas mensagens de Emmanuel, caidas no esquecimento, aqui reproduzidas:



Em nome do Evangelho


“Para que todos sejam um” – Jesus. (João, 17:22)


Reunindo-se aos discípulos, empreendeu Jesus a renovação do mundo. Congregando-se com cegos e paralíticos, restituiu-lhes a visão e o movimento. Misturando-se com a turba extenuada, multiplicou os pães para que lhe não faltasse alimento. Ombreando-se com os pobres e os simples, ensinou-lhes as bem-aventuranças celestes.Banqueteando-se com pecadores confessos, ensinou-lhes o retorno ao caminho de elevação. Partilhando a fraternidade do cenáculo, prepara companheiros na direção dos testemunhos de fé viva.

Compelido a oferecer-se em espetáculo na cruz, junto à multidão, despede-se da massa, abençoando e amando, perdoando e servindo.Compreendendo a responsabilidade da grande assembléia de colaboradores do espiritismo brasileiro, formulamos votos ardentes para que orientem no Evangelho quaisquer princípios de unificação, em torno dos quais entrelaçam esperanças.
Cremos que a experiência científica e a discussão filosófica representam preparação e adubo no campo doutrinário, porque a semente viva do progresso real, com o aperfeiçoamento do homem interior, permanece nos alicerces divinos da Nova Revelação.
Cultivar o espiritismo, sem esforço espiritualizante, é trocar notícias entre dois planos diferentes, sem significado substancial na redenção humana.Lidar com assuntos do céu, sem vasos adequados à recepção da essência celestial, é ameaçar a obra salvacionista.
Aceitar a verdade, sem o desejo de irradiá-la, através do propósito individual de serviço aos semelhantes, é vaguear sem rumo.
O laboratório é respeitável.
A academia é nobre.
O templo é santo.
A ciência convence.
A filosofia estuda.
A fé converte o homem ao Bem Infinito.
Cérebro rico, sem diretrizes santificantes pode conduzir à discórdia.
Verbo primoroso, sem fundamentos de sublimação, não alivia, nem salva.
Sentimento educado e iluminado, contudo, melhora sempre.
Reunidos, assim, em grande conclave de fraternidade, que os irmãos do Brasil se compenetrem, cada vez mais, do espírito de serviço e renunciação, de solidariedade e bondade pura que Jesus nos legou.O mundo conturbado pede, efetivamente, ação transformadora.
Conscientes, porém, de que se faz impraticável a redenção do Todo, sem o burilamento das partes, unamo-nos no mesmo roteiro de amor, trabalho, auxílio, educação, solidariedade, valor e sacrifício que caracterizou a atitude do Cristo em comunhão com os homens, servindo e esperando o futuro, em seu exemplo de abnegação, para que todos sejamos um, em sintonia sublime com os desígnios do Supremo Senhor.
Emmanuel
(Mensagem recebida em 14 de setembro de 1948, pelo médium Francisco Cândido Xavier, em Pedro Leopoldo, Minas, destinada aos irmãos do Primeiro Congresso Nacional Espírita em São Paulo.)
Anais do I Congresso Brasileiro de Unificação, realizado em São Paulo (SP), no período de 31 de outubro a 5 de novembro de 1948, p. 39-41.


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Mensagem Destinada à Caravana da Fraternidade

Meus amigos, muita paz.


Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos. Por se guardarem leais em torno d’Ele, unidos, não só nas plataformas verbalísticas, mas também na fraternidade real e no espírito de sacrifício, os cristãos da epopéia evangélica inicial, sofreram, lutaram e amaram, durante trezentos anos, esperando a renovação do mundo. Hoje, o espetáculo é diferente. Não mais tronos de tirania na governança dos povos, e não mais os circos de lama e sangue, exigindo a renúncia extrema nas angústias da sombra e da morte, mas, prevalecem dentro de nós, as forças escuras da perturbação e da desordem, reclamando o exercício de toda a nossa capacidade de trabalho restaurador do mundo de nós mesmos. Há uma terra diferente, aguardando-nos os corações e as mãos na restauração da Vida.

E o Espiritismo Cristão, pelos espiritistas, é a Luz que deve resplandecer para os tempos novos.

Daí, o imperativo de nossa unificação nos alicerces do serviço. Claro que a sintonia absoluta de todas as interpretações doutrinárias num foco único de visão e realização, é impraticável e, por agora, impossível. Cada criatura contempla a natureza e o horizonte do ângulo em que se coloca. O semeador do vale não verá o mesmo jogo de luz no Céu, suscetível de ser identificado pelo observador do firmamento situado no monte.

Que os trabalhadores do bem sejam honrados na posição digna em que se colocam. O jovem é irmão do mais velho, e aquele que ampara o alienado, é companheiro do missionário que escreve um texto consolador. A Doutrina Redentora dos Espíritos é um edifício divino na Terra, e o servidor que traça paisagem simbólica e sublime no altar mais íntimo desse domicílio sagrado de fé, não pode ironizar o cooperador que empunha a picareta, nas bases da casa para sustentar-lhe a higiene, a segurança e a beleza, muitas vezes, com suor e lágrimas.

Cultuemos, acima de tudo, a solidariedade legítima. Nossa união portanto, há de começar na luz da boa vontade.

Guardemos boa vontade uns para com outros, aprendendo e servindo com o senhor, e felicitando aos companheiros que se confiaram à tarefa sublime da confraternização, usando o próprio esforço.

Rogo ao Divino Mestre nos fortaleça e ajude a todos nós.

EMMANUEL.

(Mensagem recebida em Pedro Leopoldo, em sessão no Centro Espírita Luís Gonzaga em 11 de dezembro de 1950, por intermédio de Francisco Cândido Xavier, e destinadas aos Caravaneiros presentes.)

