sábado, outubro 27, 2007

ANDRÉ MARINHO EM CAMPOS

Convidamos a todos para a palestra de nosso querido André Marinho, chamado carinhosamente por todos desde 2004, quando iniciou a sua vinda anual a nossa casa, de "Irmão Marinho".

Hoje, sábado, 27 de outubro a nossa reunião pública será de saudade e de homeangem a História da Escola Jesus Cristo.

Amanhã, domingo, 28 de outubro, às 10 horas da manhã, teremos a palestra de nosso querido companheiro que nos foi apresentado pela nossa querida Suzana Maia Mousinho.

Convidamos a todos e agradecemos anteciapadamente a presença para este banquete de luz.

Flávio Mussa Tavares

LUZ DA VIDA ETERNA

LUZ DA VIDA ETERNA


“Nada há encoberto que não haja de revelar-se,
nem oculto que não haja de saber-se”
Mat.10:26



Um dos mais confortadores ensinos que Jesus nos legou foi realmente, este que se encontra no Evangelho de Mateus, de que todo há de ser revelado um dia.
Com isso, promelia o Rabi divino a destruição das trevas e o desprestígio do mistério.
Aliás, Flamarion diz bem que o mistério não existe: o que existe é o desconhecido. Mas o desconhecido de hoje é a verdade de amanhã.
E as incógnitas torturantes do destino e da dor teriam, por Vontade Divina, de ser desvendadas, a humanidade que sofre e que pensa, mas não pensa bem e não conhece o gênese dos padecimentos.
Os homens, ainda hoje, são aqueles mesmos seres de quem Jesus teve grande compaixão porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não tem pastor. (Mat.9:36).
Hoje, graças a Deus, as trevas fogem e o esplendor das luminosidades eternas deslumbra e edifica as almas.
O dogma perde o seu fulcro e cai, para que a lâmpada seja colocada sobre o velador.
E a abençoada promessa do Cristo de Deus já é vista fulgurante e consoladora, pelos que tem olhos de ver, já é ouvida entre angélicas sinfonias, pelos que tem ouvidos de ouvir.
O Paráclito, o Espírito da verdade, já veio ensinar todas as coisas, guiar os homens em toda a verdade, repetir tudo o que o Mestre lecionara. (Jo. 14:26 e Jo.16:13).
E os seus ensinamentos, complementares da revelação messiânica, nos descem das sagradas regiões da luz, como a terceira explicação do Amor de Deus aos homens.
Allan Kardec, o Paulo de Tarso da história moderna, grande apóstolo cristão da geração de hoje, recebe de Deus a missão de clamar, como ordenava o profeta Isaias, anunciando á raça humana que são chegados os tempos em que são chegados os tempos em que o reinado da matéria terá que ser substituído pelo império do espírito.
A Nova Revelação, o Espiritismo, codificado pelo missionário lionêns, aparece aos que querem fazer do Evangélio o poder de Deus para salvar as criaturas como a legítima dispensação do Espírito da Verdade.
E não é a afirmativa gratuita: as novas luzes que ele traz, a palavra balsâmica de esperança, a prova da imortalidade do espírito, a revelação esplendorosa do Grande Alem, as grandes conversões de ateus à Verdade Divina, mostram a ascendência celestial do Espititismo, que anuncia hoje “os tempos do refrigério pela presença do Senhor”. (At.3.19).
Como consolador, ele fala as almas ctivas do desespero e das lagrimas, revelando-lhes a vida imortal, as muitas moradas da casa de nosso Pai.E aponta-lhes a pureza a virtude, o amor a divina ciência, entre as visões maravilhosas do infinito.
Como Espírito de verdade, vem dizer aos homens sem fé que uma vida se estende além da morte, dando aos descrentes e epicuristas as provas vivas e rigorosamente inabaláveis da sobrevivência do ser , da vida espiritual e, conseguidamente, da existência e do poder de Deus.
E as conversões se multipliquem, relembrando o dia glorioso de Pentecostes.
E o Consolador continua a sua obra divina, dando a palavra meiga de esperança aos que sofrem e fazendo brotar no coração dos ateus a fonte de água viva que mana para a Vida Eterna.


