domingo, junho 27, 2010

Notícia sobre a Escola Jesus Cristo no Portal da FEB

Está no Portal da FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA registrada a visita de seu vice-presidente, Antônio César Perri de Carvalho à Escola Jesus Cristo.

domingo, junho 20, 2010

CÉSAR PERRI EM CAMPOS

César Perri e Roberto Versiani na Escola Jesus Cristo
Perri em sua bela apresentação em homenagem ao centenário de Chico Xavier

CÉSAR PERRI NA ESCOLA JESUS CRISTO




Esteve em Campos na manhã de 20 de junho, domingo o Vice Presidente da FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA, o Dr. Antônio César Perri de Carvalho, acompanhado do seu acessor Roberto Versiani Dutra, ambos de Brasília.


O motivo da visita foi a divulgação da homenagem que a FEB está fazendo a Chico Xavier no ano de seu centenário.


Durante a bela apresentação, ele citou duas mensagens de Emmanuel, caidas no esquecimento, aqui reproduzidas:



Em nome do Evangelho


“Para que todos sejam um” – Jesus. (João, 17:22)


Reunindo-se aos discípulos, empreendeu Jesus a renovação do mundo. Congregando-se com cegos e paralíticos, restituiu-lhes a visão e o movimento. Misturando-se com a turba extenuada, multiplicou os pães para que lhe não faltasse alimento. Ombreando-se com os pobres e os simples, ensinou-lhes as bem-aventuranças celestes.Banqueteando-se com pecadores confessos, ensinou-lhes o retorno ao caminho de elevação. Partilhando a fraternidade do cenáculo, prepara companheiros na direção dos testemunhos de fé viva.

Compelido a oferecer-se em espetáculo na cruz, junto à multidão, despede-se da massa, abençoando e amando, perdoando e servindo.Compreendendo a responsabilidade da grande assembléia de colaboradores do espiritismo brasileiro, formulamos votos ardentes para que orientem no Evangelho quaisquer princípios de unificação, em torno dos quais entrelaçam esperanças.
Cremos que a experiência científica e a discussão filosófica representam preparação e adubo no campo doutrinário, porque a semente viva do progresso real, com o aperfeiçoamento do homem interior, permanece nos alicerces divinos da Nova Revelação.
Cultivar o espiritismo, sem esforço espiritualizante, é trocar notícias entre dois planos diferentes, sem significado substancial na redenção humana.Lidar com assuntos do céu, sem vasos adequados à recepção da essência celestial, é ameaçar a obra salvacionista.
Aceitar a verdade, sem o desejo de irradiá-la, através do propósito individual de serviço aos semelhantes, é vaguear sem rumo.
O laboratório é respeitável.
A academia é nobre.
O templo é santo.
A ciência convence.
A filosofia estuda.
A fé converte o homem ao Bem Infinito.
Cérebro rico, sem diretrizes santificantes pode conduzir à discórdia.
Verbo primoroso, sem fundamentos de sublimação, não alivia, nem salva.
Sentimento educado e iluminado, contudo, melhora sempre.
Reunidos, assim, em grande conclave de fraternidade, que os irmãos do Brasil se compenetrem, cada vez mais, do espírito de serviço e renunciação, de solidariedade e bondade pura que Jesus nos legou.O mundo conturbado pede, efetivamente, ação transformadora.
Conscientes, porém, de que se faz impraticável a redenção do Todo, sem o burilamento das partes, unamo-nos no mesmo roteiro de amor, trabalho, auxílio, educação, solidariedade, valor e sacrifício que caracterizou a atitude do Cristo em comunhão com os homens, servindo e esperando o futuro, em seu exemplo de abnegação, para que todos sejamos um, em sintonia sublime com os desígnios do Supremo Senhor.
Emmanuel
(Mensagem recebida em 14 de setembro de 1948, pelo médium Francisco Cândido Xavier, em Pedro Leopoldo, Minas, destinada aos irmãos do Primeiro Congresso Nacional Espírita em São Paulo.)
Anais do I Congresso Brasileiro de Unificação, realizado em São Paulo (SP), no período de 31 de outubro a 5 de novembro de 1948, p. 39-41.


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Mensagem Destinada à Caravana da Fraternidade

Meus amigos, muita paz.


Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos. Por se guardarem leais em torno d’Ele, unidos, não só nas plataformas verbalísticas, mas também na fraternidade real e no espírito de sacrifício, os cristãos da epopéia evangélica inicial, sofreram, lutaram e amaram, durante trezentos anos, esperando a renovação do mundo. Hoje, o espetáculo é diferente. Não mais tronos de tirania na governança dos povos, e não mais os circos de lama e sangue, exigindo a renúncia extrema nas angústias da sombra e da morte, mas, prevalecem dentro de nós, as forças escuras da perturbação e da desordem, reclamando o exercício de toda a nossa capacidade de trabalho restaurador do mundo de nós mesmos. Há uma terra diferente, aguardando-nos os corações e as mãos na restauração da Vida.

E o Espiritismo Cristão, pelos espiritistas, é a Luz que deve resplandecer para os tempos novos.

Daí, o imperativo de nossa unificação nos alicerces do serviço. Claro que a sintonia absoluta de todas as interpretações doutrinárias num foco único de visão e realização, é impraticável e, por agora, impossível. Cada criatura contempla a natureza e o horizonte do ângulo em que se coloca. O semeador do vale não verá o mesmo jogo de luz no Céu, suscetível de ser identificado pelo observador do firmamento situado no monte.

Que os trabalhadores do bem sejam honrados na posição digna em que se colocam. O jovem é irmão do mais velho, e aquele que ampara o alienado, é companheiro do missionário que escreve um texto consolador. A Doutrina Redentora dos Espíritos é um edifício divino na Terra, e o servidor que traça paisagem simbólica e sublime no altar mais íntimo desse domicílio sagrado de fé, não pode ironizar o cooperador que empunha a picareta, nas bases da casa para sustentar-lhe a higiene, a segurança e a beleza, muitas vezes, com suor e lágrimas.

Cultuemos, acima de tudo, a solidariedade legítima. Nossa união portanto, há de começar na luz da boa vontade.

Guardemos boa vontade uns para com outros, aprendendo e servindo com o senhor, e felicitando aos companheiros que se confiaram à tarefa sublime da confraternização, usando o próprio esforço.

Rogo ao Divino Mestre nos fortaleça e ajude a todos nós.

EMMANUEL.

(Mensagem recebida em Pedro Leopoldo, em sessão no Centro Espírita Luís Gonzaga em 11 de dezembro de 1950, por intermédio de Francisco Cândido Xavier, e destinadas aos Caravaneiros presentes.)