60 ANOS DO PACTO ÁUREO

60 Anos do Pacto Áureo

Antonio Cesar Perri de CarvalhoNo dia 5 de outubro de 1949, foi assinado o “Pacto Áureo” na então sede da Federação Espírita Brasileira, no Rio de Janeiro. Este foi assim designado por representar a oportunidade de ouro para se promover a união e estimular o intercâmbio entre os espíritas.A origem é muito interessante. Há relação com os ideais de unificação que foram potencializados com a realização do Congresso Brasileiro de Unificação Espírita, no ano de 1948, em São Paulo. Este evento mereceu uma mensagem psicográfica de Francisco Cândido Xavier, assinada por Emmanuel, intitulada “Em Nome do Evangelho”, inspirando-se em Jesus: “Para que todos sejam um” (João, 17: 22), onde o Autor Espiritual conclama: “Reunidos, assim, em grande conclave de fraternidade, que os irmãos do Brasil, se compenetrem, cada vez mais, do espírito de serviço e renunciação, de solidariedade e bondade pura que Jesus nos legou”1.Nos primeiros dias de outubro de 1949, várias lideranças espíritas estavam participando de um Congresso Espírita Panamericano, na cidade do Rio de Janeiro. Carlos Jordão da Silva, um dos integrantes da delegação da USE-SP e depois seu presidente, relata que numa das noites do congresso, após as exaustivas reuniões todos tinham se recolhido em seus hotéis. Mas, ele resolveu tomar um pouco de ar e se dirigiu para uma praça próxima ao hotel: “[...] para surpresa nossa todas as delegações foram chegando ao mesmo local, como que convocados por forças invisíveis. Achamos graça por ter o Plano Espiritual nos reunido daquela forma e àquela hora da madrugada e ali mesmo marcamos uma reunião para as 8 horas da manhã, no Hotel Serrador, onde estávamos hospedado eu e minha senhora e, realizada tal reunião, incumbiu-se Artur Lins de Vasconcellos a tarefa de aproximar-se da FEB para promover o encontro”. O encontro em que se firmou o “Pacto Áureo” foi conhecido como a “Grande Conferência Espírita” e realizou-se na sede da Federação Espírita Brasileira, no dia 5 de outubro de 1949. A reunião foi dirigida pelo presidente da FEB Antônio Wantuil de Freitas, com a participação de representantes de Federações e Uniões de âmbito estadual: Federação Espírita Catarinense, Federação Espírita do Paraná, Federação Espírita do Rio Grande do Sul, União Espírita Mineira, União Social Espírita de São Paulo (USE), e também da Liga Espírita do Brasil e da Comissão Executiva do Congresso Brasileiro de Unificação Espírita. Da Ata de 18 itens, destacamos o item 2: “A FEB criará um Conselho Federativo Nacional, permanente, com a finalidade de executar, desenvolver e ampliar os planos da sua atual Organização Federativa”3. Assinaram o Acordo, o presidente da FEB Antônio Wantuil de Freitas e os representantes da USE-SP, Liga Espírita do Brasil, Comissão Executiva do Congresso Brasileiro de Unificação Espírita, Federação Espírita Catarinense, Federação Espírita do Paraná e União Espírita Mineira.Como desdobramento desse acordo de unificação, no dia 1º de janeiro de 1950 foi instalado o Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira. Neste ano também se desenvolveu o trabalho da “Caravana da Fraternidade” que teve por finalidade divulgar os objetivos da unificação e colher adesões de onze Estados do Norte e do Nordeste ao “Pacto”. Os caravaneiros Artur Lins de Vasconcelos, Carlos Jordão da Silva, Francisco Spinelli, Ary Casadio e Leopoldo Machado realizaram as visitas e contatos: “quarenta dias de excursão no terreno da Ação Unificadora”4, que Leopoldo Machado considerou como “um movimento de alta significação espiritual, objetivando aproximar os espíritas do País”4 e que também levou orientações sobre a divulgação do Espiritismo, estímulo às obras de assistência social e de ambientação doutrinária aos lares. Numa visita de alguns “caravaneiros” a Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, no dia 11 de dezembro de 1950, estes foram brindados com uma mensagem de Emmanuel. O Autor Espiritual comenta: “Cultuemos, acima de tudo, a solidariedade legítima. Nossa união, portanto, há de começar na luz da boa vontade. Guardemos boa vontade uns para com os outros, aprendendo e servindo com o Senhor, e felicitando aos companheiros que se confiaram à tarefa sublime da confraternização, usando o próprio esforço”5.Nestes 60 anos de “Pacto Áureo” é evidente o aperfeiçoamento do processo de união e de unificação, pois o CFN congrega as Entidades Federativas Estaduais dos 27 Estados e do Distrito Federal e tem experimentado a prática da análise e da discussão para a elaboração de documentos normativos de recomendações ao Movimento Espírita. Nestes anos, o CFN gerou documentos e ações como: “A Adequação do Centro Espírita para o Melhor Atendimento de suas Finalidades”; “Diretrizes da Dinamização das Atividades Espíritas”; “Orientação ao Centro Espírita”; as Campanhas: Estudo Sistematizado de Doutrina Espírita, Evangelização da Infância e Juventude, Em Defesa da Vida, Viver em Família, Construamos a Paz Promovendo o Bem!, Divulgação do Espiritismo; o projeto de Capacitação para Dirigentes de Centros Espíritas; o “Plano de Trabalho para o Movimento Espírita Brasileiro (2007-2012)”; a realização de Congressos Brasileiros de Espiritismo; comemorações do bicentenário de Kardec, Sesquicentenários de O Livro dos Espíritos, Revista Espírita e da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e diversas atuações em forma de cursos e de seminários. Uma importante ação do CFN, mais operacional, tem ocorrido com as Reuniões de suas Comissões Regionais.As Reuniões das Comissões Regionais do CFN tem sido e devem se caracterizar cada vez mais como uma autêntica e continuada Caravana da Fraternidade!A evocação dos 60 anos do “Pacto Áureo” sugere-nos a efetivação de ações que contribuam para a consolidação e ampliação do ideal de união e de unificação. Na mensagem “Em nome do Evangelho”1, Emmanuel propõe: “[...] unamo-nos no mesmo roteiro de amor, trabalho, auxílio, educação, solidariedade, valor e sacrifício que caracterizou a atitude do Cristo em comunhão com os homens, servindo e esperando o futuro, em seu exemplo de abnegação, para que todos sejamos um em sintonia sublime com os desígnios do Supremo Senhor”.Referências:1. XAVIER, Francisco C. Em nome do Evangelho. Pelo Espírito Emmanuel. Reformador. Janeiro, 2008, p.14-15.2. MONTEIRO, Eduardo Monteiro e D’OLIVO, Natalino. USE – 50 Anos de Unificação. São Paulo: Ed.USE, 1997, p. 127-28.3. Grande Conferência Espírita realizada no Rio de Janeiro. Reformador. Outubro, 1999, p.10-11.4. MACHADO, Leopoldo. A Caravana da Fraternidade. Nova Iguassú: Lar de Jesus, 1954, p. 13-7.5. Ibidem, p. 176-7.(Transcrito de “Reformador”, edição de março de 2009, p. 22-24

A CARAVANA DA FRATERNIDADE


Foi relançado pela FEB o livro CARAVANA DA FRATENIDADE, de Leopoldo Machado, como homenagem a esse grande difusor da Doutrina Espírita.

A “CARAVANA DA FRATERNIDADE”
“Espíritas do Sul do País organizaram um movimento de aproximação a que se deu o nome de ‘Caravana da Fraternidade’...
...com o propósito de visitar todos os Estados do Norte. Principalmente os Estados que ainda não tinham se decidido sobre o Pacto Áureo de 5 de outubro de 1949...
[...] Os caravaneiros - Artur Lins de Vasconcelos, Carlos Jordão da Silva, Francisco Spinelli, Ary Casadio e Leopoldo Machado - levantaram vôo em avião da Aerovias Brasil, a 31 de outubro1. Primeiro, Salvador. [...] De Salvador até o extremo Norte, os caravaneiros visitaram todas as capitais2 e mais Parnaíba, vivendo em todas elas, inesquecíveis programas de intensa vibração doutrinária e fraternal. [...] Lins de Vasconcelos regressou de Recife, sendo substituído pelo irmão pernambucano Luiz Burgos Filho. O médium Ary Casadio voltou de Fortaleza. Só Leopoldo Machado e Luiz Burgos Filho foram a Manaus3, [...] Em todas as cidades, a Caravana procedeu da maneira seguinte: (I) Conferências culturais para o grande público, que atraíram verdadeiras multidões a elas, tarefa quase que da responsabilidade do prof. Leopoldo Machado; (II) Reuniões de mesa-redonda para reajustamento de pontos de vista de choque, das quais o ideal da unificação sempre saiu vitorioso, por isso que de todas elas foram lavradas as respectivas atas; (III) Visitas de estímulo às instituições espíritas de assistência social; (IV) Programas sociais, organizados pelos irmãos visitados.
A Caravana procurou, assim, colimar vários objetivos, como sejam: a) Maior aproximação dos espiritistas, visionando o ideal de unificação social da Doutrina; b) Propaganda cultural do Espiritismo, no mundo profano; c) Maior estímulo às obras de assistência social inspiradas pela Doutrina; d) Levar ambientação doutrinária aos lares, de vez que os caravaneiros sempre preferiram hospedagem nos lares de irmãos.
A Caravana da Fraternidade dissolveu-se em Belo Horizonte, a 13 de dezembro1, depois de receber, na véspera, em Pedro Leopoldo, pelo médium Francisco Cândido Xavier, mensagens de Emmanuel e Amaral Ornelas, e depois de um belo e grande programa lítero-doutrinário, em que os caravaneiros fizeram o primeiro relato de suas impressões, na sede da União Espírita Mineira”.

