terça-feira, outubro 27, 2009

Mais um aniversário da Escola Jesus Cristo

Celebramos espiritualmente mais um aniversário da setentenária Escola Jesus Cristo: 74 anos de luz nas nossas almas. É um privilégio pertencer a ela. Disse meu Pai, na sua primeira psicogrtafia pelo nosso querido Chico:
"A Escola Jesus Cristo é uma bandeira que nos honra a existência, aí no plano físico e no plano espiritual [...]"

A cerimônia foi simples. Falamos Rubinho, Celsinho e eu. E Clóvis Tavares foi lembrado por todos. Tivemos uma mesa formada por nós três, mais D. Wanda Joviano , filha do Dr. Rômulo Joviano, amigo de Clóvis e de Chico; D. Déa Medeiros, viúva de nosso querido Medeiros, diretor da Escola Jesus Cristo e do Lar dos Meninos, junto com meu Pai e a grata surpresa de termos a presença de Sr. Francisco de Paula, sobrinho em primeiro grau de Virgílio de Paula, o primeiro presidente da Escola Jesus Cristo.

A noite foi então memorável e após as palestras e a apresentação do Coral Virgílio de Paula, Wanda me confidenciou que Clovis Tavares esteve presente.

É importante anotar duas carinhosas manifestações que recebemos pela internet e que nos trouxeram muita alegria espiritual: André Marinho e Geraldo Lemos Neto.

"Caros D. Hilda, Margarida, Flávio, Luís e Celso, apesar de nesse fim de outubro não ter ido à Campos não me esqueci da data especial de aniversário da Escola Jesus Cristo e, cá do Rio, estou com vocês nas vibrações de todas as partes que emanam para essa laboriosa e histórica instituição cristã. Meu pensamento, nesses dias, está em Clóvis, em Nina, em Margarida Maria, em Chico e em tantos os benfeitores que fazem parte viva da Escola construída na Rocha da terra e do céu. Deus abençõe muito a vocês, os trabalhadores operantes que lutam, dia após dia, para cada vez mais a construir uma Escola mais e mais cristã.
Com carinho, André Marinho."


"Recebam os amigos da família Tavares, de nossa estimada Campos dos Goytacazes,
os meus abraços de parabéns pela data de hoje, que nos relembra a fundação da
Escola Jesus Cristo por Clóvis Tavares, naturalmente inspirado pelas forças mais
altas que nos governam os destinos para a Verdade Consoladora em nome de
Jesus !
Afetuosamente,
Geraldinho Lemos"



Jesus possa abençoar a todos!



segunda-feira, outubro 12, 2009

ORAÇÃO PELA CRIANÇA de Clóvis Tavares

Clóvis e uma criança da Casa da Criança, orfanato da Escola Jesus Cristo.

No dia 12 de outubro de 1942, fez o meu Pai, Clóvis Tavares, uma Oração pela Criança, na Rádio Cultura, em Campos-RJ, celebrando com uma oração àqueles que, no seu entender, eram o maior motivo da existência da Escola Jesus Cristo:


ORAÇÃO PELA CRIANÇA

Clóvis Tavares


Deixai vir a mim as criancinhas. [Lc.18:16]

