sábado, dezembro 24, 2005

ALMANAQUE DE MAURO SANTAYANA

JORNAL DO BRASIL - 24 de dezembro de 2005

Em um de seus textos sobre Cristo, tema que sempre o inquietou (Die Grossen Philosophen , Munique, 1957), Karl Jaspers afirma ser fácil dizer o que Jesus não foi. Ele não foi filósofo que refletisse sistematicamente e sistematicamente ordenasse as suas idéias. Não foi reformador social que fizesse planos; não foi líder político que pretendesse destruir um Estado e fundar outro; Ele não criou nova seita, nem novo culto: os primeiros cristãos o viam como fiel aos antigos ritos judaicos. Pessoalmente, não batizou ninguém. Quem foi então Cristo? Jaspers o vê, entre outras circunstâncias, como homem à margem, o outsider que a necessidade incorporará no lugar mais alto da História. Ele estava no exterior do mundo judaico-helênico, que constituía a base do pensamento do entorno do Mediterrâneo em seu tempo.
Porque permanece, até o fim, à margem, e em situação excepcional, Jesus revela a possibilidade e a esperança implícitas em todos aqueles que são desprezados, de acordo com os padrões do mundo: os humildes, os doentes, os deformados. Em todos aqueles banidos da ordem social, Jesus mostra a potencialidade do homem em si mesmo, sob quaisquer condições. Segundo Jaspers, suas palavras e ações parecem contraditórias. Por um lado, a luta, a dura resistência e impiedosas alternativas; pelo outro, infinita doçura, não resistência, compaixão com os visionários. Ele foi guerreiro desafiador e silencioso sofredor.
É também fácil recorrer à História para mostrar que coube a Paulo aglutinar os cristãos, pregar a nova fé, organizar a Igreja sobre a memória de Jesus, e com a ajuda de discípulos sobreviventes, sobretudo de Pedro. Cristo, no entanto, é muito mais importante nestes dois milênios do que a Igreja e de que todas as teologias. Ele disse que viera para salvar o Homem, e o que resta de humano em nós se deve à sua presença na História.
O jovem Marx, que, no final dos estudos secundários em Trier, era cristão fervoroso (embora judeu, fora batizado protestante), em texto escolar sobre a graça, começa com a pergunta: por que o homem deve aproximar-se de Cristo e, assim, de Deus? A resposta já indica o filósofo que virá: porque é necessário. O Cristianismo, não obstante todos os seus erros – e até mesmo os crimes, que, contra a mensagem de Cristo, s e cometeram em seu nome –, correspondeu à poderosa necessidade de que o homem contasse com a esperança e a promessa, a fim de suportar o peso terrível de sua própria história. Correta é a observação de Joyce, em enigmática e esguia passagem de Ulysses: a História é um pesadelo, do qual tentamos em vão despertar. E só podemos acordar ouvindo o Sermão da Montanha.
O homem, conforme a descoberta de Hume, não é uma unidade, mas, sim, a pluralidade de suas experiências e impressões. Assim, é resultado de penoso conflito entre o egoísmo e a solidariedade. Na maioria das vezes prevalece, em sua individualidade, o predador atemorizado do princípio. Avisos como os de Cristo – e, antes, dos humanistas gregos – deveriam levá-lo a compreender que, fazendo parte de um todo, deve integrar-se no todo, mediante a solidariedade essencial da vida.
No extenso estudo que empreendeu sobre a legitimidade dos tempos modernos (Die Legitimität der Neuzeit – Frankfurt, 1966), Hans Blumenberg dedica sua atenção final ao mito da Encarnação, como espécie de metamorfose.
Ele lhe dá duas explicações, que não se excluem. A primeira é a de que o homem não aceita, com sua inteligência superior, pertencer apenas ao mundo natural. Mediante a Encarnação, ou seja, a dupla natureza de Cristo, homem e Deus, Deus passa a fazer parte de nosso mundo, e nós passamos a fazer parte do seu , em presunçosa igualdade. A outra é a de que, com essa união ao divino, estabelecemos contrato com o Absoluto, pelo qual unimos o nosso destino (ou a esperança desse destino) ao de Deus.
Todas essas especulações filosóficas cedem diante de uma coisa muito mais forte: a Fé. Ela não se explica, mas é a ela que devemos a nossa consciência de ser parte do Mistério e o nosso amor ao próximo, que – na surpreendente visão do adolescente Karl Marx – é manifestação necessária da graça de Deus.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

LA NOSTALGIA DE LA NAVIDAD

La Navidad es una fiesta llena de nostalgia.

Se canta la paz, pero no sabemos construirla.
Nos deseamos felicidad, pero cada vez parece más difícil ser feliz.
Nos compramos mutuamente regalos, pero lo que necesitamos es ternura y afecto.
Cantamos a un niño Dios, pero en nuestros corazones se apaga la fe.
La vida no es como quisiéramos, pero no sabemos hacerla mejor.

No es sólo un sentimiento de Navidad. La vida entera está transida de nostalgia. Nada llena enteramente nuestros deseos. No hay riqueza que pueda proporcionar paz total. No hay amor que responda plenamente a los deseos más hondos. No hay profesión que pueda satisfacer del todo nuestras aspiraciones. No es posible ser amados por todos.

La nostalgia puede tener efectos muy positivos. Nos permite descubrir que nuestros deseos van más allá de lo que hoy podemos poseer o disfrutar. Nos ayuda a mantener abierto el horizonte de nuestra existencia a algo más grande y pleno que todo lo que conocemos. Al mismo tiempo, nos enseña a no pedir a la vida lo que no nos pueda dar, a no esperar de las relaciones lo que no nos pueden proporcionar. La nostalgia no nos deja vivir encadenados sólo a este mundo.
Es fácil vivir ahogando el deseo de infinito que late en nuestro ser. Nos encerramos en una coraza que nos hace insensibles a lo que puede haber más allá de lo que vemos y tocamos. La fiesta de la Navidad, vivida desde la nostalgia, crea un clima diferente: estos días se capta mejor la necesidad de hogar y seguridad. A poco que uno entre en contacto con su corazón, intuye que el misterio de Dios es nuestro destino último.

Si uno es creyente, la fe le invita estos días a descubrir ese misterio, no en un país extraño e inaccesible, sino en un niño recién nacido. Así de simple y de increíble. Hemos de acercarnos a Dios como nos acercamos a un niño: de manera suave y sin ruidos; sin discursos solemnes, con palabras sencillas nacidas del corazón. Nos encontramos con Dios cuando le abrimos lo mejor que hay en nosotros.[

A pesar del tono frívolo y superficial que se crea en nuestra sociedad, la Navidad puede acercar a Dios. Al menos, si la vivimos con fe sencilla y corazón limpio.

José Antonio Pagola ( ENVIADO POR EMAIL PELA MINHA AMIGA, A FREIRA CATÓLICA IRMÃ ELIANE, DE ROMA)
25 de diciembre de 2005
Natividad del Señor (B)
Juan 1, 1 – 18

sexta-feira, dezembro 16, 2005

UM PRESENTE PARA JESUS

É de longa data o hábito de se presentear no Natal e muitos atribuem à vista dos Magos do Oriente o início desta tradição.

É muito entusiasmante o ato de presentar alguém.
Muitos nem sabem o por que de o ato de ofertar presentes os tornam mais jubilosos que o fato de recebê-los. É porque ao ofertar o nosso coração brilha. Ao brilhar o chakra do afeto, aluz é irradiada para todos os centors de energia do corpo, produzindo uma sensação de bem estar físico e psíquico. Aumenta serotonina e endorfina e diminui os impulsos simpáticos.

A sensação íntima de bem estar, com melhora de sintomas aparentemente pouco abordáveis e pouco tratáveis, como cefaléia tensional, fibromialgia, dor lombar, depressão, fadiga, etc. nos leva a gostar da experiência e a querer repetí-la.

Mas e para o aniversariante?
Algum presente? Não?

Dar presente é tão agradável qu eprecisamos ofertar algo que seja agradável a quem recebe e a quem oferece. Não podemos oferecer algo sabidamente indesejável pelo presenteado, assim como não podemos admitir oferecer algo o qual nos repugna.

Partindo destas premissas, questionamos:

O que nos daria alegria ao presentearmos Jesus? Que tipo de oferta podemos fazer ao nosso Mestre que nos faria mais felizes do que antes?

Algo material? Ou espiritual?

Do presente material poderíamos citar: roupas , sacolão outros gêneros?

Do espiritual, o melhor presente é um esforo para coibir em si mesmo as atitudes compulsivas. São os vícos, as obsessões de pensamento e ação que nos aprisionam e nos torturam.

Suprimí-los de nossa vida é um ato essencialmente da vontade e requer muito esforço, paciência e persistência. Subsitutuir um ato ou pensamento de caráter repetitivo é presente dos mais caros para presentear Jesus.

O que agrada a ele?

Se for presente material , Jesus pede: " Tudo o que fizerdes a um destes pequeninos foi a mim que o fizestes."

Então oferecer coisas materiais de utilidade aos necessitados do mundo é presentear a Jesus.

E reprimir más tendências de nossa alma, representadas por nossos atos e pensamentos compulsivos é da mesma maneira um presente que muto agradará ao aniversariante.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Desencarna Eduardo Carvalho Monteiro

Na manhã deste 15 de dezembro desencarnou na cidade de São Paulo, o maior historiador do Espiritismo na atualidade, o nosso querido Eduardo Monteiro.
Atualmente editor espírita da MADRAS, Eduardo já publicou dezenas de livros de sua autoria e colaborou com o lançamento de muitos autores no mundo literário espírita.

Seu espírito humanitário e intelectual levou-o a entusiasmar muitos iniciantes. Sua busca pela verdade histórica dos fatos espíritas no nosso país fez dele um dos mais profícuos escritores da atualidade.

No meu caso pessoal, sou eterno devedor de Eduardo, pois ele prefaciou e publicou A MORTE É SIMPLES MUDANÇA de meu irmão Carlinhos, versos psicografados por Chico Xavier e estava para lançar A SAUDADE É O METRO DO AMOR, de meu pai, Clóvis Tavares.

O Espiritismo no Brasil está mais pobre!

Foi vítima de uma infecção generalizada que começou nos seus rins há cerca de dois meses.
Estava hospitalizado no Hospital Alvorada de Moema, um excelente centro hospitalar.
Alternou bons e maus momentos em seu longo período de internação. Esteve na UTI mais de uma vez e vivenciou, conforme confidenciou-me uma EQM, Experiência de Quase Morte.

Viveu intensdamente o seu ideal. Amou e divulgou a verdade e por ela deu a própria vida.
Entra na Vida Espiritual com créditos e sinto que meu irmão Carlos Vítor e meu Pai, Clóvis Tavares, contam-se entre os que estão a lhe recepcionar a chegada e a proporcionar-lhe momentos agradáveis nessa transição, que ele, de forma especial, estudou e anunciou.

Recebe, Eduardo, em sua nova morada os nossos pensamentos, a nossa gratidão e os nossos votos de um novo tempo, aprendizado e pesquisa.