Este texto é parte do livro SAL DA TERRA, de Clóvis Tavares, edição póstuma em homenagem aos 70 anos da ESCOLA JESUS CRISTO, ocorridos em 2005.
Retiramos este capítulo pata registrar a passagem do septuagésimo segundo aniversário da instituição fundada por meu Pai.

Deus ilumine sempre Clóvis Tavares, Nina, Chico Xavier e não posso esquecer-me de registrar aqui a nossa singela homenagem a minha Mãe Hilda, que silenciosamente e com muito afinco e dedicação tem sido sua fiel representante em nossa Escola Jesus Cristo.

Flávio


quarta-feira, outubro 17, 2007

Deus

NINA ARUEIRA

Para obedecer às leis é preciso compreendê-las e senti-las.

É preciso que elas estejam de acordo com a natureza – porque DEUS é uma natureza “infinita e incriada, que nunca teve princípio e nunca há de ter fim”.

DEUS é uma fôrça infinita, e nós somos cada qual uma fôrça.

DEUS é um credo infinito, e nós somos cada qual um credo.

DEUS é o oceano interminável, e nós somos cada qual um mediterrâneo, nas reentrâncias da terra.

É preciso lutar com as margens povoadas de répteis, e voltar, novamente, ao grande pélago.

É ignorância a obediência cega; é sabedoria a compreensão sem limites.

Creia em si, pois, o homem; o mundo é seu e o viver é seu; expanda-se, porque DEUS está muito além da simples crença e o coração muito além da inteligência; galgue-se o raciocínio, cruzem-se os horizontes, devastem-se os oceanos; afunde-se na crosta; multipliquem-se os esforços, porque DEUS está ainda muito depois do último esforço.

(capítulo do livro NOVO CÉU E NOVA TERRA , de NINA ARUEIRA, Editado no septuagésimo aniversário de sua desencarnação, ocorrido em 2005, pela ESCOLA JESUS CRISTO, que àquele ano também completava 70 anos)

UM DIA MUITO ESPECIAL PARA TODOS NÓS

DIA DA FUNDAÇÃO DA ESCOLA JESUS CRISTO

DO PLANO ESPIRITUAL


Dezessete de outubro! Há 72 anos Nina Arueira fundava na Colônia de Nosso Lar, uma Escola Jesus Cristo, dez dias antes de meu Pai, Clóvis Tavares, fundar a sua filial terrena: a nossa Escola Jesus Cristo!


Hoje também é dia de Santa Margarida Maria Alacoque, muito citada por papai em "Mediunidade dos Santos". A promessa de fundar a Escola Jesus Cristo nos dois planos foi feita por Nina Arueira diante dela, a vidente de Paray-Le- Monial.


Fui convidado, hoje, por uma destas coincidências que não são coincidências, para falar para mulheres, esposas de alcoólicos em recuperação, que pertencem ao Grupo Al-Anon, no Auditório da Santa Casa de Misericórdia. Pensei muito no que ia dizer a àquelas mulheres sofridas e corajosas. Lembrei que num encontro dos Alcoólicos Anônimos, quando fui convidado pelo professor Paulo Roberto Soares, falei sobre João Batista, o primeiro a ensinar a fazer o Inventário Moral.


Resolvi falar às mulheres sobre o Filho Pródigo, o Filho Egoísta e o Pai Misericordioso. Disse que para elas, em plena sobriedade, eram como o Filho Mais Velho da Parábola, mas que não me entendessem mal. O filho mais velho é o obediente, prestativo, fiel, tímido, zeloso, companheiro do Pai.


O Pai é o Misericordioso, o justo, o benévolo, o que tem boa fé, que perdoa, que é sempre movido de compaixão.

O Filho Mais Novo é o aventureiro, irresponsável, desejoso de emoções novas, exagerado, gastador, irreverente, auto-confiante, displicente, megalômano.