1 – Ano de 1950.
2 – Todas as capitais do Nordeste e do Norte, exceção feita aos então quatro Territórios;
3 – Com exceção de Lins de Vasconcelos que retornou de Recife, os demais integrantes foram até Belém do Pará.

(Trechos e informações extraídos de: Machado, L. A Caravana da Fraternidade, Nova Iguassú: Ed. Lar de Jesus, 1954.)

domingo, maio 09, 2010

DUAS MÃES SURPREENDENTES




DUAS MÃES SURPREENDENTES


Flávio Mussa Tavares


A singela homenagem que fazemos em nossa Escola Jesus Cristo às Mães tem como ícones duas Mães surpreendentes que fizeram de sua maternidade uma devoção à humanidade e uma irradiação do amor de Deus. Viveram as duas Mães expressões inéditas da maternidade. Não digo inéditas no sentido de que jamais houve casos semelhantes aos que elas viveram, mas do ponto de vista, que se houve, não foram registrados como estes o foram. E para a glória delas e para a glória de seus filhos, fazemos nossa homenagem a todas as Mães nas pessoas destas grandes mulheres.

Trata-se de Nina Arueira e Maria João de Deus. Viveram ambas experiências peculiaríssimas nunca antes descritas na literatura espírita.

Nina Arueira fora uma jovem romântica, meiga, doce com as crianças e que sentia-se mãe a priori. Ela tornou-se mãe imaginária de um pequeno marinheiro, uma foto de revista. Deu a este marinheirinho o nome de Lill. Escrevia cartas para ele, mandava recadinhos dele nas suas cartas para o meu Pai, Clóvis Tavares que à época era o seu noivo e que morava no Rio de Janeiro. Paralelamente a este romantismo, a esta maternidade onírica, vivia a pequena Nina uma luta política e árdua, travada contra os empresários escravocratas de nossa região. Escreveu em jornais locais, críticas ácidas contra a exploração do homem pelo homem e brandia então, junto com Clóvis a bandeira do bolchevismo, ideal de suas vidas. Todavia, travou ela, conhecimento com Virgílio Paula, um amorável benfeitor de sua vida. Ela a acolheu, e ensinou a ela as belezas do Evangelho. Revelou à Nina um Jesus amigo dos pobres e das crianças. Revelou a ela um Jesus complacente com os pecadores, mas enérgico e incisivo com os poderosos de então. Ela passa a amar a este Cristo. E sonhando com seu filho e com o mundo mais justo, desencarna em março de 1935 em casa do vovô Virgílio. Com a sua desencarnação, Clóvis também abandona a política materialista e abraça os ideais de Nina sob as vistas de Virgílio Paula. E Nina chega ao mundo espiritual e é recebida por seu filho Lill. Um espírito desejoso de tornar-se criança, reduziu o seu perispírito e fez-se Lill. Corporificou-se como o filho de Nina Arueira. E foi educado por Nina no Plano do Espírito, para que pudesse reencarnar como filho de Clóvis. Ela educou-o na vida espiritual, para entregá-lo a outra Mãe, que foi a minha Mãezinha Hilda, que anos mais tarde vem a consorciar-se com Papai. Chico Xavier psicografou um poema de Lill retratando a forma amorosa com que Nina Arueira educava o pequeno Lill na vida espiritual:

DE UM FILHINHO ESPIRITUAL

Papai, quando chega a noite,
Diz Mamãe banhada em luz:
-Vamos Lill, orar por ‘ele’
E, preces ao bom Jesus!

Ajoelhados na fé,
No caminho redentor,
Novamente, de mãos postas,
Oremos por ‘nosso amor’.

Diz Mamãe: Daí-lhe, Jesus,
Do vosso divino pão!
E eu digo:-Do pão de luz
Da vossa consolação!

Mamãe roga:-Daí-lhe Mestre,
O espírito de servir.
E eu peço:-Com forças novas
Para as glórias do porvir.

Mamãe pede:-Mestre Amado,
Ajudai-o a caminhar.
E eu digo:- Inspirai-lhe a vida
Nas bênçãos de nosso lar.

E assim, nós ambos pedimos
Na fé que nunca se esvai
A bênção do Bom Jesus
Às suas provas de pai.

Que Deus lhe conceda sempre
Coragem para a missão
É o que deseja, Papai,
O filho do coração.

Lill.’

Maria João de Deus, Mãe de nosso querido Chico Xavier também vivenciou uma experiência de maternidade inteiramente desconhecida até então. Mãe biológica de Chico Xavier, que em 1915, quando o pequeno Chico tinha apenas 5 anos, desencarna. Vai morar com a sua madrinha que lhe impôs uma vida de extremos padecimentos físicos e morais indescritíveis. A bondosa Maria João de Deus passa a visitar o seu filho diariamente e a educá-lo com conselhos, admoestações, instruções de ordem geral e de ordem espiritual, com vistas a formar o espírito sábio e humilde do futuro grande médium brasileiro Francisco Cândido Xavier. Uma Mãe desencarnada educando um filho na Terra. Este é o ineditismo e a singularidade extrema desta maternidade de Luz. Maria João de Deus, apesar de iletrada em sua última romagem terrena, é um espírito de alta envergadura moral e intelectual. Astrônoma de outras épocas, quando tinha trânsito livre nos luxuosos salões das cortes da Europa, renasce filha de lavadeira na cidade de Santa Luzia do Rio das Velhas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Iletrada e também pobre lavadeira como sua mãe, costumava perder horas a admirar o céu estrelado, como a recordar o tempo em que o admirava com olhar científico. Humilhada pela vida, jamais revoltou-se. E esta lição de humildade, ofereceu ao pequeno Chico, jamais concitando-o à revolta contra os que o humilhavam. E como que, conhecendo o capítulo V de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ensinava ao pequeno sofredor, a justiça das aflições humanas, demonstrando que consolar verdadeiramente é dar a conhecer que não há injustiça na Terra. E que toda aparente injustiça é sabiamente reaproveitada pela Lei de Causa e Efeito numa equação de perfeita justiça.
Clóvis Tavares escreveu sobre Maria João de Deus, uma pequena biografia inserta no livro “Tempo e Amor”, que contém mensagens psicografadas por Chico Xavier na Escola Jesus Cristo, de espíritos campistas e por espíritos amigos de nossa casa. Trata-se de “Breve Notícia de Uma Grande Alma”.
Escreveu papai também um belo poema para a Mãe de Chico Xavier, sobre quem vou fazer uma revelação, que já não é mais revelação, pois já é sabido de muitos. Maria João de Deus é a mesma Ana de Samaria, criada de Lívia Lêntulus, esposa do Senador Públius Lêntulus. Era amiga e confidente da grande alma que foi Lívia, que viveu um isolamento social em seu próprio lar, vítima que foi de uma calúnia perversa. E Ana, a nossa querida Maria João de Deus, foi a sua companhia constante, que lhe ensinou sobre Jesus e que por alguns anos, a sua única companheira. Mais tarde, empresta suas vestes humildes à sua senhora, para que esta pudesse comparecer a uma reunião cristã, quando então é presa e levada ao martírio do Coliseu, devorada por fellinos ferozes. Depois deste fato, Públio reformula a sua vida e migra de Roma para a cidade de Pompéia onde viveria com Ana e sua filha Flávia os últimos anos de sua vida. Ali em paz e com muita alegria aprendeu os rudimentos do Cristianismo, com a sua serva fiel, que muito lhe fazia recordar a esposa injustiçada por ele mesmo e martirizada por Amor a Jesus. Ana de Samaria, Maria João de Deus, é então a primeira evangelizadora de Emmanuel, nosso grande Emmanuel, evangelizador dos espíritas do Brasil. Esta é a grandeza desta alma de escol.