E apenas podemos repetir as inolvidáveis palavras de Flamarion:
"Até breve, Eduardo! Até breve!"

sábado, dezembro 10, 2005

PALESTRA DO DIA 04 DE DEZEMBRO DE 2005

"É que Vos nasceu hoje, na cidade de David, o Salvador,
que é Cristo , o Senhor!" Lc 2:11


Foi o que os Espíritos Puros, emissários do Todo-Poderoso disseram aos pastores, anunciando que Maria dera à luz um menino e que estava num estábulo, nas cercanias de Belém.
O que inspirou o meu Pai, Clóvis Tavares, no capítulo 5 da 2a parte de SAL DA TERRA, foi o fato a respeito do qual ele sempre nos frisou: Jesus veio para nós, para todos nós. Nasceu há 2000 anos, vem nascendo ao longo destes dois milênios anualmente, nasce em 2005 e nasce sempre e sempre com a finalidade única. É atemporal o seu nascimento e repete-se ao infinito.
E qual é a finalidade única de seu atemporal nascimento entre nós?
A finalidade somos exatamente nós, habitantes desta humanidade transviada que insiste em se aprisionar a vícios e a condicionar-se a padrões mentais doa quais só pode libertar-se com ajuda. Jesus é essa ajuda. Ele é a mão estendida por Deus para nos libertar das perigosas ilusões deste século.
E quem é esse ser humano para quem Ele nasceu?
Para o Simples- aquele que vive sem se dar conta das grandezas do mundo e jamais cogita de alcançá-las. O simples não é conformado, é alguém que não foi contaminado pela ambição e nem pela cobiça. Jesus veio para eles por dois motivos. Para acalentá-los e para impulsioná-los. Seu ícone são os pastores.
Para a alma paganizada e inquieta. Esta é aquela que vive aprisionada pela cultura do luxo e dos prazeres e sente o vazio da mesma. Seu ícone é Maria Madalena.
Para a alma desviada do Reto Caminho. Quem já conhece, mas se perde. Começa bem, mas deixa-se encantar por distrações e convites do mundo. Judas Iscariotes é um representante deste grupo.
Para o Pobre, o Anawin. O pobre em espírito. São todos os que pedem ajuda. São humildes como a mulher cananéia, a mulher siro-fenícia, o cego Bartimeu. Deles são as orações dos Anawin das quais falaremos oportunamente.
Para os órfãos. Os que nascem e vivem sem conhecer o carinho da mãe e a proteção do pai.
Para os melancólicos, os deprimidos, os que sofrem de distimia, cujo humor cai constantemente e para quem ele disse: "Tende Bom Ânimo!"
Para os jovens, ainda aprisionados na força de sua natureza viril. São alegres e entusiasmados, mas não podem perceber os riscos pois lhes falta a experiência. O moço rico é seu ícone.
Para os Ricos. Ele veio para os que detém o poder monetário no mundo. Só eles tem a condição de desapegar-se. È dos mais difíceis testes neste mundo, pois é mais fácil passar uma corda de grosso calibre pelo buraco da agulha, que um rico apegado aos seus bens libertar-se destes grilhões que impedem-no de ver a Glória. Zaqueu é um exemplo de Rico que desapegou-se para sempre do encantamento do dinheiro.
Para os Poderosos. Aqueles que são legatários de influência política como Pilatos, que não aproveitou a sua hora. Como Públio Lêntulo que não aproveitou a sua hora.
Para os Governantes, os que estão na vanguarda do poder político institucional nos seus diversos escalões. Eles necessitam de Jesus, assim como David, ícone pré-cristão, dos governantes que amam a Jesus.
Para as crianças, que como o pequeno Ignácio, ao colo de Jesus, descreveu um caminho para que pudéssemos seguir. E é caminho de Fé e Caridade.
Para os Pecadores, que como os discípulos de João Batista, que faziam rigoroso inventário moral em público antes de se arrependerem. Como a mulher pecadora que lavou os pés de Jesus com perfume e enxugou com os cabelos.
Para os Repudiados, os Excluídos, os marginalizados, como o cego pedinte da piscina de Betesda, como o Gadareno. Quantos estamos nestas condições misérrimas e estamos sendo convidados ao Festim.
Para os humilhados, aqueles que como a mulher hemorroíssa, envergonham-se de sua condição. Para aqueles que como a mulher Samaritana, também envergonhava-se de sua condição de mulher descasada. Estes são todos os que são considerados desprezíveis pelas convenções mundanas. E os que não podem lutar contra elas e nem revoltar-se sob risco de agravar mais os seus caminhos.
Disse Clóvis ao final do especial capítulo de SAL DA TERRA:
" Que do Reino de luzes inacessíveis e de Beleza inefável Ele nos abençoe a todos, aproximando mais e mais nossos pobres corações impenitentes e rebldes, nossos corações cansados de sofrer, nossos corações necessitados de paz, do Seu Bendito Coração, cheio de Divina Luz e de Inesgotável Amor."

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Os Chakras e as Doenças se Retenção III

O Envelhecer é também o lento desligar de certos centros como os básicos da digestão e o do sexo.
Ao longo do tempo o nosso metabilismo diminui a velocidade e o ser humano precisa comer menos. Precisa ter menos voracidade.
Precisa salgar menos a comida, comer menos doce, usar pouca gordura.

Paralelamente, necessita diminuir um pouco o seu rítmo e a sua fúria sexual.

Se nós não fizermos força nenhuma, a tendência do organismo é acalamar lentamente o apetite voraz e a instintividade sexual exacerbada.

A própria natureza se incumbe de nos preparar para uma nova existência menos dominados pela autoridade dos instintos.

O perigo é o hoemem ou a mulher entregar-se à terapia de reposição hormonal na terceira idade, que visa nada mais, nada menos que re-ligar os chakras básicos e reativá-los. Na desculpa de que isso é importante para o nosso corpo, vamos fomentando técnicas de exaltação da fora em detrimento do conteúdo. Vamos também retendo o fluxo nos chakras básicos, uma vez que o seu caminho normal seria o seu caminho ascendente .

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Os nossos Chakras e as Doenças de Retenção II

viver é despojar-se de alguma coisa.
A fase do anabolismo espiritual é a fase da assimilação das forças espirituais da vida que recebemos de nossos pais.
A fase do equilíbrio enabólico-catabólico espiritual é a fase em que precisamos administrar os nosso valores espirituais, a nossa vontade, o nosso instinto, os nossos vícios, a fim de que nos despojemos deles ao fim de nossa existência.
A fase catabólica espiritual é de administrar o que já se fez e raramente uma decisão de peso é tomada nesta fase pelo espírito de mediana evolução espiritual. Raros os valorosos espíritos que podem tomar decisões no ocaso de sua vida.
A Retenção é um processo de obstrução à natural canalização do nosso princípio vital. Este princípio precisa fluir dos chacras básicos para os chacras superiores, isto é dos centors de força que nos ligam à terra, para os centros de força que nos ligam aos planos mais altos da criação.
Frequentemente o ser humanos não quer sublimar a sua energia e produz as Doenças de Retenção, ou seja de obstrução do fluir natural destes impulsos eletromagnéticos para centros acima do abdome.

Os nossos Chakras e as Doenças de Retenção I

Vivemos num momento histórico delicadíssimo.
Não podemos aqui tratar de todos os temas que a complexidade e a sofisticação do mundo moderno nos pede, mas desejamos apenas abordar o problem das doenças de retenção.
São distúrbios de ordem metabólica, de natureza crônica que ocorrem em qualquer idade e obedecem a uma desordem no processo do metabolismo espiritual.
Nosso viver é simples. O metabolismo do corpo biológico é preponderantemente anabólico ou construtivo até os 20 ou 30 anos.
É equilibradamente anabólico e catabólico ou destrutivo a paretir dos 30 anos e até os 50 anos.
E é predominantemente catabólico a partir dos 50.
Estes limites são variáveis, levando-se em consideração caracteres genotípicos, isto é a prodisposição de cada história genética que existe em cada ser; e fenotípicos, levando em consideração o estilo de vida e da cultura de cada indivíduo.

Do mesmo modo, a biologia espiritual tem um metabolismo que faz com que em uma parte da vida o circuito energético desça do alto da cabeça até o ânus e vice versa.

É natural, assim que a criança viva o desenvolvimento de sua sexualidade em etapas reconhecidas por estudiosos como Sigmund Freud e conhecidas como fase anal, fase genital, fase oral. Esta evolução da sexualidade é representada pela passagem da energia vital pelos chacras ou centros de força que correspondem em nosso corpo físico às glândulas endócrinas, "ligando-as", isto é, ativando-as para o pleno funcionamento do ser vivo.

sábado, dezembro 03, 2005

LEALDADE FEMININA

Este artigo me foi enviado por minha amiga Ana Lúcia Klem.


"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...
Lembre-se: Se escolher o mundo, ficará sem o amor,
mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo!"
Albert Einstein

Durante a Idade Média, no ano de 1141, na Alemanha, Wolf, o Duque da Bavária estava cercado em seu castelo pelos exércitos de Frederick, Duque da Suábia, e de seu irmão Konrad. O cerco vinha de muito tempo, e Wolf sabia que a rendição era inevitável. Mensageiros iam e vinham, levando propostas de acordo, condições e decisões.
Derrotados, Wolf e seus aliados estavam dispostos a entregar o castelo ao pior inimigo. Mas as mulheres desses homens não estavam nem um pouco preparadas para a derrota. Enviaram uma mensagem a Konrad, irmão do duque inimigo, pedindo a promessa de salvo-conduto para todas as mulheres das cercanias do castelo e permissão para que elas levassem todos os bens que pudessem carregar. A permissão foi concedida e os portões do castelo se abriram.

As mulheres foram saindo, levando consigo estranha carga.
Não traziam ouro ou jóias. Cada uma vinha curvada sob o peso do marido, na esperança de salvá-lo da vingança dos inimigos vitoriosos.
Dizem que Konrad, bom e piedoso de fato, comoveu-se até às lágrimas diante daquela atitude extraordinária. Apressou-se em garantir a liberdade às mulheres e segurança aos maridos. Convidou a todos para um grande banquete e fez um acordo de paz com o duque da Bavária em termos mais favoráveis que o esperado.
Desde então o monte onde estava situado o castelo passou a ser chamado de "lealdade feminina".

***

As mulheres, desconhecendo a força de que são portadoras, muitas vezes saem a campo para disputar forças com os homens. Desconhecem que, no dia em que quiserem, mudarão o mundo. À mulher cabe uma importante quota de contribuição com a obra de Deus, oferecendo a sua sensibilidade e a sua inteligência em favor da vida, uma vez que cabe a ela o conduzimento dos homens, dando-lhes as primeiras noções de vida. Assim, se estas mulheres resolvessem mudar a sociedade, bastaria tomar as mãos do homem, ainda criança, e fazer dele um homem justo, um homem de bem. Mas para que isso aconteça, é preciso que todos, homens e mulheres tomem consciência da sua missão na face da terra, que está muito além da disputa de forças e de conquistas de bens materiais. Um dia, um casal discutia sobre os problemas domésticos. Em determinado momento estavam disputando quem representava o cabeça do casal. Isso era quando ainda existia na legislação brasileira esse papel. Após alguns argumentos, a mulher falou com muita sabedoria: de fato você é o cabeça perante a lei, mas eu sou o pescoço, e se eu amanhecer com torcicolo você estará com dificuldades, pois perderá totalmente os movimentos. Todos riram e o assunto ficou encerrado.
***
Todos nós, homens e mulheres, somos filhos de Deus criados para a perfeição. Se temos que disputar alguma posição, que seja a de mais servir ao criador com coragem e disposição

quarta-feira, novembro 30, 2005

O ESPIRITISMO NA INTERNET

O Espiritismo na internet
Washington Fernandes

Por ocasião das comemorações dos duzentos anos de nascimento de Allan Kardec (1804-1869) é cabível comentarmos todos os aspectos possíveis sobre sua vida e obra. Pensamos em abordar um aspecto interessante, face a panorâmica atual do mundo, que é o Espiritismo na Internet.Claro que só por si este dado nada representa mas deve apenas servir como um referencial a mais nas nossas reflexões.O que fizemos foi procurar na Internet os termos Allan Kardec, Espiritismo, Martinho Lutero, Protestantismo, Papa João Paulo II e Catolicismo. Para isso nos servimos da ferramenta de busca do site do Google (www.google.com.br), a melhor que existe no mundo, e os resultados obtidos são interessantes e revelam muitas coisas. A busca tomou em consideração os sites da WEB (no mundo todo) e os sites em português. Os resultados foram os seguintes:Número de sites na WEB pelo nome da doutrina ou religião

Espiritismo 242.000
Catolicismo 163.000
Protestantismo 26.300


Número de sites em português pelo nome da doutrina ou religião

Espiritismo 143.000
Catolicismo 44.300
Protestantismo 8.330


Número de sites na WEB pelo nome do líder ou representante da doutrina ou religião

João Paulo II 228.000
Allan Kardec 42.900
Martinho Lutero 4.840


Número de sites em português pelo nome do líder ou representante da doutrina ou religião

João Paulo II 190.000
Allan Kardec 26.900
Martinho Lutero 4.540


Naturalmente cada um tirará suas próprias conclusões.
O Espiritismo ocupa o primeiro lugar disparado, em comparação com o Catolicismo e o Protestantismo, considerando o número de sites na WEB e os sites em português.

Mas se tomarmos por parâmetro o líder ou representante da doutrina ou religião o Papa é o é que tem maior número de sites.

É bom indicativo saber que a Doutrina Espírita esteja bem colocada na Internet e que ela possa cada vez mais se difundir em mentes e corações.

WASHINGTON LUIZ NOGUEIRA FERNANDES é autor de livros espíritas, palestrante e articulista da imprensa espírita.

Jornal dos Espíritos - Copyright © 2005

www.jornaldosespiritos.com

O QUE MAIS SOFREMOS

Foi na palestra da Prfa. Glenda Marta Rezende no domingo 27/11, as 10 da manhã.
Ela falou sobre as nossas pedras do caminho e terminou com a bela reflexão de Albino Teixeira que reproduzimos aqui.
Vale a leitura num momento de silêncio da alma...

