sábado, julho 26, 2008

As comunicações apócrifas de Kardec aos dias atuais


Entre as Dissertações Espíritas em o último capítulo de O Livro dos Médiuns, temos alguns exemplos oferecidos pelo Codificador de comunicações consideradas por
ele como apócrifas. Apócrifo é algo escrito sobre o qual não se tem certeza exata da autoria ou cuja autenticidade não pode ser comprovada ou universalmente aceita. Diz-se que alguns Evangelhos são apócrifos por haverem sido encontrado em
épocas diferentes dos aceitos como autênticos, por haverem sido produzidos
também em outra época e por que seu conteúdo difere substancialmente da
lógica dos demais.

Quanto às comunicações inseridas no capítulo referido do Livro dos Médiuns, destaco alguns trechos:


Há muitas vezes comunicações de tal maneira absurdas, embora assinadas por nomes os mais respeitáveis, que o mais vulgar bom senso demonstra a sua
falsidade.

Mas há aquelas em que o erro é disfarçado pela mistura com princípios certos, iludindo e impedindo às vezes que se faça a distinção à primeira vista. Mas elas não resistem a um exame sério.

Em outro trecho, discute Kardec a suposta mensagem do Bispo Bossuet, cujo verdadeiro autor confessa a mistificação:

Esta comunicação, em si mesma, é boa, mas não acrediteis que foi Bossuet quem a ditou. Um Espírito a escreveu, talvez um pouco sob a sua inspiração, e pôs por
baixou o nome do grande bispo para que mais facilmente ela fosse aceita, mas pela linguagem deveis reconhecer a substituição. È do Espírito que colocou o seu nome após o de Bossuet.

Esse Espírito, interrogado sobre o motivo que o levou a agir dessa maneira, declarou:

— Eu tinha desejo de escrever alguma coisa a fim de me fazer lembrar pelos homens.

Vendo que era fraco, quis juntar-lhe o prestígio de um grande nome.

— Mas não pensaste que podiam reconhecer que não era de Bossuet?

— Quem sabe o que pode acontecer ao certo? Vós podereis enganar-vos. Outros menos esclarecidos a teriam aceitado.

Com efeito, a facilidade com quem certa pessoas aceitam tudo o que vem do mundo invisível sob a cobertura de um grande nome é o que encoraja os Espíritos mistificadores. Devemos aplicar toda a nossa atenção em desfazer as tramas desses Espíritos, mas só o podemos fazer com a ajuda da experiência, adquirida através
de um estudo sério. Por isso repetimos sem cessar. Estudai antes de praticar, pois
é esse o único meio de não terdes de adquirir a experiência à vossa própria custa.


E em ácida nota de rodapé, diz o judicioso professor Herculano Pires:

Um pouco mais de estudo de O Livro dos Médiuns, como vemos, teria evitado que tantas mistificações evidentes, destinadas a ridicularizar o Espiritismo aos olhos
das pessoas sensatas, tivessem sido e continuem a ser aceitas com a maior leviandade entre nós.

É por isso que causou-me profundo constrangimento ler a citação de um trecho atribuído a um espírito que foi médium da codificação e que a mim, pareceu-me truncado e ininteligível. Reproduzo o texto sem citar a fonte, apenas a título didático
e para que a cautela seja o nosso guia. Observem se há sentido nestas palavras:

“Mesmo entre aqueles que a simpatia brota instantaneamente, Amor e convivência sadia serão obras do tempo no esforço diário do entendimento e do compartilhamento mútuo do desejo de manter essa simpatia do primeiro contato, amadurecendo-a com o progresso dos elos entre ambos”.

Se o autor nesta confusão de letras tentou se referir à evolução do sentimento, penso que poderia ter sido muito mais direto e correr menos o risco de expor-se. Senão, vejamos: “Mesmo entre aqueles que a simpatia brota instantaneamente...”.

A construção está totalmente errada e bisonha. Poderia ficar melhor assim: “Mesmo entre os quais a simpatia brota instantaneamente...”.

Seguindo: “(...)Amor e convivência sadia serão obras do tempo no esforço diário do entendimento. “( com ponto final da frase) E finalizando o texto, maquiando apenas
a sintaxe, já que o mesmo não apresenta qualquer substância para aproveitamento filosófico:

“(...) O compartilhamento mútuo do desejo de manter a simpatia do primeiro contato, amadurecerá com o progresso dos elos entre ambos”.

Ficaria assim então, a frase:


“Mesmo entre os quais a simpatia brota instantaneamente, Amor e convivência sadia serão obras do tempo no esforço diário do entendimento. O compartilhamento mútuo do desejo de manter a simpatia do primeiro contato, amadurecerá com o progresso dos elos entre ambos”.

Melhorada a construção sintática, busca-se o sentido filosófico ou psicológico do texto:

Pessoas entre as quais há mútua simpatia, necessitam do cultivo da tolerância e da compreensão, a fim de amadurecer o sentimento, nutrindo-o com a vontade resoluta para que haja progresso.

Apesar de haver reconstruído a frase sem os pecados da língua, a mesma carece de originalidade e de necessidade, uma vez que não é necessário que um espírito se comunique através da psicografia para dizer que o sentimento e a simpatia entre as pessoas precisa evoluir através do esforço de suas vontades.