O filho caçula é a imagem do dependente químico. O filho mais velho é a imagem do cônjuge. O Pai Compassivo é sempre Jesus.


Na história de Jesus o caçula retorna arrependido, depois que caiu na mais abjeta indigência humana ou sub-humana, uma vez que nem as lavagens de porco ele conseguia comer.


O Pai Misericordioso, perdoa e festeja a salvação do filho considerado morto.

O primogênito, apesar de justo, irritou-se com o excesso de indulgência do Pai, e preferia ver o irmão na rua da amargura.

Mas o Pai Compassivo lhe relaxa as fibras do coração, lhe convence a entrar e abraçar o irmão.


E é isso que as mulheres de alcoólicos, as mães de dependentes, os cônjuges dos caídos na prodigalidade da vida, após destruírem tudo e todos, precisam fazer. Perdoar, compadecer-se e por fim alegrar-se com a recuperação de um enfermo da alma.

Parabéns valorosas familiares. Vocês venceram uma resistência: a de considerar-se enfermas para também procurarem ajuda. Pedir não é uma coisa fácil, para quem pensa que é sadio. Reconhecer a impotência diante do amor inexaurível de Deus, é a humildade essencial da vida.


Deus abençoe os valorosos cônjuges e mães de dependentes químicos. Deus as proteja na abençoada tarefa de colaborar com os nossos irmãos na árdua e laboriosa jornada do viver e do conviver.




Flávio Mussa Tavares

segunda-feira, outubro 15, 2007

UM TRIBUTO À GRANDE TEREZA

Hoje, 15 de outubro é o dia de S. Tereza D´Ávila . Considerada a Doutora da Igreja, ela foi uma reformadora, inspirou uma nova espiritualidade no seio da Igreja e fora dela, onde tantos a amam e admiram.
Meu Pai , Clóvis Tavares, estudando a sua vida e os fenômenos psíquicos de altíssima frequência , descritos em MEDIUNIDADE DOS SANTOS, considerou-a uma das maiores expressões da evolução possível ao ser humano.

Chico Xavier a chamava "A Grande Tereza" e jamais esquecia-se do dia 15 de outubro.

E para homenageá-la neste deia, vamos republicar uma de suas mais doces poesias que representa para a nossa pobre presença na Terra, uma bênção de esperança.




Vivo sin vivir en mí
Vivo sin vivir en mí,

y de tal manera espero,
que muero porque no muero.

Vivo ya fuera de mí
después que muero de amor;
porque vivo en el Señor,
que me quiso para sí;
cuando el corazón
le dipuse en él este letrero:
que muero porque no muero.

Esta divina prisión del
amor con que yo vivo
ha hecho a Dios mi cautivo,
y libre mi corazón;
y causa en mí tal pasión
ver a Dios mi prisionero,
que muero porque no muero.

¡Ay, qué larga es esta vida!
¡Qué duros estos destierros,esta cárcel,
estos hierrosen que el alma está metida!
Sólo esperar la salida
me causa dolor tan fiero,
que muero porque no muero.

¡Ay, qué vida tan amargado
no se goza el Señor!
Porque si es dulce el amor,
no lo es la esperanza larga.
Quíteme Dios esta carga,
más pesada que el acero,
que muero porque no muero.


Sólo con la confianzavivo
de que he de morir,
porque muriendo, el vivirme
asegura mi esperanza.
Muerte do el vivir se alcanza,
no te tardes, que te espero,
que muero porque no muero.

Mira que el amor es fuerte,
vida, no me seas molesta;
mira que sólo te resta,
para ganarte, perderte.
Venga ya la dulce muerte,
el morir venga ligero,
que muero porque no muero.

Aquella vida de arriba
es la vida verdadera;
hasta que esta vida muera,
no se goza estando viva.
Muerte, no me seas esquiva;
viva muriendo primero,
que muero porque no muero.