MARIA JOÃO DE DEUS

Clóvis Tavares

Maria João de Deus, Estrela Amiga,
Do firmamento de nossa afeição,
Luz Carinhosa, meiga companheira,
Protetora das almas em afeição.

Bendita sejas pelo bem que ofertas
Do meigo Mestre a cada coração
Bendita sejas, ó querida amiga,
Que nos trazes do Além, consolação.

Maria João de Deus, Estrela Amiga,
Do firmamento de nossa afeição,
Bendita sejas pela luz que espalhas
Em penhor de ventura e redenção.

Bendita sejas por Teu filho amado,
Que se uniu a Jesus em santa unção.
Bendita sejas pela luz que espalhas
Em penhor de ventura e gratidão

sábado, abril 10, 2010

Chico Xavier, Mediunidade e Caridade com Jesus e Kardec


Clique neste link e evocê terá acesso ap programa de homenagem ao centenário de Chico Xavier que ocorrerá em Niterói neste ano de 2010.

A Escola Jesus Cristo estará representada ali com a apresentação do trabalho sobre Célia Lúcius que é uma comprovação da mediunidade límpida e cristalina de nosso querido missionário de Minas Gerais.

A Chico Xavier, a Clovis Tavares e à Escola Jesus Cristo a nossa gratidão eterna.

domingo, abril 04, 2010

DOMINGO DE PÁSCOA


“E eles o constrangeram dizendo: Fica conosco por que já é tarde e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles.” Lc 24:29

Clóvis Tavares


Imagino-Te Senhor, em minhas pobres meditações, a percorrer, pequenino ainda-Divina Criança- os relvados e as colinas de Nazaré, ou empunhando uma ferramenta na Carpintaria modesta...


Depois, socorrendo os que sofrem ou semeando Tuas parábolas na verde Galiléia...
Pacificando os corações na terra dos samaritanos ou abençoando as criancinhas nas praias de Genesaré...


Ou ainda nas margens do Jordão, legando inesquecível exemplo d ehumildade, junto do valoroso Precursor...


Teus pés cansados sangraram na descida do Monte da Quarentena e se cobriram de poeira nas estradas da Judéia...


Entendo-Te a energia ante os vendilhões do Templo e sinto-Te a ternura nas bodas de Cana e nos adeus da Ceia...


Tento imaginar Teu carinho de filho, no lar Galileu, junto aos trabalho da Mãe Santíssima ou nas fadigas da Carpintaria...


Resplende Teu saber no diálogo com Nicodemos e Tua imensurável bondade na conversação com a singela Samaritana...


É doce recordar-Te, Mestre incomparável, a instruir os Doze nos serões de Cafarnaum, mas é ofuscante imaginar-Te na glória do Tabor...


Procuro, mais e mais- e é tão difícil, Senhor- ouvir-Te no Sermão da Montanha...
Comove ver-Te acolhendo o desprezado Zaqueu e a sofredora Maria de Magdala, ou sustentando o afetuoso Simão Pedro, a quem deste as chaves do Reino...


És sempre a figura excelsa da História, o amigo incondicional dos caídos e angustiados, o coração compassivo-nosso maior apoio na vida...


Dois mim anos se passaram, meu Rabi, nos turbilhões da evolução humana. A crueldade dos fariseus, a dubiedade de Pilatos, as flagelações do Pretório, o carrascal do Calvário, a indiferença dos orgulhosos e a incompreensão dos mais amados já não Te atingem, Senhor...


Voltaste à Glória de Teu Reino, naquele luminoso Domingo da Ressurreição e Te tornastes nossa Páscoa- nossa passagem, nossa Ponte para Deus.


Não consigo divisar a magnificência espiritual de Teu infinito Império, flamejante de amor e de paz, mas sei que caminhas conosco, todos os dias, até a consumação dos tempos.


Sabemos todos nós que assim é, que estás ao nosso lado qual Divino Amigo, Inseparável Companheiro da Grande Viagem...


Das profundezas de nosso exílio terreno, neste Domingo de Páscoa, em que testemunhaste para todos os séculos a certeza da Imortalidade, permite-nos a todos, repetir-Te, com ternura e com fé, as palavras dos Teus dois discípulos de Emaús: Já anoitece, já é tarde...Fica conosco, Senhor!...


(Tavares, Clóvis, De Jesus Para os que Sofrem, IDE, 1985)

sábado, abril 03, 2010

O "gol contra" do Santos F.C. OU "A intolerância religiosa vs. amor ao próximo!"

O goleiro Felipe solidarizando-se

Maikon Leite e um abrigado


O Santos, time de Pelé, bicampeão mundial, visitou através de seu elenco de jogadores ultragoleadores, nesta quinta-feira o Lar Espírita Mensageiros da Luz,.




É uma instituiçãoi espírita quee cuida e abriga 38 pessoas com paralisia cerebral.




Os jogadores foram doar simbolicamente 600 ovos de páscoa, que serão comercializados na loja do clube e o dinheiro repassado para a instituição.




As informações são do site Globoesporte.com.




Uma parte dos jogadores preferiu ficar dentro do ônibus, inclusive o craque internacional Robinho.




Somente Felipe, Wladimir, Edu Dracena, Zé Eduardo, Arouca, Pará, Gil, Maikon Leite, Breitner, Zezinho e Wesley entraram na instituição.




Os demais alegaram impedimento de ordem "religiosa".




Os jornalistas que estavam no local, escutaram uma batucada dentro do veículo.




O treinador Dorival Jr. afirmou que sabia que certos atletas não entrariam e afirmou que era preciso respeitar a opção de cada um.




O goleiro Felipe declarou que "não tem como não se emocionar".




Questiona-se aqui, os motivos religiosos que impedem uma demonstração de caridade, um ato de amor ao próximo.




Ao que me consta, quem se diz cristão deve seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, de quem celebramos a Paixão no dia de ontem.




Então "ter Jesus no coração" não se transfere para os nossos atos?




Os Fariseus ao tempo de Jesus, também preconceituosos e puristas em relação aos samaritanos, que eram considerados impuros e idólatras agiam assim. Foi nesse intuito que um fariseu perguntou maliciosamente a Jesus como fazer para ganhar a vida eterna. Jesus respondeu com as escrituras: Amar a Deus de todo o seu entendimento e força e ao próximo como a si mesmo. E o Fariseu então faz a antológica pergunta: -Quem é o meu próximo?