Penso assim que o texto é apócrifo, usando-se o mesmo critério empregado pelo codificador, o qual deveria ser aplicado às produções mediúnicas em geral.

E diante deste cenário, lamento não haver um conselho nacional que congregasse
um número razoável de irmãos eleitos para esse mister. Certamente, esse conselho rejeitaria comunicações legítimas. Todavia, diante da mediocridade na qual estamos imersos, seria uma solução razoável.

A Mediunidade é uma oportunidade legada ao homem por Deus. Disse João Batista aos fariseus:

“O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu.” (Jo 3:27)

Assim, a mediunidade é outorgada por Deus ao homem para que dela faça bom uso.

E decididamente, os espíritas estão empregando erroneamente o dom divino. Estão empregando mal a janela que lhes foi emprestada para comunicar a terra e a espiritualidade.

Sejamos razoáveis, sejamos sensatos, leiamos com sensatez.

Não é possível que as potências espirituais sejam malbaratadas na comunicação de amenidades ou tolices.

Bom senso é o que se pede!


Flávio Mussa Tavares

sexta-feira, julho 25, 2008


Si yo


hablase las lenguas de todos los hombres


y aún la de los ángeles,

pero no tengo amor, no soy más que un metal

hueco que resuena o un platillo


discordante.




Y si hablase de parte de Dios,


entendiendo sus propósitos secretos,


y supiera todas las cosas,


si tuviera toda la fé necesaria para mover

los montes y montañas,


pero no tengo amor, no soy nada.




Si repartiese todos mis bienes entre los pobres


para entregarles todo lo que poseo,


y aún si entrego mi propio cuerpo

para ser quemado,


pero no tengo amor, de nada me sirve.




Tener amor es saber soportar;


es ser sufrido,

ser bondadoso;


es no tener envidia,


ni ser presumido,


ni orgulloso,


ni grosero,

ni egoísta,


ni jactancioso,


es no enojarse ni guardar rencor;


es no alegrarse de las injusticias...


sino de la verdad.




Tener amor es sufrirlo todo,


creerlo todo,


esperarlo todo,


soportarlo todo,


porque el amor todo lo sufre,


todo lo cree,


todo lo espera,


todo lo soporta.



El amor todo lo excusa,


todo lo cree,


todo lo tolera,


todo lo espera...




El amor, no acaba nunca


ni morirá jamás.






( San Pablo a los Corintios 13: 1-7 )

ENTREVISTA SOBRE A CARIDADE

Fui entrevistado na Comunidade Espiritismo do Orkut e respondi às seguintes questões:

Flávio Mussa Tavares

"1- Qual o seu conceito pessoal de caridade?"
FMT-
É o Amor propriamente dito, pois não há caridade fora, nem aquem e nem além do Amor.
E também não há Amor fora, aquem ou além da caridade.

"2- Você acredita que ser caridoso é importante?"
FMT-
Acredito que caridade é uma ação racionalizada, que faz nascer um amor incondicional aos poucos.

"3- Onde se aplica a caridade no dia-a-dia?"
FMT- Em todos os meios onde nos comunicamos.

"4- Você se preocupa em ter atitudes caridosas em sua rotina?"
FMT-
Geralmente ue me preocupo depois que percebo que agi sem caridade e que não há mais como reverter.

" 5- A caridade é considerada importante dentro de sua doutrina/religião?"
FMT-
No Espiritismo ela é o chamado "lei-motiv" ou motor principal da salvação ( resolução da vida)

" 6- Para que serve a caridade?"

FMT-
Para que possamos desarticular os mecanismos de ódio de nossas vidas passadas e articular os mecanismos futuros do Amor que ainda não temos espiritualmente.


"7-
Os mais evoluídos são mais caridosos?"
FMT-
Evolução é perder ira e ganhar amor, através do exercício da caridade.

"8- Você acha que a caridade como "moeda de troca" tem valor?"
FMT-
Tem por que não deixa de ser um exercício. E como a resultante do exercício é o amor natural, a partir do moemento em que formos reformatando a nossa personalidade nas bases da caridade, perderemos a vontade de praticá-la de modo interesseiro.

"9- Quais as virtudes necessárias, na sua opinião, para que se consiga ser caridoso?"
FMT-
Aquelas que não temos por natureza, mas que podemos desenver pelo exercício, como humildade, paciência, tolerância, indulgência, pois conseguindo ter um pouco de cada uma destas virtudes através do exercício, estaremos naturalmente exercitando a caridade também. E isso fará o Amor tornar-se natural em nossas ações e reações.


"10- Na sua escala de valores, de 0 a 10, a caridade tem qual peso?"
FMT- O peso é sempre o maior, 10 por exemplo, pois para desenvolvê-la, o ser já conseguiu desenvolver todas as outras na prática.

segunda-feira, julho 21, 2008

CARTA AOS MEUS PAIS


Primeira mensagem de meu irmão Carlos Vítor, psicografada por Chico Xavier em Uberaba neste dia, 21 de julho de 1973, no dia seguinte do Dia de Santos Dumont.

