quinta-feira, outubro 04, 2007

No Trabalho


Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Jo 15:1-4


Hoje, aconteceu-me algo inusitado. É dia de São Francisco de Assis.Cheguei ao meu consultório às 7 da manhã e fiz , pensando em São Francisco, uma retirada daqueles versículos da caixinha de Preciosas Promessas. Como de costume, retiro três cartões de posições diferentes. Qual não foi a minha surpresa quando percebi que dois deles era o mesmo versículo de João 15: 1 a 4. Para mim teve um significado especial pois entendo que Francisco de Assis e João Evangelista são a mesma personalidade espiritual.


Entretanto, o que mais me impressionou foi a reincidência do versículo para o meu entendimento. Deus é o Pai. Jesus é a grande rede por onde a seiva elaborada do Senhor percorre todas as células de nosso planeta. Nada pode existir fora do fluxo vitalizante do pensamento do Cristo. Ele é a Vida. Ninguém pode seguir em direção ao Agricultor se não pelos dutos do caule divino.


Se algum ramo da videira perder o contato com a seiva elaborada, deixa de existir e deve ser então decepada do grande caule para que não usurpe a força vital da planta. Entretanto se o ramo produzir o fruto, isto é se permanecer conectado à fonte da seiva, necessitará ser podado. Quem está unido à fonte do Amor, precisa sofrer poda. Poda de orgulho, poda de egoísmo, poda de vaidade, de desejos, de paixões, de vícios...


Nada podemos sem Jesus. Ele é a grande fonte de Vida. É o grande Dispensador de Bênçãos. Que possamos permanecer em sua Bênção, mesmo que venha a dor, mesmo que venham as perdas, mesmo que venham as traições, mesmo que venham as decepções, mesmo que venham as deserções, mesmo que venham as incompreensões, mesmo que venham as calúnias, o desprezo, a zombaria, a ironia, o abandono, pois é preciso recordar que são as podas. E só o ramo que dá fruto que necessita ser podado...para dar mais frutos, para que produza mais, para que cresça mais, para que renda mais, para que exemplifique mais, para que converta mais, para que convença mais, para que transforme mais.


Hoje eu recebi, no dia dedicado ao Pobrezinho de Assis, duas vezes confirmada, a mensagem do discípulo amado sobre a necessidade de estar sempre conectado à Fonte do Amor. Que venham as podas. elas não significam perdas. Significam uma confirmação dos nossos superiores que estamos ainda ligados em nossa origem e que é necessário doar cada vez mais de nós mesmos para que o trabalho do Bem possa crescer, para que os Filhos da Luz sejam mais numerosos, ágeis e unidos e que a seiva elaborada do Amor de Deus percorra sempre e cada vez mais todos os recantos de nosso mundo.



2 comentários:

Rose disse...

Hoje, em especial, precisava ouvir estas palavras... relembrar que a poda é necessária para fortalecer a alma e que é ,acima de tudo,uma ação resultante do AMOR que confia em nossas potencialidades...
AGRADECIDA!
O Senhor o ilumine cada vez mais!...
PAZ E BEM!...

4lê disse...

Se o ecumenismo, enquanto movimento específico e organizado, é relativamente recente, a idéia de unidade do povo de Deus, que esse movimento se propõe de restaurar, é profundamente enraizado na Escritura. Tal objetivo era a preocupação constante do Senhor (Jo 10,16; 17,11.20-23). Ele supõe a união dos cristãos na fé, na esperança e na caridade (Ef 4,2-5), no respeito mútuo (Fil 2,1-5) e a solidariedade (1 Co 12,14-27; Rm 12,4-5) mas também e sobretudo a união orgânica ao Cristo, à maneira dos sarmentos e da vinha

(Jo 15,4-5)

, dos membros e da cabeça (Ef 1,22-23; 4,12-16). Esta união deve ser perfeita, à imagem daquela do Pai e do Filho (Jo 17,11.22); a Escritura define seu fundamento teológico (Ef 4,4-6; Gal 3,27-28). A primeira comunidade apostólica é um modelo concreto e vivo dessa união (At 2,44; 4,32).

A maior parte dos problemas que enfrenta o diálogo ecumênico tem relação com a interpretação de textos bíblicos. Alguns desses problemas são de ordem teológica: a escatologia, a estrutura da Igreja, o primado e a colegialidade, o casamento e o divórcio, a atribuição do sacerdócio ministerial às mulheres, etc. Outros são de ordem canônica e jurisdicional; eles concernem à administração da Igreja universal e das Igrejas locais. Outros, enfim, são de ordem estritamente bíblica: a lista dos livros canônicos, algumas questões hermenêuticas, etc.

Se bem que ela não possa ter a pretensão de resolver sozinha todos esses problemas, a exegese bíblica é chamada a trazer ao ecumenismo uma importante contribuição. Progressos notáveis já foram realizados. Graças à adoção dos mesmos métodos e de metas hermenêuticas análogas, os exegetas de diversas confissões cristãs chegaram a uma grande convergência na interpretação das Escrituras, como o mostram o texto e as notas de diversas traduções ecumênicas da Bíblia, assim como em outras publicações.

Deve-se reconhecer, aliás, que em pontos particulares as divergências na interpretação das Escrituras são muitas vezes estimulantes e podem se revelar complementares e enriquecedoras. É o caso quando elas exprimem os valores das tradições particulares de diversas comunidades cristãs e traduzem assim os múltiplos aspectos do Mistério de Cristo.

Como a Bíblia é a base comum da regra de fé, o imperativo ecumênico comporta para todos os cristãos um apelo premente a reler os textos inspirados na docilidade ao Espírito Santo, na caridade, na sinceridade, na humildade, a meditar esses textos e a vivê-los de maneira a chegar à conversão do coração e à santidade de vida, as quais, unidas à oração para a unidade dos cristãos, são a alma de todo o movimento ecumênico (cf. Unitatis redintegratio, 8). Seria preciso para isso tornar acessível ao maior número possível de cristãos a aquisição da Bíblia, encorajar as traduções ecumênicas — pois um texto comum ajuda uma leitura e uma compreensão comuns — promover grupos de oração ecumênicos afim de contribuir com um testemunho autêntico e vivo à realização da unidade na diversidade (cf Rm 12,4-5).