60 ANOS DO PACTO ÁUREO

60 Anos do Pacto Áureo

Antonio Cesar Perri de CarvalhoNo dia 5 de outubro de 1949, foi assinado o “Pacto Áureo” na então sede da Federação Espírita Brasileira, no Rio de Janeiro. Este foi assim designado por representar a oportunidade de ouro para se promover a união e estimular o intercâmbio entre os espíritas.A origem é muito interessante. Há relação com os ideais de unificação que foram potencializados com a realização do Congresso Brasileiro de Unificação Espírita, no ano de 1948, em São Paulo. Este evento mereceu uma mensagem psicográfica de Francisco Cândido Xavier, assinada por Emmanuel, intitulada “Em Nome do Evangelho”, inspirando-se em Jesus: “Para que todos sejam um” (João, 17: 22), onde o Autor Espiritual conclama: “Reunidos, assim, em grande conclave de fraternidade, que os irmãos do Brasil, se compenetrem, cada vez mais, do espírito de serviço e renunciação, de solidariedade e bondade pura que Jesus nos legou”1.Nos primeiros dias de outubro de 1949, várias lideranças espíritas estavam participando de um Congresso Espírita Panamericano, na cidade do Rio de Janeiro. Carlos Jordão da Silva, um dos integrantes da delegação da USE-SP e depois seu presidente, relata que numa das noites do congresso, após as exaustivas reuniões todos tinham se recolhido em seus hotéis. Mas, ele resolveu tomar um pouco de ar e se dirigiu para uma praça próxima ao hotel: “[...] para surpresa nossa todas as delegações foram chegando ao mesmo local, como que convocados por forças invisíveis. Achamos graça por ter o Plano Espiritual nos reunido daquela forma e àquela hora da madrugada e ali mesmo marcamos uma reunião para as 8 horas da manhã, no Hotel Serrador, onde estávamos hospedado eu e minha senhora e, realizada tal reunião, incumbiu-se Artur Lins de Vasconcellos a tarefa de aproximar-se da FEB para promover o encontro”. O encontro em que se firmou o “Pacto Áureo” foi conhecido como a “Grande Conferência Espírita” e realizou-se na sede da Federação Espírita Brasileira, no dia 5 de outubro de 1949. A reunião foi dirigida pelo presidente da FEB Antônio Wantuil de Freitas, com a participação de representantes de Federações e Uniões de âmbito estadual: Federação Espírita Catarinense, Federação Espírita do Paraná, Federação Espírita do Rio Grande do Sul, União Espírita Mineira, União Social Espírita de São Paulo (USE), e também da Liga Espírita do Brasil e da Comissão Executiva do Congresso Brasileiro de Unificação Espírita. Da Ata de 18 itens, destacamos o item 2: “A FEB criará um Conselho Federativo Nacional, permanente, com a finalidade de executar, desenvolver e ampliar os planos da sua atual Organização Federativa”3. Assinaram o Acordo, o presidente da FEB Antônio Wantuil de Freitas e os representantes da USE-SP, Liga Espírita do Brasil, Comissão Executiva do Congresso Brasileiro de Unificação Espírita, Federação Espírita Catarinense, Federação Espírita do Paraná e União Espírita Mineira.Como desdobramento desse acordo de unificação, no dia 1º de janeiro de 1950 foi instalado o Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira. Neste ano também se desenvolveu o trabalho da “Caravana da Fraternidade” que teve por finalidade divulgar os objetivos da unificação e colher adesões de onze Estados do Norte e do Nordeste ao “Pacto”. Os caravaneiros Artur Lins de Vasconcelos, Carlos Jordão da Silva, Francisco Spinelli, Ary Casadio e Leopoldo Machado realizaram as visitas e contatos: “quarenta dias de excursão no terreno da Ação Unificadora”4, que Leopoldo Machado considerou como “um movimento de alta significação espiritual, objetivando aproximar os espíritas do País”4 e que também levou orientações sobre a divulgação do Espiritismo, estímulo às obras de assistência social e de ambientação doutrinária aos lares. Numa visita de alguns “caravaneiros” a Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, no dia 11 de dezembro de 1950, estes foram brindados com uma mensagem de Emmanuel. O Autor Espiritual comenta: “Cultuemos, acima de tudo, a solidariedade legítima. Nossa união, portanto, há de começar na luz da boa vontade. Guardemos boa vontade uns para com os outros, aprendendo e servindo com o Senhor, e felicitando aos companheiros que se confiaram à tarefa sublime da confraternização, usando o próprio esforço”5.Nestes 60 anos de “Pacto Áureo” é evidente o aperfeiçoamento do processo de união e de unificação, pois o CFN congrega as Entidades Federativas Estaduais dos 27 Estados e do Distrito Federal e tem experimentado a prática da análise e da discussão para a elaboração de documentos normativos de recomendações ao Movimento Espírita. Nestes anos, o CFN gerou documentos e ações como: “A Adequação do Centro Espírita para o Melhor Atendimento de suas Finalidades”; “Diretrizes da Dinamização das Atividades Espíritas”; “Orientação ao Centro Espírita”; as Campanhas: Estudo Sistematizado de Doutrina Espírita, Evangelização da Infância e Juventude, Em Defesa da Vida, Viver em Família, Construamos a Paz Promovendo o Bem!, Divulgação do Espiritismo; o projeto de Capacitação para Dirigentes de Centros Espíritas; o “Plano de Trabalho para o Movimento Espírita Brasileiro (2007-2012)”; a realização de Congressos Brasileiros de Espiritismo; comemorações do bicentenário de Kardec, Sesquicentenários de O Livro dos Espíritos, Revista Espírita e da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e diversas atuações em forma de cursos e de seminários. Uma importante ação do CFN, mais operacional, tem ocorrido com as Reuniões de suas Comissões Regionais.As Reuniões das Comissões Regionais do CFN tem sido e devem se caracterizar cada vez mais como uma autêntica e continuada Caravana da Fraternidade!A evocação dos 60 anos do “Pacto Áureo” sugere-nos a efetivação de ações que contribuam para a consolidação e ampliação do ideal de união e de unificação. Na mensagem “Em nome do Evangelho”1, Emmanuel propõe: “[...] unamo-nos no mesmo roteiro de amor, trabalho, auxílio, educação, solidariedade, valor e sacrifício que caracterizou a atitude do Cristo em comunhão com os homens, servindo e esperando o futuro, em seu exemplo de abnegação, para que todos sejamos um em sintonia sublime com os desígnios do Supremo Senhor”.Referências:1. XAVIER, Francisco C. Em nome do Evangelho. Pelo Espírito Emmanuel. Reformador. Janeiro, 2008, p.14-15.2. MONTEIRO, Eduardo Monteiro e D’OLIVO, Natalino. USE – 50 Anos de Unificação. São Paulo: Ed.USE, 1997, p. 127-28.3. Grande Conferência Espírita realizada no Rio de Janeiro. Reformador. Outubro, 1999, p.10-11.4. MACHADO, Leopoldo. A Caravana da Fraternidade. Nova Iguassú: Lar de Jesus, 1954, p. 13-7.5. Ibidem, p. 176-7.(Transcrito de “Reformador”, edição de março de 2009, p. 22-24