Meu papai do coração
Minha mãezinha querida
Retornei de vossos braços
Para a bênção de outra vida
Agradeço o vosso amor
No berço que o céu me fez
Convosco encontrei meu sonho
De ser criança outra vez.
Renasci de vossas preces
Na paz que hoje me alcança,
Bendita a meditação
Que me refez a esperança.
Tenho saudades e tudo
Que compõe o nosso lar,
Saudade de vosso afeto,
Saudade de vosso olhar.
Sinto ainda o vosso colo
Forrado de amor sem fim,
O calor de nossa casa,
Os irmãos junto de mim...
Recordo: Margaridinha
Relê trabalhos da escola,
A palavra do Flavinho
Faz-se ouvir e me consola.
Luizinho me traz flores,
Depois com muito carinho,
Escuto maravilhado,
As leituras do Celsinho!...
Mamãe perfuma o meu leito.
Depois, a envolver-me em luz,
Acaricia-me o rosto,
Falando-me de Jesus!...
Depois, Papai, rememoro
Antigas conversas nossas,
Vossas mãos tocando as minhas
E as minhas falando às vossas!...
De nossos entendimentos
Nenhum se passou em vão,
Tudo aquilo que dissestes
Carrego no coração!...
Outra fonte de ternura
De meu peito se extravasa:
Revejo Vovó Maria,
O anjo de nossa casa...
Agradeço-vos, contente,
O apoio, a vida, o carinho,
As luzes que reacendestes
Clareando-me o caminho!...
A sombra passou...Agora,
Esquecer para servir
É a senha de que disponho
Para buscar o porvir...
Que paz! Que felicidade!
Afeiçoar-me ao dever,
Abraçar a estrada nova
Em forma de alvorecer!
Seguir a frente rogando
Trabalho nobre e sereno,
Guardar-me grato a Jesus
Pelo dom de ser pequeno!...
Anseio meus pais queridos,
Astros de meu coração,
Construir as próprias asas
Da grande libertação!...
Jesus vos guarde e abençoe
Amados Paizinhos meus,
Sois para sempre comigo
Dois anjos do amor de Deus!...

(Uberaba, 21 de julho de 1973)


Esta poesia consta do livro A MORTE É SIMPLES MUDANÇA, que traz as mensagens-poema de meu irmão, psicografadas pelo inesquecível amigo Chico Xavier.


domingo, julho 20, 2008

EDUARDO CARVALHO MONTEIRO


Para que a Memória Espírita não seja esquecida! Um povo sem memória é um povo sem identidade.


É corrente o pensamento acadêmico de que o maior patrimônio de um povo é a sua história. Frisamos o “acadêmico”, por que essa consciência ainda não ultrapassou as fronteiras das Academias, se popularizando e atingindo as massas. Essa visão geral de História pode ser transferida para o movimento espírita que contou com muito poucas Instituições e confrades preocupados em manter uma memória espírita ao longo do século XX. Haja vista a dificuldade de qualquer pesquisador, espírita ou não, em realizar trabalhos que requeiram maior aprofundamento de um assunto, biografia ou história de Instituições. Não encontram facilidades e nem arquivos e bibliotecas especializadas em que possam desenvolver seus projetos.

Visitando ao longo dos anos vários Estados no Brasil percorrendo as bibliotecas e arquivos de entidades centenárias, pudemos observar, com tristeza, o descaso, para não dizer a destruição sistemática e constante de nosso patrimônio histórico e cultural. Dirigentes se imaginam onipotentes ao comandar Entidades tradicionais e têm a vista obscurecida pela sensação de poder, sem imaginar que eles passam, mas as Instituições ficam. Elas são a história, o dirigente apenas parte delas. E lá se vão para as lixeiras o que a ignorância humana julga ser “um amontoado de papéis sem utilidade”, “livros de registro sem a menor importância que só juntam traças”. E com isso perde a Instituição centenária sua história E todos nós, um pouco de nossa cultura. Dois bons exemplos.

Mas nem tudo está escuro à nossa frente. Recentemente tivemos a grata satisfação de ter duas experiências gratificantes. A primeira foi na Fazenda Santa Maria em Sacramento, MG, onde Eurípedes Barsanulfo se converteu ao Espiritismo e desenvolveu sua mediunidade. Pudemos admirar a restauração feita pelos descendentes de Sinhô Mariano e Eurípedes do casarão sede da Fazenda, construído entre 1851 e 1861, onde ainda há o quarto em que Eurípedes se hospedava A outra grata visita que fizemos foi à antiga sede da FEB no centro do Rio com suas escadarias enormes à antiga, pé direito inimaginável para nossos dias, seu salão de conferências confortável, a biblioteca do Wantuil e suas instalações bem cuidadas.

Nossa Cultura no imaginário do brasileiro
O Espiritismo, desde a metade do século XIX quando começou a ser introduzido no Brasil, a princípio entre os membros da Corte Imperial, mas depois se popularizando, tem se caracterizado pela formação de um forte e fiel movimento que tem produzido uma cultura que participa ativamente da vida intelectual do povo brasileiro. Hoje, por exemplo, é raro não se ver no gênero cultural mais apreciado no Brasil, a novela, o pai que volta do Além para instruir o filho, o espírito que vagueia obsediando os vivos, os benfeitores espirituais que orientam os mocinhos na sua vida, as aparições, etc...
Os autores recorrem em profusão a esses recursos em seus roteiros. E por que isso acontece? Naturalmente por que sabem que isso cai no gosto do público, é aceito pela maioria da população. Essa cultura foi produzida pelo Espiritismo e as religiões mediúnicas afro-católicas, fixando-se no imaginário do brasileiro que o aceita com naturalidade. A qualquer pessoa que se pergunte, ela tem ou conhece um caso de aparição ou de fenômeno psíquico.