Ó Amado Jesus! São passados quase dois mil anos de Tua gloriosa presença na Terra e Tua lição bendita de Verdade e Justiça, de Graça e de Amor, ainda espera abrigo no coração tempestuoso do mundo!
Vê! Meiguíssimo Jesus, como vive Teu grande rebanho nas desconexões da hora que passa necessitado de Tua Pessoa e de Teu Evangelho, que sofrem mais uma vez o insulto coleante das forças do mal!
Sentimos o calor de Tuas lágrimas, das lágrimas de profunda angústia, que tombam de Teus olhos divinos e descem do céu à terra.
Sentimos o pulsar de Teu coração gemente, transformado em pira de dor!Tudo isso mestre, se reflete em nós apesar de nossa vacuidade espiritual.
Sofremos Senhor, mas de pé Te afirmamos que não estamos esquecidos de Teu ensino de coragem e de confiança! Tu pediste:"Tende bom ânimo!" E às mulheres que Te choraram no caminho do Calvário, exortaste: "Não choreis por mim." Reconhecemos-Te por isso Jesus, como um Mestre de Amor e de Energia; de Ternura e de Varonilidade.
E entre os escombros desta civilização em mudança, nós contemplamos, ó Divino Rei, com o coração cheio de Tua sagrada Alegria, a infância, que desponta para as Tuas maravilhosas construções do futuro!
Miramos, Senhor, fixando esperanças, as criancinhas que se nos apresentam, sem paradoxo, o divino material humano que Tuas mãos dominicais transformarão em estrelas do terceiro milênio, nos verdadeiros super-homens da próxima civilização, em que o Teu Evangelho será a suprema Lei, em que o Teu Exemplo será o único dogma, em que Tu mesmo Jesus, serás o Pastor, o timoneiro, o Mestre, o Rei bendito de todas as criaturas!
Como sabes, Senhor, estamos comemorando a Semana da criança, entre as nossas lágrimas e a coragem que nos inspiras. Estamos a dedicar estes dias, Jesus, num singelo Hosana, aos Teus pequeninos, que são a Tua e a nossa esperança.
Lembramo-nos de Ti, Senhor! Num estado de inefável nostalgia, imaginamos-Te entre as criancinhas da Galiléia primaveril, abençoando-as com os Teus sorrisos divinos, embalando-as com os Teus braços carinhosos e envolventes. Muitas vezes, Tuas mãos sacratíssimas pousaram sobre as suas cabecinhas para a devolução amorosa da saúde suplicada. Muitas vezes, Senhor, Teu coração, no ritmo de tua inquebrantável bondade, restituiu os bens do corpo e do espírito, aos lares tristes, onde mães desventuradas te esperavam ansiosas, como Inconfundível Amigo e Salvador Divino!
Estamos na Semana da Criança, Senhor! Nós Te reconhecemos, Amantíssimo Jesus, de alma e coração, o Melhor e Maior Amigo das crianças!
Nem todos os pequeninos da Terra, nem todos os pais, nem todas as mães ainda Te conhecem, Mestre! Mas, abençoa-os a todos, Jesus!
Tu tens enviado ao Mundo, em todos os séculos da história terrestre, grandes amigos para as criancinhas. Comenius e Pestalozzi, Rousseau e Fröebel, Cigneus e Montessori, são dádivas de Teu Amor, que continua a permanece, trabalhando na divina harmonia do silêncio.
Agradecemos-te Jesus! Nossas esperanças tranquilas e caladas polarizam-se em Ti e dilatam translucidamente, até os corações de tuas bem amadas ovelhinhas. Cremos sintetizar os nossos sentimentos nestas humildes palavras.
Pedimos-Te ó Rei Divino, aqui como em toda parte, agora, como sempre, e hoje, mais do que nunca, que nos abençoais!
Contemplando a grandeza de Teu Reino, nós também nos reconhecemos crianças que ainda não te entenderam perfeitamente. Apieda-Te de nós! Somo pequeninos ainda perante Tua majestade! Abençoa-nos e guia-nos, Senhor!
Nós reafirmamos humildemente, ante o Teu coração, o nosso bom desejo de trabalhar em favor dos pequeninos que amaste e amas sempre! Mas, mesmo assim, recordando um pedido de Teus apóstolos, nós Te rogamos: Acrestenta-no Amor!
E suplicando para todo o Teu rebanho humano, as Tuas bênçãos de piedade e de luz, dizemos-Te Senhor, que fazemos nosso, o credo virginal de Auta de Souza, Tua santa poetiza do Evangelho:

Tudo que é puro, santo e resplendente,
Neste mundo cruel de desenganos,
Toda a ventura dos primeiros anos
Num'alma que desbrocha sorridente
[“desbrocha”: em função da métrica]

Tudo que ainda vemos de potente
Na vastidão sem fim, dos oceanos,
E da Terra, nos prantos soberanos
Trazido pela aurora refulgente;

Tudo o que desce do Infinito ousado:
O sol, a brisa, o orvalho prateado,
A luz do bem, do amor, das esperanças;

Tudo afinal, que vem do Céu dourado
A despertar o coração magoado,
-Deus encerrou nos olhos das crianças!

Inserida no livro SAL DA TERRA, de Clóvis Tavares, no momento esgotado, mas que será reeditado em breve.

sábado, outubro 10, 2009

Clóvis Tavares fala sobre o respeito à celebração do Dia de Finados



“Lembro-me de uma passagem de uma mensagem íntima- e por isso não foi publicada- do nosso querido Néio Lúcius. Numa ocasião em que eu tive a felicidade de descobrir uma livraria pobre do Rio, o chamado sebo, uma pequena biografia de Santa Mariña. Dei a Chico Xavier a pequena biografia e aos familiares de Célia Lucius reencarnados na época neste mundo.




Nesta pequena biografia se dizia o dia consagrado a Célia pela população católica Italiana, especialmente de Veneza, onde estão seus restos mortais. Suas relíquias foram trazidas pelo mesmo Helvídio Lúcius, numa reencarnação posterior, na idade média, em que ele, como cruzado foi a Alexandria. Lá encontrou grande veneração à uma certa Santa Mariña. Encantou-se ele também com as tradições sobre ela e resolveu trazer para sua terra os ossos que em séculos anteriores, foram de sua própria filha.




A descoberta no sebo do Rio foi interessante e agradou a todos, inclusive a mim, que fui instrumento desta benção. Entretanto, Néio Lucius, avô de Célia, disse que a data era bem certa. E era justo que nós comemorássemos o dia 18 de junho, Dia de Célia. Nós espíritas, que recebemos a benção do livro 50 Anos Depois, por que no plano espiritual, nas esferas de luz, eles também comemoram o dia de Célia.




E não apenas o Dia de Célia, mas celebram também com festividades mais intimas mais familiares, até mesmo cada nova edição na terra, do livro 50 Anos Depois.