Vida, ¿qué puedo yo

darlea mi Dios, que vive en mí,
si no es el perderte a ti
para mejor a Él gozarle?
Quiero muriendo alcanzarle,
pues tanto a mi Amado quiero,
que muero porque no muero.



(Santa Teresa de Ávila - Obras Completas. Burgos : Editorial "Monte Carmelo")

sexta-feira, outubro 12, 2007

PRECE DO DIA DA CRIANÇA

Livro: SAL DA TERRA, de Clóvis Tavares, Edição Comemorativa dos 70 anos da Escola Jesus Cristo, em 2005.

Deixai vir a mim as criancinhas.

Lc.18:16




Ó Amado Jesus! São passados quase dois mil anos de Tua gloriosa presença na Terra e Tua lição bendita de Verdade e Justiça, de Graça e de Amor, ainda espera abrigo no coração tempestuoso do mundo!


Vê! Meiguíssimo Jesus, como vive Teu grande rebanho nas deconexões da hora que passa, necessitado de Tua Pessoa e de Teu Evangelho, que sofem mais uma vez o insulto coleante das forças do mal!


Sentimos o calor de Tuas lágrimas, das lágrimas de profunda angústia, que tombam de Teus olhos divinos e descem do céu à terra.


Sentimos o pulsar de Teu coração gemente, transformado em pira de dor!Tudo isso mestre, se reflete em nós apesar de nossa vacuidade espiritual.


Sofremos Senhor, mas de pé Te afrimamos que não estamos esquecidos de Teu ensino de coragem e de confiança! Tu pediste:"Tende bom ânimo!" E às mulheres que Te choraram no caminho do Calvário, exortaste: "Não choreis por mim." Reconhecemos-Te por isso Jesus, como um Mestre de Amor e de Energia; de Ternura e de Varonilidade.


E entre os escombros desta civilização em mudança, nós contemplamos, ó Divino Rei, com o coração cheio de Tua sagrada Alegria, a infância, que desponta para as Tuas maravilhosas construções do futuro!


Miramos, Senhor, fixando esperanças, as criancinhas que se nos apresentam, sem paradoxo, o divino material humano que Tuas mãos dominicais transformarão em estrelas do terceiro milênio, nos verdadeiros super-homens da próxima civilização, em que o Teu Evangelho será a suprema Lei, em que o Teu Exemplo será o único dogma, em que Tu mesmo Jesus, serás o Pastor, o timoneiro, o Mestre, o Rei bendito de todas as criaturas!


Como sabes, Senhor, estamos comemorando a Semana da criança, entre as nossas lágrimas e a coragem que nos inspiras. Estamos a dedicar estes dias, Jesus, num singelo hosana, aos Teus pequeninos, que são a Tua e a nossa esperança.


Lembramo-nos de Ti, Senhor! Num estado de inefável nostalgia, imaginamos-Te entre as criancinhas da Galiléia primaveril, abençoando-as com os Teus sorrisos divinos, embalando-as com os Teus braços carinhosos e envolventes. Muitas vezes, Tuas mãos sacratíssimas pousaram sobre as suas cabecinhas para a devolução amorosa da saúde suplicada. Muitas vezes, Senhor, Teu coração, no rítmo de tua inquebrantável bondade, restituiu os bens do corpo e do espírito, aos lares tristes, onde mães desventuradas te esperavam ansiosas, como Inconfundível Amigo e Salvador Divino!


Estamos na Semana da Criança, Senhor! Nós Te reconhecemos, Amantíssimo Jesus, de alma e coração, o Melhor e Maior Amigo das crianças!


Nem todos os pequeninos da Terra, nem todos os pais, nem todas as mães ainda Te conhecem, Mestre! Mas, abençoa-os a todos, Jesus!

Tu tens enviado ao Mundo, em todos os séculos da história terrestre, grandes amigos para as criancinhas. Comenius e Pestalozzi, Russeau e Fröebel, Cigneus e Montessori, são dádivas de Teu Amor, que continua a permanece, trabalhando na divina harmonia do silêncio.