Essas situações são parte da cultura que o movimento espírita tem sedimentado há 150 anos e por isso deve ser preocupação constante resgatarmos nossa memória para manter essa cultura viva e preservarmos nosso patrimônio. E como já o afirmamos acima, nosso maior patrimônio é nossa história. Nossas crenças, tradições e valores têm que ser passados de geração a geração sem que percamos nossa identidade e o contato com nossas raízes, nossos pioneiros e precursores. Quer queiram ou não, estamos inseridos na formação da cultura brasileira. O Espiritismo codificado pelo francês Allan Kardec chegou ao Brasil no auge da “Belle Époque” e da influência que a cultura e a sociedade francesa exerceram sobre nossa sociedade no século XIX.
Não se limitou a introduzir um novo pensamento religioso, mas muitos de seus profitentes e simpatizantes, movidos pelos princípios e sentimentos que a nova Doutrina trazia, participaram ativamente de acontecimentos marcantes da História do Brasil como a Abolição, a Proclamação da República, a Laicidade do Estado, a Liberdade de Pensamento. Pioneiros do Espiritismo no Rio de Janeiro e outros Estados como Dias da Cruz, Bezerra de Menezes, Quintino Bocaiúva, Batuíra, Anália Franco, Ewerton de Quadros, só para citar alguns, participaram dos acontecimentos sociais e políticos que marcaram profundas mudanças na história de um povo que trocava a fase do colonialismo para o da Independência de sua Nação e da República.

Essa visão global do que representou e representa o Espiritismo na História do Brasil talvez tenha sido percebida por poucos, daí o erro de permanecermos tímidos em nossos trabalhos nas Casas Espíritas, quase anônimos, propugnando por uma humildade que nos leva a nos fecharmos em nossos casulos e tendo por horizonte apenas o trabalho assistencial e espiritual. Mas Espiritismo é muito mais do que isso. Espiritismo é a Doutrina que está preparando homens para a grande revolução pela qual está passando o pensamento religioso da Humanidade. A cada dia que passa, os homens se distanciam da ilógica dos dogmas e se compenetram da imortalidade da alma, da existência de mundos paralelos e da grandiosidade de uma Inteligência Suprema. Esses progressos evolutivos são irreversíveis.

Daí insistirmos na necessidade de preservarmos nossa cultura, de resgatarmos nossa memória, que nos dará condições de analisar nossas tradições e valores no futuro.
Um Centro Cultural do Espiritismo foi fundado em São Paulo um Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa de São Paulo, a Casa dos Espíritas, que deverá reunir num só espaço intensas atividades culturais e de preservação da memória do Espiritismo: Biblioteca de obras raras, Biblioteca circulante, Arquivo Histórico, Centro de Pesquisas, Museu, Museu de Imagem e do Som, Estúdio de Gravação, Centro Multimídia, Auditório e salas para palestras e seminários, etc.
Esse Centro deverá ser um pólo irradiador de cultura e fornecerá know-how para a criação de Centros semelhantes em outras cidades do Brasil.
A proposta principal desse Centro é universalizar o patrimônio cultural espírita e espiritualista, preservar a memória do movimento, colocar à disposição do público espírita e não espírita seu acervo de livros e documentos. Também faz parte de seus objetivos divulgar pela Internet documentos e textos raros do Espiritismo de forma a permitir o acesso de todo o mundo ao conhecimento espírita e manter intercâmbio com outros Centros semelhantes.
Essas iniciativas trazem a esperança de poder resgatar ainda muita coisa que está jogada no fundo das gavetas dos Centros Espíritas, das Bibliotecas públicas e de nossas Instituições centenárias. E mais que isso, incentivar e formar uma geração de historiadores e pesquisadores espíritas. Afinal, o Espiritismo será o grande luzeiro do futuro e merece ser visto com respeito pela sua influência na cultura geral do povo brasileiro e por sua participação na história do País. Como parte desse Projeto, há três anos, está sendo editado o Anuário Histórico Espírita com a missão não só de informar, mas de formar essa nova geração de Historiadores e Pesquisadores, oferecendo espaço para trabalhos afins com seus propósitos para escritores já conhecidos e também novatos. Também já estão se tornando tradicionais os Encontros anuais dos membros da Liga – o deste ano será realizado em novembro, na cidade de Santos. *

O Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa já possui um prédio de quatro pisos em área nobre da cidade de São Paulo para funcionar, num edifício que precisa, porém, de pequenas reformas. Além disso, já conta com uma Biblioteca de 25 mil livros (40% espíritas e espiritualistas, muitas obras raras), preciosa Hemeroteca espírita (jornais e revistas) e milhares de documentos sobre Espiritismo que ainda necessitam ser catalogados.

Texto de Eduardo Carvalho Monteiro, em meados de 2005

* Não aconteceu o Encontro em Santos, pois o Eduardo já estava hospitalizado.

