sábado, julho 29, 2006

ALBERTO SANTOS DUMONT

Alberto Santos Dumont (Palmira, 20 de julho de 1873 — Guarujá, 23 de julho de 1932) foi o pioneiro da aviação. Ele foi o primeiro decolar a bordo de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico. Santos Dumont foi o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e da população parisiense. Em 23 de outubro de 1906, voou cerca de 60 metros e a uma altura de 2 a 3 metros com seu 14 Bis, no Campo de Bagatelle em Paris. Menos de um mês depois, repetiu o feito e, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros. O vôo do 14-Bis foi o primeiro verificado pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar na Europa, e possivelmente a primeira demonstração pública de um veículo levantando vôo por seus próprios meios, sem ser catapultado, isto é impulsionado por uma alavanca externa.

TRECHO DA MENSAGEM DE SANTOS DUMONT,
PSICOGRAFADA POR FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

“...Descobrir caminhos sempre foi a obsessão do meu pensamento. Reconheço hoje, porém, que outra deve ser a vocação da altura...
...Terei errado, buscado rotas diferentes? Certo, não.
O mundo e os homens aprenderão sempre. A evolução é fatal.
Todavia, recolhido presentemente à humildade de mim mesmo, procuro caminhos mais altos e estradas desconhecidas, no aprendizado do roteiro para o Cristo, Senhor do nossas vidas.
Não há vôo mais divino que o da alma.
Não existe mundo mais nobre a conquistar, além do que se localiza na própria consciência, quando deliberamos converter-nos ao bem supremo.
Sejamos descobridores de nós mesmos.
Alcemos corações e pensamentos ao Cristo.
Aprimoremo-nos para refletir a vontade soberana e divina do Alto por onde passarmos.
Crescimento sem Deus é curso preparatório da queda espetacular.
Humilharmo-nos para servir em nome Dêle é o caminho da verdadeira glória.
De qualquer modo agradeço-vos.
O trabalhador que prepara as possibilidades para ser útil jamais se esquecerá de endereçar reconhecimento às flores que lhe desabrocham na senda.
Crêde! Não passo de servidor pequenino.
Que o Senhor nos enriqueça com Sua divina bênção.
Alberto Santos Dumont

(Página psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier na noite de 20 de julho de 1948, em Pedro Leopoldo, dirigida a Clóvis Tavares e inserido no TRINTA ANOS COM CHICO XAVIER)






POESIA DE LILL PSICOGRAFADAS POR CHICO XAVIER


DE UM FILHINHO ESPIRITUAL

Papai, quando chega a noite,
Diz Mamãe banhada em luz:
-Vamos Lill, orar por ‘ele’
E, preces ao bom Jesus!
Diz Mamãe: Daí-lhe, Jesus,
Do vosso divino pão!
E eu digo:-Do pão de luz
Da vossa consolação!
Mamãe roga:-Daí-lhe Mestre,
espírito de servir.
E eu peço:-Com forças novas
Para as glórias do porvir.
Mamãe pede:-Mestre Amado,
Ajudai-o a caminhar.
E eu digo:- Inspirai-lhe a vida
Nas bênçãos de nosso lar.
E assim, nós ambos pedimos
na fé que nunca se esvai
A bênção do Bom Jesus
Às suas provas de pai.
Que Deus lhe conceda sempre
coragem para a missão
É o que deseja, Papai,
O filho do coração.
Lill. ( Psicografado por Chico Xavier em março de 1944)




POEMA DE CARLINHOS PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER



Prenda Maior

Papai querido, eis-nos juntos,
A morte é simples mudança,
A vida nova me alcança
Em lindo recomeçar...
No entanto em tudo o que vejo,
Minha ventura consiste
Em saber que o céu existe
Na bênção de nosso Lar.
Com meus cadernos felizes
De pequeno marinheiro
Estudando o mundo inteiro,
Nada achei de mais valor
Que a nossa união bendita
Nos caminhos que transponho,
Em nosso ninho risonho
Entretecido de amor.
Douradas pompas da Terra,
Louros suspensos da história,
Brilhos de estampa ilusória,
Renome vazio e vão.
Monumentos e honrarias
Não valem frágil parcela
Da riqueza viva e bela
Que temos no coração
De cada excursão que faço,
Regresso ao nosso recanto
E sinto que me levanto
Para colher nova luz...
Com Mãezinha em nossos passos,
Nós dois e os irmãos queridos
Estamos fortalecidos
Para a união com Jesus.
Papai querido sigamos...
Ontem púrpuras faustosas,
Espadas, festas e rosas
Que o tempo exibe em museus...
Hoje, é a trilha diferente
De culto ao Bem e à Verdade
Na conquista da Humildade,
A prenda maior com Deus.