Sabe o que Jesus respondeu? Contou a Parábola do Bom Samaritano. A Parábola conta-nos que um determinado viajante foi atacado de tocaia em certo ponto deserto da estrada que vai de Jerusalém para Jericó. O viajante foi furtado e sofreu violentas agressões que o deixaram quase morto. Passaram pelo mesmo caminho um rabino e um levita, respectivamente um doutor da Lei e um explicador da Lei ao povo. Ambos apiedaram-se do moribundo, mas preocupados com seus compromissos "religiosos" não ajudaram a vítima, cometendo uma omissão de socorro.


Passou depois um samaritano, desses que eram idólatras, que não adoravam a Deus no Templo e que não seguiam seriamente os preceitos de Moisés, considerados, pois, como excomungados.


Mas esse excomungado samaritano teve compaixão. Sua atitude foi imediata. Tratou das feridas ali mesmo e levou o ferido em sua própria montaria a um albergue onde se cuidava de migrantes enfermos. Pagou antecipadamente e prometeu voltar para conferir a melhora e pagar algo mais que precisasse.


Contando isso , disse Jesus ao Fariseu: -Quem foi o próximo do ferido? -Foi o Samaritano.


- Vá e faça o mesmo!




A Deus , que "não faz acepção de pessoas", quem mais agradou? A Deus quem mais agradou no caso relatado. Os que foram, vencendo, como o samaritano, as diferenças religiosas, para ajudar o irmão necessitado naquele momento ?


Ou os que , como o rabino e o levita, alegaram , motivos de "foro íntimo", "razões religiosas" para ignorar o sofrimento alheio?




sexta-feira, abril 02, 2010

Paixão e Centenário de Chico Xavier


Meus amigos,
hoje, 02 de abril, o centenário de Chico Xavier coincidiu com a data móvel quando se celebra a Paixão de Jesus.

Coincidência ou não, foi uma importantíssima confluência de datas , pois a vida de Chico Xavier, no século XX, foi uma das que mais se aproximou de Jesus.
A Paixão de Jesus Cristo não foi apenas a tortura romana e a cruz, foi toda a sua encarnação.
E imitação da Paixão, vivida por Chico Xavier foi também a sua vida inteira.
Reproduzo, assim, o último capítulo de "Cália Lucius, Santa Marina", que é uma homenagem ao maior médium de todos os tempos: Chico Xavier!

"Quem é este, pois?"

Vivemos uma época de supercomunicação. Há possibilidade de comunicação instantânea e de acesso absoluto em todo o globo. Isto significa que não há região no planeta não coberta por satélite. A tecnologia já permitiu ao homem a onisciência e a onipresença.

A questão que examinamos, entretanto, é a surpreendente habilidade de Francisco Cândido Xavier de vivenciar nele mesmo uma hipermídia. Converteu-se a si mesmo em canal de intercomunicação. Através de sua complexa e avançadíssima rede de neurônios, em que incontáveis sinapses são ativadas simultaneamente, tornou-se ele o interexistente como dizia Herculano Pires. As referidas sinapses produzem um fenômeno elétrico em seu cérebro já estudado pelo nosso caro Dr. Elias Barbosa. Por que, entretanto evidenciar o fenômeno Chico Xavier entre inúmeros outros medianeiros da espiritualidade? A resposta está no paradoxo proposto por Jesus:

"Todo aquele que exaltar-se a si mesmo será humilhado. Todo que humilhar-se será exaltado.”

Chico foi um arquétipo da humildade. E não obstante o respeito a todos os demais intérpretes da espiritualidade na nossa terra, ninguém destacou-se de tal modo pela humildade como o médium de Pedro Leopoldo. A prova é que Chico não ocupou-se com a publicação de suas obras. Esperava ele que os dirigentes espíritas em sua boa vontade, sintonizassem seus pensamentos com a boa vontade dos bons espíritos que dele haviam se servido para a produção literária. Disse-nos Paulo de Tarso no livro “Paulo e Estevão”: “Deus tem pressa do serviço bem feito.”

Os autores espirituais sempre tiveram pressa da publicação de seus escritos, entretanto a humildade de nosso Chico não atropelou o livre-arbítrio dos dirigentes espíritas. Estes últimos é que decidiram como e quando a publicação das obras. Chico compreendeu que seu dever maior era a renúncia da autonomia de sua organização física para que a obra se materializasse.

Todavia, quem foi este que transcomunicou poesia e prosa, ciência e filosofia, evangelização e romances épicos, psicofonia e efeitos físicos e se não fora ainda o bastante, acrescente-se a esse rol mediúnico, as mensagens particulares. Estas últimas eram sempre entregues no original às famílias e de tal forma despojou-se ele de sua produção que os historiadores espíritas a atualidade buscam na mídia televisiva e internet por pessoas que possuam originais psicografados pelo médium Xavier. Retorno então a pergunta feita sobre Jesus, dirigida agora para o nosso querido Chico:

“Quem é este, pois?”

Respondo: foi um homem que cumpriu a Primeira Revelação de Deus a Moisés, sendo antes de tudo um ser ético. Foi um homem que cumpriu com elegância a pregação da humildade e do despojamento da Segunda Revelação de Deus, trazida por Seu Filho. Foi um homem que seguiu à risca os conceitos do “Homem de Bem” proposto por Kardec no capítulo 17 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo.”

O cumprimento das três revelações foi a condição da abertura psíquica que o tornou o interexistente.

No caso específico apresentado neste ensaio despretensioso, sobressai a figura surpreendente de Célia Lúcius. A certeza antecipada de Emmanuel/Chico Xavier de que os arquivos da Igreja seriam levantados por alguém, é a primeira grande percepção de nosso Chico. Esse alguém foi meu Pai, Clóvis Tavares.

É evidente que a epopéia vivida por Célia no segundo século da era cristã viesse a sofrer grandes alterações. Imaginemos o que se contou sobre o Irmão Marinho, convertida em Irmã Marina após a sua desencarnação? Converteu-se num mito e a sua lenda espalhou-se em muito pouco tempo e para localidades distantes. Quem por lá passava escutava a legendária estória de uma moça que seguindo os passos do pai, viúvo e piedoso, protegeu-se da maldade humana, refugiando-se num mosteiro para homens. O episódio era sui generis e contar algo inusitado sempre foi da têmpera humana. Considerada mártir pela Igreja, foi canonizada possivelmente no século IV ou V. Segundo a tradição Catalunha, a história da santa Marina é “de origem incerta. É venerada nos paises catalães e em todo o arco mediterrâneo. Como a maioria dos santos daqueles tempos, foi proclamada santa por ‘vox populi’, senso comum para beatificação sem necessidade de revisão eclesiástica.” Foi canonizada como mártir. Mártir da humildade e do perdão.

Os anos que sucederam a desencarnação de Célia Lúcius foram extremamente férteis na produção de lendas, tanto nas redondezas de Alexandria, no Egito, como na Capadócia, Líbano, Itália, Espanha e em algumas ilhas do Mediterrâneo. Foram férteis na elaboração de variantes do mito da Santa que vestiu-se de monge e foi acusada de prevaricar. Expulsa do convento, criou o menino e só após sua morte a verdade foi revelada. Não obstante, em linhas gerais, todas as tradições apresentarem esse enredo, há interessantes adendos que trazem de vez em quando informações úteis, assim como os Apócrifos em relação a Jesus. Uma das mais relevantes e que não ficou explícita no texto mediúnico: Célia amamentou os seus filhos adotivos!