(Eduardo desencarnou no dia 15/12/2005, em São Paulo, aos 55 anos de idade e hoje o Centro de Cultura idealizado por ele, também, um dos fundadores, leva o seu nome, em homenagem póstuma: Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo – Eduardo Carvalho Monteiro)

Que Consolador queremos?

A médium Mônica de Castro psicografa livros de um espírito chamado Leonel.
São livros tem um conteúdo altamente sensual. Relata relações sexuais com minúcioas e traz expressões como: "gemidos de prazer" e "urrando de prazer". Narra também situações de de sexo a três com riqueza de detalhes. Dados obtidos segundo uma participante de uma comunidade espírita da internet. Não adquiri os mesmos para certificar-me e não estou criticando a mesma, apenas informando os leitores amigos a respeito dos livros.

Trechos do livro : Segredos da Alma de MONICA DE CASTRO & LEONEL (ESPIRITO) :

O segredo do perdão é olhar sem julgamento.
O segredo da fé é procurar as provas.
O segredo do carisma é olhar com amor.
O segredo da saúde é a alegria.
O segredo da força é a vontade.
O segredo do amor é a inteligência.
O segredo do destino feliz é ficar no melhor.
O segredo do equilíbrio é buscar o espiritual.
A Vida tem seus segredos, mas para quem está atento fica fácil descobri-los.

Livros de Mônica de Castro, ditados por Lenoel:
Até que a Vida os Separe
Com o Amor Não se Brinca
Giselle - A Amante do Inquisidor
Greta
Lembranças que o Vento Traz
O Preço de ser Diferente
Segredos da Alma
Sentindo na Própria Pele
Uma História de Ontem


Melhores posições desse autor nos rankings

20º lugar no Ranking de autores dos livros de Espiritualidade e Auto-Ajuda
49º lugar no Ranking de autores segundo as pessoas de 31 a 40 anos
61º lugar no Ranking de autores segundo os Catarinenses
65º lugar no Ranking de autores segundo as Mulheres
67º lugar no Ranking de autores segundo os Gaúchos

Com esses dados obtidos no site da Livraria Candeia.com, pode-se perceber que a literatura chamada auto-ajuda de nível digestivo e fundamentada num estilo de CONSOLADOR que certamente não é aquele que nos mostra as causas atuais e remotas de nossas aflições, mas aquele que dá um afago no ego, nos mostra que somos bonzinhos e que está tudo ótimo para conosco na nossa vida espiritual.

Só resta para nós escolher que tipo de CONSOLADOR nós queremos: o que nos alegra sempre, eleva a AUTO- estima e nos dá uma sensação de bem estar muito grande ou aquele de Kardec que nos desperta de nossa letargia espiritual, ensinando-nos que sofremos para nos reajustar, sofremos para recuperar nosso crédito espiritual desperdiçado em muitas vidas de recreação inútil.

Se quisermos a estratégia da euforia é um prato feito.

sábado, julho 19, 2008

Rocha dos Séculos -Lançamento em outubro


CLÓVIS TAVARES

Rocha dos Séculos

VOLUME I

(Palestras na Escola Jesus Cristo )



1. Rocha dos Séculos
2. 50 Anos Depois
3. Tempo e Amor, Quando se Pretende Falar da Vida
4. As Dez Virgens
5. O Semeador










quinta-feira, julho 17, 2008

JOÃO BATISTA, O PRECURSOR


UM NOVO LANÇAMENTO
DE CLOVIS TAVARES


Contendo "A Vida de João Batista" o livro de 1940
reeditado e a palestra


do dia 24 de junho de 1978, dia de São João,
na Escola Jesus Cristo,


sobre João Batista, o Precursor,
que escolhi como novo título do


pequeno grande livro a ser lançado
em outubro, aniversário da


Escola Jesus Cristo.


terça-feira, julho 15, 2008

Um pouco de João Batista


Todos sabem que Clovis Tavares, meu Pai, escreveu um livro chamado "A Vida de João Batista"?
Foi um pequeno opúsculo editado em 1940 pela própria Escola Jesus Cristo com uma pequena tiragem e nunca mais reeditado.
Acontece que eu tenho uma surpresa para todos e pode-se imaginar o que é.
O estudo do legado de João Batista é muito bonito e constrange-nos a estudar mais e a amar mais.

quinta-feira, julho 10, 2008

MENSAGEM DO DR. RÔMULO SOBRE O LIVRO "CÉLIA LUCIUS, SANTA MARINA"

Querido irmão Flávio,

O Senhor abençoe-nos na tarefa da difusão da verdade consoladora!Faço-me o portador das notícias de diversos amigos espirituais vinculados à vida exemplar de Célia Lúcius Alcíone para transmitir a você a nossa justa satisfação com as pesquisas históricas iniciadas por seu pai, Clóvis Tavares, e concluídas agora com o seu esforço de materializá-las na face da Terra.