(Carlinhos, Uberaba, 26 de julho de 1975)

domingo, julho 16, 2006

BEM AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO

Palestra de sexta feira 14 de julho de 2006, de Flávio Mussa Tavares

Cap. VII de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
Ev. de Mateus 5:3
“Bem aventurados os Pobres de Espírito, por que o Reino dos Céus é deles.”

Iniciaremos este estudo com a e idéia agostiniana de Jesus sobre o seu sermão do monte :

"Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.”

E Jesus, segundo S. Agostinho, não disse as minhas palavras, mas sim estas minhas palavras. De modo que nosso entendimento e o nosso coração devem estar inteiros no processo evolutivo expresso neste sermão.
Sim, por que Moisés exarou no seu decálogo artigos de proibição. Ali está um código de ética.
Mas o Sermão do Monte é um decálogo de Amor. Não é tão simples seguir este novo código de Deus, como o de Moisés. Para seguir o código divino psicopictografado por Moisés, é necessário reprimir as nossas más-tendências, colmo irar-se, ambicionar, avançar naquilo que não é nosso e tomá-los como se o fosse, deixar-se dominar por paixões viciosas como a concupiscência, etc.
Entretanto, para seguir os preceitos do código de Deus psicofonado por Jesus é necessário muito aos que reprimir-se.
Reprimir é sempre um bom começo. Há tendências psicológicas que aconselham a catarse, mas alguns seguidores de Freud, como Maslow, era favorável a que nós sublimássemos nossos impulsos. Não podemos ser escravos da instintividade.

Assim, Felizes os Humildes. Kardec começa o comentário de O Evangelho Segundo o Espiritismo afirmando que pobre de espírito não é ser ignorante e pobre de caráter, como é comum se dizer: “coitado, é um pobre de espírito”; mas sim refere-se ao verdadeiramente humilde. E este mesmo Kardec, defendo os humildes proletários de Lyon, discriminados por serem iletrados e terem aceito o Espiritismo. Kardec os defende, afirmando que Jesus também agradeceu a Deus por ter revelado àquelas coisas aos simples e por tê-las velados aos sábios e doutos.

Ser pobre do ponto de vista psicológico é considerar-se sempre devedor. Tudo para quem é verdadeiramente pobre em espírito é uma graciosidade. Nada lhe é demais. São também chamados no Evangelho de os pobres de Deus, ou os Anawin. Há diversas orações de pobres de Deus:
“Senhor, Aumenta-nos a fé”, “Jesus, filho de Davi, tenha piedade de nós”, “Senhor, salva-nos, perecemos”, “Creio, Senhor, vêm em socorro de minha pouca Fé”.

Jesus abençoa aqui não espíritos puros, mas espíritos humildes e arrependidos como o publicano, cuja prece é também a de um anawin: “Senhor, apieda-te de mim, que sou um miserável pecador.”
Estes pobres em espírito acreditam que tudo é doação, é dádiva extra. As coisas, as amizades, o emprego, o ser atendido em último lugar, o receber uma esmola, a ajuda de um estranho. Em tudo ele vê uma graça de Deus. Sente-se sempre devedor da vida. O seu prêmio é o Reino do Espírito.
O orgulho e a vaidade são empecilhos a evolução do espírito. “Tudo é vaidade e presunção de espírito”, diz o Eclesiastes.

Já São Paulo no diz na epístola aos Coríntios capítulo 8, verso 1: “A Ciência infla, mas a caridade edifica.”

Para o orgulhoso, o Rico em espírito, tudo lhe é devido. As coisas, as amizades, as informações, os primeiros lugares, as honras, as prioridades. Se não podem ser atendidos como esperam que sejam, irritam-se , indignam-se, ofendem-se. São pessoas difíceis de relacionamento, complicadas, quase não se agradam. Querem pressa e perfeição para tudo, sentem-se sempre credoras diante da vida. O prêmio deles é o mundo! “Eles já tiveram a sua consolação.”

Pobre é o pobre de desejo, de ambição, pobre de ilusões, de exigências, pobre do Ego.

Ele é bem aventurado! Ele é feliz! Ele é bem sucedido espiritualmente, mesmo sentindo-se dependente de Deus.