quinta-feira, janeiro 26, 2006

A EXPERIÊNCIA DE UM PADRE MÉDIUM


Fátima Farias

Padre Miguel Fernandes, que comanda as paróquias de Santa Filomena e Santa Edwirges, no Distrito Federal, deve dar uma grande "dor de cabeça" à Igreja. Há dezoito anos, ele recebeu o espírito do Frei Fabiano de Cristo e desde então assumiu sua mediunidade (intercâmbio espiritual), desenvolvendo trabalhos filantrópicos e espirituais, sob a orientação do Frei, sobretudo voltados a leprosos e crianças.
Sem papas na língua, ele fala o que vem à tona, critica certos dogmas da Igreja, a exemplo do celibato, defende o ecumenismo e que a Igreja se aproxime mais do seu rebanho. Alerta que a humanidade precisa descobrir o amor de Deus e somente quando isso acontecer é que vai melhorar. Aos 60 anos, mas um problema de coluna o faz andar envergado, apesar de apressado, cuja postura se assemelha com o Frei Damião.
Denomina-se como um padre espiritualista. Todos os sábados à tarde, ele recebe o espírito do Frei Fabiano de Cristo em sua Igreja e atende às pessoas que buscam ajuda espiritual, aplica passes (estender das mãos sobre a cabeça para emitir fluídos magnéticos), justificando que estes são bênçãos. Garante que fruto deste trabalho de ajuda do intercâmbio com o Além, milhares de pessoas melhoraram de vida depois da bênção do Frei Fabiano de Cristo, exemplificando reconciliação de casais, conversão de pessoas que haviam se afastado da Igreja.
Além da mediunidade, Padre Médium disse que já constatou verdades sobre a existência da reencarnação. “Já identifiquei algumas pessoas, com quem convivi em vidas passadas. As almas estas estão prontas desde o início do mundo. São milhares que vão lá (no Além) vem cá e retornam quantas vezes for preciso para evoluir, garante.
Quanto ao ecumenismo, padre Miguel acha que as religiões têm que se unir, para que haja mais amor, mais fraternidade e acabar este puritanismo, sectarismo e proselitismo que imperam. Questionei como seria esta união se cada qual quer defender, com unhas e dentes, suas teorias? "Não precisa buscar ninguém de lá para cá, mas promover união numa conferência, num diálogo. Isso não significa eu ser padre e viver dentro de um terreiro de umbanda, centro espírita ou igreja protestante, mas posso ser amigo do pastor, do pai-de-santo, de um espírita, numa convivência amistosa", respondeu.
Perguntei-lhe ainda qual seria o caminho para aproximar-se de Deus. Ele disse que os ensinamentos de Jesus Cristo é tudo neste processo. "Usar fraternidade com o irmão. Fraternidade, caridade, bondade, mansidão, carinho, amor para com o sofredor. Em pleno século XXI, estão falando em guerra pela inexistência de tudo isso que falei"
E sua mensagem final: “Que todos sejam fiéis a Jesus Cristo e ao evangelho e não sejam fariseus”.
O Norte - 09 de fevereiro de 2003

terça-feira, janeiro 17, 2006

A FELICIDADE

Em "O Livro dos Espíritos " , na questão 922 há uma assertiva de Kardec exposta nos seguintes termos: « A Felicidade terrestre é relativa a posição de cada um. O que basta para a felicidade de um, constitui a desgraça de outro. »

Partindo dessa premissa o codificador pergunta se existe um cálculo da Felicidade.
Voltando a premissa de Kardec, analisei numa classe espírita na Escola Jesus Cristo, em Campos-RJ, algumas possibilidades do exposto pelo codificador. A princípio alguns consideraram um exagero que algo pudesse significar para uns a felicidade e para outros uma desgraça. Considerei com eles que o objeto de desejo é uma variável infinita. Se estamos em uma condição social desprivilegiada, nosso objetos de desejo tendem a ser bem mais modestos que àqueles da alta burguesia. Diante do objeto pode-se então existir três momentos psicológicos: o da ansiedade por conquistá-o, o da ira para protegê-lo e o da melancolia por não alcançá-lo.
A resposta do espírito a esta questão originou um interessante artigo de Orson Peter Carrara, publicado na Revista Internacional de Espiritismo de janeiro de 2006. Ele converteu a resposta em uma equação matemática.

Eis a resposta de O Livro dos Espíritos: « Com relação a vida material, é a posse do necessário. Com relação à vida espiritual, a consciência tranquila e a fé no futuro.»
Carrara assim formulou a resposta: F= PN + CT+ FF. Onde F é Felicidade, PN é Posse do Necessário, CT é Consciência Tranquila e FF é fé no futuro.

Apenas sugerimos ao confrade Carrara que Felicidade (F) seja modificada para Felicidade Relativa (FR) uma vez que é variável enorme. Assim a fórmula modificada seria: FR = PN + CT+FF.

A PN é relativizada segundo a nossa ansiedade frente ao objeto de desejo. Quanto mais ansiarmos por algo, mais seremos dependentes emocionais da posse deste para nos sentirmos em paz.