Meu pai, Arthur Joviano, já mencionara, através de nosso inesquecível Chico Xavier, que todo livro da Espiritualidade Maior que é trazido a lume na crosta terrestre traz para todos nós extremada alegria do coração.No último dia 18 de junho, dia consagrado na vida espiritual à lembrança dos exemplos de renúncia e amor de Célia Lucius, na solenidade inaugural de seu livro na Escola de Jesus Cristo de Campos, Estado do Rio de Janeiro, assim como ontem, na Casa de Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, e hoje, neste Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, em Belo Horizonte, diversas personalidades espirituais ligadas pelo coração à vida da mensageira de Jesus nos acompanham espiritualmente para a festa dos corações.

Aqui estão conosco integrantes da família Lucius, liderados por meu pai, Arthur, na época conhecido como Neio Lúcio. Lésio Munácio, mais conhecido como Batuíra, também lidera pequena caravana de seus familiares, entre os quais está Rolando Ramacciotti. Professor Cícero Pereira é outro amigo liderando uma caravana de servidores desta casa de orações e que, ultimamente, estiveram vinculados à União Espírita Mineira, dentre os quais cito, com alegria, Maria Philomena Aluotto Berutto, José Martins Peralva Sobrinho, Virgílio Pedro de Almeida, Ênnio Santos, Ephigênio Salles Victor, José Joaquim e Paulina Kemper Borges, Henrique Kemper Borges, Camilo Rodrigues Chaves, Bady e Bia Cury, Noraldino de Melo Castro, Raul Hanriot e Ernesto Senra. De Pedro Leopoldo, nossos amigos Lindolpho Ferreira, José Flaviano Machado, Antônio Barbosa Chaves, José Xavier e Lourdes Benício.


Desfilar todos os nomes de quem se congrega às nossas alegrias é tarefa que não completaremos sem prejuízo à realidade espiritual que nos envolve. Mas não poderia deixar de mencionar a sempre presença espiritual de seu pai Clóvis e de seu irmão Carlinhos, em torno de seus passos, Flávio, junto de todos os seus em família, e também junto ao coração de nossos estimados amigos Rubens Carneiro e Nelly.

Os romances de autoria espiritual de Emmanuel foram julgados dignos pela comunidade dos praticantes do Evangelho de Jesus no Mais Além e por esta razão materializaram-se na Terra como um esforço nobre para infundir-nos elementos mais altos da crença. Cabe-nos, por nossa vez, anotar com o devido cuidado os exemplos de Célia, este espírito-guia de nosso caminho evolutivo, verdadeira missionária da fé e da virtude, sob cujo amor todos nós, no passado distante, nos rendemos com todo o concerto de nossas misérias morais.

Simplicidade na fé, cândida esperança, confiança em Deus, resignação incondicional, renúncia extremada, humildade veneranda, fraternidade legítima, esforço nobre de aprendizado, valor efetivo na caridade desinteressada e pura, perdão espontâneo aos ofensores: um verdadeiro roteiro de Cristianismo em ação que o espírito iluminado de Célia Lucius nos legou com o sacrifício da própria vida.

Todas estas recordações de seu glorioso exemplo são para meu espírito, que lhe serviu de genitor por duas ocasiões, mais preponderantes emoções, tendo em vista as dívidas infelizes que inadvertidamente contraí para com a alma estelar de Célia/Alcíone.Nossos amigos aqui presentes, seguidores dos ensinamentos espíritas-cristãos, já conhecem as vidas sucessivas no carreiro das reencarnações, que acabam burilando-nos a alma devedora.

Passam os séculos em multiplicidade de existências, os nomes provisórios caem com os corpos que se sepultam seqüencialmente no tempo e os nossos débitos tenebrosos são resgatados nos serviços regeneradores que a misericórdia, em nome de Deus, nos faculta. Pompílio Crasso, Helvídio Lucius, Godofredo de Bouillon, Ferdinando de Aragão, Ayoud A’Kouri, Cirilo Davenport e Rômulo Joviano são personalidades humanas que já se foram, consumidas na poeira dos tempos com toda a corte de seus erros e acertos na indefectível contabilidade da vida. De todas elas, contudo, como espírito imortal, filho de Deus, restou-me na alma a espiritualidade dos ensinamentos deste anjo de luz, Célia, que refundem em minh’alma o caminho da verdade e da vida que Jesus Cristo nos oferece.

Agradeço a você, Flávio, a oportunidade que nos dá para as rememorações sublimes da vida desta alma de escol. Por meu turno, continuarei na vida espiritual dando seqüência aos nossos compromissos com o Espiritismo, coordenando agora as tarefas da Fundação Emmanuel na vida espiritual, desde o retorno à vida física de nosso inesquecível patrono e benfeitor. Despeço-me com a bênção que vem de Mais Acima, de nossos amados Chico Xavier e Isabel de Aragão, em nome de Célia Lucius.

Com o abraço amigo, de seu servidor reconhecido, receba junto de nossa estimada Hilda, seus irmãos e familiares o meu carinhoso muito obrigado,Rômulo Joviano


(Carta psicografada por Geraldo Lemos Neto e endereçada a Flávio Mussa Tavares, durante o lançamento de Célia Lucius, Santa Marina, na noite de 7 de julho de 2008, no Centro Espírita Luz, Amor e Caridade.)

domingo, julho 06, 2008

UMA CARTA DE PEDRO LEOPOLDO


Pedro Leopoldo, Domingo, 6 de julho de 2008


Meus amigos,

Estou em Pedro Leopoldo , mas o meu coração está na Escola Jesus Cristo, onde está a minha família, onde o meu irmão Celso hoje falará aos corações de todos os que amam o Evangelho de Jesus.