O que mais sofremos no mundo

Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar - lhes os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.

Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflição que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.

* * *
Francisco Cândido Xavier, ditado pelo Espírito Albino Teixeira.

domingo, novembro 27, 2005

DOIS MIL ANOS DE NATAL, HILDA MUSSA TAVARES

Esta é a continuação das reflexões que a Profa. Hilda fez a partir da história de Balaão.

ESCOLA JESUS CRISTO
SALA CLÓVIS TAVARES / 27/11/2005
1ª MEDITAÇÃO DE NATAL
TEMA : DOIS MIL ANOS DE NATAL

introdução
Cesar Romão
"Bom Natal, um feliz Natal, muito amor e paz pra você, pra você..."
Essas palavras entoadas em músicas natalinas, ou apenas ditas, vêm vindo ao longo desses dois mil anos, por todos os cantos do mundo, lembrando um dia mágico na vida daqueles que têm fé em Cristo. Enternecem, como um dia de trégua, os corações mais endurecidos; desculpam, como um dia de perdão, aqueles que os nossos olhos condenam; libertam, como um dia de indulto, aqueles que estão aprisionados; entusiasmam, como um dia de esperança, aqueles que estão bradando por uma chance; brindam, como um dia de alegria e brilho, aquelas crianças que anseiam por abrir seus presentes; motivam, como um dia para dar e receber; emudecem, como um dia de silêncio nas trincheiras de guerrilha, aquelas balas que têm de aguardar o calendário passar por este dia; celebram, como um dia de caridade e bondade; enfim, como um dia para tantas outras coisas... comer, beber, orar, festejar, mas, tudo isso em memória ao Cristo."
"Ah! O Espírito de Natal! Algo que pode tocar qualquer pessoa, sem exceção, e percorrer livremente pelo planeta e refletir no Universo. Um Espírito tão poderoso que ao ser invocado, varre o planeta numa contagiosa sensação de união. É um Espírito que ao ser chamado atua pelas nossas mãos e mentes pelo poder em Cristo. Deus é o Ser mais supremo que existe no Universo, mas Ele age através de nós e foi por isso que nos criou à sua imagem e semelhança. Ao longo desses dois mil anos, invocamos esse magnífico poder do Espírito de Natal, apenas duas mil vezes, e só uma vez a cada ano, no dia 25 de Dezembro. Talvez isto explique ainda tanta diferença e dificuldade entre as pessoas e nações ao se relacionarem, assim como encontrarem uma saída próspera para seus problemas internos nas mais diversas áreas. A falta de amor em nossos corações é o maior motivo de tanta discórdia, falta de piedade, caridade e por isso vemos poucos rostos com sorrisos em meio a tantos que choram."
QUE É QUE NATAL PODE REALZIAR EM NÓS?
Ebenezer Scrooge: Personagem de Charles Dickens ( Um Conto de Natal) " –
A História acontece durante o Natal. Homem rico, não ligava para ninguém, desprezava as crianças pobres, além de ser avarento, egoísta. Tem um sonho, no qual ele se vê empobrecido e, então, modifica sua atitude. A essência do Natal consegue derreter aquele coração endurecido
Grinch - Personagem do escritor Dr. Seuss (Conto rimado ilustrado: "Como Grinch Roubou o Natal"; Filme atual famoso, com Jim Carey: "Grinch") - Uma criatura mal-humorada que tem o coração bem pequeno, odeia o Natal - pois não consegue ver ninguém demonstrando felicidade - e planeja roubar todos os presentes e ornamentos para impedir a celebração do evento, em uma aldeia perto de sua moradia. Para seu espanto, a celebração ocorre de qualquer maneira - a essência do Natal não estava nos presentes ou nos ornamentos."
- Mas, o primeiro Natal revelou uma triste verdade : o coração humano, empedernido pelos interesses da vida imediata, do lucro fácil das recompensas passageiras, na sua maioria.
- "Em nossa época, em que são abortados anualmente cerca de 50 milhões de bebês e o sangue de cada um deles clama aos céus, quero chamar a atenção para um relato que foi publicado no boletim da
Aassociação Médica Européia "Medicina e Ideologia". Que esse artigo toque os corações não somente de médicos, mas também de mães, pais , políticos e todos os que puderem compreendê-lo:
O menino no Natal
A cada Nata, l o diretor da Clínica Obstétrica da Universidade de Heidelberg (Alemanha), o catedrático Dr. Eymer, celebrava a festa do nascimento de Jesus com todos os funcionários. No grande auditório, a mesa de exames e os instrumentos estavam cobertos com lençóis brancos.
O professor sempre entrava no salão trazendo nos braços um bebê que havia nascido na clínica nas últimas horas. Suavemente ele embalava o bebê de um lado para outro e falava de maneira tão terna quanto o permitia sua voz grave e sonora:
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Is 9.6).
Jesus, na noite em que nasceu, não era em nada diferente deste bebê. Ele chorava e dormia, Ele acordava e mamava no peito de sua mãe.
Ele viu a luz do mundo, mas não como este bebê aqui, numa sala de parto com ar condicionado, iluminado por luzes potentes. Foi numa estrebaria semi-escura de uma hospedaria superlotada que Jesus nasceu. Provavelmente também não havia parteira para assistir a jovem mãe. Não podemos mais saber com exatidão os detalhes do Seu nascimento, mas isso não muda o essencial. Quando mães dão à luz a seus filhos, elas não podem saber o que será feito deles mais tarde. Ninguém sabe o futuro do pequeno ser humano que embalo aqui nos meus braços. Nem Maria sabia o futuro de seu bebê. Vocês sabem, estimadas enfermeiras e colegas, que em nossa maternidade nascem centenas de crianças. Qual será o plano de Deus para elas? Elas trarão alegrias ou preocupações a seus pais?
Perguntas desse tipo certamente passaram pela mente de Maria enquanto embalava seu bebê recém-nascido. Pois ela ficara sabendo, em um momento solene, através do anjo Gabriel, que daria à luz um filho e que esse filho seria grande e até seria chamado de Filho do Deus Altíssimo. Naquela ocasião Maria havia pronunciado o seu "Fiat", o que quer dizer "assim seja", que ela estava disposta a ser uma serva obediente a Deus. Anos mais tarde seu filho Jesus também teve de dizer o seu "Fiat": "Pai, seja feita a Tua vontade!"
Mas voltemos ao Natal. Creio que Maria lembrou da hora em que o anjo lhe apareceu e que ela estava certa de que Deus tinha planejado algo muito especial para essa criança. Com certeza, porém, nessas primeiras horas após o nascimento, ela nem sequer imaginava que a vida desse menino poderia ser tão curta. Ela não imaginou que seu filho corria perigo de vida nem quando um idoso profeta lhe disse no templo: "Também uma espada traspassará a tua própria alma!" Ela deve ter pensado: Bem, todos os homens às vezes dizem coisas que os outros não entendem, por que eu deveria levar tão a sério essa profecia?
Todas essas coisas, minhas senhoras e meus senhores, nosso colega Dr. Lucas relatou em seu Evangelho, onde falou da manjedoura, dos pastores e dos anjos. Amanhã vocês vão ouvir isso nas igrejas. Certamente os pastores e pregadores sabem dizer muito mais a respeito do Natal do que um simples professor de medicina como eu.
Mas peço que atentem para isso, queridas enfermeiras e colegas: eu oro dia após dia por toda criança nascida aqui. Eu peço ao menino Jesus de Belém, que se tornou nosso Senhor e Salvador, que santifique essas crianças. Nunca esqueçam: cada pessoa que vê a luz do mundo nesta terra é uma criatura de Deus, não apenas um parto número tal em nossos registros. Cada recém-nascido é um milagre da vida, um presente, a graça em pessoa. Pois quem de nós sabe quantos homens e mulheres, que um dia se tornarão pessoas importantes, iniciaram suas vidas em nossa clínica?
Essas palavras nítidas e emocionantes de um médico a seus colegas e enfermeiras da sua clínica deixam claro: Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo, tornou-se homem como nós. Mas como Filho de Deus Ele era sem pecado e por isso tinha condições de reconciliar os homens com Deus. Em todos os festejos do Natal nunca deveríamos perder de vista essa realidade maravilhosa, pois o doce menino de Belém e o homem coroado de espinhos na cruz são a mesma pessoa! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
O Natal pode realizar muito em nossas vidas e é preciso que assim seja.
Mas é importante que saibamos atender a três coisas essenciais, específicas do Natal :
- RECEBER Jesus ; RECONHECER Jesus ; COMPREENDER JESUS.
-O ato de receber é um ato de verdadeiro e profundo amor.
-O ato de reconhecer é um ato de identificação com algo que já conhecemos, que já nos foi revelado e por que nós esperamos.
- O ato de compreender, depende da busca do conhecimento da verdade, contada por gente na qual acreditamos

A HISTÓRIA DO MÉDIUM BALAÃO ( Num 22:1-41)

REFLITAM NESTE TEXTOP DE MOISÉS QUE FOI TEMA DA AULA DE ABERTURA DAS COMEMORAÇÕES DO NATAL , DA PROFA HILDA MUSSA TAVARES, NA ESCOLA JESUS CRISTO, NA MANHÃ DE 26/11/2005.
TUDO PARTIU DE UM SONHO QUE ELA TEVE COM SEU MARIDO, CLÓVIS TAVARES E COM SEU FILHO CARLOS VÍTOR. E CLÓVIS DIZIA PARA ELA SE LEMBRAR DA HISTÓRIA DE BALAÃO.

EIS O TEXTO:

"1. Partiram os filhos de Israel e acamparam nas planícies de Moab, além do Jordão, defronte de Jericó.2. Balac, filho de Sefor, tinha visto tudo o que Israel fizera aos amorreus.3. Moab teve um grande medo desse povo, porque era muito numeroso, e ficou aterrorizado diante dos israelitas.4. E disseram aos anciãos de Madiã: “Essa multidão vai devorar todos os nossos arredores como os bois devoram a erva do campo.” Balac, filho de Sefor, reinava então em Moab.5. Mandou, pois, mensageiros a Balaão, filho de Beor, em Petor, sobre o rio, na terra dos filhos de Amon, para que o chamassem e lhe dissessem: “Há aqui um povo que saiu do Egito, o qual cobre a face da terra, e estabeleceu-se diante de mim.6. Rogo-te que venhas e amaldiçoes esse povo, pois é muito mais poderoso do que eu. Talvez assim eu possa batê-lo e expulsá-lo de minha terra. Eu sei que será bendito o que abençoares e maldito o que amaldiçoares.”7. Os anciãos de Moab e de Madiã partiram levando consigo o preço da adivinhação. Chegando junto de Balaão, referiram-lhe as palavras de Balac.8. Balaão respondeu: “Passai a noite aqui, e dar-vos-ei a resposta que o Senhor me indicar.” Ficaram, pois, os chefes de Moab em casa de Balaão.9. Deus veio a Balaão e disse-lhe: “Quem é essa gente que tens em tua casa?”10. Balaão respondeu a Deus: “É Balac, filho de Sefor, rei de Moab, que me manda dizer:11. há aqui um povo que saiu do Egito, o qual cobre a superfície da terra. Vem, pois, e amaldiçoa-o. Talvez assim possa eu batê-lo e expulsá-lo da terra.”12. Disse Deus a Balaão: “Não irás com eles, e não amaldiçoarás esse povo, porque é bendito.”13. Levantando-se Balaão pela manhã, disse aos chefes enviados por Balac: “Voltai para a vossa terra, pois o Senhor me proibiu de ir convosco.”14. Os chefes de Moab retomaram o caminho e voltaram para junto de Balac: “Balaão, disseram-lhe eles, recusou vir conosco.”15. Balac mandou-lhe de novo outros chefes, mais numerosos e mais importantes que os primeiros.16. Chegados junto a Balaão, disseram-lhe: “Eis a mensagem de Balac, filho de Sefor: rogo-te que não recuses vir ter comigo.17. Cumular-te-ei de honras e farei tudo o que me disseres. Vem amaldiçoar esse povo.”18. “Ainda que o vosso senhor me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, respondeu Balaão aos servos de Balac, eu não poderia transgredir a ordem do Senhor meu Deus, nem pouco nem muito, no que quer que seja.19. Todavia, passai ainda esta noite aqui, para que eu saiba o que o Senhor me responderá ainda desta vez.”20. Deus veio a Balaão durante a noite e disse-lhe: “Já que essa gente te veio chamar, levanta-te e vai com eles. Mas só farás o que eu te disser.”21. Balaão levantou-se de manhã, selou sua jumenta, e partiu com os chefes de Moab.22. O Senhor irritou-se com sua partida, e o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho como obstáculo. Balaão cavalgava em sua jumenta, acompanhado de seus dois servos.23. A jumenta, vendo o anjo do Senhor postado no caminho, com uma espada desembainhada na mão, desviou-se e seguiu pelo campo; o adivinho a fustigava para fazê-la voltar ao caminho.24. Então o anjo do Senhor pôs-se num caminho estreito que passava por entre as vinhas, com um muro de cada lado.25. Vendo-o, a jumenta coseu-se com o muro, ferindo contra ele o pé de Balaão, que a fustigou de novo.26. O anjo do Senhor deteve-se de novo mais adiante em uma passagem estreita, onde não havia espaço para se desviar nem para a direita nem para a esquerda.27. A jumenta, ao vê-lo, deitou-se debaixo de Balaão, o qual, encolerizado, a fustigava mais fortemente com seu bastão.28. Então o Senhor abriu a boca da jumenta, que disse a Balaão: “Que te fiz eu? Por que me bateste já três vezes?”29. Porque zombaste de mim, respondeu ele. Ah, se eu tivesse uma espada na mão! Ter-te-ia já matado!”30. A jumenta replicou: “Acaso não sou eu a tua jumenta, a qual montaste até o dia de hoje? Tenho eu porventura o costume de proceder assim contigo?” “Não”, respondeu ele.31. Então o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o anjo do Senhor que estava no caminho com a espada desembainhada na mão. Inclinou-se e prostrou-se com a face por terra.32. “Por que, disse-lhe o anjo do Senhor, feriste três vezes a tua jumenta? Eu vim opor-me a ti, porque segues um caminho que te leva ao precipício.33. Vendo-me, a tua jumenta desviou-se por três vezes diante de mim. Se ela não o tivesse feito, ter-te-ia já matado, e ela ficaria viva.”34. Balaão disse ao anjo do Senhor: “Pequei. Eu não sabia que estavas postado no caminho para deter-me. Se minha viagem te desagrada, voltarei.”35. “Segue esses homens, respondeu-lhe o anjo do Senhor, mas cuida de só proferir as palavras que eu te disser.” E Balaão partiu com os chefes de Balac.36. Quando Balac soube de sua chegada, subiu-lhe ao encontro até a cidade de Moab, na fronteira do Arnon, na extremidade daquela terra,37. e disse-lhe: “Mandei mensageiros chamar-te. Por que não vieste logo? Não posso eu tratar-te com honras?”38. “Eis-me aqui, respondeu Balaão; mas agora ser-me-á possível dizer algo de mim mesmo? Só direi o que Deus me puser na boca, nada mais.”39. E partiram os dois para Quiriat-Chutsot.40. Balac imolou em sacrifício bois e ovelhas, dos quais mandou algumas porções a Balaão e aos chefes que o acompanhavam.41. No dia seguinte pela manhã, Balac tomou consigo o adivinho e levou-o a Bamot-Baal, de onde se podiam ver as últimas linhas do acampamento de Israel."