Vou fazer um aparte neste capítulo de tributo à mediunidade excelente de Chico Xavier para, de uma certa forma, complementar um aspecto pouco explicado a respeito de como teria Célia Lúcius cuidado e nutrido dois recém nascidos em circunstâncias absolutamente desfavoráveis, quais sejam: após a sua expulsão do lar, pela ruas de Roma, pelo Esquilino, com suas ruas lúgubres e desconhecidas de uma jovem de origem nobre e no caminho de Nápoles, por toda a península itálica e atravessando o Mediterrâneo em direção à Alexandria. E anos depois, em Alexandria, extra-muros do Mosteiro, passando fome e frio, novamente com outro menino sob seus cuidados. Baseado nestas duas situações decididamente adversas, faço algumas considerações acerca da possibilidade de uma mãe não-biológica poder amamentar.

Quem conhece a história de Célia Lúcius, pode fazer as seguintes indagações:

1-Como Célia nutriu o bebê ao sair da casa de seu pai? Com leite não humano obtido pelo caminho com terceiros através de solicitação direta? Certamente que não. Emmanuel omite esse detalhe. Os arquivos católicos não conheceram essa parte de sua vida. Portanto, se ela não dispunha de leite humano ou de uma cabra que a acompanhasse, supõe-se que ela produziu leite em suas mamas.

2- Existe base científica para afirmar que Célia amamentou o seu filho ao seio?
Sim. Diz a médica Celestina Grazziotin , coordenadora do Banco de Leite Humano do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná e consultora internacional credenciada pelo International Board Consultant Lactation Examiners (IBCLE):
" Quando a mulher passa pelo processo normal de gestação, principalmente chegando a termo, a fisiologia da lactação ocorre naturalmente, com a ação de todos hormônios envolvidos desde o início da gravidez, preparando a glândula mamária para amamentação. Mesmo assim, muitas puérperas apresentam dificuldades devido a falta de informação, de apoio profissional e familiar competente. Imaginemos, então, como será o processo de lactação e amamentação para uma mulher que adota uma criança. A Lactação Adotiva refere-se à estimulação da produção láctea em uma mulher que nunca engravidou. Este processo envolve uma série de questões que exigem do profissional capacidade de aconselhamento e profundo conhecimento de anatomia, fisiologia, psicologia, e inclusive de farmacologia, patologia, etc. relacionadas a lactação que possam interferir positiva ou negativamente nos resultados É imprescindível que a mulher – mãe adotiva – demonstre um forte desejo em amamentar e consiga obter confiança em si e no profissional que a orienta, atitudes positivas e motivação facilitam todo processo, tanto para ela própria como para quem lhe dará apoio, como os familiares, com os quais terá que contar, para dispor até de tempo a dedicar às técnicas de estimulação e cuidados com a criança.”
Diz também o pediatra Marcus Renato de Carvalho, professor de Pediatria da UFRJ, de quem tive a honra de ser colega de turma na saudosa Nacional de Medicina:
“Na lactação adotiva, o essencial para produzir leite, é o estímulo freqüente da mama, que pode aumentar com a ordenha manual ou pelo emprego de adequadas bombas elétricas de extração. O estímulo da sucção aumenta os níveis de Ocitocina e Prolactina na mulher e como efeito secundário podem ser observadas irregularidades ou ausência de menstruação, o que comprova que o processo está indo bem.”

3-Existem, enfim, estatísticas sobre a possibilidade de um nascituro na idade antiga sobreviver à epidemias e a doenças comuns da infância, principalmente em países frios, sem aleitamento materno?
Penso que seria quase impossível a adaptação de um recém-nato a este mundo, nas condições em que o primeiro filho adotivo de Célia foi recebido, sem a proteção fisiológica de um leite materno, rico de anticorpos e elementos essenciais não presentes em um leite heterólogo, isto é de outra espécie animal. Esta opinião é compartilhada pelo meu amigo Marcus Renato e pelo meu irmão Luís Alberto Mussa Tavares, também pediatra, neonatologista, que acompanha muitos casos de prematuros e os apresenta em seu blog pessoal , as possibilidades de um bebê não alimentado ao seio contaminar-se com as infecções comuns da primeira infância são muito grandes. Considerando as condições sanitárias da Europa no século II, as possibilidades de infecção eram muito maiores.

Por isso, cremos nas tradições maronitas que alegam que a Santa Marina amamentou o seu filho adotivo. E como eles não conheceram a história do primeiro filho adotivo de Célia Lúcius, cremos que ela amamentou os seus dois filhos adotivos.
No texto bíblico há o caso de Noemi, cuja nora dá a luz um filho que é amamentado por ela, que era a avó:
“Então as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou hoje de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel. Ele te será por restaurador da alma, e nutrirá a tua velhice, pois tua nora, que te ama, o deu à luz, e ela te é melhor do que sete filhos. E Noemi tomou o filho, e o pôs no seu colo, e foi sua ama.”
(ou : “o amamentou”, segundo algumas traduções).” Rute 4:16.

Considerando agora os mitos e as lendas que se proliferaram na hagiografia sobre a Santa Marina, construí um pequeno exercício de imaginação sobre a origem das discrepâncias histórias entre a história narrada em “50 Anos Depois” e os relatos católicos e maronitas.

Estamos em Alexandria e já se passaram 5 anos após o desaparecimento do Irmão Marinho, transformado em Irmã Marina. Já se fala que era filha de um homem piedoso e viúvo e que ali se instalara para refugiar-se da maldade humana assim que seu pai falecera. O Pai Epifânio não soube que Helvídio era o pai do Irmão Marinho. A única informação que ele obteve foi que este era filho de seu amigo Lésio Munácio. Acredita-se que a construção da lenda parte da informação parcial e equivocada que foi transmitida oralmente por Epifânio e pelos monges do Mosteiro.

A passagem de muitos romeiros pela grande cidade egípcia facultou a disseminação do mito. Nas ilhas do Mediterrâneo, passados mais 10 ou 20 anos, contava-se que a moça era natural de Chipre, de colonização grega. Navegantes do mar Mediterrâneo levaram a lenda para terras espanholas onde conta-se a história de uma Santa Marina que morou em Alexandria e cuja memória é viva na cidade catalã de Pratdip.

Mercadores árabes levaram a lenda para a Palestina e nos planaltos do Líbano, onde vários mosteiros cristãos ergueram-se nos séculos seguintes, houve a incorporação desta legendária santa que vestida como monge, enfrentou a calúnia com humildade e indulgência. Surgiu assim a história de uma Santa Marina na Bitínia, mais especificamente no Mosteiro de Quannoubin, no Vale Qadisha, atual Líbano. Denomina-se Santa Marina da Bitínia, Santa Marina Libanesa ou do Quannoubin.

Até mesmo os padres do deserto, que praticavam a oração como exercício místico de busca da permanência de imanência divina (Hesicasmo), contaram a história de Célia divulgando-as para os peregrinos russos.

Evidentemente a primeira parte da história de Célia é absolutamente inacessível. E mesmo entendendo a interexistência de nosso Chico, ainda quedamos perplexos e ficamos a indagar de nós mesmos:

“Quem é este, pois?”

