Estamos no 1 de maio. Dia do trabalhador! Recordei-me de José, Pai terreno de Jesus! Ele foi um operário! O dia do operário é um dia de lembrança do Pai de Jesus!
Jesus teve um Pai terreno!
José era casado com Maria! Eram uma família constituída legalmente!
A família era comum, semelhante às outras de seu tempo e de seu lugar.
José foi um Pai em todos os sentidos.
Era um Pai juridicamente falando, pois registrou Jesus como filho seu: Yeshua ben Youssef !
Foi um Pai Espiritual, pois aceitou a ordem expressa do Missionário que lhe apareceu em estado de transe sonambúlico.
Foi um Pai davídico, pois transmitiu a Jesus a genes do Rei David, do ponto de vista legal e quiçá físico também, pois Jesus não poderia ser denominado Filho de David através de uma farsa.
Foi um Pai Provedor, pois enquanto Jesus esteve sob a sua guarda e proteção, nutriu, cuidou, protegeu, arriscou-se, sofreu, sacrificou-se...
Foi um Pai Educador, ensinou a cumpri os deveres religiosos, ensinou a profissão!
Foi um Pai carinhoso, pois Jesus que chamou a Deus na oração Abbah, que quer dizer Papai, usou esta expressão pois acostumara-se em casa a chamar José de Abbah, Papai!
A sua primeira grande decisão foi a de aceitar Maria como esposa mesmo sabendo ele que não havia tido nenhum envolvimento conjugal com a mesma. Essa foi a decisão mais grave da vida de José. Para isso ele veio! Reconhece, através de um estado semiconsciente que é o estado sonambúlico, que deveria aceitar conviver com ela e que a criança seria seu filho! Mesmo tencionando abandonar Maria em segredo, o que faria recair sobre ele as pesadas críticas que caem sempre ao pai que abandona a sua geração. Todavia o seu sonho lhe revelou através de um Mensageiro Divino, que deveria aceitar a Maria como esposa. Aceitou, cuidou dela com tanto desvelo que empreendeu com a sua esposa a longa e penosa viagem de Nazaré na Galiléia, para Belém na Judéia.
Apresenta Jesus ao Templo no oitavo dia.
Circuncida Jesus no 40º dia.
Vai anualmente a Jerusalém.
Foi numa dessas viagens, aos doze anos, quando participou da cerimônia do Bar Mitzvah, que o tornava um Filho da Lei, que ele perde-se de seus Pais. Já era adulto, não retornou para casa na caravana das mulheres como era o habitual. Não foi com a caravana do seu pai. Ficara em Jerusalém e após 3 dias seus pais o encontram no Templo, onde respondia a uma sabatina realizada pelos doutores que se admiraram de um jovem conhecer com tal profundidade a Torá. E quando finalmente o encontraram e o admoestaram: "Por que fizeste isso conosco?" ele responde: "Por que me procuráveis? Acaso não sabiam que eu deveria me ocupara dos negócios de meu Pai?"
José também é aquele Pai que leva a sua família para o Exílio, por causa da perseguição implacável de Herodes. A terra do Egito trazia impressões profundamente negativas na alma do povo judeu. Foi lá que o seu povo permaneceu 4 séculos em servidão. Mas José obedeceu novamente às ordens de seu mensageiro espiritual. Deixou o seu ambiente e foi adaptar-se à terra estranha. Estranha na lingua, nos costumes, na comida, na religião, nas relações sociais. Viveu José um período que não se pode avaliar quanto. Como deve ter sofrido a ausência de sua terra! Como dever ter amargado a depressão dos exilados em terra estrangeira!
Recorda-nos Gonçalves Dias em sua Canção do Exílio:
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite
—Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
E José vivia a cada dia almejando retornar à sua terra não para ver as Palmeiras, mas as Oliveiras.
E não para escutar a sabiá, mas o rouxinol !
Jesus foi educado nas Tradições judaicas, aprendeu a profissão de carpinteiro e foi operário como o seu Pai.
José era medium mesmo antes da primeira manifestação aqui relatada, quando do aviso do espírito de luz, quanto à gravidez de Maria. Se ele já não estivesse a conviver com essa dupla realidade e com o fenômeno do sonambulismo, não aceitaria uma coisa tão grave logo na primeira vez.
Outro aspecto importante é o Silêncio de José. Não é um mutismo! Que é o silêncio do que se nega a falar. Não é um absenteísmo, que é o silêncio dos que calam-se para não se comprometer como Pilatos.
É o silêncio do trabalhador! É o silêncio do operário, que usa as mãos e não a boca!
É o silêncio do Pai que apenas olha para o filho e este sabe o que o Pai quer.
É o silêncio dos que têm Vida Interior. É o silêncio de quem ora! É o silêncio de quem espera...
Por último, por ter sido o guardião de Jesus e de Maria e por Ter instituído o primeiro núcleo familiar cristão no planeta, é José o Pai da Igreja Doméstica ou Culto Cristão No Lar.
E é homenageando a José que pedimos que todos fundem em suas casas os cultos cristãos, objetivando equilíbrio espiritual e psíquico para toda a família e quiçá além dela.
2 comentários:
Prezado flávio, parabéns pelo belo trabalho que está apresentado em seu blog. Muito informativo, coerente e esclarecedor.
Espero que não se importe que eu utilize o seu texto em um dos posts do meu blog sobre o mesmo assunto.
Agradeço imensamente.
Muita Paz.
João Batista Sobrinho
bomespirito.blogspot.com
Foi um Pai davídico, pois transmitiu a Jesus a genes do Rei David, do ponto de vista legal e quiçá físico também, pois Jesus não poderia ser denominado Filho de David através de uma farsa.
...
houve uma contradição com a afirmação acima e com o parágrafo seguinte, onde vc diz que José não foi o pai biológico
Gueber
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