Comentários ao texto anterior
Após alguns questionamentos sobre o texto anterior, provavelmente feito por pessoas que ainda acreditam que seguem idéias e não pessoas, resolvi escrever este comentário.
Acontece este diálogo de Jesus após a multiplicação dos pães. Jesus alimentaram uma multidão de cinco mil pessoas com cinco pães. A multidão quis então proclamá-lo Rei. Jesus pede que seus discípulos atravessem o mar, de volta a Cafarnaum antes dele e sobe o monte para orar. Durante a noite, ele vai Ter com os discípulos no mio do mar, anda sobre as águas revoltas e os assusta. Pedro tenta andar sobre as águas mas o pânico toma conta dele por causa do vento. Jesus acusa sua pouca fé.
Em Cafarnaum, 70 homens que estavam entre os cinco mil pedem a Jesus mais maravilhas, recordando que Moisés ofereceu ao povo maná do Céu.
Jesus então, oferece-se a si mesmo como o Pão da Vida e diz que quem comer de sua carne e beber de seu sangue terá vida eterna. Isso escandalizou, isto é, incomodou profundamente os 70.
Comer a carne é assimilar em sua própria biologia toda e vida do seu mestre. É tornar físico o que estava apenas na esfera espiritual.
Se cremos no que Jesus falou, se concordamos com sua propostas psicológicas e suas estratégias de salvação, estamos ainda no plano mental de nossa doutrinação cristã.
Para uma conversão verdadeira é necessário que o Cristo pulse em cada célula de nosso corpo, isto é que comamos a sua carne, e sintamos em nós a sua vida.
São Paulo nos diz que há uma lei para a carne e uma lei para o espírito e que essas leis entram em conflito dentro de nós. Queremos andar segundo a lei do espírito e somos induzidos compulsivamente a atuar de acordo com a lei da carne.
Apenas convertendo-nos no corpo e no espírito, isto é, comendo a carne e bebendo o sangue de Jesus, é que faremos a nossa verdadeira conversão.
Até então, estaremos racionalmente evangelizados, mas não teremos ainda assimilado o Evangelho na nossa estrutura biológica. Falaremos de Jesus, pregaremos o bem, o desprendimento, a caridade, a humildade, mas não seremos na carne, portadores destas virtudes. O corpo ainda vibrará na freqüência do egoísmo, do orgulho, da intolerância...Estaremos em luta cruenta entre a nossa moralidade e a nossa instintividade...
Comer a carne de Jesus é assimilar sua vida, sua humildade, identificar-se com a sua emotividade e com os seus propósitos de vida. È vencer o grande conflito!
Mas o ato de comer é progressivo. Mastigação, salivação, deglutição e todas as fases e assimilação física e química do bolo alimentar. Comer a carne de Jesus é também um processo lento de assimilação, que culminará com a identificação do padrão crístico em nossas próprias estruturas biológicas.
Entendo que isso é a vida eterna.
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