quinta-feira, novembro 24, 2005

Trechos do Discurso de Allan Kardec, publicado a Revue Spirite em maio de 1861

...a verdadeira convicção só se adquire pelo estudo, pela reflexão e por uma observação contínua,...

* * *
...o Espiritismo não admite a confiança cega; quer ser claro em tudo; quer que lhe compreendam tudo e que se dêem conta de tudo. Então, quando recomendamos estudo e meditação, pedimos o concurso do raciocínio, o que prova que a Ciência Espírita não teme o exame, desde que antes de crer sentimos a necessidade de compreender.

* * *

Ora, o que nós queremos é que, ao sair de nossa casa, os ouvintes não levem convicção, levem da Sociedade a idéia de uma reunião grave, séria, que se respeita e sabe fazer-se respeitar, que discute com calma e moderação, examina com cuidado, aprofunda tudo com olho de observador consciencioso, que procura esclarecer-se, e não com a leviandade de simples curioso. * * *No começo, toda Ciência encontra forçosamente fatos que, a princípio, parecem contraditórios e só um estudo minuciosos e completo pode demonstra-lhes a conexão.

* * *

Com este objetivo recolhemos os fatos, examinamo-los, escrutamo-los no que eles tem de mais íntimo, comentamo-los, discutimo-los friamente, sem entusiasmo; e foi assim que chegamos a descobrir o admirável encadeamento existente em todas as partes dessa vasta Ciência, que toca os mais graves interesses da Humanidade.

* * *

Reunimo-nos com o fito de nos esclarecermos, e não de nos distrairmos. Não buscando uma diversão, não queremos divertir aos outros. Por isso não queremos senão ter ouvintes sérios, ao invés de curiosos, que julgassem aqui encontrar um espetáculo.

* * *

O Espiritismo é uma Ciência e, como qualquer outra Ciência, não se aprende brincando.


* * *

...tomar as almas que se foram como assunto para distração seria faltar ao respeito a que fazem jus; especular sobre sua presença e sua intervenção seria impiedade e profanação.

* * *

O homem sério e prudente é mais circunspecto; não somente quer ver tudo, mas ver muito e muitas vezes.


* * *

Se temos avançado menos do que alguns desejariam na sua impaciência, marchamos com mais segurança, sem nos perdermos no labirinto dos sistemas; talvez saibamos menos coisas, mas sabemos melhor, o que é preferível, e podemos afirmar o que sabemos sobre o testemunho da experiência.

* * *

...porque ela (Sociedade Espírita Parisiense) se abstém de tratar de questões políticas e religiosas;...

* * *

Os mais perigosos inimigos da Sociedade não são os de fora: podemos fechar-lhes as portas e os ouvidos. Os mais temíveis são os inimigos invisíveis, que aqui poderiam introduzir-se malgrado nosso.

* * *

Não obrigamos ninguém a vir a nós; acolhemos com prazer e dedicação as pessoas sinceras e de boa vontade, seriamente desejosas de esclarecimento, e estas são bastantes para não perdermos tempo correndo atrás dos que nos voltam as costas por motivos fúteis, de amor próprio ou de inveja.

* * *

todos os exemplos que passaram aos nossos olhos pelas evocações, todas as investigações a que nos dedicamos vieram confirmar os princípios da Ciência e fortalecer as nossas crenças;

* * *

...é a unidade que se estabelece na teoria da doutrina, à medida que a estudam e melhor a compreendem.

* * *

Sua influência moral é maior do que se pensa; e isto, precisamente porque jamais ela se desviou da linha de moderação que se traçou. Sabe-se que ela se ocupa exclusivamente de seus estudos, sem se deixar desviar pelas paixões mesquinhas que se agitam ao seu redor; que o faz seriamente, como deve fazer toda assembléia científica; que ela persegue o seu objetivo sem se misturar com nenhuma intriga, sem atirar pedras em ninguém, sem mesmo recolher as que lhe atiram.

* * *

Por nossos esforços, senhores, por nossa prudência e pelo exemplo da união que deve existir entre os verdadeiros espíritas, continuemos a mostrar que os princípios que professamos não são para nós letra morta e que tanto pregamos pelo exemplo quanto pela teoria.

* * *

...a doutrina espírita tem uma amplidão que lhe permite abarcar todas as questões de ordem moral: satisfaz a todas as aspirações, e, pode-se dizer, ao mais exigente raciocínio, para quem quer que se dê ao trabalho de estudá-la e não esteja dominado pelos preconceitos. Ela não tem as mesquinhas restrições de certas filosofias; alarga ao infinito o círculo das idéias e ninguém é capaz de elevar mais alto o pensamento e tirar o homem da estreita esfera do egoísmo, na qual tentaram confiná-lo. Enfim, ela se apoia nos imutáveis princípios fundamentais da religião, dos quais é a demonstração patente.

* * *

Sua marcha progressiva tão rápida (a Doutrina Espírita), desde que entrou na via filosófica séria, é-nos garantia segura do futuro que lhe é reservado e que, como sabeis, está anunciado em todo o mundo.

* * *

sábado, novembro 19, 2005

OS MÉDICOS CURAM AS DOENÇAS, MAS NÃO CURAM O CORPO

Sentimentos influem na saúde; medicina já atenta para o fato.

No século XV, com o desenvolvimento dos microscópios, descobriu-se a bactéria.

Desde a criação do planeta Terra a bactéria existe e somente há cinco séculos descobriu-se sua existência.

Todo o conhecimento médico, de então, se transformou. Exatamente isso é o que está acontecendo nestes últimos 30 anos, com a descoberta que os sentimentos são responsáveis pela saúde ou pela doença.

Na década de 1970 surgiu uma nova ciência, a Psiconeuroimunologia - PNI, demonstrando o funcionamento sistêmico do ser quanto às mais íntimas relações entre o cérebro, os sentimentos e o sistema imunológico. A reciprocidade entre os Sistemas Nervoso Central, Endócrino e Imunológico estimula o desenvolvimento desta nova e interessante área médica.

O mais importante é que esse conhecimento científico está em nosso poder desde Jesus. Só após 2000 anos é que a ciência se aproxima de mais essa verdade cristã.

Bezerra de Meneses, no 1º Congresso Espírita Internacional, realizado pela FEB em Brasília, na década de 90, afirmou que o Evangelho é uma ciência. Jesus em diversos trechos do seu evangelho ressalta, como em Mateus 15 - 19 e 20:

"Pois do coração é que procedem maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. Isto, sim, é que torna o homem impuro..."

Lucas 6 - 45 - "O homem de bem tira o bem do tesouro de bondade que é o seu coração; e o mau tira o mal do seu fundo ruim, pois fala a boca do que o coração está cheio"...


O Livro dos Mèdiuns - cap. XXI, item 233, nos diz: "O coração, sobretudo, é que atrai os bons espíritos."

Os sentimentos comandam nossa vida e revestem os pensamentos, daí gerando todas as conseqüências, tanto positivas como negativas. Por isso toda orientação do Mestre Jesus é baseada no AMOR. Os sentimentos saudáveis como o amor, a generosidade, a fraternidade, a solidariedade, etc. faz que o corpo humano produza quantidades ideais de endorfina, meta-endorfina e encefalina, responsáveis pela sensação de bem estar, e que auxiliam o movimento vascular cerebral. Esses sentimentos atuam sobre a glândula pineal que alimenta a produção de melatonina e de neuro-hormônios, assegurando a defesa imunológica, levando o organismo a atacar rapidamente os vírus e as bactérias. Já os sentimentos doentios, como orgulho, egoísmo, medo, inveja, raiva, ciúme, aflição, tristeza, vaidade, angústia, ansiedade, etc., resultam, como o texto evangélico diz, em homicídios, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias, ocasionando as doenças, que o texto bíblico informa que é o que torna o homem impuro.

Os sentimentos doentios alteram a produção de substâncias que o corpo produz. Vejamos um exemplo numa situação bastante comum em nossos dias, o sentimento do medo. Seus efeitos fazem que o córtex cerebral emita ordem de alarme e desencadeie uma resposta ao tálamo e hipotálamo, e destes à hipófise e às supra-renais, liberando adrenalina, noradrenalina, dopamina e acetilcolina, a qual aumenta a sua produção em cinqüenta vezes do normal, em segundos. Tudo isto resulta em reações cardiovasculares, respiratórias e metabólicas.

A produção da adrenalina em condições de sentimentos saudáveis é 1/3 da produção da noradrenalina. Essa correlação de produção é alterada pelos sentimentos doentios, e, se for contínua essa situação anormal, acaba ocasionando doenças e sintomas como desânimo, dispersão da concentração, irritação, insônia, diabete, doenças cardíacas, ansiedade, distúrbios urinários e essas reações químicas atingem o fígado, o pulmão e estômago. A falta do perdão também pode vir a ocasionar hipertensão, diabetes, infarto, enxaquecas, tensão pré-menstrual, asma, doenças da pele e ou das articulações, alterações da menopausa e ciclo menstrual.

A Fé, a esperança e a oração, tão ensinadas por Jesus, têm um efeito altamente salutar na saúde, proporcionando equilíbrio dos sistemas nervoso e endócrino, evitando os estados depressivos. A oração auxilia a produção da endorfina, tão útil para o bem estar. Através da pineal a oração faz vibrarmos em freqüência elevada, irradiando ao nosso redor ondas positivas, plasmando uma atmosfera virtuosa e protetora. Os sistemas simpático e parassimpático são prejudicados em seu funcionamento pelos sentimentos doentios. Somos o que sentimos.

Os sentimentos saudáveis resultam em emissões de pensamentos em alta freqüência, que representa emissões em dez mil oscilações por segundo. Os sentimentos doentios geram emissões de pensamentos em baixa freqüência. Cada um vive numa faixa de freqüência vibratória consoante com os sentimentos e pensamento de sua vida íntima.