Todavia, estou longe de minha Campos e sei, no íntimo de meu ser que não penso nunca em sair de minha cidade natal.

Ninguém é reconhecido em sua terra natal, disse Jesus, que foi ameaçado de morte ao pregar em Nazaré. Sei que meu Pai não foi reconhecido também entre os seus. Muitos campistas, mesmo espíritas, nunca o escutaram como pregador do Evangelho que foi.

Quem sou eu para perder tempo e pensar se sou ou não reconhecido por alguma coisa? Afinal, de que preciso ser reconhecido? Não sou nada e não represento nada.

Penso que sou um florista. Não sou floricultor, que é aquele que cultiva as flores. Esse é o Paulo Costa Pinto, o floricultor da Escola Jesus Cristo. Eu sou apenas um florista. Recolho as rosas, os lírios, os trevos... reúno-os e ato-lhes, enfeixo-os produzindo os livros que tenho trazido a público.

O livro de Nina Arueira é apenas de Nina Arueira. Poucos entendem isso. Aquele é o mesmo “Terceiro Milênio” o qual adaptei o nome pois o antigo caiu em excessivo domínio, banalizou-se. Qualquer cois hoje é do terceiro milênio. Mas as páginas de Nina Arueira, a socialista cristã que converteu-se ao Espiritismo sem que seu noivo materialista o soubesse, mas que no leito derradeiro, solicitou que abandonasse o ideal de construir na Terra para o ideal de construir na Espiritualidade.

Assim, “Novo Céu e Nova Terra”, que são palavras de Isaías e de João Evangelista, são próprias, perfeitamente próprias ao livro de memórias de Nina Arueira.

O que é de minha autoria nessa antologia da fundadora de nossa Escola Jesus Cristo? A biografia de Nina. “Pequena História da Pequenina” foi o título que dei a esta minibiografia de Nina Arueira. Uma biografia espíria. Nina foi radiografada literariamente por lentes materialistas que não puderam divisar a sua vida sob a ótica reencarnacionista. Ela trouxe Clovis outrora ao Cristianismo. Ela foi a responsável, através de suas penitências, pela conversão de todo um exército ao Evangelho de Jesus e por isso canonizada. O autor do requerimento de sua canonização não foi senão o nosso querido Emmanuel, que também batizou Clovis, com uma emblemática ordem que para sempre ficou impressa na acústica espiritual de Papai.

“Sal da Terra”é um livro de Clóvis Tavares. Neste livro eu apenas redigi as notas de rodapé e fiz alguns poucos e inexpressivos comentários. Os textos são todos de Clovis Tavares, retirados de suas pastas, de seus arquivos, organizados em pastas no seu escritório. Tudo foi perfeitamente guardado por minha Mãe. Hilda Mussa Tavares é uma mulher de fibra, corajosa, fiel e portadora de um patrimônio inigualável.

Mas o livro “Sal da Terra” parece esquecido na Escola Jesus Cristo. O livro, repito, não é meu. É de Clovis Tavares, contém textos que ele memso publicava no jornal Ä Cidade” na sua coluna: “De Jesus Para os que Sofrem”. Esta é a origem do título de seu mais conhecido e divulgado livro.

Em “A Morte é Simples Mudança” tentei comentar as mensagens de meu irmão Carlinhos, com os conceitos que ele mesmo gostaria de ter emitido. Ele dizia em família que queria escrever “A Morte é Simples Mudança” com exemplos de crianças no além-túmulo, seu crescimento, desenvolvimento, futura reencarnação... E o caso de Carlinhos era especial. Ele havia se comunicado mediunicamente antes e depois de uma passagem por esse mundo. Comunicou-se como Lill em 1944, dizendo-se uma criança de Jesus; como Santos Dumont em 1948, pedindo forças a Deus para uma renovação de caminhos. Reencarna em 1956, vive 17 anos incompletos e em 1973, ano mesmo de sua última desencarnação, inicia uma série de poemas íntimos dedicados ao meu Pai ou à minha Mãe, pois eles em ocasiões diferentes visitaram o médium na cidade de Uberaba ou em Peirópolis, Mina Gerais. Foi publicado alhures um livro que desqualifica Santos Dumont, com caluniosas e trevosas insinuações, amalgamando em péssimas construções, malícia, intriga e desrespeito a essa alma querida de nosso coração, a quem estamos ligados por laços indeléveis e que muito me fez sofrer. O livro esgotou a sua edição da Madras e seu editor e prefaciador, o nosso amigo Eduardo Carvalho Monteiro também desencarnou. Solicitei então à direção da Editora que me devolva os direitos de publicação, para que eu remodele o livro, esclarecendo a verdade sobre Santos Dumont, cuja memória foi malbaratada por uma produção mediúnica apócrifa, maldosa e infamente. O nosso amigo Geraldo Lemos Neto promete para breve uma nova edição do mesmo com o sub-título: “Olhai os Pássaros no Céu”.