Agradecemos-te Jesus! Nossas esperanças tranquilas e caladas, polarizam-se em Ti e dilatam translucidamente, até os corações de tuas bem amadas ovelhinhas. Cremos sintetizar os nossos sentimentos nestas humildes palavras.


Pedimos-Te ó Rei Divino, aqui como em toda parte, agora, como sempre, e hoje, masi do que nunca, que nos abençoais!

Contemplando a grandeza de Teu Reino, nós também nos reconhecemos crianças que ainda não te entenderam perfeitamente. Apieda-Te de nós! Somo pequeninos ainda perante Tua magestade! Abençoa-nos e guia-nos, Senhor!


Nós reafirmamos humildemente, ante o Teu coração, o nosso bom desejo de trabalhar em favor dos pequeninos que amaste e amas sempre! Mas, mesmo assim, recordando um pedido de Teus apóstolos, nós Te rogamos: Acrestenta-nos Amor!


E suplicando para todo o Teu rebanho humano, as Tuas bênçãos de piedade e de luz, dizemos-Te Senhor, que fazemos nosso, o crdo virginal de Auta de Souza, Tua santa poetiza do Evangelho:




Tudo que é puro, santo e resplendente,

Neste mundo cruel de desenganos,

Toda a ventura dos primeiros anos

Num'alma que desbrocha sorridente


Tudo que ainda vemos de potente

Na vstidão sem fim, dos oceanos,

E da Terra, nos prantos soberanos

Trazido pela aurora refulgente;


Tudo o que desce do Infinito ousado:

O sol , a brisa, o orvalho prateado,

A luz do bem, do amor, das esperanças;


Tudo afinas, que vem do céu dourado

A despertar o coração magoado,

-Deus encerrou nos olhos das crianças!



CLÓVIS TAVARES


(Campos, 12 de outubro de 1942, na Rádio Cultura, pela passagem do Dia da Criança.)

Livro: SAL DA TERRA, de Clóvis Tavares, Edição Comemorativa dos 70 anos da Escola Jesus Cristo, em 2005.

quinta-feira, outubro 04, 2007

No Trabalho


Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Jo 15:1-4


Hoje, aconteceu-me algo inusitado. É dia de São Francisco de Assis.Cheguei ao meu consultório às 7 da manhã e fiz , pensando em São Francisco, uma retirada daqueles versículos da caixinha de Preciosas Promessas. Como de costume, retiro três cartões de posições diferentes. Qual não foi a minha surpresa quando percebi que dois deles era o mesmo versículo de João 15: 1 a 4. Para mim teve um significado especial pois entendo que Francisco de Assis e João Evangelista são a mesma personalidade espiritual.


Entretanto, o que mais me impressionou foi a reincidência do versículo para o meu entendimento. Deus é o Pai. Jesus é a grande rede por onde a seiva elaborada do Senhor percorre todas as células de nosso planeta. Nada pode existir fora do fluxo vitalizante do pensamento do Cristo. Ele é a Vida. Ninguém pode seguir em direção ao Agricultor se não pelos dutos do caule divino.


Se algum ramo da videira perder o contato com a seiva elaborada, deixa de existir e deve ser então decepada do grande caule para que não usurpe a força vital da planta. Entretanto se o ramo produzir o fruto, isto é se permanecer conectado à fonte da seiva, necessitará ser podado. Quem está unido à fonte do Amor, precisa sofrer poda. Poda de orgulho, poda de egoísmo, poda de vaidade, de desejos, de paixões, de vícios...


Nada podemos sem Jesus. Ele é a grande fonte de Vida. É o grande Dispensador de Bênçãos. Que possamos permanecer em sua Bênção, mesmo que venha a dor, mesmo que venham as perdas, mesmo que venham as traições, mesmo que venham as decepções, mesmo que venham as deserções, mesmo que venham as incompreensões, mesmo que venham as calúnias, o desprezo, a zombaria, a ironia, o abandono, pois é preciso recordar que são as podas. E só o ramo que dá fruto que necessita ser podado...para dar mais frutos, para que produza mais, para que cresça mais, para que renda mais, para que exemplifique mais, para que converta mais, para que convença mais, para que transforme mais.