Por que determinadas pessoas desenvolvem certos tipos de doenças e outras não, se todas se encontram expostas ao mesmo tipo de agente destruidor, por exemplo, a um vírus ou a uma bactéria? Porque a instalação da doença depende da nossa atitude mental.

A enfermidade é um aviso de que existe algo em desacerto no organismo físico ou psíquico; portanto devemos examinar em nós mesmos naquilo que já compreendemos. A técnica moderna de clinicar se preocupa com a harmonia do conjunto e não em adormecer um órgão para que não cause mais distúrbios, nem extrair partes do corpo para eliminar os efeitos nocivos de certas reações.

A excessiva ênfase nas bactérias criou a idéia de que a doença é a conseqüência de um ataque vindo do exterior, em vez de um distúrbio do próprio organismo. É mais do que sabido que muitos tipos de bactérias e vírus associados a doenças estão presentes em indivíduos saudáveis sem causar-lhes qualquer dano. Somente em circunstâncias especiais, que diminuem a resistência geral do organismo , é que eles produzem sintomas patológicos.

O câncer não foge a essa regra. Estudos demonstram ser o câncer resultante de uma desarmonia emocional que desarticula o sistema energético, reduzindo a imunidade, e o organismo passa a ter dificuldades de combater as células malígnas, facilitando sua reprodução.

Raivas armazenadas desde a infância podem desencadear tumores malignos na vida adulta. Estudos realizados com pacientes portadores desses tumores constataram haver relação entre o surgimento de células cancerosas com situações de perdas significativas e de depresões. Vírus, bactérias e demais microorganismos se nutrem das células quando se instalam em áreas debilitadas. Culpa, solidão e abandono resultam nessa sensação de perda da própria estima, muitas vezes inconsciente.

O atendimento médico tradicional objetiva curar as doenças, mas não curar o corpo. Na sua quase totalidade, os médicos, pela sua formação profissional, objetivam suas ações na eliminação da doença e não propriamente das razões que a motivaram. O médico tradicional ainda segue os princípios cartesianos.

Qual a dificuldade deste sistema tradicional de clinicar para manter a saúde e ser capaz de provocar a cura definitiva? Pela simples razão de que este método tradicional de clinicar não observa o paciente como um ser físico e emocional, mas como peças separadas de uma máquina. A formação médica, em geral, concentra-se particularmente nos aspectos físicos da saúde. As universidades de medicina ainda passam ao largo do impacto das atitudes e do estilo de vida dos pacientes sobre o oganismo.

Concluindo, podemos dizer que os médicos têm de evangelizar seus pacientes, ou estes devem compreendeer que a religião que professam deve ser exercitada em todos os momentos de sua vida no aspecto de amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
A freqüência de ir aos médicos e a utilização de remédios com certeza absoluta serão reduzidas, à proporção que entendermos que o Evangelho é uma ciência, como afirmou Bezerra de Meneses.
Publicado na Revista Internacional de Espiritismo, de julho 2005

AUTOR; Wilson Lopes - Diretor da Fundação Marietta Gaio e palestrante com atuação no Rio de Janeiro.

Bibliografia:
Evangelho e Saúde - Fiundamentos científicos para uma melhor qualidade de vida - Editora Mercuryo Ltda. - São Paulo - SP - www.mercuryo.com.br - autores: Wilson Lopes e Mônica Magnavita.

quarta-feira, novembro 16, 2005

I CONGRESSO MÉDICO-JURÍDICO ESPÍRITA DO RIO GRANDE DO SUL

I CONGRESSO MÉDICO-JURÍDICO ESPÍRITA DO RIO GRANDE DO SUL

ÉTICA DA VIDA: UMA VISÃO MÉDICO-JURÍDICO-ESPÍRITA DO SER HUMANO

Data: 26 e 27/11/2005

Local: Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael – Porto Alegre – RS

O Congresso, através da abordagem médica e jurídica, visa debater assuntos polêmicos como aborto, células tronco, clonagem, eutanásia e tanatologia, partindo de uma visão de bioética personalista e na crença da realidade espiritual.

PALESTRANTES

Prof. Cícero Marcos Teixeira
Biólogo, Prof. Universitário, Mestre e Doutorando em Educação, Coordenador do Grupo Psi-Alfa-Ômega do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Transdisciplinares sobre Espiritualidades (NIETE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Autor de vários livros entre eles “Anatomia do Desencarne”, “Reflexões Sobre um Fato Verídico” e “Educação de Pais Gestantes”.

Dr. Délcio Iandoli Jr.
Médico Cirurgião do Aparelho Digestivo, Doutor em Medicina pela UNIFESP - EPM, professor de Fisiologia dos cursos de Fisioterapia e Biologia da Universidade de Santa Cecília, professor titular da cadeira de fisiologia dos cursos de Fisioterapia, Farmácia e Biologia da UNISANTA e professor adjunto da cadeira de Saúde e Espiritualidade do curso de Gerontologia também da UNISANTA. vice-presidente da AME-Santos e autor dos livros "Fisiologia Transdimensional", "Ser Médico e Ser Humano" e "A Reencarnação como Lei Biológica".

Dr. Izaías Claro
Promotor de Justiça, Presidente/Fundador da Comunidade Espírita Joana de Ângelis, em Osvaldo Cruz /SP, que no seu complexo possui um abrigo para crianças e adolescentes de ambos os sexos (sendo alguns especiais).
Autor dos livros Depressão, Causas, Consequências e Tratamentos, Quando Existe Amor, Vencendo Aflições, Sementeira de Bênçãos, Como Superar a Ansiedade e Casamento Separação Viuvez.

Dr. João Alessandro Müller
Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, professor universitário, presidente da Associação Jurídico-Espírita do Rio Grande do Sul, presidente da Sociedade Espírita Allan Kardec de Frederico Westphalen

Dra. Júlia Nezu
Advogada, vice-presidente da União das Sociedades Espíritas de São Paulo membro da comissão constituída pelo CFN/FEB para a campanha contra o aborto.

Dra. Marlene Nobre
Médica ginecologista com especialização na área de prevenção do câncer uterino. Especialização na área da Psiquiatria e psicologia da Infância e da Juventude. Diretora-responsável pelo jornal Folha Espírita. Presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil e da Associação Médico-Espírita Internacional. Fundadora e Presidente do Grupo Espírita Caibar Schutel. Diretora da Creche Lar do Alvorecer. Autora dos livros "Lições de Sabedoria", "Obsessão e suas Máscaras" , "O Clamor da Vida", “Nossa Vida no Além” e “A Alma da Matéria”.

Dra. Sandra Della Pola da Silva
Advogada, presidente da Sociedade Espírita Allan Kardec de Porto Alegre.

Dr. Sérgio Lopes
Médico psiquiatra e psicoterapêuta. Foi Diretor Médico do Hospital Psiquiatra de Pelotas. Presidente da Associação Médico-Espírita de Pelotas. Renomado articulista e palestrante espírita, sendo expositor pela Federação Espírita do Rio Grande do Sul.



PROGRAMAÇÃO

Sábado dia 26/11/2005

8hs - Entrega do material

8hs30min - Abertura

8hs45min - Momento artístico

9hs15min - PALESTRA INAUGURAL
Visão Integral do Ser Humano - Dra. Marlene Nobre

10hs5min - INTERVALO

PROCESSO ENCARNATÓRIO:

10hs20min - Mecanismo Biológico-Espiritual da Encarnação - Dr. Ségio Lopes

11hs10min - Direito do Embrião à Vida - Dr. Izaías Claro

13hs 30min -Aborto (anencefalia, pílula do dia seguinte, estupro, dentre outras abordagens)
Visão jurídico-espírita - Dr. João Alessando Müller (50')
Visão médico-espírita - Dra. Marlene Nobre (50')

15hs10min- INTERVALO

15hs25min -Células-tronco e clonagem
Visão jurídico-espírita - Dra. Júlia Nezu (50')
Visão médico-espírita - Dr. Décio Iandoli Jr. (50')

17hs5min - Perguntas e Respostas

Domingo dia 27/11/2005

PROCESSO DESENCARNATÓRIO

8hs- Mecanismo Biológico-Espiritual do Desencarne (Tanatologia) - prof. Cícero Marcos Teixeira

8hs50min- Eutanásia, Distanásia e Ortotanásia
Visão jurídico-espírita - Dr. João Alessando Müller (50')
Visão médico-espírita - Dr. Sérgio Lopes (50')

10hs30min - INTERVALO

10hs45min - Perguntas e Respostas

11hs20min - Hospital Espírita de Porto Alegre

13hs30min - Humanização da Morte e do Morrer
Visão jurídico-espírita - Dra. Júlia Nezu (50')
Visão médico-espírita - Dr. Décio Iandoli Jr. (50')

15hs10min - INTERVALO

15hs25min -A Lei Divina: Eficácia e Eficiência - Dra. Sandra Della Pola da Silva

16hs15min - Fundamentos para uma Bioética Humanizada
Visão jurídico-espírita - Dr. Izaías Claro (50’)
Visão médico-espírita – Dra. Marlene Nobre (50’)

17h55mim – Apresentação do Coral e Encerramento


Contribuição:

R$ 80,00

Procedimentos para Inscrição:

- preencha a ficha de inscrição com letra de forma ou à máquina;
- o valor da contribuição deve ser recolhido por meio de depósito que identifique o depositante. Efetuar depósito na C/C 3327-8, Ag. 3537-8, do Banco do Brasil (001), em nome da Associação Médico-Espírita do Rio Grande do Sul (AMERGS);
- caso prefira, faça um DOC para a conta acima de qualquer banco;
- envie a ficha devidamente preenchida e cópia do comprovante para a FERGS, por correio ou FAX no seguinte endereço/telefax: Federação Espírita do Rio Grande do Sul – Av. Desembargador André da Rocha, 49, CEP 90050-161, Porto Alegre/RS – Telefax: (51) 3224-1493. Se preferir, entregue pessoalmente na Livraria Francisco Spinelli na FERGS.

Maiores informações:

Federação Espírita do Rio Grande do Sul – Av. Desembargador André da Rocha, 49, CEP 90050-161, Porto Alegre/RS – Telefax: (51) 3224-1493 ou na Livraria Francisco Spinelli na FERGS.

www.ajers.org.br e www.amergs.com.br

E-mail: aje_rs@yahoo.com.br


PROMOÇÃO:

Associação Jurídico-Espírita do Rio Grande do Sul – AJERS – www.ajers.org.br
Associação Médico-Espírita do Rio Grande do Sul – AMERGS – www.amergs.com.br

Apoio:

Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
FERGS – Federação Espírita do Rio Grande do Sul – www.fergs.com.br
Hospital Espírita de Porto Alegre.

sábado, novembro 12, 2005

O cego que era filho de Timeu

O cego Bartimeu ou filho de Timeu, foi o tema da palestra doutrinária do domingo dia 06 de novembro. Celso Vicente Mussa Tavares, filho de Clóvis Tavares, escolheu como tema a figura de um cego em homenagem ao poeta fluminense Casimiro Cunha, de Vassouras-RJ, que também era cego.
Ei o texto de Mat 10: 46 e ss.

Chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos e numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, Bartimeu, que era cego, filho de Timeu. Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: Jesus, filho de Davi, em compaixão de mim! Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: Filho de Davi, tem compaixão de mim! Jesus parou e disse: Chamai-o Chamaram o cego, dizendo-lhe: Coragem! Levanta-te, ele te chama.
Lançando fora a capa, o cego ergueu-se dum salto e foi ter com ele.
Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: Que queres que te faça?
Rabôni, respondeu-lhe o cego, que eu veja!
Jesus disse-lhe: Vai, a tua fé te salvou.
No mesmo instante, ele recuperou a vista
e foi seguindo Jesus pelo caminho.

Celso tomou os seguintes pontos:
1- A chamada insistente por Jesus, que é uma das consideradas orações de anawin, isto é, dos pobres de Deus.
2- O interesse de Jesus por ele.
3- O fato de Jesus ter perguntado ao homem o que ele gostaria que Jesus lhe fizesse, sendo este um caso único.
4-O fato de o home ter deixado a sua capa, comentado por Emmanuel, como sendo largar o manto das ilusões.
Lembrando que para sermos curados da cegueira da vida, é preciso que nos libertemos de nossos embaraços.
Terminou a palestra lembrando uma frase de alguém: " Não é preciso ter Fé para Orar. É preciso Orar para ter Fé! Assim disseram os apóstolos a Jesus em Lc 17:5 "Senhor , acrescenta-nos Fé!"

sexta-feira, novembro 11, 2005

UM POEMA PARA O NATAL

AGUARDEM PARA O MÊS DE DEZEMBRO O MAIS NOVO LANÇAMENTO DE LUIZ ALBERTO, EM PARCERIA COM O FERNANDO LUIZ:

"UM POEMA PARA O NATAL"

COM VERSOS MAGNÍFICOS SOBRE TODOS OS MOMENTOS DO NATAL DE JESUS E DESENHOS TAMBÉM LINDOS PARA CADA POEMA.