À época da captação destas páginas Chico era um funcionário da Fazenda Modelo, de Pedro Leopoldo. Esta fazenda dista do centro da cidade alguns kilômetros. Este trecho Chico percorria diariamente a pé ou em charrete, acrescentando algumas horas a mais em sua jornada de trabalho diário. Chegando à casa, tinha ele afazeres domésticos, além das reuniões públicas do Grupo Luiz Gonzaga.

Sabe-se que além dessa exigüidade de tempo, que os meios de se adquirir informações minuciosas, como a respeito de uma santa desconhecida do público brasileiro eram reduzidíssimos. Quem poderia de antemão, produzir uma narrativa riquíssima de dados inacessíveis, que pode após alguns anos ser confirmada pela hagiografia?

Como é fácil nos nossos dias, recompor a história de Célia, fazendo as analogias entre o livro de Emmanuel e os registros advindos de fontes tão diversas como a igreja Maronita do Líbano e uma pequena cidade da Catalunha! Como é simples o acesso à internet aos domínios dessas Igrejas e Prefeituras, acessar história, fotos, monumentos, que somente podem confirmar o que a mediunidade prodigiosa de nosso Chico alcançou de modo cristalino e rico de informações.

Como entender esse cérebro conectado em banda larga com altíssimas freqüências espirituais, de modo a recompor com detalhes históricos e particulares, esta epopéia encantadora revelada por Emmanuel?

Quem é esta potência da hipermídia que converteu-se a si mesmo num atestado de Imortalidade?

Portanto, que nós outros, legatários desse manancial inesgotável que é a bibliografia xaveriana, voltemos o olhar para Deus e agradeçamos a ventura de termos romances como o “50 Anos Depois” que, certamente, alcançam ares da sensibilidade de muitas almas encarnadas, que readquirem esperança e coragem para suportar aflições, para tolerar injustiças e para almejar a própria regeneração.

Paciência, humildade e fé não são dons comuns ao ser humano. São conquistas espirituais. Enquanto não tivermos estes três dons divinos intrínsecos em nossos espíritos, necessitamos de ler exemplos de vida como o de Célia Lúcius. Precisamos conhecer espíritos como foi Chico Xavier, para que nos estimulemos espiritualmente. Precisamos exercitar a Paciência, através dos contratempos da vida, aprendendo a tolerá-los. Precisamos exercitar a Humildade no decorrer das humilhações que necessariamente sofreremos, convertendo-as em aprendizado do espírito. E finalmente, necessitamos alcançara a Fé, suprimindo o Medo que habita em nosso espírito.

Exemplos como o de Célia Lúcius/Santa Marina, revestem-se de uma estranha força capaz de arrastar os desanimados, entusiasmar os pusilânimes e encorajar os tímidos, recompondo seus psiquismos, reestruturando suas predisposições, na conquista da certeza de que nossa biografia é infinita.

sábado, março 27, 2010

50 anos do Culto de Assistência Auta de Souza, da Escola Jesus Cristo




Hoje, na reunião das irmãs do Culto de Assistência Auta de Souza, celebrou-se os seus 50 anos de fundação por Clóvis Tavares, que idealizou-o no modelo do que era realizado por Chico Xavier em Pedro Leopoldo inicialmente e posteriormente em Uberaba.


A tarde foi de muita alegria, com a visita de vários amigos da Escola Jesus Cristo e mesmo de outras instituições.


Que o nosso Pai continue abençoando o Culto de Assistência da Escola Jesus Cristo.

Deus! Perdoe o Pastor Renato Vargens !

Imagem do julgamento de Galileu pela Inquisição.


O Pastor Renato Vargens publicou em seu blog pessoal um artigo com o título: "Chico Xavier está no inferno".

Entre outras temeridades só observáveis na mente comprometida pelo orgulho espiritual, ao assumir para si um direito próprio da divindade, diz o pastor:

"Sim! Chico Xavier está no inferno. Por mais honesto e caridoso que ele tem tenha sido, ele está no inferno. Ele está sofrendo juntamente com todos aqueles que negaram a fé e ensinaram o falso evangelho. Ele está lá com todos que corromperam o evangelho da graça, ensinando um cristianismo de obras e carmártico. Ele está no inferno por ter ensinado e acreditado na doutrina da reencarnação, ele está no inferno por não ter recebido Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, ele está no inferno por consultar os "mortos" e espíritos enganadores. "

Postei em seu blog um comentário o qual reproduzo, adaptando-o e acrescentando outros aspectos.

Recordando os tempos de odium teologicum da Inquisição, o pastor Renato Vargens desfia o seu palavrório recheado de mágoa injustificável contra Chico Xavier.

Ao estilo da época mais cruel da igreja católica, agora em sua versão protestante, proclama-se no direito dos legatários da religião na Terra, de condenarem ao inferno os que considerarem pecador ou herege em sua miopia de espírito.

Mas vejamos, como os cristãos da primeira hora viam os dons espirituais e de que forma separar o joio do trigo.

Os frutos do Espírito, segundo Paulo, são: a caridade, a alegria, a paz, a paciência, a afabilidade, a bondade, a fidelidade, a brandura e a temperança.

Os dons divinos produziram fenômenos na vida do Chico Xavier à maneira de uma Graça alcançada pelo seu amor ao próximo.

Assim como Jesus não poderia ter afastado os maus espíritos por obra de Belzebu, como foi a sugestão dos fariseus (Mt 12:24), também Chico Xavier não poderia haver produzido os dons do Espírito Santo, "por obra do inimigo", como acusa o pastor.

Que resultou da produção mediúnica do Chico?


Ocorreram reconciliações, perdão, fortaleceu-se a fé, brotou mais religiosidade nos corações e mais compaixão.


Ele exemplificou e divulgou a caridade.


Produziu alegria.


Levou paz aos corações.


Teve uma infinita paciência com o povo rude e ingrato que o cercou por toda a vida, muitas vezes sufocando-o.


Seu nome era bondade.


Foi fiel a Jesus e a Kardec.


Temperava sua voz com brandura e temperança.

Se os visitantes, após obter notícias dos seus mortos, melhoravam o caráter e a disposição de vida, se abandonavam a depressão e o niilismo e buscavam a oração e a caridade, dom excelente; se após isso tornavam-se tão generosos como o Samaritano na estrada de Jericó para Jerusalém... então o Chico não pode estar no inferno.

A não ser que seja no propósito do livro de Gilbert Cesbron: "Os santos vão para o inferno"...


...com a finalidade de esvaziá-lo e povoar o céu! Já disse alguém: a maior alegria dos céus é esvaziar os infernos.

É também curioso recordar que o próprio Cristo desceu ao inferno, como é relatado por Pedro ("descendit ad inferna", I Pedro 3.18-20).

E foi lá para pregar aos espíritos em prisão que não escutaram a Noé.

E certamente Jesus não foi tripudiar de sua condição, mas para resgatá-los.


Pregação do Evangelho é para salvar (recuperar) e não pra demonstrar superioridade.

Outrossim, espero que a jactância de arvorar-se no direito de declarar quem está no céu ou no inferno, seja perdoada pelo mesmo Pai que quer nos salvar a todos.


Que Jesus perdoe o pastor Renato Vargens!

E espero que todos os ministradores da palavra de Deus na Terra, independente de sua denominação, sejam portadores de boas notícias (evangelho).


Que usem os meios de comunicação em massa como a internet, para divulgar a boa nova de Jesus e não para dar a má notícia da condenação de quem quer que seja. Deus só transmite boas notícias!