A CT está também na dependência do quanto conhecemos acerca de nós mesmos, uma vez que consciência é um resultado de nossa atitude reflexiva de pensamento e de ação. Há consciências que adormecem e que são incapazes de acender a luzinha vermelha, denotando o perigo que a nossa alma corre, nas estradas da vida. Há consciências cauterizadas pela insensibilidade e pela revolta. E há a consciência alerta que nos faz sofrer sempre que nos dessintonizamos com o nosso padrão. Somente os que possuem a consciência desperta é que podem se autoavaliar acerva de ela estar tranquila, em paz, serena.

A FF diz respeito a certeza do caminho. Temos um mapa que vem nos mostrando o quanto é acertado. Não será justo, como nos diz Clovis Tavares, em De Jesus para os que Sofrem, ter certeza do restante das informações do mesmo? Fé é uma certeza antecipada. E se podemos mensurá-la com a nossa racionalidade, como o fez o centurião com Jesus, então temos todas as condições de sermos felizes. O militar romano, com a Consciência Desperta de que não podia recebero Senhor em sua casa, utilizou a sua racionalidade , comparando Jesus a um militar do plano do Espírito e buscando o objeto altruista, que era a saúde de seu servo, teve a certeza antecipada de que Jesus o curaria à distância, assim como se ele desse uma ordem para ser cumprida, na Capadócia ou na Espanha distante, tinha certeza de que seus subordinados cumpririam.

Portanto Felicidade é um cálculo racional e razoável que podemos empreender em nossas vidas utilizando-a de modo prático e convincente.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Dimas, palestra de André Marinho em 15 de janeiro de 2006

15 de janeiro de 2006
Palestra de nosso amigo André Marinho, do Rio de Janeiro, do Centro Rita de Cássia, que realiza importante trabalho assistencial na Rocinha, em nossa Escola Jesus Cristo.

O nosso querido amigo esteve neste domingo em visita à nossa casa e apresentou-nos o
tema do chamado "Bom Ladrão" , cognominado Dimas.

Contou ao início que o Evangelho Copta Apócrifo fala de uma tradição de que na fuga para o Egito, quando da peseguição de Herodes, a família santa foi abordada por salteadores do deserto. O chefe deles ao fitar os olhos do menino, maravilhou-se. Deseistindo da idéia de assaltá-los pediu para segurar o menino e ante a hesitação de Maria, ele lhe tomou o menino e escutou uma voz interior que disse: "Ainda hoje estarás comigo no Paraíso."

Trasportamo-nos agora para a cena da crucificação. Lá estava Jesus entre dois criminosos, que segundo a tradição romana, poderiam ser escravos ou perseguidos políticos, revolucionários, perigosos para o Império. Jesus fopi entregue às autoridades romanas na qualidade de perigoso revolucionário que agia contra César. Os dois outros companheiros de Jesus de infortúnio extremo, não se sabe, mas ajuiza-se se não seriam do partido zelota, revolucionários, que praticaram no intuito de angariar fundos para a sua causa, alguns furtos e até mesmo assassinatos.

Um dos dois, presos à cruz, revolta-se para Jesus e exige aos gritos que se salve e eles dois também.
O outro, o Dimas, repreende-o e dirigindo-se a Jesus, pede apenas para que o Senhor não se esquça deles quando entrasse em seu Reino de Glória.

Jesus esntão, segundo alguns exegetas, repete as palavras ditas Há cerca de 30 anos antes:

"Hoje mesmo, estarás comigo no Paraíso"

Promete então o Cristo para o revolucionário coerente a oportunidade de resgate, pois Paraíso é lugar de trabalho, é jardim, é local de semeadura, de trabalho árduo e de ceifa.

Tornou-se assim, Dimas, a última adesão ao Evangelho em vida de Jesus.
E conta-nos Humberto de Campos em sua Boa Nova, que Jesus ainda encotrou forças para comentar com Tomé, que escutou as palavras no íntimo de sua consciência: "Vês Tomé, só encontrei a compreensão na hora extrema de um ladrão!"


Brindou-nos o André com uma palestra bela e rica de dados históricos, geográficos, notas de sabedoria espiritual e outras belezas da espiritualidade e de sua relação com a codificação kardeciana.

Repetimos então, com Pedro, no Tabor: Senhor bom é estarmos aqui!

sexta-feira, janeiro 06, 2006

O novo MEDIUNIDADE DOS SANTOS, da Ediouro

Caros irmãos,
É com muita honra e emoção que comunico a Nova Edição do excepcional MEDIUNIDADE DOS SANTOS, de meu Pai, Clóvis Tavares em nova roupagem editorial, pela Ediouro, à venda nas melhores livrarias do Brasil e pela Internet em todos os sites de venda de livros como Submarino, Saraiva e Siciliano.
Agradeço a colaboração dos amigos MARCEL SOUTO MAIOR, que aduziu comentários que enriquecerm o texto e ao PEDRO ALMEIDA, incansável editor.
A todos o meu mais sincero agradecimento e ao meu Pai o louvor maior.
Flávio Mussa Tavares