“Célia Lucius, Santa Marina” é uma homenagem a Clóvis Tavares e a Chico Xavier.
Eu não tenho mérito algum, pois tudo se iniciou com a descoberta de Clovis Tavares, que de modo casual (ou nada casual) percebeu a identidade de Santa Marina , venerada em Veneza, com a protagonista mor do segundo romance de Emmanuel.
O posfácio foi uma surpresa para mim. Geraldo Lemos o incluiu a pedido de nossa querida Wanda Joviano, que encontrou a mensagem de 1941, piscografada em sua casa. É possível que seja de um espírito que viveu em Veneza e foi não apenas devota da Santa Marina, mas a ela devia graças espirituais não reveladas.

Ainda encontram-se no prelo “Ö Retrato Espiritual de Kardec”, cujos capítulos e indicações bibliográficas foram todas de meu Pai, e a mim apenas coube segui-las fielmente e “A Saudade é o Metro do Amor”, onde fiz comentários às seis mensagens de meu Pai, nem todas publicadas e às quais necessitam de um esclarecimento pois são notadamente doutrinárias.

Algumas pessoas me perguntaram sobre o “Rocha dos Séculos” que consta de algumas notas no livro de memórias de Célia Lucius. Trata-se de uma transcrição para linguagem escrita das palestras de Clóvis Tavares, quase todas da década de 80, gravadas pelo nosso caro Rubens Fernandes, que entregou-as a minha Mãe, esperando certamente que a família tomasse a decisão correta de divulgá-las em áudio e na linguagem escrita para proveito geral, fato esse que breve chegará a um termo.

Outros trabalhos estão em processo de gestação mental, alguns deles iniciados, outros alterados, outros tantos idealizados e todos mantidos por uma forte esperança que é a memória do futuro.

sábado, julho 05, 2008

Pedro Leopoldo, Célia Lucius e um novo começo

Meus amigos,
Estou em Pedro Leopoldo onde estarei apresentando em breve o livro de notícias de Célia Lucius, que demonstra que o nnosso querido Chico antecipou em mais de meio século, as pesquisas históricas que apenas agora estão vindo a público: de que a personagem principal do 50 ANOS DEPOIS é histórica.

Na bucólica cidade natal de nosso querido Chico quero transmitir aos pedroleopoldenses algo que todos eles já conhecem de antemão: que seu conterrâneo, o Chico de todos nós, vivia uma a\ultra-realidade supra-sensível que o permitia penetrar numa região adiante do tempo e do espaço.

O que nossos irmãos católcos conceituam como realidade sobrenatural, é justamente nessa realidade que o Chico penetra.

Divisa percepções de ordem espiritual, psicológica, penetra em nossos pensamentos, conhece-nos as fraquezas e apieda-se de todos nós com a misericórdia possível apenas aos grandes espíritos.

Chico Xavier viveu uma vida semelhante a Célia Lucius: nunca se defendeu, nunca guardou mágoa, não permitiu que a ira se desenvolvesse em seu espírito, permaneceu em oração a maior parte de sua existência, tolerou o sarcasmo, a ingratidão, a ironia fina, a inveja, as calúnias...
Fugiu dos olofotes sempre que o objetivo era a glória humana que ele nunca aceitou apra si mesmo. Aceitou o sacrifício e o risco das honrarias humanas sempre que o escopo era a difusão da doutrina espírita no seu formato cristão.

Estou aqui neste sábado, quando não tive oportunidade de me encontrar com os meus amigos anfitriãos dessa charmosa cidade.

Acontece aqui uma semana de homenagens ao querido Chico.

Não me sinto pessoalmente alguém que por direito possa escrever ou de alguma forma honrar a passagem entre nós, deste apóstolo do bem. Entretanto, sou herdeiro de quem que me confere a honra de fazê-lo. Clóvis Tavares, meu Pai, amigo e biógrafo de Chico Xavier compôs os grandes movimentos de uma sinfonia. Ela não está terminada. Não sou maestro, toco "de ouvido", todavia, estou completando alguns movimentos da sinfonia inacabada.

Choro e oro em Pedro Leopoldo, sozinho e pensativo revejo várias passagens da vida de Papai, da vida de Chico Xavier e posso dimensionar a inutilidade quase total da minha existência. Como vive-se para amenidades! Como perde-se o tesouro das horas nas atividades que não constróem para a eternidade!

Estou aqui para apresentar o trabalho sobre Célia Lucius.
Eu não tenho nenhum mérito para tanto, pois tudo se iniciou com a descoberta de Clovis Tavares, que de modo casual (ou nada casual) percebeu a identidade de Santa Marina , venerada em Veneza, com a protagonista mor do segundo romance de Emmanuel.

Célia converteu-se em um ícone do Amor genuíno e Chico Xavier foi seu fiel seguidor.

Chico nos disse que não poderíamos voltar no tempo para recomeçar a apagar os nossos eqívocos inumeráveis e cujas consequências muita vez prosseguem. Todavia, podemos dar início a um novo fim.

Por isso, na tarde triste de Pedro Leopoldo, rogo ao espírito de Célia que me permita dar um novo impulso a minha vida, começar de novo aos 50 e fazer um novo fim, sem mágos, sem sombras, sem malícia, sem ira, sem indolência, sem pusilanimidade, sem tibieza, sem inoperância, diante de tanto que se precisar fazer para que a obra do bem não se perca no caos e na barbárie dos tempos modernos.