DIA DA FUNDAÇÃO DA ESCOLA JESUS CRISTO
DO PLANO ESPIRITUAL
Dezessete de outubro! Há 72 anos Nina Arueira fundava na Colônia de Nosso Lar, uma Escola Jesus Cristo, dez dias antes de meu Pai, Clóvis Tavares, fundar a sua filial terrena: a nossa Escola Jesus Cristo!
Hoje também é dia de Santa Margarida Maria Alacoque, muito citada por papai em "Mediunidade dos Santos". A promessa de fundar a Escola Jesus Cristo nos dois planos foi feita por Nina Arueira diante dela, a vidente de Paray-Le- Monial.
Fui convidado, hoje, por uma destas coincidências que não são coincidências, para falar para mulheres, esposas de alcoólicos em recuperação, que pertencem ao Grupo Al-Anon, no Auditório da Santa Casa de Misericórdia. Pensei muito no que ia dizer a àquelas mulheres sofridas e corajosas. Lembrei que num encontro dos Alcoólicos Anônimos, quando fui convidado pelo professor Paulo Roberto Soares, falei sobre João Batista, o primeiro a ensinar a fazer o Inventário Moral.
Resolvi falar às mulheres sobre o Filho Pródigo, o Filho Egoísta e o Pai Misericordioso. Disse que para elas, em plena sobriedade, eram como o Filho Mais Velho da Parábola, mas que não me entendessem mal. O filho mais velho é o obediente, prestativo, fiel, tímido, zeloso, companheiro do Pai.
O Pai é o Misericordioso, o justo, o benévolo, o que tem boa fé, que perdoa, que é sempre movido de compaixão.
O Filho Mais Novo é o aventureiro, irresponsável, desejoso de emoções novas, exagerado, gastador, irreverente, auto-confiante, displicente, megalômano.
O filho caçula é a imagem do dependente químico. O filho mais velho é a imagem do cônjuge. O Pai Compassivo é sempre Jesus.
Na história de Jesus o caçula retorna arrependido, depois que caiu na mais abjeta indigência humana ou sub-humana, uma vez que nem as lavagens de porco ele conseguia comer.
O Pai Misericordioso, perdoa e festeja a salvação do filho considerado morto.
O primogênito, apesar de justo, irritou-se com o excesso de indulgência do Pai, e preferia ver o irmão na rua da amargura.
Mas o Pai Compassivo lhe relaxa as fibras do coração, lhe convence a entrar e abraçar o irmão.
E é isso que as mulheres de alcoólicos, as mães de dependentes, os cônjuges dos caídos na prodigalidade da vida, após destruírem tudo e todos, precisam fazer. Perdoar, compadecer-se e por fim alegrar-se com a recuperação de um enfermo da alma.
Parabéns valorosas familiares. Vocês venceram uma resistência: a de considerar-se enfermas para também procurarem ajuda. Pedir não é uma coisa fácil, para quem pensa que é sadio. Reconhecer a impotência diante do amor inexaurível de Deus, é a humildade essencial da vida.
Deus abençoe os valorosos cônjuges e mães de dependentes químicos. Deus as proteja na abençoada tarefa de colaborar com os nossos irmãos na árdua e laboriosa jornada do viver e do conviver.
Flávio Mussa Tavares
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