O PREFÁCIO FICOU POR CONTA DE CELSO VICENTE.

O LIVRO É MAIS UMA HOMENAGEM AOS SETENTA ANOS DA ESCOLA JESUS CRISTO, QUE ESTÁ LEMBRADA NA CAPA ( BELÍSSIMA) DO GRACIOSO LIVRO DE POESIAS.

AGUARDEM!

Mensagem do companheiro Fernando Luiz

É com alegria que passo a participar deste grupo dos irmãos da EJC. Epara marcar a minha primeira participação, quero oferecer a seguinte mensagem do Professor Roberto Crema - Colégio Internacional dos Terapeutas (Unipaz):


"Vivemos um período ao mesmo tempo aterrador e maravilhoso. É um momento especial de passagem, o parto de um ciclo onde morte e vida seabraçam num espasmo de dor e plenitude. Brahma, supremo deus dacriação e Shiva, supremo deus da destruição, dançam juntos, nesteinstante, ao som da melodia universal que chamamos mutação.Ao olhar mais atento, Vishnu, supremo deus da conservação, sorri comos braços abertos para acolher os aflitos filhos da Vida. Somos todostestemunhas privilegiadas, acordadas ou não, do nascimento de uma novaidade. A cada momento é possível percebermos um acréscimo de luz e deconsciência à nossa volta, determinando uma espantosa aceleração demudanças. A queda do muro de Berlim e a derrocada das ideologiasrepresentam exemplos paradigmáticos da transição conceitual,valorativa e atitudinal que transcorre nos nossos dias. Diante doscenários atuais, tudo indica que serão dramáticas e desafiadoras asprimeiras décadas do Terceiro Milênio.É preciso escolher entre dois caminhos: o do dinossauro ou o domutante. Os resistentes à transmutação, adeptos da esclerose dopassado e do conhecido, novamente serão soterrados, excluindo-se danova civilização. Aos mutantes da consciência será destinada a herançaevolutiva da humanidade.Ser contemporâneo é o imenso desafio do nosso momento histórico.Viajamos da idade moderna para a transmoderna, da idade da razão paraa idade da consciência no mais amplo sentido. Nossa tarefa é a deinventar uma nova linguagem, um novo código para o tempo-espaço do EUSOU.Na nova idade, todos somos convocados para a inteireza. O sermutilado, fragmentado na mente, no coração e no existir, será removidopara o museu do ontem. Apenas os inteiros estarão preparados para osnovos desafios. Por essa razão, o termo-chave é o holístico,proveniente do grego holos, que significa inteiro, total. A palavra"holística", pelo desgaste do mau uso e do abuso, poderá sersubstituída. O seu significado, entretanto, permanecerá.Para melhor compreender este momento crítico de passagem, voltemosnossa visão, numa rápida olhadela, para o fecundo século XVII. Nessa ocasião, mediante uma espetacular rebelião da inteligência, aconteceu,na heurística pensamentosfera européia, o nascimento impactante daidade moderna ocidental, cujo ocaso estamos presenciando. Como sempre,foram alguns espíritos rebeldes, sensíveis às contradições da época,que se insurgiram na criação de uma nova síntese.Um tributo de reconhecimento é necessário ser estendido aostraumatizados de todos os tempos. Aos dotados da capacidade de sentir,na própria carne, a dor coletiva da humanidade ultrajada. Final daIdade Média, quando o obscuro prevalecia e o poder religioso exerciauma despótica dominação: a objetividade reprimida pelo cânone aristotélico-tomista, o imanente esmagado pelo fator tido comotranscendente, a experiência subjugada pelos dogmas dominantes, asmentes mais iluminadas silenciadas pelo terrorismo da consciênciarepresentado pela diabólica Inquisição. E no alvorecer do século XVII,por obra de videntes sensíveis e horrorizados, a revolta dosesclarecidos não pôde mais ser contida. A Revolução Científica entoouo seu iluminista brado. Galileu, antecedido pelo gênio de Copérnico,desembainhou a espada da precisão matemática e o escudo de umametodologia científica - hipotética dedutiva - foi erguido triunfalmente. Bacon desenvolveu a estratégia da experiência - o empirismo e o método indutivo - para derrotar a peste do dogmatismo.Descartes fez ressoar seu grito de guerra racionalista - o método analítico - iluminando, com o seu cogito discriminativo, a escuridãodo campo de batalha. E Newton disparou a fatal seta da físicamecânica, destinada ao coração do Caos do mundo, para ordená-lo,aprisionando-o na esfera impecável de mecanismos movidos por eternosditames naturais.Seguiu-se, natural e dialeticamente, a mudança de polaridade. Veio oSéculo das Luzes. O fator objetivo passou a ser decantado em tratados e fórmulas. A subjetividade e a dimensão do coração, consideradasnão-científicas, foram proscritas, destinadas aos artistas e poetasdelirantes. O fator sublime foi encarcerado em sombrios conventos,mosteiros e templos. O imperscrutável foi banido, abandonado aosmísticos. A Razão estendeu o seu império por todas as plagas, com abandeira do determinismo - biológico, econômico, geográfico,psíquico... - desfraldada. Laboriosamente, os antigos traumatizadosergueram e retocaram sua obra-prima: o racionalismo científico, comelegante base disciplinar, que gerou o especialista, exótico sujeitoque de quase-nada sabe quase-tudo.E cá estamos nós, os novos traumatizados. Num mundo esfacelado, com o conhecimento fracionado em compartimentos estanques, cindidos emesferas aprisionantes, torturados por máscaras e papéis desconectados,esvaziados de um sentido maior, desvinculados da sagrada inteireza. De um extremo fomos ao outro: a Universidade, decantada como templo desaber, com um reitor tratado como Magnífico (!), onde hipertrofiamos ointelecto e nos saturamos de informações, sacrificando, no altar dasdisciplinas, a mente abrangente e sintética da espécie. Infelizesvítimas da patologia dissociativa crônica e paradigmática instalada noseio da crise planetária que sofremos, traduzida pelo infindável conflito intrapsíquico-interpessoal-internacional.Uma outra revolta da inteligência, suave e irreversível, agita as suasondas neste momento, convocando os mais sensíveis e atentos. O movimento holístico definitivamente não é uma moda, como muitospretendem. É uma resposta biológica e vital de perpetuação da espécieperante a ameaça de uma autodestruição global; é um catalisador detransmutação no seio do qual está sendo gerado o ser humano do agora.Ousaremos enfrentar o desafio da inteireza? Ousaremos conspirar por umente humano integral, vinculado na dimensão interconectada do saber edo amor? Ousaremos saltar para o desconhecido, afirmando o viverevolutivo? Ousaremos não deixar por menos, reinvindicando,atrevidamente, nossa condição de seres eretos, destinados a interligarterra e céu? É promissor constatar que um número progressivo deindivíduos, das mais diversas origens, culturas e ocupações, estáabrindo os olhos, despertando e conspirando pela renovação conscientede nossos horizontes. Não será um bom tempo para os insensíveis,sonolentos e pretensiosos proprietários das velhas certezas!Um dos principais objetivos da Formação Holística de Base é cultivarum terreno fértil no qual o Aprendiz possa assimilar os conhecimentosintegradamente e incorporar a nova consciência holística. É, também,contribuir na preparação de emergentes líderes holocentrados,capacitados para o enfrentamento dos novos e tremendos desafios nestesurpreendente limiar do terceiro milênio.O estudo aprofundado e minucioso deste Manual de Formação éfundamental para o envolvimento, comprometimento e desenvolvimento doAprendiz ao longo desta fecunda jornada. A meta essencial poderesumir-se em tornar-se o que se é. Nada fácil e, assim mesmo,possível, desde que se oriente o coração para aprender.Todas as atividades destinam-se, paradoxalmente, a um esvaziamento damente, facilitando um vazio fértil a partir do qual a visão holísticapossa emanar e a canção da vida vibrar. Um Ser florescerá então e oUniverso se revestirá de Sentido.Por isto, vale a pena lutar."

Professor Roberto Crema - Colégio Internacional dos Terapeutas (Unipaz)

OBSERVAÇÃO de Fernando Luiz:
Gostaria de esclarecer que as três divindades do Hinduísmo, citadas no início da mensagem, não indica,como pode parecer, que o Hinduísmo é uma tradição de vários "deuses". Na verdade, não é preciso muito esforço ao estudar as escrituras Hindus - os Vedas - para percebermos que trata-se de uma cultura MONOTEÍSTA. Apenas, segundo o pensamento Hindu, Deus não se apresenta de uma única forma. Pelo contrário Ele sempre se apresenta de incontáveis modos e formas, de acordo com a situação. Ele tem, segundo a concepção Védica, o poder de se "expandir" em diferentes formas(murtis), em diferentes lugares e tb ao mesmo tempo. Por isso, Vishnu,Brahma e Shiva são aspectos diversos do mesmo Deus único e absoluto(que têm infinitos nomes de acordo com a atividade que realiza, porem: Krshna, Naráyan, Gopala, Govinda, Vasudeva,
Vadhusudhana,Damodhara, Shyamasundara etc.).

A visão do Hinduísmo como uma religião politeísta, não é verdadeira.
Fernando Luiz.

sábado, novembro 05, 2005

UM CONTO CHINÊS

Oi Pessoal, tentarei em alguns tópicos próximos defender a união da família como uma causa atual , necessária e uma questão de segunrança no caos psíquico que atravessamos, entendendo como já dizia Machado de Assis: " a confusão é geral."
Escolhi como o primeiro tópico esta conto chinês que fala de nossa decisão de amar como um ato volitivo e necessário para a consecução de nossos necessários ajustes espeirituais.
Flávio

"Um esposo foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava sua esposa e que pensava em separar-se.O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma palavra:- Ame-a. E logo se calou.- Mas, já não sinto nada por ela!- Ame-a, disse-lhe novamente o sábio.E diante do desconcerto do senhor, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte: "Amar é uma decisão, não um sentimento.Amar é dedicação e entrega.Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor.O amor é um exercício de jardinagem. Arranque o que faz mal, prepare o terreno,semeie, seja paciente, regue e cuide.Esteja preparado porque haverão pragas, secas ou excessos de chuvas mas nem por isso abandone o seu jardim.Ame seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire e compreenda-o.Isso é tudo.Ame!!! "

quinta-feira, novembro 03, 2005

Carlos Drumond em prosa poética e um pouco de Filosofia

" A cada dia que vivo,
mais me convenço de que
o desperdício da vida está no amor
que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade".

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, novembro 02, 2005

Ante os que partiram - Emmanuel

Mensagem de Emmanuel no Dia de Finados

Ante os que partiram

Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.
Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo.

Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.
Também eles pensam e lutam, sentem e choram. Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação.

Tranqüiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram. Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras.

Não nos é lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, mas ressuscitou aos cânticos da manhã, no fulgor de um jardim.

Mensagem de Emmanuel, recebida por Francisco Cândido Xavier, em reunião pública de 24-08-1959, na sede da Comunhão Espírita Cristã, Uberaba, MG. Transcrito do livro "Religião dos Espíritos", publicado pela Federação Espírita Brasileira – FEB –

sexta-feira, outubro 28, 2005

ESCOLA JESUS CRISTO- 27/10/1935***27/10/2005

Foi uma noite memorável.
Estava prevista a visita e a plaestra de nossa irmã Suzana Maia Mousinho, do Rio de Janeiro.
Entretanto, ela foi acometida de uma gripe que a impossibilitou de fazer a viagem já marcada e agendada há cerca de um ano.
A palestra foi feita pelo diretor doutrinário Rubens Fernandes Carneiro, que preferiu usar o tom da saudade, que como já disse meu irnão Celso Vicente em seu depoimento no livro SAL DA TERRA, é a memória do coração.
Rubens falou sobre a sua chegada a Escola Jesus Cristo e seu primeiro encontro com meu Pai. Discorreu sobre o fato de Papai ter-lhe ensinado muito de Evangelho e de Espiritismo. Fez uma declaração pública de que é "discípulo de Clóvis Tavares" e de que mudou radicalmente a sua personalidade ao passar a frequentar essa Escola de Jesus. Disse, confidenciando um fato da vida familar, que sua esposa Nely, falou com alegria, ao vê-lo profundamente modificado: " Bendita Escola Jesus Cristo."
Leu também algumas respostas de Clóvis Tavares em entrevista a Wallace Leal V. Rodrigues, publicada , inserida no livro SAL DA TERRA.
Não pode-se dexar de destacar a noite impecável do 'Coral Virgílio de Paula', que honrou o nome, apresentando peças como "Na comunhão com Jesus" de João de Deus e "A Escola de Jesus Convida" , de Casimiro Cunha.
Tivemos ainda, abrilhantando ainda mais a noite , o descerramento da placa em homenagem aos fundadores da casa, Nina Arueira e Clóvis Tavares, feita em estilo solene por minha mãe: Hilda Mussa Tavares, a convite de Rubens, recordando que ela, como disse Papai na sua primeira mensagem psicografada por Chico Xavier, é na Escola a sua própria presença.