Hoje eu recebi, no dia dedicado ao Pobrezinho de Assis, duas vezes confirmada, a mensagem do discípulo amado sobre a necessidade de estar sempre conectado à Fonte do Amor. Que venham as podas. elas não significam perdas. Significam uma confirmação dos nossos superiores que estamos ainda ligados em nossa origem e que é necessário doar cada vez mais de nós mesmos para que o trabalho do Bem possa crescer, para que os Filhos da Luz sejam mais numerosos, ágeis e unidos e que a seiva elaborada do Amor de Deus percorra sempre e cada vez mais todos os recantos de nosso mundo.



No Culto do Lar


"Graças te rendo, meu Pai, Senhor do céu e da Terra, por haveres ocultado estas coisas aos doutos e aos prudentes e por as teres revelado aos simples e aos pequenos." Mat 9: 25


Pode parecer singular que Jesus renda graças a Deus, por haver revelado estas coisas aos simples e aos pequenos, que são os pobres de espírito, e por as ter ocultado aos doutos e aos prudentes, mais aptos, na aparência, a compreendê-las. E que cumpre se entenda que os primeiros são os humildes, são os que se humilham diante de Deus e não se consideram superiores a toda a gente. Os segundos são os orgulhosos, envaidecidos do seu saber mundano, os quais se julgam prudentes porque negam e tratam a Deus de igual para igual, quando não se recusam a admiti-lo, porquanto, na antigüidade, douto era sinônimo de sábio. Por isso é que Deus lhes deixa a pesquisa dos segredos da Terra e revela os do céu aos simples e aos humildes que diante d´Ele se prostram. Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VII: itens 7 e 8.




Ontem à noite, em no Culto Doméstico de nossa casa recordamos em família do Dia de Allan Kardec e abrimos ao acaso o Evangelho Segundo o Espiritismo. O trecho acima, foi-nos apresentado e discutido em família.


Recordamos então que as realidades físicas de nosso mundo são muito bem compreendidas pela análise fria do método dedutivo, que reduz, fraciona, pulveriza e compreende então tudo nas suas partículas menores.

Somente os intelectuais, os cientistas, os físicos, químicos e biólogos podem entrever esse microcosmo, penetrando as subdivisões da matéria de modo a compreendê-la no seu aspecto integral. É por isso que Kardec nos diz: “Deus deixa aos sábios a pesquisa dos segredos da Terra”.


Entretanto, certas pessoas simples, muito simples, humilhadas pela dura realidade mundana, conhecem a linguagem divina impressa na natureza. É desta forma que pessoas incultas podem fazer previsões climatológicas com certa segurança, sem conhecer a climatologia. É desse modo que algumas pessoas que cuidam dos animais percebem alterações biológicas nos mesmos antes que o veterinário possa diagnosticá-las. É nesse contexto que certos benzedores conhecem caminhos ocultos da enfermidade humana e o meio de domesticá-la antes mesmo que os sintomas se produzam com desenvoltura. É também desse modo que agricultores sem técnica aprimorada sabem intuitivamente métodos de cultivo, prevenção e tratamento de pragas sem que a ciência os instrua. Ele tem um modo de pensar Indutivo. Parte do particular para o Geral. Ele é intuitivo, é criativo, observador da fenomenologia pura, das vontades das coisas.


Entretanto, é imensamente mais correta a afirmação de Jesus, se nós pensamos na certeza íntima que o homem simples tem da Providência Divina. Ele crê na Providência pois não pode por total carência de recursos materiais crer na previdência humana.


Contrapartida, o homem racional crê naquilo que ele prevê, no que ele pode pagar, na sua capacidade de controle das situações.


Foi por isso, que Jesus agradeceu a Deus. Foi por isso que Kardec, apóstolo de Jesus, disse que Deus revela aos humilhados da Terra os segredos do Céu.