CHICO XAVIER, um filme para todas as religiões


Foi uma grande coletiva a que elenco e equipe do filme “Chico Xavier” fizeram no Theatro de Paulínia, no dia seguinte à pré-estreia do filme na cidade. Pelo menos em número de pessoas. Eram 13 à mesa, incluindo o diretor Daniel Filho, produtores, distribuidores e cinco atores – a grande ausência foi Ângelo Antônio, que vive Chico na juventude. O filme estreia no dia 2 de abril em todo o país.


Confira os principais momentos:


LANÇAMENTO – Rodrigo Saturnino, diretor da Columbia, uma das distribuidoras do filme, estimou que o filme terá entre 300 e 400 cópias espalhadas pelo país, mas preferiu não falar em expectativa de público. A estratégia dos distribuidores e de Daniel Filho é despir o filme de seu caráter espírita para atingir o público de todas as religiões.“Não é um filme feito sobre essa bandeira (espírita). Fala sobre valores como amor, paz, doação ao próximo. Quem pode ser contra isso?”, disse Bruno Wainer, da distribuidora Downtown. “Tenho amigos católicos curiosos para ver o filme. É o primeiro longa que tem três Pai Nossos e um Creio em Deus Pai, mais até do que em ‘Maria, a Mãe do Filho de Deus’”, brincou Saturnino.“A mensagem de Chico não é de Espiritismo, mas de pensamento. Não são ensinamentos religiosos, são lições de vida”, disse Daniel Filho. Segundo uma decisão do diretor, 10% da renda será revertida para a Casa da Prece, uma instituição de caridade de Uberaba.


RELIGIÃO – Daniel Filho também foi flexível quando lhe pediram para definir sua posição religiosa. “Sou ateu, mas sou um homem de fé. Só não tenho religião. Já rezei em igreja, fui umbandista uma época. Claro, como todo mundo, se acontecer alguma coisa horrível na minha vida, sou capaz de jogar sete flores no mar, vou na floresta amazônica tomar chá. Aí é o desespero”, brincou. Mais tarde, durante a entrevista, disse que recebeu mensagens do além de Chico Xavier e Bezerra de Menezes durante a preparação do filme.


MITOLOGIA – Se desde os anos 30 Hollywood usa informações romanceadas para criar apelo em torno de um filme, com o cinema brasileiro não poderia ser diferente. Segundo a equipe, coincidências místicas marcaram as filmagens. Marcel Souto Maior, autor do livro As Vidas de Chico Xavier, sobre o qual se baseia o filme, contou que, ao visitar o médium pela primeira vez há 15 anos, “lágrimas inexplicáveis” correram de seu rosto sem que percebesse, num choro “sem emoção ou consciência”. Daniel Filho o seguiu, confirmando que chorou sem perceber ao contar à mulher que decidira dirigir o filme.O cão que interpretou o cachorro de Chico no filme se chamava, por coincidência, Chico. Por fim, a data de estreia do filme, 2 de abril, que marca o centenário de nascimento de Chico Xavier, cairá justamente em uma Sexta-Feira Santa – além de ser o aniversário de Souto Maior.


FILMAR O INVISÍVEL – Daniel Filho admitiu a dificuldade de colocar na tela o espírito-guia Emmanuel, vivido pelo ator André Dias. As cenas com o espírito foram muito criticadas pelos jornalistas. “Existem várias imagens do Emmanuel, mas é difícil tornar imagem algo que não se veja, mas em que se acredite. Que roupa ele usava? Que voz tinha? É muito complicado tornar visível o que eu não conheço.”


AMIGO – O diretor afirmou que a grande motivação para dirigir “Chico Xavier” foi a lembrança de seu amigo, o diretor de TV Augusto César Vanucci, responsável por programas da Globo como “Chico City” e “Domingão do Faustão”, morto em 1992. Mineiro, ele era espírita kardecista, amigo pessoal de Chico Xavier e chegou a dirigir um programa religioso na Bandeirantes, apresentado por Luis Antonio Gasparetto.


NELSON XAVIER - O ator, que sempre foi agnóstico (descrente), falou sobre as mudanças que o papel de Chico provocaram em seu pensamento. “Algumas pessoas confundiam meu nome com o dele e eu até me irritava com isso. Mas quando li o livro, fiquei deslumbrado e com vontade de fazer o personagem. O contato com as pessoas que conviveram com ele foi uma cachoeira de emoção. Foi uma revolução na minha vida, a descoberta de que precisamos acreditar no amor”.


BARRADOS NA IGREJA – Durante a pré-produção, um produtor de locação teve negado o pedido para filmar em uma igreja católica de Uberaba. Segundo Daniel, o produtor foi conduzido pelo braço até a porta e convidado a se retirar.SE EU FOSSE VOCÊ - A comédia com Tony Ramos e Glória Pires dirigida por Daniel Filho lhe rendeu um método de preparação de elenco. Para dar continuidade aos trabalhos de Ângelo Antônio e Nelson Xavier na pele do protagonista, ele fez com que um ensaiasse as cenas do outro. Os ensaios tomaram um mês e meio antes da filmagem.


PRÓXIMOS PROJETOS – Ainda este ano, Daniel deve dirigir a adaptação da novela “Roque Santeiro” para o cinema. Lázaro Ramos está cotado para viver Roque, e Fernanda Torres deverá ser a nova Viúva Porcina.

quinta-feira, março 25, 2010

Filme NOSSO LAR


Aqui, o trailer de NOSSO LAR e uma foto da cidade, baseada no livro Cidade no Além de Heigorina Cunha, que foi confirmado por Chico Xavier.

O filme terá seu lançamento nacional em outubro próximo e deverá ser tão bombástico quanto o filme CHICO XAVIER.

Clique na imagem para aumentá-la .

Clique no título da postagem para direcinar-se ao trailer de NOSSO LAR no youtube.

terça-feira, março 16, 2010

DUAS SEMANAS DE MEDITAÇÃO- Nina Arueira


(Excerto de uma mensagem recebida por Francisco C6andido Xavier em janeiro de 1944, inserido no livro NOVO CÉU E NOVA TERRA)
16 DE MARÇO - DIA DE NINA ARUEIRA

I

Tenha fé.
A tempestade traz vida nova.

II

Amemos a luta.
O trabalho aperfeiçoa.

III

Sejamos tolerantes, lembrando quantas vezes tem sido Jesus indulgente para conosco.

IV

Cultivemos a paciência.
Quem não sabe suportar a dor não consegue vencer o mal.

V

Conservemos a serenidade.
A calma ajuda a compreensão.

VI

Fortaleçamos a coragem.
O sofrimento é necessário.

VII

Busquemos semear o bem.
Volta o espírito à carne, muitas vezes, para aprender a ser bom.

VIII

Tenhamos bom ânimo.
Jesus precede os trabalhadores fiéis no serviço do bem.

IX

Cultivemos a oração.
A prece é fortaleza da alma.

X

Renovemos a esperança.
Os discípulos de Jesus sabem esperar.

XI

Esqueçamos o mal.
Perdoar “setenta vezes sete” é recomendação para cada dia.

XII

Vigiemos sempre.
É preciso defender o bem edificando com o bem.

XIII

Acendamos a luz.
Nem sempre as palavras esclarecem os assuntos sombrios, mas, a claridade espanca as trevas.

XIV

Amemos a Deus sobre todas as cousas e amemo-nos uns aos outros, como Jesus nos amou, porque este é o nosso glorioso destino espiritual.