Tivemos ainda, a exposição da Memória da Escola numa 'Linha do Tempo', informativa e fotográfica, preparada minuciosamente pelos irmãos Roseleni Machado e Benjamim Alves.

A minha mãe, Hilda preparou , a pedido da Regente do Coral Virgílio de Paula, Profa Alcídia Perez Pia, um Hinário que está impecável e está sendo vendido a R$10, 00 , apenas para cobrir os custos da edição.

Foi, como todos os irmãos podem observar, uma noite digna de um septuagenário de luz.

Hoje, seta feira, a continuação da Celebração do Septuagésimo Aniversário da Escola Jesus Cristo, ficará por conta da plaestra do irmão André Marinho, do Rio de Janeiro, a nós apresentado pela querida Suzana Mousinho.

Que da "Escola Jesus Cristo do Alto", sejam enviados eflúvios confortadores e alentadores sobre todos os fiéis obreiros desta Casa de Bênçãos, encerrada no chão acolhedor de Campos dos Goytacazes.

terça-feira, outubro 25, 2005

O que são setenta anos de evangelização?

O que são setenta anos ininterruptos de evangelização?
Converter-se numa irradiadora de luz espiritual na terra, converter-se num oásis de luz no deserteo terráqueo.
E esta resposta é cada vez mais verdadeira, pois nestes 70 anos, a sofisticação do Mal aumentou muitíssimo. O Materialismo, tornado hoje individualismo, é a corrente de pensamento mais forte e admoestadorta do planeta. Ele convence milhões com a torrente dos meios de comunicação. A mídia televisiva e internética convulsiona as mentes juvenis de modo tal que tr5ansforma a juventude num exército de mentes padronizadas, formatadas num pensamento único. São teleguiadas pelo grande emissor destes pensamentos. Há um programa específico para distrair a massa e torná-la absolutamente ignara.
A Escola Jesus Cristo é este oásis que dessedenta as almas, com aquela "água viva", de que falou Jesus à Samaritana. Desde as crianças em idade tenra, que escutam o Evangelho ainda no útero àqueles idosos que escutam a palavra com emoção e encantamento, preparando-se em última análise, para a sua próxima jornada no planeta.

Dar boas vindas aos que chegam, preparar os espíritos para viver neste mundo e readaptá-los a sua próxima vida espiritual, com vistas à sua futura próxima encarnação, este é um programa de uma Universidade do Espírito. Esta é a Escola Jesus Cristo.

Que estes setenta anos reverberem psiquicamente no coração de Papai, que com sacrifício e dor converteu-se no sal da terra para todos nós.

sábado, outubro 22, 2005

O SIM DE FREI BETTO

Você já entrou numa loja para comprar arma? Experimente. Vão lheexigir uma série de documentos. Isso significa que bandido não compra arma no comércio legal. Aliás, muitas armas usadas pelos bandidos são privativas das Forças Armadas. Não estão à venda. Portanto, ao comprar arma em loja, legalmente, o consumidor está, primeiro, dando lucro à indústria bélica. E estocando o que poderá ser, amanhã, a arma do bandido. Estive preso quatro anos na ditadura militar, os dois últimos em companhia de bandidos, em penitenciárias de São Paulo, como o Carandiru. Perguntei como eles obtinham armas. Deram-me três respostas: comprando de policiais e militares; tomando de vítimas de assaltos; e - acredite quem quiser - no mercado negro de Aparecida (SP).Então há um mercado negro ao pé do principal santuário do país? Explicaram que muitos romeiros vão a Aparecida pagar promessas, o que muitas vezes implica "entregar a arma à santa". São pessoas que escaparam de um enfrentamento armado, tiveram um parente assassinado por arma de fogo ou agradecem assim a uma graça recebida. Como a padroeira do Brasil não desce do altar para receber o ex-voto, então o peregrino o vende ali, apreço barato. Mês passado ladrões entraram na casa de meu irmão. Apesar dos cães e sistemas de controle e alarme, os bandidos simplesmente estacionaram o Renault com vidros escuros atrás do carro de meu irmão quando este saía da garagem. Fizeram uma limpa. A maior insistência foi para que a vítima entregasse a arma. Não havia. Só acreditaram quando meu irmão lhes disse: "Revistem tudo. Se encontrarem, podem me dar um tiro com ela". É isso. Quem compra armas e munições no comércio legal abastece o comércio ilegal. E os bandidos. E quantas pessoas você conhece que, assaltadas, reagiram aos bandidos? Conheço ao menos meia-dúzia. Nenhuma delas enfrentou armada o assaltante. Ou porque a arma estava escondida em lugar de difícil acesso (e, como diz o Evangelho, ladrão não marca hora), ou porque verificaram que o poder de fogo dos agressores era maior. Todos, em seguida, livraram-se para sempre de suas armas. Votar "não" à proibição do comércio de armas é favorecer a indústria damorte, esta que fabrica armas e munições. Capital que deveria seraplicado na vida, como em produtos agrícolas ou que favoreçam a saúde e aeducação Com a proibição do comércio, haverá menos aquisições legais dearmas. Isso não reduzirá o número de assaltos. Mas diminuirá o número de armas roubadas para serem utilizadas por bandidos. Os que entraram na casa de meu irmão saíram com as armas que trouxeram, sem acréscimo a seu arsenal particular. Mesmo com a proibição, armas continuarão chegando ao Brasil via contrabando e via corrupção policial-militar. Como a droga. É proibida e nem por isso deixa de ser encontrada por quem a procura. Estou de acordo que a questão é mais embaixo: como reduzir aviolência? O número de bandidos? Vejo dois caminhos: escolaridade e educação. Aparentemente trata-se da mesma coisa. Ledo engano. Há nestas duas capitais, Rio e São Paulo, 2,3 milhões de jovens, entre 14 e 24 anos, que não terminaram o ensino fundamental. Cerca de 80% dos assassinos provêm desse contingente. E também 80% dos assassinados.Escolaridade, entretanto, não é o suficiente. Há quem possua diploma de doutorado e careça de educação. Como os cientistas que fabricambombas, minas de guerra, armas bacteriológicas e gases letais, instrumentos de tortura e cadeiras elétricas. O país mais violento do mundo é o maisrico e mais avançado técnica e cientificamente: os EUA. Suas prisões guardam 2 milhões de pessoas. Vários estados adotam a pena de morte. E nada disso faz diminuir a violência.Há nos EUA uma cultura de morte, desde o uso infantil de videogames deguerras virtuais à banalização das armas de fogo, somada aoindividualismo exacerbado e ao espírito belicista do governo. Uma educação para a paz supõe abraçar os valores evangélicos do perdão, da compaixão, da solidariedade e, sobretudo, da justiça. Talvez você, que pensa em votar "não", prossiga decidido a jamais possuir uma arma. Contudo, a indústria bélica agradece o seu voto. Inclusive os bandidos que, através de pessoas legais (namoradas, parentes ou amigos sob ameaça), continuarão a adquirir armas. O que ficará mais difícil caso vença o "sim", proibindo no Brasil o comércio legal de armas e munições. O referendo de 23 de outubro é uma conquista da sociedade. Mas não ésuficiente. Agora deveríamos nos mobilizar para decidir se o governodeve ou não aplicar menos de 15% do PIB em educação. Os países asiáticos, como demonstrou o Jornal Nacional este mês, saíram destroçados da guerra e viraram potências por aplicarem de 12% a 19%. O Brasil aplica apenas 4,4%. Uma ninharia. É preciso, no mínimo, dobrar o tempo do aluno na escola, o salário dos professores, o número de escolas e bibliotecas públicas, e a qualidade do ensino. Fico com Jesus: "Amai-vos uns aos outros". E não com a indústriabélica: ARmai-vos uns aos outros

Frei Betto Escritor,
é autor de Alfabetto - Autobiografia Escolar(Ed. Ática),entre outros livros.

Flávio Mussa Tavares

http://homeopatiaevida.zip.net

http://espiritismocristao.blogspot.com

sexta-feira, outubro 21, 2005

Mensagem de Paz , de Sônia Ferreira

VOTO SIM!
A MISSÃO A QUE O BRASIL ESTÁ DESTINADO É SER A PÁTRIA DO EVANGELHO!
O CORAÇÃO DO MUNDO, O QUE NÃO COMBINA COM COMERCIALIZAÇÃO DE ARMAS.
QUE NÃO SEJA PELA ARMA DE FOGO A MARCA DA NOSSA VITÓRIA!

"VAMOS LEVAR ALEGRIA AO MUNDO, FAZER SORRIR A TRISTEZA E A DOR E ONDE HOUVER UM AMARGO PRANTO O NOSSO CANTO SEJA O AMOR..." (Cabete)

"DEUS CRISTO E CARIDADE
POR TODA A PARTE A BANDEIRA DE ISMAEL TREMULARÁ
E O BRASIL TERRA DO CRUZEIRO
EM VIBRAÇÕES DE PAZ A HUMANIDADE ENVOLVERÁ
O GIGANTE SE LEVANTA
EVANGELIZAR SUA MISSÃO DE ESPERANÇA
A FRATERNIDADE É SENTIMENTO PROFUNDO
PÁTRIA DO EVANGELHO, CORAÇÃO DO MUNDO!!!"
(Tia Vilma, uma Vida voltada para o BEM)

PREOCUPEMO-NOS EM EXPORTAR LIVROS ESPÍRITAS!
SÓ NOSSO CHICO XAVIER, DEIXOU FLUIR, ATRAVÉS DE SUA ABENÇOADA MEDIUNIDADE, MAIS DE 400 TÍTULOS...
ENQUANTO NOSSOS IRMÃOS LIDAM COM OS VALORES BÉLICOS, RIQUEZAS TEMPORAIS, POSIÇÕES DE DESTAQUE E PODER, CONCENTREMO-NOS, MAIS AINDA EM NÓS MESMOS, E CUIDEMOS DA NOSSA REFORMA MORAL.

PARA SERMOS ÚTEIS A JESUS, NO PROCESSO DE CRISTIANIZAÇÃO DA TERRA.CUIDEMOS, TAMBËM, DA EVANGELIZAÇÃO DE NOSSAS CRIANÇAS!

LEMBREMOS OS GRANDES MISSIONÁRIOS, QUE PASSARAM PELO MUNDO SEM SEREM DO MUNDO, FAZENDO SIMPLESMENTE A PARTE QUE LHES CABIA.

E O MUNDO FOI MUDANDO, CAINDO REGRAS, TABUS, TRADIÇÕES, LEIS ABSURDAS, A BARBÁRIE ESTÁ MUDANDO DE PLANETA, NÀO TEMOS COM O QUE NOS PREOCUPAR, JESUS ESTÁ NO LEME DESSE GIGANTE, QUE SÓ PRECISA DE ESPÍRITO
(no dizer de Padre Manoel da Nóbrega).O grande Emmanuel, quando Nóbrega, deixou as convenções de lado.

Sônia Maria FerreiraDias

quarta-feira, outubro 19, 2005

PELA VIDA

Sou Cristão Espírita. Como não posicionar-me absolutamente a favor da vida. Os bandidos terão armas? Vão me matar? Podem fazer o que quiser, mas NUNCA vão obrigar-me a me tornar VIOLENTO como eles.
Matem meu corpo, mas não JAMAIS dominarão a minha alma.
Eis a poesia de meu irmão Luís Alberto.


Pela vida
Eu sempre sim. O sim que é pela vida.
Pela não cooperação, o sim, com o mal.
A não violencia como unica saida.
A não violencia como habito essencial.