Desse modo, o dedicar-se dias especiais a determinados eventos que falam ao coração em nada é estranho e nem significa ritual algum. É só e somente só, uma festa do coração. E mais ainda para surpresa nossa estas festividades, esses dias consagrados, para usar a expressão de Néio Lucius, dias consagrados à memória dos nossos queridos que estão no mais além, se ligam, muitas vezes, a fatos históricos.




Fatos que nós jamais imaginaríamos que possam estar intimamente conectados. Por exemplo, Néio Lúcio diz na mensagem, que de tanto ler e tamanha a curiosidade que me causou, eu gravei as palavras. Diz ele que o dia 18 de junho, em que todos nós na terra e todos do além, lembramos a neta querida, a sua neta querida, a nossa querida Célia, este dia está de alguma forma relacionado à derrota de Napoleão Bonaparte na planície de Waterloo, em 1805.
Há um elemento de ligação entre a história de Célia e este fato histórico. Ele não quis contar qual era a conexão e nós, naturalmente, não perguntamos. Entretanto, a queda de Napoleão Bonaparte, a queda do império Napoleônico, o fim daquelas guerras terríveis da expansão napoleônica, estão ligadas a história de Célia Lúcius.




Estes fatos que nós aceitamos e recebemos dos nossos antepassados, são louváveis.




No Além, há não só o exemplo de Jesus, respeitando as datas sagradas das festas judaicas o Rosh Hashaná, o Yom Kipur, a dos pães ásimos, a dos Tabernáculos, as festas das luzes. E, sobretudo a Páscoa.




Essa Páscoa, tão respeitada, que São Paulo diz que Jesus se tornou a nossa Páscoa.




Páscoa quer dizer passagem, que era a festa que recordava para os judeus a passagem pelo Mar Vermelho no tempo de Moisés.




Jesus respeitou estas datas.




Eu particularmente, não sei se todos concordam com isso, sei que algumas pessoas não concordam, mas eu respeito porque não faz mal nenhum fazer uma festa de amor, de bondade, de carinho e de saudade, dentro do coração, para aqueles que já partiram.




Hoje, portanto, para nós, como Kardec fazia segundo o costume francês, no dia de todos os Santos.”




Clóvis Tavares, 01-11-1981

sábado, outubro 03, 2009

Singela homenagem a Allan Kardec


"O período científico parece, hoje, se enfraquecer, e, depois dos progressos imensos que viuse cumprirem, não seria impossível que o novo período, que deve suceder-lhe, fosse consagrado, pelo Criador, às iniciações de ordem psicológica. Na imutável lei de perfectibilidade que colocou para os humanos, que pode fazer depois de havê-los iniciado nas leis físicas do movimento, e lhes haver revelado os motores com os quais muda a face do globo? O homem tem sondado as profundezas mais recuadas do espaço; a marcha dos astros e o movimento geral do Universo nada têm mais de segredo para ele; lê nas camadas geológicas a história da formação do globo; a luz, à sua vontade, se transforma em imagens duradouras; domina o raio; com o vapor e a eletricidade suprime as distâncias, e o pensamento vence o espaço com a rapidez do relâmpago. Chegado a esse ponto culminante,do qual a história da Humanidade não oferece nenhum exemplo, qualquer que tenha podido ser o grau do seu avanço nos séculos recuados, parece-me racional pensar que a ordem psicológica lhe abre uma nova pista no caminho do progresso. É, pelo menos, o que se poderia deduzir dos fatos que se produzem em nossos dias e se repetem por toda parte. Esperemos, pois, que o momento se aproxime, se ainda não chegou, no qual o Todo- Poderoso vai nos iniciar em novas, grandes e sublimes verdades. Cabe a nós compreendê-lo e secundá-lo na obra da regeneração."Allan Kardec. Revista Espírita. Jornal de Estudos Psicológicos, Abril, 1858, volume 4.

Este texto da Revue Spirite, de abril de 1858, retrata a evolução do pensamento positivista na europa do século XIX, quando, pensavam eles, teriam atingido o apogeu da civilização tecnológica. Assim pode conseiderar Allan Kardec, pois até então nunca se vira tamanho poder do homem sobre os elementos da natureza.
Considera assim, Kardec, que são chegados os tempos da Psicologia iniciar o seu trabalho de consolidação da personalidade humana. O subtítulo da Revista Espírita foi desde o primeiro número em janeiro de 1858: “Jornal de Estudos Psicológicos”. Nesta época, Freud tinha apenas dois anos de idade e Allan Kardec já admitia que o conteúdo inconsciente poderia ser causa de nossas aflições. Senão vejamos o capítulo 5 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no sub-tema: “Causas atuais das aflições”:


Este texto é parte de um capítulo de O RETRATO ESPIRITUAL DE KARDEC, de Clóvis Tavares/Flávio Mussa Tavares a ser lançado em breve pela VINHA DE LUZ.


É a nossa pálida homenagem ao anbiversário de 205 anos do Codificador.