A CARAVANA DA FRATERNIDADE


Foi relançado pela FEB o livro CARAVANA DA FRATENIDADE, de Leopoldo Machado, como homenagem a esse grande difusor da Doutrina Espírita.

A “CARAVANA DA FRATERNIDADE”
“Espíritas do Sul do País organizaram um movimento de aproximação a que se deu o nome de ‘Caravana da Fraternidade’...
...com o propósito de visitar todos os Estados do Norte. Principalmente os Estados que ainda não tinham se decidido sobre o Pacto Áureo de 5 de outubro de 1949...
[...] Os caravaneiros - Artur Lins de Vasconcelos, Carlos Jordão da Silva, Francisco Spinelli, Ary Casadio e Leopoldo Machado - levantaram vôo em avião da Aerovias Brasil, a 31 de outubro1. Primeiro, Salvador. [...] De Salvador até o extremo Norte, os caravaneiros visitaram todas as capitais2 e mais Parnaíba, vivendo em todas elas, inesquecíveis programas de intensa vibração doutrinária e fraternal. [...] Lins de Vasconcelos regressou de Recife, sendo substituído pelo irmão pernambucano Luiz Burgos Filho. O médium Ary Casadio voltou de Fortaleza. Só Leopoldo Machado e Luiz Burgos Filho foram a Manaus3, [...] Em todas as cidades, a Caravana procedeu da maneira seguinte: (I) Conferências culturais para o grande público, que atraíram verdadeiras multidões a elas, tarefa quase que da responsabilidade do prof. Leopoldo Machado; (II) Reuniões de mesa-redonda para reajustamento de pontos de vista de choque, das quais o ideal da unificação sempre saiu vitorioso, por isso que de todas elas foram lavradas as respectivas atas; (III) Visitas de estímulo às instituições espíritas de assistência social; (IV) Programas sociais, organizados pelos irmãos visitados.
A Caravana procurou, assim, colimar vários objetivos, como sejam: a) Maior aproximação dos espiritistas, visionando o ideal de unificação social da Doutrina; b) Propaganda cultural do Espiritismo, no mundo profano; c) Maior estímulo às obras de assistência social inspiradas pela Doutrina; d) Levar ambientação doutrinária aos lares, de vez que os caravaneiros sempre preferiram hospedagem nos lares de irmãos.
A Caravana da Fraternidade dissolveu-se em Belo Horizonte, a 13 de dezembro1, depois de receber, na véspera, em Pedro Leopoldo, pelo médium Francisco Cândido Xavier, mensagens de Emmanuel e Amaral Ornelas, e depois de um belo e grande programa lítero-doutrinário, em que os caravaneiros fizeram o primeiro relato de suas impressões, na sede da União Espírita Mineira”.

1 – Ano de 1950.
2 – Todas as capitais do Nordeste e do Norte, exceção feita aos então quatro Territórios;
3 – Com exceção de Lins de Vasconcelos que retornou de Recife, os demais integrantes foram até Belém do Pará.

(Trechos e informações extraídos de: Machado, L. A Caravana da Fraternidade, Nova Iguassú: Ed. Lar de Jesus, 1954.)