Eu sempre o sim da alma convencida
A não cooperar com o caos social,
Com a morte por tiro, com a bala perdida,
Com o revolver como simbolo nacional,

Com a violencia banalizada,
Com a estupidez como gesto habitual,
Com a morte, como se a vida fosse nada
E como se matar fosse normal...

Se a bala que estraçalha o corpo humano
E faz jorrar o sangue onde antes não,
Gerando panico por causar o dano,
Causando a morte por hipotensão,

Se a bala que transpassa a artéria aorta,
Se a bala, causadora da lesão
Que torna a coisa viva coisa morta
Contar com minha eventual aprovação,

Eu perderei a minha dignidade...
Eu nunca mais merecerei perdão...
Quem se associa à animalidade
Não faz por merecer a compaixão...

Eu sempre sim. Até quando as pistolas
Forem expulsas das nossas escolas
E ali entrarem somente a letra e o pão...

Eu sempre sim. Até quando os gatilhos
Pouparem a vida dos nossos filhos,
Poupando a honra da nossa nação...

Um sim para que mortes desse jeito:
Um tiro no abdome, outro no peito,
Desapareçam de circulação...

O armamentismo cruel e insensato
Vulgarizou a morte, o assassinato,
O crime, o sangue, o ódio sem razão...

Eu sempre sim. Pela vida. Menos tiros.
Mais alegrias. Menos suspiros.
Diante da bala ninguém é cidadão...

Pela esperança. Pela decência.
Pela não cooperação com a violência.
Não disse Cristo a Pedro assim, em vão:

Pedro, embainha a tua espada...
Passarão o Céu e a Terra, como um nada,
Mas as palavras de Jesus não passarão...


Luis Alberto Mussa Tavares

sábado, outubro 15, 2005

MAIS UM POUCO SOBRE O REFERENDO

MAIS UM POUCO SOBRE O REFERENDO...
Acredito que todos estão aborrecidos com esta propaganda gratuita, embora onerosa, sobre um referendo que não trata de desarmamento, mas da proibição da venda legal de armas.
É bom deixar claro, como já afiançaram alguns juristas que o resultado do referendo necessitará, seja qual for, de legislação complementar para que se cumpra.

Considerando que a Constituição de 1988 espera até hoje leis complementares para alguns de seus notáveis avanços sociais, será altamente desalentador se os que votarem pelo SIM, tiverem que esperar até 15 anos, seguindo-se a mesma tendência das leis complementares, para que se proíba realmente a venda legal de armas e munições.

Entretanto, deixando-se de lado estes aspectos legais, pensemos nos aspectos morais e espirituais.

O Sexto Mandamento da Lei de Deus é claro e conciso: Não Matarás!

O que faz então que Cristãos e Judeus, que deveriam seguir à risca os mandamentos, considerem injustificada a proibição de venda legal de armas?Em outras palavras, como pode um judeu e um cristão votar no NÃO?

Os argumentos a favor da permanência da venda legal giram em torno da preservação do livre arbítrio do indivíduo. Alegam que o estado não pode imiscuir-se no direito de o cidadão possuir arma de fogo (embora não seja permitido portá-la nos logradouros públicos, salvo em função pública).

Racionalizando a questão segundo a prescrição dos Dez Mandamentos, pode-se fazer pensamento análogo:

Não adulterar, mas pode-se estimular uma pessoa casada a ter uma amante.

Não dizer falso testemunho, mas vende-se a idéia de que mentira na mídia e na vida pública não são mentira.

Não cobiçar, mas pode-se exibir os objetos de cobiça, na mídia eletrônica, induzindo as pessoas a cobiçarem um estilo de vida que não lhes é possível a não ser que se endividem, sustentando assim cada vez mais o sistema financeiro.

Não roubar, mas pode-se permitir casas de jogos de azar, máquinas caça-níqueis e outras barbaridades do capitalismo sem alma.

Vejo, desse modo, que aceitar o Não matar, Não mentir, Não cobiçar e Não furtar, deveria ser para o sincero Cristão um prólogo da lei humana que proíbe:

-a venda de armas,

-que proíbe a propaganda enganosa.

-que deveria proibir a exposição de objetos de cobiça para o grande público, como a
sensualidade, a luxúria e a opulência exagerada na mídia televisiva;

-os jogos de azar, inclusive bingos e loterias.

SÓ ASSIM A SOCIEDADE PODE EVOLUIR. INICIALMENTE ACEITA-SE A PREMISSA ESPIRITUAL. NÃO MATAR, NÃO MENTIR, NÃO COBIÇAR, NÃO ROUBAR.

A SEGUIR, DOMINA-SE OS MEIOS DO METABOLISMO SOCIAL ANACRÕNICO QUE INDUZEM A ESTES DESVIOS.

PORTANTO, DIA 23, PARA COMEÇAR, VOTE SIM!!!

dez razões pelo sim

10 razões para votar SIM
O Brasil é o país do mundo com o maior número de pessoas mortas por armas de fogo. Em 2003 foram 108 mortes por dia, quase 40 mil no ano! [DATASUS, 2003]

Arma de fogo é a primeira causa de morte de homens jovens no Brasil! Mata mais que acidentes de trânsito, AIDS ou qualquer outra doença ou causa externa. [DATASUS, 2003]

1- Existem armas demais neste país.
Estima-se que o número total de armas em circulação no Brasil seja de 17,5 milhões [ISER-Small Arms Survey, 2005]. Apenas 10% dessas armas pertencem ao Estado (forças armadas e polícias), o resto, ou seja, 90%, estão em mãos de civis. Está na hora deste país se desarmar!

2- Armas foram feitas para matar.
No Brasil, 63,9% dos homicídios são cometidos por arma de fogo, enquanto 19,8% são causados por arma branca [Datasus, 2002]. Por quê? Porque armas de fogo matam com eficácia e sem nenhum risco para o agressor. Diante de uma faca, você corre, grita, chuta. A chance de morrer em uma agressão com arma de fogo é muito maior: de cada 4 feridos nos casos de agressões por arma de fogo, 3 morrem. [Datasus, 2002]

As tentativas de suicídio com arma de fogo também são mais eficazes: 85% dos casos acabam em morte. [Annals of Emergency Medicine, 1998].
3- Ter armas em casa aumenta o risco, não a proteção.
Usar armas em legítima defesa só dá certo no cinema. Segundo o FBI [FBI, 2001], “para cada sucesso no uso defensivo de arma de fogo em homicídio justificável, houve 185 mortes com arma de fogo em homicídios, suicídios ou acidentes”. As armas em casa se voltam contra a própria família. Os pais guardam armas para defender suas famílias, mas os próprios filhos acabam por encontrá-las, provocando-se, assim, trágicos acidentes. No Brasil, duas crianças (entre 0 e 14 anos) são feridas por tiros acidentais todos os dias. [Datasus, 2002].
4- A presença de uma arma pode transformar qualquer cidadão em criminoso.
Armas de fogo transformam desavenças banais em tragédias irreversíveis. Em São Paulo, segundo a Divisão de Homicídios da Policia Civil [DHPP-SP 2004], o primeiro motivo para homicídios é “vingança” entre pessoas que se conhecem e que não possuem nenhum vínculo com o tráfico de drogas ou outras atividades criminosas. Para se ter uma idéia, em São Paulo, as vítimas de latrocínio – matar para roubar – correspondem a menos de 5% das vítimas de homicídio. [Secretaria de Segurança Pública - SP 2004]
5- Quando existe uma arma dentro de casa, a mulher corre muito mais risco de levar um tiro do que o ladrão.
Nas capitais brasileiras, 44% dos homicídios de mulheres são cometidos com arma de fogo [Datasus, 2002]. Dois terços dos casos de violência contra a mulher têm como autor o próprio marido ou companheiro. [Datasenado, 2005]. De acordo com dados do FBI, relativos a 1998, para cada vez que uma mulher usou uma arma em legítima defesa, 101 vezes esta arma foi usada contra ela.
6 - Em caso de assalto à mão armada, quem reage com arma de fogo corre mais risco de morrer.É um mito considerar que com uma arma o cidadão está mais protegido. Na maioria dos assaltos, mesmo pessoas treinadas não têm tempo de reagir e sacar sua arma. Quando o cidadão reage, ele corre mais risco de se ferir ou ser morto. Uma pesquisa realizada no estado do Rio de Janeiro mostra que: “a chance de morrer numa reação armada a roubo é 180 vezes maior de que morrer quando não há reação. A chance de ficar ferido é 57 vezes maior do que quando não há reação.” [Iser, 1999]

7- Controlar as armas legais ajuda na luta contra o crime.A - O mercado legal abastece o ilegal.Para se ter uma idéia, 80% das armas apreendidas pela policia do Rio de Janeiro (de 1993 a 2003) são armas curtas (revólveres e pistolas) e 76% são brasileiras. A pesquisa mais recente divulgada pelo governo do RJ mostra que das armas usadas em crimes entre 1999 e 2005, 61% pertenciam a “cidadãos de bem” (civis) e foram desviadas para o crime. Ou seja: as armas que mais matam no Brasil são brasileiras, principalmente os revólveres 38 produzidos pela TAURUS, e um dia foram compradas em loja!

B - As armas compradas legalmente correm o risco de cair nas mãos erradas, através de roubo, revenda ou perda. Só no Estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Segurança Pública, entre 1993 e 2000, foram roubadas, furtadas ou perdidas 100.146 armas (14.306 por ano). Ou seja: bandidos não compram armas em lojas, mas são as armas compradas em lojas que vão parar nas mãos dos criminosos.
8- O Estatuto do Desarmamento é uma lei que desarma o bandido.A maioria dos artigos do Estatuto do Desarmamento (lei n° 10.826, 22/12/2003) dá meios à polícia para aprimorar o combate ao tráfico ilícito de armas e para desarmar os bandidos. Ele estabelece a integração entre a base de dados da Policia Federal, sobre armas apreendidas, e a do Exército, sobre produção e exportação. Agora as armas encontradas nas mãos de bandidos podem ser rastreadas e as rotas do tráfico desmontadas. Pela nova lei, todas as novas armas serão marcadas na fábrica, o que ajudará a elucidar crimes e investigar as fontes do contrabando. Para evitar e reprimir desvios dos arsenais das forças de segurança pública, todas as munições vendidas para elas também vão ser marcadas. A implementação do Estatuto em sua totalidade é um dos principais instrumentos de que dispõe hoje a sociedade brasileira para desarmar os bandidos.
9 - Controlar as armas salva vidasAs leis de controle de armas ajudam a diminuir os riscos para todos. Na Austrália, 5 anos depois de uma lei que praticamente proibiu a venda de armas de fogo, a taxa de homicídios por arma de fogo caiu 50%. Entre as mulheres, a diminuição foi de 57% [Australian Institute of Criminology, 2003].

Um estudo da Unesco, publicado em 2005, mostra que Austrália, Inglaterra e Japão, onde as armas são proibidas, estão entre os países do mundo onde MENOS se mata com arma de fogo, enquanto os Estados Unidos, um dos países mais liberais com as armas, aparecem em 8º lugar, entre os países mais violentos do mundo.

Entre 2003 e 2004, primeiro ano de vigência do Estatuto do Desarmamento, o número de mortes por arma de fogo caiu pela primeira vez em treze anos. De acordo com dados da Unesco, em números absolutos, 3.234 vidas foram salvas. [Vidas Poupadas, Impacto do desarmamento no Brasil – 2004 – MS/ UNESCO/MJ].
10 - Desarmamento é o primeiro passoA proibição do comércio de armas de fogo e munição, isoladamente, não é capaz de solucionar o problema da criminalidade. Mas é um passo fundamental em direção a uma sociedade mais segura. Temos que continuar trabalhando por pactos internacionais pelo desarmamento, por melhorias no sistema de justiça e nas polícias e claro, pela redução da desigualdade social em nosso país. Mas para isso é preciso dar o primeiro passo.
No dia 23 de outubro vai acontecer o primeiro referendo da história do Brasil. É nossa oportunidade de mostrar em que tipo de sociedade queremos viver. A vitória do SIM pode ser o início de uma nova história, o começo da “virada de página” na questão da (in)segurança no Brasil!
Pela primeira vez está nas nossas mãos o poder de fazer alguma coisa pelo nosso bem mais importante: a vida! Não percamos esta oportunidade deixando tudo como está. Em 23 de outubro diga sim à vida. Vote pela proibição do comércio de armas e munição!
Veja a versão sintetizada do livro "Armas de fogo: proteção ou risco?", de Antonio Rangel Bandeira e Josephine Bourgois, da qual foram excluídos os gráficos, tabelas e mapas para tornar o livro mais leve e acessível na Internet. A versão completa do livro está a venda, por apenas R$ 10 nas bancas de jornal e livrarias do país.